Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Para operacionalizar a EAC foi traçado o respectivo Plano de Acção Nacional de Combate
à Corrupção (PAN) que incide nos cinco sectores prioritários, identificados pela pesquisa
de base, designadamente, Ministérios do Interior, Finanças, Educação, Saúde e o Sector
Judiciário (Procuradoria, Tribunais e Ministério da Justiça). Foram ainda estabelecidos
mecanismos de supervisão e monitoria da implementação da Estratégia Anti-corrupção,
nomeadamente a CIRESP a nível central e os Observatórios de Desenvolvimento e
Conselhos Consultivos Distritais a nível das Províncias e Distritos respectivamente.
Neste contexto, foi lançada a Segunda Pesquisa Nacional sobre Governação e Corrupção
que representa a continuidade do cometimento do Governo na luta contra a corrupção,
que visa (i) avaliar a percepção dos cidadãos quanto à governação, às práticas corruptas
e à qualidade dos serviços prestados pelo sector público; (ii) aferir o impacto das
mudanças introduzidas no âmbito da Reforma do Sector Público com enfoque na
implementação da EAC; e (iii) assessorar o Governo no desenvolvimento de novas
abordagens para o combate a corrupção, melhoria dos processos de boa governação e
promoção da integridade.
A EAC define a corrupção como o abuso de autoridade ou função confiada a alguém para
benefício pessoal que, se manifesta de várias formas:
Abordagem compreensiva
1. Intolerância ou tolerância zero
2. Prevenção
3. Sancionamento
Com base nos objectivos da EAC, destacam-se neste capítulo as principais actividades
realizadas pelos cinco sectores-chave que operacionalizam a implementação da
Estratégia e pelo Ministério da Indústria e Comércio através do relevante papel na
melhoria do ambiente de negócios.
d) Sector Judiciário
• Melhorado o acesso aos serviços dos registos civil aos cidadãos, através da expansão
dos serviços para junto das populações; permitindo que os postos administrativos façam o
registo de casos de nascimentos e de óbitos;
• Criada uma equipe tripartida integrando o Ministério dos Assuntos dos Antigos
Combatentes, o Ministério das Finanças e o Tribunal Administrativo, para a análise dos
processos com vista a redução do tempo de tramitação dos processos e pedidos de
fixação de pensões de reforma e sobrevivência dos combatentes da luta armada. Estas
acções desenvolvidas resultaram no aumento do número de processos tramitados nas
componentes de vistos e abonos, área civil e área militar.
• Simplificado o modelo 10, que era implementado desde o ano de 2009 e está em curso
a actualização dos modelos 20 e 22 para acomodar as Normas Internacionais do
Relatório Financeiro. A simplificação deste módulo está a melhorar a prestação de
serviços e transparência na área de impostos e auditoria;
• Criado um Centro de Informação de Negócios (CIN) onde são prestadas, via telefónica,
informações diversas relativas ao licenciamento, constituição de empresas, DIRE, etc.,
bem como a localização de instituições públicas e na elaboração de um manual que vai
congregar de forma sistematizada toda informação contida na base de dados. Esta
informação está a servir de suporte para alimentação e actualização do portal dos BAU´s,
operacionalizado pela Unidade Técnica para Implementação da Política de Informática
(UTICT);
a) MISAU
• Realizada a primeira Reunião Nacional sobre corrupção no sector da saúde que contou
com a participação de membros do Conselho Consultivo e técnicos seniores do MISAU e
feita a réplica a nível das províncias;
b) MINT
c) MF
a) Sector Judiciário
MJ
• Com vista a melhorar o acesso aos serviços legais e judiciais nas províncias foi
compilado e produzido o I Volume da Jurisprudência do Tribunal Supremo. Em finalização
o Volume II
Ministério da Justiça
• Lei das medidas Alternativas e Penas Alternativas a Prisão: visa garantir a reinserção
social dos presos.
a) MF
Implementação do SISTAFE
b) Sector Judiciário
Tribunal Administrativo
• Os relatórios sobre a gestão das finanças públicas no geral apontam para melhorias
significativas na elaboração da Conta Geral do Estado, bem como à sua submissão
atempada ao Tribunal Administrativo;
• Inclusão do distrito como uma categoria orçamental separada, que deixa de ser uma
linha do orçamento provincial. Este facto, constituiu um grande avanço tendo em conta a
centralidade do distrito na planificação e nas estratégias de desenvolvimento e ainda pelo
• Melhorou o acesso público à informação da CGE, uma vez que o Relatório e o Parecer
sobre a Conta Geral do Estado passaram a ser publicados também no Boletim da
República;
• O número de contas julgadas, é outro elemento que mostra uma tendência crescente,
confirmando a existência de um maior protagonismo desta instituição no exercício do seu
mandato de controlo externo.
c) MINED
d) MISAU
e) MIC
b) Sector Judiciário
PGR
• Producao anual de panfletos pelo GCCC, distribuídos aos cidadãos que entraram no
país através dos Postos Fronteiriços de Ressano Garcia, na Província de Maputo,
Machipanda, na Província de Manica, e Zóbuè, Kuchamano e Namilamba, na Província
de Tete, no acto do registo migratório que está a melhorar os níveis de consciência dos
cidadãos para se prevenirem de actos corruptivos e permite maior aproximção entre o
c) MINED
MJ
• Efectuada sensibilização e mobilização das comunidades a aderirem ao registo das
crianças e pretende-se que os pais e encarregados/cuidadores sejam mobilizados no
sentido de fazerem o registo dos seus filhos ou crianças à sua guarda.
Ministério da Saúde
Lançada uma Campanha Nacional de Cortesia no Atendimento aos Cidadãos nas
Unidades Sanitárias, que tem como objectivo imprimir uma nova dinâmica ao conjunto de
actividades em prol da melhoria da qualidade e humanização da assistência sanitária aos
cidadãos.
a) MINED
b) MIC
c) MF
d) MINT
De uma forma geral, a nível sectorial todos os sectores criaram estruturas para lidar com
a implementação da Estratégia Anti-Corrupcao. Em alguns casos foram criadas unidades
próprias (MINT e Justiça) e outros as Inspecções Sectoriais exercem essa função (casos
do MEC e do MISAU) às vezes coadjuvados por comités específicos, como os de
monitoria (Finanças e MEC).
A NÍVEL NACIONAL:
A NÍVEL INTERNACIONAL
1) Nível Central
• Reduzido o tempo de Licenciamento para Actividade Mineira, de 120 dias para 60.
• Incluída a taxa de embarque no Bilhete de avião, o que contribui para facilitar a vida do
cidadão.
• Instalada a linha verde na instituição que tem como finalidade receber reclamações e
sugestões dos funcionários e cidadãos em geral.
i) Ministério da Agricultura
• Realização regular de acções inspectivas a nível das nas delegações do INAS nas
Direcções provinciais.
• Abertas contas comunitárias para a canalização dos 20% que revertem a favor das
comunidades junto das áreas de conservação;
2) Nível Provincial
a) Maputo
• No Governo Distrital de Manhiça, foi criada uma base de dados para o controlo na
gestão de expedientes e para facilitar o atendimento ao público. Refira-se que a nível da
• No Distrito de Magude, foi criado o balcão de atendimento único distrital (BAUD), com
enfoque para o licenciamento comercial, aquisição de passaportes localmente, certidões
diversas, obtenção do DUAT, licenças para abate de gado para a comercialização, entre
outros;
b) Manica
c) Niassa
• Criado o BAU.
d) Cidade de Maputo
e) Inhambane
f) Sofala
g) Tete
h) Zambézia
a) Maputo
c) Tete
d) Zambézia
a) Maputo
c) Cabo Delgado
d) Niassa
f) Inhambane
g) Zambézia
a) Maputo
b) Manica
c) Nampula
e) Sofala
g) Zambézia
• Incentivada a afixação de informação vital nas vitrinas públicas dos sectores isto com
vista ao combate a corrupção;
a) Maputo
b) Manica
c) Nampula
d) Niassa
5. Desafios
6. Conclusão
Por estas e outras razões, há uma grande preocupação e vontade política por parte do
Governo em dizimar o fenómeno da corrupção. Daí, ter traçado a Estratégia Anti-
Corrupção, parte integrante da Estratégia Global da Reforma do Sector Público,
desencadeada em todos os sectores e a todos os níveis das instituições públicas
mediante acções que visam mitigar os efeitos deste mal. Esta acção não envolve apenas
os organismos intervenientes, mas também, a sociedade civil e o sector privado.
O Governo tem promovido e realizado, aos vários níveis, acções e políticas conducentes
ao resgate dos valores morais, da ética e deontologia profissional, comportamentos a
adoptar, como reforço crucial para um efectivo exercício da Boa Governação.
O Governo não pode, ele só, arcar com a responsabilidade de combater a corrupção. Só
uma rede de instituições públicas que jogam cada um o seu papel, na dissuasão, na
denúncia, na investigação e na punição de práticas corruptas, de corrupção. A batalha só
pode ser ganha se as instituições públicas e privadas actuarem em conjunto e com um
único propósito de garantir que a corrupção não subverta a governação.
Para que a presente e a próxima EAC sejam implementadas com sucesso, devem ser
assumidas por todo o povo moçambicano, tornando-se assim, num compromisso dos
cidadãos e das instituições. Os órgãos de comunicação social têm um enorme papel
educativo. À sociedade civil e o Sector Privado recai a imperiosa responsabilidade de
empreender esforços para a luta contra à corrupção.