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Aula 03 (Prof.

Mayara Rosa)

Normas e Governança do SISP para Concursos - Curso Regular


Professores: Flávia Soares, Mayara Rosa
 

AULA 03 

SUMÁRIO  PÁGINA 

Infraestrutura   Nacional   de   Dados   Abertos  ( INDA)   –  Decreto   s/n,   de   15   de  2 
setembro   de   2011 

  Governança   Digital   ­  Decreto   8.638/2016  13 
 
   

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  Infraestrutura  Nacional  de  Dados  Abertos  (INDA) 


– Decreto s/n, de 15 de setembro de 2011 
 
O Decreto s/n de 15 de setembro de 2011 instituiu o Plano de ação nacional sobre 
Governo Aberto. O objetivo desse plano era: 
 

“promover ações e medidas que visem ao incremento da 


transparência e do acesso à informação pública, à melhoria na 
prestação de serviços públicos e ao fortalecimento da integridade 
pública.” 
 
As diretrizes para essas ações e medidas são as seguintes: 
 
I  ‐  aumento  da  disponibilidade  de  informações  acerca  de  atividades 
governamentais,  incluindo  dados  sobre  gastos  e  desempenho  das  ações  e 
programas; 

II ‐ fomento à participação social nos processos decisórios; 

III  ‐  estímulo  ao  uso  de  novas  tecnologias  na  gestão  e  prestação  de  serviços 
públicos,  que  devem  fomentar  a  inovação,  fortalecer  a  governança  pública  e 
aumentar a transparência e a participação social; e 

IV  ‐  incremento  dos  processos  de  transparência  e  de  acesso  a  informações 


públicas, e da utilização de tecnologias que apoiem esses processos. 
 
   

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O  “Plano  de  ação  nacional  sobre  Governo Aberto” deverá contemplar, prioritariamente, 


a  inserção  de  iniciativas,  ações,  projetos,  programas  e  políticas  públicas  inovadoras  e 
busca alcançar: 
 

o aumento da transparência 
 

o aprimoramento da governança pública 


 

o acesso às informações públicas 


 

a prevenção e o combate à corrupção 


 

a melhoria da prestação de serviços públicos e da eficiência 


 
administrativa 

o fortalecimento da integridade pública. 


 
 
 
Além  do  Plano  de  ação,  o  decreto  também  institui  o  Comitê  Interministerial  Governo 
Aberto ‐ CIGA com a finalidade de: 
 
I  ‐  orientar  a  elaboração,  a  implementação,  o  monitoramento  e  a  avaliação do 
Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; 

II  ‐ propor ações prioritárias a serem implementadas no curto prazo no âmbito do 
Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; 

III  ‐  promover  a  articulação intragovernamental necessária à execução das ações 


conjuntas,  troca  de  experiências,  transferência  de  tecnologia  e  capacitação  no 
âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; e 

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IV  ‐  identificar  ações  de  pesquisa  e  desenvolvimento  necessárias  no  âmbito  do 
Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto. 
 
As competências do CIGA são: 
 
I  ‐  promover  a  difusão  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo  Aberto  junto  à 
sociedade  e  a  articulação  intragovernamental  para  a  sua  implementação  e 
execução; 
II  ‐  identificar  os  meios  necessários  à  elaboração,  implementação  e 
monitoramento do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; 
III ‐ apreciar as propostas que lhe forem submetidas pelo Grupo Executivo; 
IV  ‐  avaliar  os  resultados  e  propor  alterações  ou  revisões  ao  Plano  de  Ação 
Nacional sobre Governo Aberto; e 
V  ‐  aprovar  parâmetros,  métodos  e  práticas  para  sua  implementação, 
coordenação,  execução  e  avaliação  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo 
Aberto, quando necessário. 
 
O  CIGA  é  integrado  pelos  titulares  dos  seguintes  órgãos  (que  indicarão  seus  respectivos 
suplentes): 
 
Casa Civil da Presidência da República ‐ COORDENADOR DO COMITÊ 
Secretaria‐Geral da Presidência da República; 
Controladoria‐Geral da União; 
Ministério da Justiça; 
Ministério da Fazenda; 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; 
Ministério das Comunicações, Ministério das Relações Exteriores; 
Ministério da Educação; 
Ministério da Saúde; 
Ministério do Esporte; 
Ministério do Meio Ambiente; 
Ministério da Integração Nacional; 
Ministério da Previdência Social; 

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Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 


Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e  
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. 
 
O CIGA também conta com um Grupo Executivo com os seguintes objetivos: 
 
I  ‐  elaborar  a  proposta  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo  Aberto  e 
submetê‐la à apreciação do CIGA, no prazo e condições por este definidos; 

II  ‐  planejar,  executar  e  coordenar  processos  de  consulta,  voltados  ao  Plano de 
Ação Nacional sobre Governo Aberto; 

III  ‐  coordenar  a  implementação  e  a  execução  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre 
Governo Aberto; 

IV  ‐ definir procedimentos para realização de estudos e levantamento de dados 
e  informações  essenciais  para  a  elaboração,  implementação,  coordenação  e 
avaliação do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; 

V  ‐  monitorar  e  avaliar  periodicamente  a  implementação  do  Plano  de  Ação 


Nacional  sobre  Governo  Aberto,  sob  a  orientação  do  CIGA,  e  a  ele  reportar  os 
resultados; 

VI  ‐  coordenar  a  produção  e  a  disseminação  do  material  de  divulgação sobre o 


Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; e 

VII ‐ proceder às alterações no Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto ou à 
sua  revisão,  e  zelar  pela  adoção  dos  parâmetros,  métodos  e  práticas,  em 
cumprimento às disposições do CISP. 
 
O Grupo Executivo é integrado pelos Secretários‐Executivos dos seguintes órgãos (que 
poderá indicar até três suplentes): 
 
Controladoria‐Geral da União ‐ COORDENADOR DO GRUPO EXECUTIVO 
Casa Civil da Presidência da República; 
Secretaria‐Geral da Presidência da República; 
Ministério da Fazenda; 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;  

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Ministério das Relações Exteriores, e  


Ministério da Justiça 
 
Perceba  que  os  membros do Grupo Executivo não contemplam todos os órgãos do CIGA, é 
um  subconjunto,  por  isso,  o  decreto  prevê  que  o  Grupo  Executivo  convidará  para 
participar  de  suas  reuniões  representantes  dos  demais  órgãos  integrantes  do  CIGA 
sempre  que  necessário  para  a  discussão  de  políticas,  programas,  projetos  ou  matérias 
relacionados com suas respectivas competências institucionais. 
 
Além  disso,  poderão  ser  constituídos,  no  âmbito do Grupo Executivo, grupos de trabalho 
temáticos  destinados  ao  estudo  e  à  construção  de  propostas  sobre  temas  específicos 
abrangidos por este Decreto. 
 
Outras definições do decreto: 
 
A  estratégia  de  elaboração  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo  Aberto 
deverá  prever  a  realização  de  consultas  para  manifestação  de  movimentos 
sociais, instituições científicas e demais entidades e agentes interessados. 
 
O  CIGA  e  o  Grupo  Executivo  poderão  convidar  para  participar  dos  seus  trabalhos 
representantes  de  órgãos  e  entidades,  públicas  ou  privadas,  além  de 
especialistas,  peritos  e  outros  profissionais,  cujos  conhecimentos,  habilidades  ou 
competências possam contribuir para o cumprimento dos seus objetivos. 
 
A  participação  nas  instâncias  colegiadas  instituídas  neste  Decreto  será 
considerada serviço público relevante, não remunerado. 
 
O  apoio  administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos do CIGA e 
do Grupo Executivo serão fornecidos pela Controladoria‐Geral da União. 
 
As  instituições  da  administração  pública  federal  fornecerão  informações 
necessárias  à  elaboração  e  implementação  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre 
Governo Aberto, quando solicitadas, de forma justificada, pelo Grupo Executivo. 
 

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O  Decreto  cria:  O  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo  Aberto  ,  o  Comitê 
Interministerial  Governo  Aberto  (CIGA)  e  o  Grupo  Executivo.  Fiz  um  resumo 
esquemático para você, com a relação entre os três. 
 

 
 
Ou  seja,  o  Decreto  s/n  de  15  de  setembro  de  2011  estabeleceu  o  compromisso  do 
governo  de  implantar  a  Infraestrutura  Nacional  de  Dados  Abertos.  Então,  em  12  de 
abril  de  2012  a  SECRETARIA  DE  LOGÍSTICA  E  TECNOLOGIA  DA  INFORMAÇÃO  DO 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO editou a Instrução Normativa nº 4 
que institui a INDA.  
 
 
   

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O que é a INDA? 
É  uma  política  para  garantir  e  facilitar  o  acesso  pelos  cidadãos,  pela  sociedade  e,  em 
especial,  pelas  diversas  instâncias  do  setor  público  aos dados e informações produzidas 
ou custodiadas pelo Poder Executivo federal. 
 
Quais são seus objetivos? 

definir,  estruturar  e  coordenar  a  política  de  dados  abertos,  bem  como  estabelecer  o  seu  modelo  de 
funcionamento; 

promover  o  ordenamento  na  geração,  armazenamento,  acesso,  e  compartilhamento  de  dados  para  uso 
do Poder Executivo federal e da sociedade; 

definir  e  disciplinar  os  padrões  e  os  aspectos  técnicos referentes à disponibilização e disseminação de 


dados para uso do Poder Executivo federal e da sociedade; 

promover  o  compartilhamento  de  recursos  de tecnologia da informação e evitar a duplicidade de ações 


e  o  desperdício de recursos na disseminação de dados e informações pelos órgãos e entidades do Poder 
Executivo federal; 

apoiar,  capacitar  e  fornecer  suporte  para  a  publicação  de  dados  abertos  aos  órgãos  e  entidades  do 
Poder  Executivo  federal  ou  que  aderirem  à  INDA  que  não  possuem  prática,  cultura  e  atribuições 
finalísticas de disseminação de dados; 

buscar  a  melhoria  contínua  da  publicação  de  dados  abertos,  baseando-se  nas  melhores  práticas 
concebidas nos cenários nacional e internacional; 

promover  a  colaboração  entre  governos  dos  diferentes  níveis  da  federação  e  entre  o  Poder  Executivo 
federal e a sociedade, por meio da publicação e do reúso de dados abertos; 

promover  e  apoiar  o  desenvolvimento  da  cultura  da  publicidade  de  dados  e  informações  na  gestão 
pública; 

disponibilizar  tecnologias  e  apoiar  as  ações  dos  órgãos  e  entidades  do  Poder  Executivo  federal  ou  que 
aderirem à INDA na implementação da transparência ativa por meios digitais; e 

promover  a  participação  social  na  construção  de  um  ecossistema  de  reuso e de agregação de valor dos 
dados públicos. 

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A instrução normativa traz algumas definições importantes: 


 

dado:  sequência  de  símbolos  ou  valores,  representados  em  algum  meio, 
produzidos como resultado de um processo natural ou artificial; 
 

informação:  conjunto  de  dados  organizados  de  tal  forma  que  tenham 
valor ou significado em algum contexto; 
 

dado  público:  qualquer  dado  gerado  ou  sob  a guarda governamental 


que não tenha o seu acesso restrito por legislação específica; 
 

formato  aberto:  formato  de  arquivo  não  proprietário,  cuja 


especificação  esteja  documentada  publicamente  e  seja  de  livre  conhecimento  e 
implementação,  livre  de  patentes  ou  qualquer  outra  restrição  legal  quanto  à  sua 
utilização; 
 

licença  aberta: acordo de fornecimento de dados que conceda amplo 
acesso  para  que  qualquer  pessoa  os utilize, os reutilize, e os redistribua, estando sujeito 
a, no máximo, a exigência de creditar a sua autoria e compartilhar pela mesma licença; 
 

dados  abertos:  dados  públicos  representados  em  meio  digital, 


estruturados  em  formato  aberto,  processáveis  por  máquina,  referenciados  na  rede 
mundial  de  computadores  e  disponibilizados  sob  licença  aberta  que  permita  sua  livre 
utilização, consumo ou cruzamento; e 
 

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metadado:  informação  que  descreve  características  de  determinado 


dado, explicando‐o em certo contexto de uso. 
 
COMPOSIÇÃO DA INDA 

Obrigatoriamente  Órgão Central, os Órgãos Setoriais, os Órgãos Seccionais e 


Correlatos do Sistema de Administração de Recursos de 
Informação e Informática – SISP 

Facultativamente  Mediante a assinatura do Termo de Adesão*: demais órgãos e 


entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, das 
esferas Federal, Estadual, Distrital e Municipal. 
 
*  Os  cidadãos  e  entidades  da  sociedade civil interessados nas atividades da INDA poderão 
participar  de  sua  implementação  independentemente da  assinatura de termo de adesão. 
Entidades  privadas nacionais ou internacionais poderão colaborar com a INDA mediante a 
celebração  de  termo  de  cooperação  específico  para  este  fim,  sem  ônus  para 
Administração. 
 
A  Instrução  Normativa  definiu  que  a  INDA  disponibilizaria  o  Portal  Brasileiro  de  Dados 
Abertos,  que  será  o  sítio  eletrônico  de  referência  para  a  busca  e  o  acesso  aos  dados 
públicos,  seus  metadados,  informações,  aplicativos  e  serviços  relacionados.  Este  portal 
foi implementado e é acessível pelo endereço http://dados.gov.br. 

 
Página inicial do Portal Brasileiro de Dados Abertos ‐ dados.gov.br 

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Composição do Comitê Gestor da INDA 

I ‐ do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, representado pela 
Secretaria de Logística e Tecnologia da 
Informação – SLTI/MP, que o presidirá; 
 
II – da Casa Civil da Presidência da 
República; 
 
III – da Controladoria Geral da União – 
CGU; 
 
IV ‐ do Ministério da Ciência, Tecnologia 
um representante titular e dois  e Inovação; 
suplentes    
V – do Ministério do Desenvolvimento 
Social; 
 
VI – do Ministério da Educação; 
 
VII – Ministério da Saúde; 
 
VIII – da Secretaria Geral da Presidência 
da República; e 
 
IX – do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE; 

I – da sociedade civil, a ser indicado pela 


Secretaria Nacional de Articulação Social 
da Secretaria Geral da Presidência da 
um representante das seguintes  República; e 
instâncias, com mandato de dois anos,   
permitida uma única recondução e  II – do setor acadêmico com notório 
vedada a indicação de suplente  saber no segmento de Tecnologia da 
Informação, a ser indicado pelo 
Ministério da Ciência, Tecnologia e 
Inovação. 
 
 
   

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Competências do Comitê Gestor da INDA 


 
I  –  aprovar  o  seu  regimento  interno  e  eventuais  alterações,  por  da maioria absoluta dos 
seus membros; 
 
II  –  deliberar  sobre  convite  para  que  outros  órgãos  e  entidades  do  Poder  Executivo 
federal passem a integrá‐lo; 
 
III  –  priorizar  e  recomendar  aos  órgãos  e  entidades  quanto  à  abertura  dos  dados  e 
informações,  nos termos estabelecidos pela e‐PING, instituída pela Portaria Normativa da 
SLTI nº 5, de 14 de julho de 2005; 
 
IV – definir o modelo de licença para os dados abertos; 
 
V – criar, alterar ou extinguir grupos de trabalho no âmbito da INDA; 
 
VI  –  estabelecer  diretrizes  para  o  desenvolvimento,  implantação,  manutenção  e  gestão 
da evolução do Portal Brasileiro de Dados Abertos; e 
 
VII  –  elaborar,  monitorar  e  aprovar  por  maioria  absoluta  o  Plano  de  Ação  para  a 
implantação da INDA, contendo, entre outros, os seguintes aspectos: 
 
a)  prazo  para  a  implantação  das  estruturas  física  e  lógica  da  INDA  e  do  Portal 
Brasileiro de Dados Abertos; 
 
b)  forma  para  os  órgãos  e  entidades  integrantes  da  INDA  disponibilizarem  e 
atualizarem,  no  Portal  Brasileiro  de  Dados  Abertos,  os  metadados  dos  dados  já 
publicados de seu acervo; 
 
c)  procedimentos  para  que os órgãos e entidades integrantes da INDA apresentem 
plano  de  adequação  para  que  os  dados  públicos  aos  quais  se  refere à alínea “b” 
deste inciso possam ser considerados dados abertos; 
 

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d)  prazo  para  o  início  da  divulgação  dos  metadados  e  da  disponibilização  dos 
serviços relacionados pelo Portal Brasileiro de Dados Abertos; e 
 
e)  regras  para  a  disponibilização  na  INDA  dos  metadados  de  novos  projetos  ou 
novos dados. 
 
 

 
   

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Governança Digital ‐ Decreto 8.638/2016 


 
O  Decreto  8.638/2016  institui  a  Política  de  Governança  Digital  no  âmbito  dos  órgãos  e 
das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. 
 
FINALIDADES DA POLÍTICA DE GOVERNANÇA DIGITAL 
 
gerar  benefícios  para  a  sociedade  mediante  o  uso  da  informação  e  dos  recursos 
de tecnologia da informação e comunicação na prestação de serviços públicos; 
 
estimular  a  participação  da  sociedade  na  formulação,  na  implementação,  no 
monitoramento  e  na  avaliação  das  políticas  públicas  e  dos  serviços  públicos 
disponibilizados em meio digital; e 
 
assegurar  a  obtenção  de  informações  pela  sociedade,  observadas  as  restrições 
legalmente previstas. 
 
O decreto traz algumas definições, vejamos: 
 

autosserviço  ‐ serviço público disponibilizado em meio digital que pode 
ser  utilizado  pelo  próprio  cidadão,  sem  auxílio  do  órgão  ou  da  entidade  ofertante  do 
serviço; 
 

dados  em  formato  aberto  ‐  dados  representados  em 


meio  digital  em  um  formato  sobre o qual nenhuma organização tenha controle exclusivo, 
passíveis de utilização por qualquer pessoa; 
 

governança  digital  ‐  a utilização pelo setor público de recursos 


de  tecnologia  da  informação  e  comunicação  com  o  objetivo  de  melhorar  a 

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disponibilização  de  informação  e  a  prestação  de  serviços  públicos,  incentivar  a 


participação  da  sociedade  no  processo  de  tomada  de  decisão  e  aprimorar  os  níveis  de 
responsabilidade, transparência e efetividade do governo; 
 

Plano  Diretor  de  Tecnologia  da 


Informação  e  Comunicação  ‐  instrumento  de 

diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de tecnologia da informação 
e  comunicação,  com o objetivo de atender às necessidades finalísticas e de informação 
de órgão ou entidade para determinado período; 
 

rede  de  conhecimento  ‐  associação  de  indivíduos 

constituída  para  permitir  a  interação,  o  debate,  a  criação,  o  aprimoramento  e  a 


disseminação  de  conhecimento  sobre  assuntos  relativos  à  governança  digital  e  a 
temas correlatos; e 
 

tecnologia  da  informação  e 


comunicação  ‐  ativo  estratégico  que  apoia  processos  de  negócios 
institucionais,  mediante  a  conjugação  de  recursos,  processos  e  técnicas  utilizados  para 
obter, processar, armazenar, disseminar e fazer uso de informações. 
 
 
   

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PRINCÍPIOS DA POLÍTICA DE GOVERNANÇA DIGITAL 

     
   

foco nas  abertura e  compartilhamento  simplicidade  priorização de 


necessidades da  transparência  da capacidade de  serviços públicos 
sociedade  serviço  disponibilizados 
em meio digital 

       

segurança e  participação e  governo como  inovação   


privacidade  controle social  plataforma 

 
O  planejamento  e  a  execução  de programas, projetos e processos relativos à governança 
digital  e  as  soluções  de  tecnologia  da  informação  e  comunicação  desenvolvidas  ou 
adquiridas  pelos  pelos  órgãos  e  pelas entidades da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional deverão observar as seguintes diretrizes: 
 
I  ‐  o  autosserviço  será  a  forma  prioritária  de  prestação  de  serviços  públicos 
disponibilizados em meio digital; 
 
II  ‐  serão  oferecidos  canais  digitais  de  participação  social  na  formulação,  na 
implementação,  no  monitoramento  e  na  avaliação  das  políticas  públicas  e  dos  serviços 
públicos disponibilizados em meio digital; 
 
III  ‐  os  dados  serão  disponibilizados  em  formato  aberto,  amplamente  acessível  e 
utilizável por pessoas e máquinas, assegurados os direitos à segurança e à privacidade; 
 
IV  ‐  será  promovido  o  reuso  de  dados  pelos  diferentes  setores  da  sociedade,  com  o 
objetivo de estimular a transparência ativa de informações 
 

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V  ‐  será  implementado  o  compartilhamento  de  dados  entre os órgãos e as entidades da 


administração  pública  federal  direta,  autárquica  e  fundacional,  sempre  que  houver 
necessidade de simplificar a prestação de serviços à sociedade. 

 
O  Decreto  8638/2016  também  define  que  o  Ministro  de  Estado  do  Planejamento, 
Orçamento  e  Gestão  editará a Estratégia de Governança Digital ‐ EGD da administração 
pública  federal,  documento  que  definirá  os  objetivos  estratégicos,  as  metas,  os 
indicadores  e  as  iniciativas  da  Política  de  Governança  Digital  e  norteará  programas, 
projetos,  serviços,  sistemas  e  atividades  a  ela  relacionados.  A  primeira  versão  do 
documento já foi publicada e conheceremos um pouco mais sobre ele. 
 
Obs: O período de vigência da EGD coincidirá com o prazo de vigência do Plano Plurianual 
‐ PPA. 

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Para  contribuir  com  o  alcance  dos  objetivos  estabelecidos  na  EGD,  os  órgãos  e  as 
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional elaborarão: 
 
I  ‐  Plano  Diretor  de  Tecnologia  da  Informação  e  Comunicação  ou  instrumento 
equivalente de planejamento de tecnologia da informação e comunicação; e 
 
II ‐ instrumento de planejamento de segurança da informação e comunicação e 
de segurança cibernética. 
 
Comitê de Governança Digital 
 
Os  órgãos  e  as  entidades  da  administração  pública  federal  direta,  autárquica  e 
fundacional  deverão  manter  um  Comitê  de  Governança  Digital,  ou  estrutura 
equivalente, para deliberar sobre os assuntos relativos à Governança Digital. 
 
Redes de Conhecimento 
 
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecerá redes de conhecimento, 
abertas  à  participação  de  qualquer  cidadão  interessado,  sobre  assuntos  relativos  à 
Governança Digital e a temas correlatos, as quais terão como finalidades: 
 
I ‐ gerar, compartilhar e disseminar conhecimento e experiências; 
 
II ‐ formular propostas de padrões, políticas, guias e manuais; 
 
III ‐ discutir sobre os desafios enfrentados e as possibilidades de ação; e 
 
IV  ‐  prospectar  novas  tecnologias  para  facilitar  a  prestação  de  serviços  públicos 
disponibilizados  em  meio  digital,  o  fornecimento  de  informações  e a participação 
social por meios digitais. 
 
 
 

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Importante  destacar  que  ao  final  do  Decreto  8.638  ele  altera  o  Decreto  nº  6.932,  de  11 
de agosto de 2009: 
 
“Art.  4º  No  âmbito  da  administração  pública  federal,  os  órgãos  e  as  entidades  gestores 
de  base  de  dados  oficial  colocarão  à  disposição  dos  órgãos  e  entidades  públicos 
interessados  as  orientações  para  acesso  às  informações  constantes  dessas  bases  de 
dados, observadas as disposições legais aplicáveis.” 
 
O  Diagrama abaixo traz um resumo dos principais pontos abordados pela EGD ‐ Estratégia 
de Governança Digital.  
Incluindo seu objetivo: Valor Público.  
Seus Eixos:  
Informação 
Serviços  
Participação 
E seus princípios. 
 

 
Diagrama Estratégico de Governança Digital (EGD, 2016) 
 

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1.  (Inédita)  O  Plano  de  ação  nacional  sobre  governo  aberto  tem  como  objetivo 
promover  ações  e  medidas  que  visem  ao  incremento  da  transparência  e do acesso à 
informação  pública,  à  melhoria  na  prestação  de  serviços  públicos  e  ao 
fortalecimento da integridade pública. 
 
 

Comentários:  
Certo, esse é o objetivo definido no Decreto s/n de 15 de setembro de 2011. 
 
 

Resposta: certo 
 
2.  (Inédita)  A  Controladoria-Geral  da  União  é  a  coordenadora  do  Comitê 
Interministerial Governo Aberto (CIGA). 
 
 

Comentários:  
Errado. A CGU é a coordenadora do Grupo Executivo criado no âmbito do CIGA. 
 
 

Resposta: errado 
 
 
   

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3.  (CESPE  -  2016  -  TCE-SC  -  AUDITOR  FISCAL  DE  CONTROLE  EXTERNO  - 


INFORMÁTICA)  Dados  abertos  são  os  dados  de  livre  utilização,  reutilização  e 
redistribuição,  exigindo-se,  no  máximo,  créditos  à  autoria  e  compartilhamento  pela 
mesma licença. 
 
 

Comentários:  
Cuidado  com  as  definições,  existem  variações  então  não  escreva  em  pedra  as 
definições  dadas  na  aula.  Mas  perceba  que  nessa  questão  basicamente  é  falado 
que dados abertos são dados que possuem licença aberta. O que é verdade. 
 
 

Resposta: Certo 
 
4.  (ESAF  -  2016  -  ANAC  -  ANALISTA  ADMINISTRATIVO)  A  Estratégia  de Governança 
Digital  da  Administração  Pública  Federal  2015/19  foi organizada em três eixos, cada 
um com os respectivos objetivos estratégicos. Um dos eixos é o de 
A) canais digitais. 
B) dados governamentais. 
C) digitalização. 
D) serviços. 
E) processos. 
 
 

Comentários:  
Como apresentado no Diagrama Estratégico os eixos são: 
Informação 
Serviços e 
Participação 
 
 

Resposta: Letra d) 

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5.  (ESAF  -  2016  -  ANAC  -  ANALISTA  ADMINISTRATIVO)  Segundo  o  Governo  Federal, 


Governança  Digital  refere-se  ao  uso  de  tecnologias  digitais  como  parte  integrada 
das  estratégias  de  modernização  governamentais  para  criar  valor  público.  Foram 
de੪nidos  nove  princípios  que  irão  orientar  todas  as  atividades  de  Governança 
Digital no Poder Executivo Federal. Um destes princípios é 
 
a) o alinhamento TI-Negócio. 
b) a gestão do Desempenho. 
c) a simplicidade. 
d) a gestão dos Riscos. 
e) a gestão por Resultados. 
 
 

Comentários:  
Listamos  nas  aulas  todos  os  princípios  da  Governança  Digital,  um  deles  é  a 
simplicidade.  Ou  seja,  os  serviços  e  soluções  devem  buscar  a  diminuição  da 
complexidade, facilitando o acesso por todos os setores da sociedade. 
 
 

Resposta: Letra a) 


 
6.  (ESAF  -  2015  -  ESAF  -  GERÊNCIA  DE  PROJETOS  E  GOVERNANÇA  DE  TI)  A 
Infraestrutura  Nacional  de  Dados  Abertos  (INDA)  é  um  conjunto  de  padrões, 
tecnologias,  procedimentos  e  mecanismos  de  controle  necessários  para  atender  às 
condições de disseminação e compartilhamento de dados e informações públicas. De 
acordo com a Instrução Normativa n. 4, que instituiu a INDA, é incorreto a੪rmar que: 
 
A)  dados  abertos  são  dados  públicos  representados  em  meio  digital,  estruturados 
em  formato  aberto,  processáveis  por  máquina,  referenciados  na  rede  mundial  de 
computadores  e  disponibilizados  sob  licença  aberta que permita sua livre utilização, 
consumo ou cruzamento. 
  

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B)  integram  a  INDA,  obrigatoriamente,  o  Órgão  Central,  os  Órgãos  Setoriais,  os 
Órgãos  Seccionais  e  Correlatos  do  Sistema  de  Administração  de  Recursos  de 
Informação e Informática – SISP. 
C)  integram  a  INDA,  facultativamente,  mediante  a  assinatura  do  termo  de  adesão 
pela  autoridade  competente,  os  demais  órgãos  e  entidades  dos  Poderes  Executivo, 
Legislativo e Judiciário, das esferas Federal, Estadual, Distrital e Municipal. 
  
D)  integram  a  INDA,  facultativamente,  mediante  a  assinatura  do  termo  de  adesão 
pelo representante legal, entidades privadas nacionais ou internacionais. 
 
E)  os  cidadãos  e  entidades  da  sociedade  civil  interessados  nas  atividades  da  INDA 
poderão  participar  de  sua  implementação  independentemente  da  assinatura  de 
termo de adesão. 
 
 

Comentários:  
Vimos  na  aula  que  entidades  privadas  nacionais  ou  internacionais  podem 
participar  da  INDA  mediante  a  acordo  de  cooperação.  Sem  ônus  para  a 
administração. Portanto a letra d está incorreta. 
 
 

Resposta: Letra d) 


 
7.  (IDECAN  -  2014  -  CNEN  -  ANALISTA  DE  TECNOLOGIA  DA  INFORMAÇÃO/ 
GOVERNANÇA  E  GESTÃO)  Sobre  a  Infraestrutura  de  Dados  Abertos  (INDA),  o 
Decreto  de  15  de  setembro  de  2011  instituiu  o  Plano  de  Ação  Nacional  sobre 
Governo  Aberto  destinado  a  promover ações e medidas que visem ao incremento da 
transparência  e  do  acesso  à  informação pública, à melhoria na prestação de serviços 
públicos  e  ao  fortalecimento  da  integridade  pública.  Em seu art. 2º, o Plano de Ação 
Nacional  sobre  Governo  Aberto  contemplará  iniciativas,  ações,  projetos,  programas 
e políticas públicas voltados para 
 

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A)  o  aumento  da  transparência;  o  aprimoramento  da  governança  pública;  e,  o 


fortalecimento da integridade pública. 
B)  o  aprimoramento  da  governança  pública;  o  aumento  da  transparência;  a 
orientação  de  elaboração,  implementação,  monitoramento  e  avaliação  do  Plano  de 
Ação Nacional sobre Governo Aberto 
 
C)  o  aumento  da  transparência;  a  orientação  de  elaboração,  implementação, 
monitoramento  e  avaliação  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo  Aberto;  e,  o 
fortalecimento da integridade pública 
 
D)  o  aprimoramento  da  governança  pública;  proposta  de  ações  prioritárias  a  serem 
implementadas  no  curto  prazo  no  âmbito  do  Plano  de  Ação Nacional sobre Governo 
Aberto; e, o aumento da transparência. 
 
E)  orientação  de  elaboração,  implementação,  monitoramento  e  avaliação  do  Plano 
de  Ação  Nacional  sobre  Governo Aberto; o aprimoramento da governança pública; e, 
proposta  de  ações  prioritárias  a  serem  implementadas  no  curto  prazo  no âmbito do 
Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto. 
 
 

Comentários:  
Relembrando,  as  iniciativas  e  políticas  do  Plano  de  Ação  Nacional  sobre  Governo 
Aberto buscam alcançar: 
 
o aumento da transparência 
o aprimoramento da governança pública 
o acesso às informações públicas 
a prevenção e o combate à corrupção 
a melhoria da prestação de serviços públicos e da eficiência administrativa 
o fortalecimento da integridade pública. 
 
Os  itens  misturam  objetivos  do  Comitê  Interministerial  Governo  Aberto  (CIGA), 
são elas: 
 

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a  orientação  de  elaboração,  implementação,  monitoramento  e  avaliação 


do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto 
proposta  de  ações  prioritárias  a  serem  implementadas  no  curto  prazo  no 
âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto 
  
 

Resposta: Letra a) 


 
 
 
 
   

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Caso queira a lista de exercícios sem os comentários, envie e‐mail para profmayararosa@gmail.com. 

 
while (!succeed) try();  

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