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ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E
REPRESSÃO DA CORRUPÇÃO
No âmbito das atribuições do Grupo de Trabalho Encarregue pela Realização
de Estudos e Elaboração de Propostas e Mecanismos de Implementação da
Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção no Ordenamento
Jurídico, previstas no Decreto Presidencial nº 176/19 de 21 de Outubro,
coube ao Subgrupo de Trabalho Para a Elaboração do Plano Estratégico
Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção, constituído ao abrigo do
Despacho nº 3746/20, de 5 de Agosto, de S/Excia, o Ministro de Estado e
Chefe da Casa Civil do Presidente da República, a concepção de uma
proposta do referido Plano, que contou com as contribuições da Assembleia
Nacional, dos Tribunais Superiores, dos diferentes departamentos
ministeriais, da sociedade civil, das Nações Unidas, bem como do PACED.
CONTEÚDO
O conteúdo da Estratégia Nacional de Prevenção e Repressão da Corrupção, doravante
designado ENAPREC, é constituído por:

 Índice; Sete Capítulos, sendo:


 Prefácio e agradecimentos; I- Enquadramento da Estratégia;
II- Missão, Visão e Valores;
 Abreviaturas; III- Prevenção
 Introdução; IV- Detecção
 Sumário Executivo; V- Repressão;
VI- Gestão da Estratégia;
 Metodologia; VII- Avaliação da Estratégia e;

- Dois anexos, nomeadamente:


Cronograma de acções e Check list.
INTRODUÇÃO

Na parte introdutória, faz-se uma caracterização


geográfica, política, económica, cultural e social do
país, bem como uma abordagem sobre os fenómenos
que propiciaram o crescimento de actos de corrupção,
legislação existente e os fundamentos da concepção da
Estratégia para a sua prevenção e repressão.
SUMÁRIO EXECUTIVO

No Sumário Executivo faz-se uma abordagem holística do


fenómeno corrupção no País, suas causas e consequências,
sendo que para garantir a eficácia da sua mitigação, foram
definidos três eixos, a saber:
I- Prevenção;
II- Detecção;
III- Repressão.
OBJECTIVO DA ESTRATÉGIA

O objectivo da ENAPREC é o de reduzir os índices de corrupção por


via:
• Da promoção da integridade, transparência e melhoria da
prestação de serviços nos sectores público e privado;
• Do envolvimento dos cidadãos na Prevenção e Repressão à
Corrupção;
• Da transparência na gestão da coisa pública.
METODOLOGIA

Na elaboração da presente proposta de Estratégia, o Grupo de


Trabalho obedeceu aos princípios constantes da Metodologia de
Planeamento Estratégico e observou as seguintes etapas
fundamentais:

 Definição dos objectivos da Estratégia;


 Elaboração do Plano de Acção;
 Estabelecimento de mecanismos de gestão e avaliação.
ENQUADRAMENTO DA ENAPREC
Faz-se o enquadramento da ENAPREC nos planos:
 Constitucional (art. 21º da CRA)
 Legislativo:
a) Nacional (Legislação ordinária);
b) Internacional (Convenções, Protocolos e Tratados);
 Institucional;
 Políticas Públicas.
ALINHAMENTO DA ESTRATÉGIA COM INSTRUMENTOS
NACIONAIS DE PLANIFICAÇÃO

A elaboração da Estratégia está alinhada com os diversos instrumentos


nacionais de planificação, nomeadamente:
 Estratégia de longo prazo (ELP) Angola;
 Plano de Desenvolvimento Nacional;
 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável;
 Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM);
 Plano Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza
(PIDLCP).
MISSÃO, VISÃO E VALORES
MISSÃO

A estratégia tem por missão:


 O reconhecimento da necessidade de mitigação do
impacto da corrupção;
 O reforço das políticas gizadas pelo Executivo no
âmbito da prevenção, detecção e repressão da
corrupção;
 A promoção de uma cultura de transparência,
integridade, boa governação e responsabilização,
visando o desenvolvimento económico e social do país;
 A promoção da cultura de denúncia e da tolerância zero,
relativamente aos actos de corrupção e conexos.
VISÃO

A ENAPREC deverá constituir-se num


instrumento de referência na prevenção,
detecção e repressão da corrupção e
criminalidade conexa, tendo em vista o reforço
da confiança dos cidadãos nas Instituições
Públicas e na adopção de boas práticas tanto no
sector público como no sector privado.
VALORES

A ENAPREC assenta nos seguintes valores estruturantes:


 Legalidade
 Probidade
 Respeito pelo Património Público
 Imparcialidade
 Prossecução do Interesse Público
 Responsabilidade e Responsabilização
 Transparência
PREVENÇÃO
OBJECTIVOS

Os objectivos que se pretendem alcançar com a implementação da


ENAPREC no domínio da prevenção são os seguintes:
1. EDUCAR PARA PREVENIR.
2. APERFEIÇOAR, HARMONIZAR E ESTENDER OS PLANOS DE ACÇÃO A TODAS AS
INSTITUIÇÕES DO ESTADO.
3. REDUZIR O FENÓMENO CORRUPÇÃO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS.
4. APROFUNDAR O CONHECIMENTO DO FENÓMENO CORRUPÇÃO, SUAS CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS.
5. FORTALECER O ENVOLVIMENTO E A PARCERIA ENTRE OS SECTORES PÚBLICO E
PRIVADO.
6. MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓCIOS.
7. MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS CIDADÃOS.
ACÇÕES
Para alcançar os objectivos acima referidos foram elencadas 60 acções, sendo 45 para o sector público, 8
para o sector privado e corporativo, e 7 para a sociedade civil.
Entre elas, relativamente ao Sector Público, destacamos as seguintes:

a) A necessidade de inclusão de matérias sobre corrupção no currículo académico;


b) A necessidade de informatização dos serviços públicos;
c) O ajustamento da política remuneratória do Estado e adoptação de mecanismos para a
melhoria do salário mínimo nacional;
d) A alteração do regime da Declaração de Bens;
e) Limitação de recurso ao procedimento de contratação simplificada ao mínimo necessário;
f) Limitação ao mínimo necessário o recurso aos contratos de consultoria;
g) Adopção do procedimento da contratação electrónica como regime regra;
h) Sujeição a nomeação do gestor a frequência de cursos sobre ética, deontologia profissional e
probidade pública;
ACÇÕES
Quanto ao Sector Privado e Corporativo, destacamos:
a) A concessão de programas de sensibilização sobre corrupção e criminalidade conexa;
b) A criação de mecanismos de controlo interno e de compliance;
c) A adopção de declaração de integridade como um dos requisitos de sua participação
nos procedimentos de contratação pública.

Em relação a Sociedade Civil, a ENAPREC, prevê entre outras as seguintes acções:


d) A promoção de iniciativas anticorrupção e participação na formulação de políticas
públicas sobre a matéria;
e) A promoção na sociedade da cultura de denúncia de todas as práticas lesivas dos
interesses públicos e privados.
DETECÇÃ
O
DETECÇÃO
A detecção consiste na verificação de qualquer acção ou comportamento susceptível de configurar ou
indiciar um acto de corrupção e tem em vista os seguintes objectivos:
OBJECTIVOS:
a) Dotar o sector público e privado, bem como a sociedade no geral, de ferramentas para detecção de
actos de corrupção e conexos;
b) Incentivar a cultura de denúncia.

Das acções previstas para atingir esses objectivos, destacam-se:


a) A criação de sistemas inteligentes de identificação de padrões de comportamentos suspeitos (sistemas
de alerta), no âmbito da informatização dos serviços da Administração Pública;
b) A adopção de mecanismos que permitam a identificação do beneficiário efectivo;
c) A criação de mecanismos eficazes de protecção dos denunciantes, testemunhas e arguidos
colaboradores.
REPRESSÃO
REPRESSÃO
Apesar da estratégia dar primazia à vertente preventiva, a ocorrência de actos de
corrupção e criminalidade conexa deverá ser reprimida, visando alcançar os seguintes
objectivos:
1. Adopção de mecanismos processuais, investigativos e de cooperação que permitam
uma célere e total recuperação dos produtos do crime.
2. Optimização das tecnologias de informação para tornar mais célere a instrução dos
processos.
3. Fortalecimento da coordenação e cooperação interinstitucionais dos diversos órgãos
que intervêm na repressão da corrupção e criminalidade conexa.
4. Fortalecimento da parceria entre as instituições públicas, sociedade civil e sector
privado, nas acções contra a corrupção e criminalidade conexa.
REPRESSÃO
5. Reforço da capacidade humana, técnica e tecnológica dos órgãos intervenientes nesta
luta.
6. Reforço da coordenação e colaboração com organizações internacionais ligadas à
repressão da corrupção.
7. Reforço das medidas para mitigação de casos de violação do segredo profissional.
8. Adopção de mecanismos para redução do tempo de resposta do sistema judicial.
9. Reforço da confiança dos cidadãos nos órgãos judiciários e judiciais.
10. Reforço da confiança dos investidores na justiça angolana.
ACÇÕES
O alcance dos objectivos acima elencados passa pela realização de 14 acções, entre elas:
a) A realização de acções de formação contínua, visando a criação de equipas especializadas
nos diversos órgãos que concorrem para a repressão da corrupção e criminalidade
conexa;
b) A constituição de equipas multidisciplinares para a investigação dos chamados “mega
processos”;
c) A criação de mecanismos de perda sem condenação no âmbito da recuperação de
activos;
d) O aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão dos activos recuperados;
e) A criação de sistemas informáticos unificados que permitam o acesso dos órgãos
judiciários e judiciais às bases de dados da Administração Pública;
f) A criação de salas especializadas nos Tribunais de Comarca e da Relação para
julgamento dos casos de corrupção e conexos.
GESTÃO DA ESTRATÉGIA
GESTÃO DA ESTRATÉGIA
A gestão da estratégia, numa primeira fase, caberá a
Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) no
que a vertente da prevenção e da detecção diz respeito,
sendo da responsabilidade da Procuradoria-Geral da
República (PGR), a gestão do eixo da repressão.
A responsabilidade da IGAE, neste domínio, vai se
estender até a criação de uma entidade independente que
assumirá aquela função.
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Para avaliação da implementação das acções constantes da ENAPREC será criada uma
Comissão Anticorrupção, de Alto Nível, a ser coordenada pelo Poder Executivo que
integrará as seguintes entidades:

a) Representante da Assembleia Nacional;


b) Representante do Tribunal Supremo;
c) Representante do Tribunal de Contas;
d) Representante da Procuradoria-Geral da República;
e) Representante da Inspecção Geral da Administração do Estado;
f) Representantes da Sociedade Civil.
As questões referentes à avaliação serão definidas pelo Titular do Poder Executivo, em
diploma que aprovará a Estratégia.
CRONOGRAMA DE ACÇÕES E CHECK LIST

As acções da estratégia obedecerão a um cronograma constante do


anexo I, que estabelece os responsáveis pela sua execução, os
participantes ou colaboradores, bem como o período dentro do qual
deverão ser implementadas.
Periodicamente será apresentado pelas diferentes instituições e
órgãos um balanço da implementação das acções, devendo com
efeito preencher uma Chek List, anexo II, que será objecto de
análise e avaliação por parte da Comissão de Alto Nível.
MUITO OBRIGADA PELA VOSSA
ATENÇÃO.

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