PSICODINÂMICA DO TRABALHO: Mulheres com cargos de gerência e
diretoria Acadêmicos: Géssica Bogorni Orientadora: Profa Dda Débora Teixeira Faculdade Unigran Capital Curso de Psicologia - Campo Grande 2016 OBJETIVOS e METODOLOGIA O delineamento metodológico foi de caráter qualitativo e exploratório, com o uso de um grupo focal que teve como objetivo validação de um instrumento para GERAL: Caracterizar o obtenção consistente das questões estruturadas de uma escala likert. A pesquisadora exercício profissional das reuniu 7 pessoas, sendo 1 moderador 1 e relator acadêmicos do curso de psicologia, mulheres frente ao mercado de 3 participantes acadêmicos do curso do Recursos Humanos e 2 atuantes da área. O trabalho no mundo estudo foi autorizado pelo coordenador do curso de RH da Faculdade Unigran contemporâneo e globalizado. Capital, todos os participantes assinaram o TCLE, a coleta foi realizado na sala 2.8 Bloco II na instituição supracitada, município de Campo Grande – MS. A coleta teve duração de 54 minutos e 18 segundos, as informações foram gravadas e ESPECÍFICOS: conhecer e anotadas pelo relator. Os questionamentos formulados foram correspondidos dentro identificar os prazeres e dos seguintes aspectos: sofrimentos de mulheres em cargos de gestão e diretoria no • Será que as perguntas do questionário são consistentes? enfrentamento dos estereótipos • Todos os pesquisados compreenderão a mesma coisa a respeito do enunciado das da sociedade contemporânea. perguntas? • As perguntas efetuadas são tarefas que os entrevistados estão habilitados e motivados a cumprir? • As questões cobrem adequadamente a atividade que os respondentes deverão descrever? (CRUZ, 2008). INTRODUÇÃO • Globalização tecnológica; • Espaço diferenciado que a mulher tem conquistado na sociedade; • Com a consolidação do sistema capitalista no século XVI; e I e II Guerras Mundiais; algumas leis passaram a beneficia-las. • Século XX – “Século das Mulheres”; • Esperança de igualdade; • Citação do autor Romero (2009) a problemática é os sentimentos de culpa, que surgem por não dar uma assistência plena a família, bem como o tempo que passa longe da sua prole. INTRODUÇÃO • Indagações: O que significa ser mulher na era contemporânea? Que perdas, que danos, que sofrimentos e prazeres têm implicado ser mulher no século XXI dentro de uma organização, como alguém totalmente apta para estar no comando e equiparada ao homem? • Para Siqueira (2008) o desafio para os psicólogos é: responder essas perguntas inquietantes ainda nesse milênio, porque se não houver uma resposta para esse paradigma, à graça da história se perderá. INTRODUÇÃO
• A problemática caracterizada no exercício profissional das mulheres
frente ao mercado de trabalho pode encontrar processos positivos e negativos. Nesse sentido a busca é entender se conceitos e técnicas da psicodinâmica do trabalho possam proporcionar maior percepção dos problemas; RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Avaliando 25 questões do questionário, o grupo focal modificou a
legenda e todas as questões, suprimindo e alterando a ordem;
• As alterações realizadas foram baseadas nas seguintes colocações:
1. Alterações e inclusões de novas palavras ao texto para melhoria da compreensão do enunciado; 2. Alteração de pergunta para afirmação em todas as questões; 3. Alteração dos pronomes pessoais das questões, de terceira pessoa do singular para a primeira pessoa do singular. RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Sabe-se que à Psicologia é uma ciência que busca compreender o ser
humano na sua totalidade, existe a necessidade de discutir a existência de um homem pós-moderno e nesse trabalho buscamos validar o início dessa busca, voltada nesse momento especificamente para mulheres em ambientes organizacionais que se encontram niveladas com os colegas do sexo masculino. RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Outra solicitação feita à Psicologia, segundo Campos (2016), é a edificação da sua
prática, o mesmo relata que existe a propagação sobre a “morte do sujeito” e questiona se não seria a hora de edificarmos a nossa atuação para sair do discurso de superficialidade do sujeito, diminuição do afeto e procurar promover a vida psíquica da pós-modernidade mais dinâmica. • “fonte de equilíbrio para uns causa de fadiga para outros” (Dejours); • A importância da caracterização para minimizar os sofrimentos e maximizar os prazeres. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Regato (2016) fala o quanto a percepção de um mesmo objeto pode ser
diferente para várias pessoas, já que a mesma tem função adaptativa, “por ser uma condição de ajuste das pessoas as situações”. Dessa maneira, fica evidente a importância da realização de um grupo focal para a melhoria do conhecimento, possibilitando, com isto, o enriquecimento do instrumento, capacitando-o a partir de várias percepções para ocorrer um trabalho de qualidade com o público-alvo e melhorar a consistência das questões propostas como coleta de dados. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O foco principal foi a validação de um instrumento consistente e
pertinente para cumprir com o objetivo de caracterizar o exercício profissional das mulheres frente ao mercado de trabalho no mundo contemporâneo e globalizado. Bem como conhecer e identificar os prazeres e sofrimentos de mulheres em cargos de gestão e diretoria no enfrentamento dos estereótipos da sociedade contemporânea. CONSIDERAÇÕES FINAIS • O grupo focal foi promovido de forma bastante responsável, sem persuadir e sem restringir os participantes, sendo que estes responderam de forma transparente e à vontade, obtendo-se informações eficazes, que não ficaram limitadas ao entendimento da pesquisadora.
• Dentre estes aspectos foi possível realizar um trabalho coerente pautando
nos objetivos proposto e na necessidade de averiguar a consistência do instrumento. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Sugere-se que posteriormente o instrumento deverá ser
encaminhando para juízes, sendo estes profissionais de competência com titulação de doutor para julgar e avaliar a pontuação, a partir dos resultados, o instrumento deverá ser aplicado numa amostra para averiguar a aplicabilidade e mensuração das necessidades atribuídas a psicodinâmica do trabalho. REFERÊNCIAS ANDRADE, L. F.; MACEDO, A. S.; OLIVEIRA, M. L. A produção científica de gênero no Brasil: um panorama dos grupos de pesquisa de administração. Rev. Adm. Mackenzie. São Paulo, v. 15, n. 6, nov./dez. 2014. BARRETO. Ana Cristina Teixeira. A defensoria pública como instrumento constitucional de defesa dos direitos da mulher em situação de violência doméstica, familiar e intrafamiliar. 2007. 245 f. Dissertação (Mestrado em Direito Constitucional) – Fundação Edson Queroz Universidade de Fortaleza – Unifor Centro de Ciências Jurídicas – CCJ. Fortaleza, 2007. CRUZ, D. T. Utilizando a técnica de grupo focal para validação de instrumento para pesquisa em bioética. Revista Médica de Minas Gerais. v.18. n. 2 s1. Julho. 2008. LHULLIER, L. A. Quem é a psicóloga brasileira: mulher, psicologia e trabalho. Brasília: Conselho regional de Psicologia, 2013. MATOS, M. L.; GITAHY, R. C. A evolução dos direitos da mulher. Colloquium Humanrum. v. 4, n. 1. 2007. MINICUCCI, A. Relações Humanas: Psicologia das Relações Interpessoais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. NARVAZ, M. G.; KOLLER, S. H. Famílias e Patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicologia & Sociedade. Porto Alegre, v.18, n.1, jan./abr. 2006. NOGUEIRA, Conceição. Um novo olhar sobre as relações sociais de gênero: feminismo e perspectivas críticas na psicologia social. Fundação Calouste Gulbenkian. Portugal, 2001. PELEGRINI, J.; MARTINS, S. N. A história da mulher no trabalho: da submissão às competências. Um resgate histórico e as gestoras lajeadenses neste contexto. Revista Destaques Acadêmicos. Lajeado, v. 2, n. 2. 2010. PINSKY, C. B.; PEDRO, J. M. Nova história das mulheres do Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. PRAUN, Andréa Gonçalves. Sexualidade, gênero e suas relações de poder. Revista Húmus. Barcelona, v. 1, n. 1, p. 55-65, jan./fev./mar./abr. 2011. PRIORE, M. D.; BASSANEZI, C. História das mulheres no Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1997. REGATO, V. C. Psicologia nas Organizações. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. RODRIGUES, R. S. A evolução do direito da mulher e a busca da igualdade. São Paulo: OAB, Departamento de cultura e eventos, 2012. ROMERO, S. M. T. Relações de gênero no contexto organizacional. Caesura. Canoas, n. 28, jan./jun. 2006. ROMERO, S. M. T. Gestão da diversidade de gênero nas organizações: estudo de caso múltiplos sobre homens e mulheres iguais nas desigualdades. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2009. SIQUEIRA, M. J. A(s) psicologia(s) e as relações de gênero: anotações para discussões. Scielo Books, pp. 251-259. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. OBRIGADA!!!!!