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estudo de caso
O setor público demanda tecnologias de gestão entendem que o alinhamento dos projetos com as
que tragam mais transparência, economicidade e estratégias melhora o desempenho organizacional,
efetividade no uso de seus recursos, possibilitando facilitando o alcance das metas.
melhor qualidade de vida para o cidadão. Assim, No setor público, os projetos têm características
a partir da década de 1980, iniciou-se um movi- diferentes do setor privado, como o controle pela
mento internacional crescente de modernização da imprensa, a prestação de contas para órgãos exter-
administração pública, denominado Nova Gestão nos e as formas de aquisição regidas por lei específi-
Pública ou Administração Gerencial. Um dos veto- ca, além da influência do ciclo eleitoral e do regime
res desse movimento é a aplicação do modelo de anual do orçamento. Assim, para apoiar suas orga-
gestão privada em organizações públicas, na busca nizações no desenvolvimento bem-sucedido de seus
de melhores resultados das políticas de governo projetos, o setor público tem recorrido à implantação
voltadas para o cliente-cidadão – que contribui de um Escritório de Gerenciamento de Projetos
com os impostos e também é cliente dos serviços (EGP) ou Project Management Office (PMO).
do Estado. Em 2009, a Prefeitura da Cidade do Rio de
A Nova Gestão Pública tem no gerenciamento Janeiro (PCRJ) iniciou um processo de moder-
de projetos um componente importante para sua nização das práticas gerenciais. Entre suas
realização. Além disso, as lideranças corporativas ações, estava a implantação de um Escritório de
nários porque percebem que a sustentabilidade não é algo que diz respeito somente a eles ou à sua
empresa. Trata-se de uma questão social com implicações globais. A organização que resolver a tensão
que as pessoas sentem entre seus valores pessoais e os interesses da empresa terá uma força de traba-
lho mais produtiva, altamente engajada.
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notas
Ameaças internas
Análises sobre o tamanho e o alcance das ameaças internas na vida das empresas mostram quem
são os personagens “infiltrados” e que riscos representam. Eles estão espalhados pela organização e
ignoram os protocolos. Consideram a maneira “oficial” de fazer as coisas muito difícil e complicada,
por isso preferem utilizar seus próprios métodos. Muitos cometem erros devido à falta de capacitação
(ou porque desconhecem) sobre os processos e sistemas adequados. Existem também os “sabe tudo”,
que querem “contribuir”, “mostrar valor” e ser visíveis sempre que possível. Esses podem compartilhar
mais informação do que o necessário. Apressam-se para responder a uma solicitação quando alguém
mais qualificado é que deveria fazê-lo ou redigem uma comunicação sem o tato ou a sutileza necessá-
ria. Publicarão sem pensar, nas mídias sociais, sobre temas delicados. Alguns poderão roubar ou mani-
pular informações confidenciais apenas por diversão ou para demonstrar que podem fazê-lo. Já os altos
executivos, com acesso privilegiado, acham que têm o direito de fazer as coisas ao seu próprio modo e
ignoram as políticas de segurança da informação. E os “traidores” são funcionários maliciosos, que têm
boas intenções nos primeiros dias de trabalho, mas perdem essa “capa moral”, descontentes por não
terem tido aumento de salário, e podem internalizar um descontentamento destrutivo.
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tema
Estratégia e alto
desempenho POR CARLOS GUSTAVO F. CAIXETA
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