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O projeto “Fortalecimento da rede de monitoramento da implementação de recomendações do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à
Tortura (MNOPCT) no estado do Rio Grande do Sul” busca articular sociedade civil e órgãos públicos para o acompanhamento da implementação
das recomendações do MNPCT nas instituições privativas de liberdade do Rio Grande do Sul. Este projeto possui financiamento do Fundo
Especial do Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura (OPCAT Special Fund), vinculado ao Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos (Office of The High Commissioner for Human Rights), realizado pelo Instituto Cíclica, por meio da concessão OPCAT-100-
GLO/09/HC/07-B453.
Autoria:
Eduardo Georjão Fernandes
Cristiano Nicola Ferreira
Valentina Fonseca da Luz
Equipe organizadora:
Eduardo Georjão Fernandes
Brenda de Fraga Espindula
Cristiano Nicola Ferreira
Ivone dos Passos Maio
Valentina Fonseca da Luz
FICHA ISBN:
TÉCNICA 978-65-980114-2-0
Creative commons:
Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se citados a fonte e o site no qual pode ser
encontrado o original: www.institutociclica.org
1. Apresentação do projeto 04
2. Introdução 06
2.1 Metodologia 07
3. Barreiras e facilitadores de implementação 08
3.1 Barreiras 09
3.1.1 Formato das recomendações 09
3.1.2 Natureza jurídica das recomendações 09
3.1.3 Ausência de um sistema estadual de prevenção e combate à tortura 09
3.1.4 Falta de transparência 10
3.1.5 Sistemas de informação ineficazes 10
3.1.6 Escassez de recursos materiais e humanos 10
3.1.7 Discordância sobre a legitimidade e a necessidade das recomendações 11
3.1.8 Desarticulação entre os órgãos da execução penal 11
3.1.9 Limitações estruturais da arquitetura das unidades prisionais 12
3.1.10 Preconceito com o público-alvo 12
3.1.11 Naturalização de práticas punitivas 12
3.1.12 Condições precárias de trabalho 12
3.2 Facilitadores 13
3.2.1 Instauração de procedimentos internos para efetivar recomendações 13
3.2.2 Conhecimento e atendimento às normativas internacionais e nacionais de
SUMÁRIO
tratamento a pessoas em privação de liberdade 13
3.2.3 Identificação com a defesa dos direitos humanos 14
3.2.4 Visão crítica sobre o sistema prisional 14
4. Considerações finais 15
Referências 16
Apêndice 17
1.
APRESENTAÇÃO
DO PROJETO
Este relatório é um produto de projeto realizado pelo Instituto Cíclica, com o apoio
do “Protocolo Facultativo à Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou
Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes” (OPCAT) da Organização das Nações
Unidas (ONU).
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Para atingir esse objetivo, o projeto é dividido em quatro etapas:
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2.
INTRODUÇÃO:
Na publicação “O panorama da implementação das recomendações do Mecanismo
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) no estado do Rio Grande do Sul”
(FERNANDES; FERREIRA; LUZ, 2023), buscamos situar qual o quadro atual quanto à
implementação das recomendações do MNPCT no RS. A partir de consultas aos órgãos
públicos do RS por meio dos procedimentos previstos na Lei de Acesso à Informação (LAI
- Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011), sintetizamos um panorama que apresenta
alguns aspectos significativos.
INTRODUÇÃO:
de implementação e/ou não respondeu aos pedidos de informação:
Direção da Penitenciária Estadual do Jacuí; Governo do RS; Tribunal de Justiça do RS;
Ministério Público do RS; Ministério Público do Trabalho; Secretaria de Segurança Pública
do RS; Instituto Geral de Perícia; Vigilância Sanitária do RS; Departamento Penitenciário
Nacional; e Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (FERNANDES;
FERREIRA; LUZ, 2023).
No presente relatório buscamos compreender os fatores e motivos pelos quais esse quadro
configura-se. Para tanto, aplicamos uma metodologia para identificação de barreiras
e facilitadores de implementação. A seguir descrevemos os caminhos metodológicos
adotados.
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2.1 METODOLOGIA
Uma das formas de análise do processo de implementação de uma política pública Durante as entrevistas, os atores foram convidados a falar sobre o seu
é a identificação de barreiras e facilitadores, uma vez que essas informações conhecimento quanto às recomendações do MNPCT no RS e, especificamente,
auxiliam a tomada de decisão pelo gestor. Neste relatório, as barreiras abrangem sobre o status de implementação das recomendações no respectivo órgão.
o conjunto de fatores, condições e processos que dificultam a implementação Durante os relatos, buscamos identificar os fatores favoráveis e desfavoráveis à
das recomendações do MNPCT. Os facilitadores, por outro lado, representam implementação. Após transcritas, as entrevistas foram categorizadas em barreiras
os fatores, condições e processos que tendem a ampliar as possibilidades de e facilitadores.
implementação das recomendações.
Para a definição das categorias, buscamos identificar barreiras e facilitadores que
Para a identificação das barreiras e facilitadores da implementação das se repetiram nas falas e informações coletadas, tendo em vista que buscamos
recomendações do MNPCT no RS, além do pedido de informação aos 18 órgãos apresentar um quadro representativo da situação do RS. Ademais, as barreiras
para os quais as recomendações foram endereçadas, realizamos 9 entrevistas e os facilitadores foram identificados em 3 níveis: MNPCT; gestão dos órgãos
com atores-chave representantes desses órgãos, abrangendo a direção da Cadeia acionados; e serviços e profissionais dos órgãos acionados. No nível do MNPCT,
Pública de Porto Alegre, a direção do presídio Feminino Madre Pelletier, a direção são abordadas as questões referentes ao trabalho do MNPCT e de seus peritos
da Penitenciária Estadual do Jacuí, a Defensoria Pública do RS, a Secretaria de na realização de inspeções, na produção de relatórios e no encaminhamento
Segurança Pública do RS, a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, o de recomendações. No nível da gestão dos órgãos acionados, identificam-se as
Departamento Penitenciário Nacional e o Comitê Estadual de Prevenção e questões relativas à atuação dos órgãos públicos para os quais as recomendações
Combate à Tortura. As informações foram complementadas com buscas em fontes são direcionadas. No nível de serviços e profissionais dos órgãos acionados, são
documentais. abordadas questões práticas e concretas quanto à efetivação das recomendações,
considerando o papel das instituições privativas de liberdade e dos profissionais
que nelas trabalham.
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3.
A categorização resultou em 12 barreiras e 4 facilitadores, a seguir sistematizados:
Categoria Nível
BARREIRAS E
órgãos acionados
Condições precárias de trabalho Serviços e profissionais dos
órgãos acionados
IMPLEMENTAÇÃO
Conhecimento e atendimento às Gestão dos órgãos acionados
normativas internacionais e nacionais
de tratamento às pessoas privadas de
liberdade
Identificação com a defesa dos direitos Serviços e profissionais dos
humanos órgãos acionados
Visão crítica sobre o sistema prisional Serviços e profissionais dos
órgãos acionados
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3.1 BARREIRAS
3.1.1 Formato das recomendações 3.1.3 Ausência de um sistema estadual de
prevenção e combate à tortura
A redação de algumas das recomendações do MNPCT pode ser
percebida pelos órgãos públicos como abrangente, deixando A inexistência de um Sistema Estadual de Prevenção e
de identificar especificamente as instituições acionadas e as Combate à Tortura no Rio Grande do Sul prejudica a atuação
etapas requeridas para implementação. Essas recomendações estão conjunta entre diferentes órgãos, a formação de coalizões
especialmente relacionadas à categoria temática de “articulação, fiscalização e a organização de ações estratégicas e sincronizadas.
e monitoramento interinstitucional”, a qual, como demonstrou a primeira A desarticulação dessa rede de contatos é evidenciada pela atual situação do
publicação deste projeto (FERNANDES; FERREIRA; LUZ, 2023), apresentou baixo Comitê Estadual de Combate à Tortura (CECT/RS), cuja mobilização depende de
nível de implementação pelos órgãos, com apenas 17,1% das medidas efetivadas. esforços individuais dos participantes, ao invés de um compromisso institucional
dos órgãos. Ao promover melhores fluxos de informação entre as instituições,
Nível impactado: MNPCT; Gestão dos órgãos acionados a criação de um Sistema Estadual também possibilitaria o encaminhamento de
denúncias individuais sobre torturas e tratamentos degradantes, bem como a
3.1.2 Natureza jurídica das recomendações adoção de medidas ágeis e articuladas de combate a situações específicas de
tortura.
O fato de as recomendações realizadas pelo MNPCT possuírem
natureza jurídica não-vinculante, não produzindo qualquer Nível impactado: MNPCT
grau de coercitividade, gera sobre os órgãos efeito de
mera orientação. A ausência de consequências pré-estabelecidas pelo não
cumprimento das medidas reduz o impacto de mobilização, como revelam relatos
que expressam a demanda por “força de intervenção” para garantir uma atuação
mais efetiva.
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3.1 BARREIRAS
10
3.1 BARREIRAS
Nível impactado: Gestão dos órgãos acionados Nível impactado: Gestão dos órgãos acionados
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3.1 BARREIRAS
3.1.9 Limitações estruturais da arquitetura das 3.1.11 Naturalização de práticas punitivas
unidades prisionais
A estrutura do sistema penitenciário age, em diferentes
Nos relatos das administrações prisionais, o obstáculo níveis, para naturalizar condutas punitivas que relativizam
mais recorrente às recomendações do MNPCT relaciona-se garantias fundamentais para a população privada de liberdade
à limitação estrutural das unidades. Tratam-se de construções e legitimam violências tanto na esfera governamental
datadas de mais de um século, muitas vezes com projetos inapropriados para quanto nas práticas cotidianas das unidades. Em diferentes
um uso como penitenciária, e que têm sido adaptadas ao cotidiano prisional setores da execução penal, a reprodução desses procedimentos é observada: no
com diversas restrições. A falta de acessibilidade, a necessidade de manutenção Judiciário, pela aplicação de medidas mais gravosas de punição em detrimento
frequente e a impossibilidade de ampliação dos edifícios são elementos comuns às de penas alternativas; no governo do estado, pela carência de políticas voltadas
diferentes casas prisionais, perceptíveis por relatos que evidenciam a dificuldade ao desencarceramento/à desinstitucionalização e à promoção de dignidade à
de promover dignidade e segurança em estruturas físicas estagnadas, com pouco população prisional; e nas rotinas administrativas das unidades, pela banalização
espaço e condições arquitetônicas instáveis. de práticas de castigo, como o uso de celas de triagem.
Nível impactado: Gestão dos órgãos acionados; Serviços e profissionais dos Nível impactado: Serviços e profissionais dos órgãos acionados
órgãos acionados
3.1.12 Condições precárias de trabalho
3.1.10 Preconceito com o público-alvo
As entrevistas revelaram a precariedade das condições de
Foi possível observar que a existência de preconceito trabalho nas unidades prisionais, especialmente em razão
com grupos sociais específicos, como no caso da população da insuficiência de servidores em número proporcional à
LGBT, dificulta o cumprimento de medidas adequadas às suas quantidade de apenados. As entrevistas apontam que os profissionais
particularidades. Demandas relativas à transferência de casa prisional e à atuam em um contexto de insegurança, assumem funções diversas de seus
garantia de tratamento hormonal são percebidas como questões injustificáveis cargos e trabalham em cargas horárias excessivas, chegando a dobrar as horas
e pautas de menor relevância. Esse ponto está também fortemente ligado ao trabalhadas sem remuneração. Esse cenário tornou-se ainda mais alarmante a
estigma social em torno da população privada de liberdade e de seus familiares, partir da pandemia, momento em que o quadro de servidores em atuação foi
o que ocasiona a perpetuação de tratamentos desumanos e indignos a esses reduzido. Além disso, a carência de profissionais com formações específicas, em
grupos. especial médicos, psicólogos e psiquiatras, foi citada como problemática relevante
em diferentes unidades prisionais.
Nível impactado: Serviços e profissionais dos órgãos acionados
Nível impactado: Serviços e profissionais dos órgãos acionados
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3.2 FACILITADORES
3.2.1 Instauração de procedimentos internos 3.2.2 Conhecimento e atendimento às normativas
para efetivar recomendações internacionais e nacionais de tratamento a
pessoas em privação de liberdade
Neste facilitador, o órgão acionado age de uma forma a
possibilitar, por meio de procedimentos internos, que as Neste facilitador, o órgão de execução penal busca basear
recomendações sejam efetivadas e monitoradas. Como exemplo, suas ações a partir de protocolos e normas nacionais e
destaca-se a instauração de procedimento para apuração de dano coletivo internacionais, fornecendo um arcabouço de atuação para
(PADAC), por parte da Defensoria Pública Estadual (DPE). O relato da instauração garantia e respeito aos direitos humanos. Um exemplo é quando
do procedimento funciona da forma que quando a “recomendação chega é o órgão segue as resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no que diz
montado um expediente que é acompanhado por meio de uma (PADAC)”. Um respeito à forma de recebimento, tratamento e concessão de prisão domiciliar
outro exemplo positivo identificado neste facilitador é a criação e inauguração do às mães com filhos pequenos. Em entrevista, foi possível identificar a adoção de
Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (NUGESP), em 2022. O NUGESP medidas práticas a partir da resolução, resultando que seja aplicado, à maioria
foi criado pela Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) das gestantes, o benefício de prisão domiciliar. Outro aspecto identificado é o
para tentar resolver o problema estrutural de entrada no sistema penitenciário cumprimento das determinações da Lei de Execução Penal (LEP) no processo de
gaúcho. O Núcleo surgiu de tratativas de diferentes órgãos, a partir de habeas triagem das pessoas em privação de liberdade que estão entrando no sistema
corpus coletivo impetrado pela Defensoria Pública. prisional.
Nível impactado: Gestão dos órgãos acionados Nível impactado: Gestão dos órgãos acionados
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3.2 FACILITADORES
3.2.3 Identificação com a defesa dos direitos 3.2.4 Visão crítica sobre o sistema prisional
humanos
Neste facilitador, os profissionais dos órgãos conseguem
Neste facilitador, os profissionais dos órgãos acionados pelas identificar problemas no sistema de execução penal,
recomendações buscam, em suas ações rotineiras, garantir reconhecer de forma crítica as consequências do sistema
o respeito e a defesa dos direitos da pessoa em privação prisional sobre as pessoas privadas de liberdade e agir para
de liberdade, consolidando assim uma atuação pautada na enfrentar essas situações. Como exemplo, em relação ao processo de
defesa dos direitos humanos. Como exemplo, destaca-se a abolição desocupação da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA), destacam-se falas que
do uso de algemas como mecanismo de contenção, situação que foi verificada buscam reconhecer que as “pessoas que foram encarceradas lá tenham algum
em uma entrevista. Outro exemplo é a realização, em uma unidade prisional, de tipo de compensação”, considerando que as condições das pessoas apenadas lá
um primeiro atendimento que objetiva a identificação de aspectos que podem eram degradantes e feriam os direitos humanos. Outro exemplo é a realização
caracterizar alguma vulnerabilidade (mulheres gestantes, idosos, etc.), buscando de audiências concentradas, buscando alternativas para a saída das pessoas que
assegurar o respeito às vulnerabilidades daquela pessoa. estão internadas no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), trazendo para discussão
outros agentes, tais como o “município de origem da pessoa, o estado do RS e a
Nível impactado: Serviços e profissionais dos órgãos acionados Secretaria de Saúde”. Entendendo a gravidade dos ocorridos dentro do sistema
prisional gaúcho, uma alternativa que identificamos em entrevista foi a busca
de “muitas coisas de forma extrajudicial, que muitas vezes é mais efetivo para a
resolução das questões”. Outro aspecto importante são as penas alternativas à
privação de liberdade, as quais teriam sido fomentadas após a criação dos NUGESP.
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4.
CONSIDERAÇÕES A metodologia aplicada neste estudo resultou na identificação de 12 barreiras
para a implementação das recomendações do MNPCT no Rio Grande do
FINAIS Sul: formato das recomendações; natureza jurídica das recomendações; ausência de
um sistema estadual de prevenção e combate à tortura; falta de transparência; sistemas
de informação ineficazes; escassez de recursos materiais e humanos; discordância sobre
a legitimidade e a necessidade das recomendações; desarticulação entre os órgãos da
Execução Pena; limitações estruturais da arquitetura das unidades prisionais; preconceito
com o público-alvo; naturalização de práticas punitivas; condições precárias de trabalho.
Por outro lado, foram identificados 4 facilitadores: instauração de procedimentos internos
para efetivar recomendações; conhecimento e atendimento às normativas internacionais
e nacionais de tratamento às pessoas privadas de liberdade; identificação com a defesa
dos direitos humanos; visão crítica sobre o sistema prisional. Esse conjunto de barreiras
e facilitadores relaciona-se com 3 níveis institucionais: MNPCT; gestão dos órgãos
acionados; e serviços e profissionais dos órgãos acionados.
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REFERÊNCIAS
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APÊNDICE Roteiro de entrevista com representantes dos órgãos acionados pelo MNPCT
Etapa Pergunta
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