Regime Da Prevenção e Corrupção Canais de Denuncias PDF

• RGPC- REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO
• CANAIS DE DENÚNCIA
DÉLIA FALCÃO
RGPC- REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO
• Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC)
•Enquadramento legal
•O Decreto-Lei n.º 109-E/2021 que cria o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) e estabelece o Regime
Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC).
•As atribuições do Mecanismo Nacional Anticorrupção
•O que é o RGPC
•Âmbito de Aplicação do RGPC
•Quem fiscaliza o RGPC
•As obrigações legais das entidades a quem se aplica o RGPC
DÉLIA FALCÃO
• Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC)
•As obrigações legais das entidades a quem se aplica o RGPC :

•PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO
•RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO NORMATIVO
PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO ( Prevenir/detetar e sancionar actos de corrupção):

✓ 1-PPR- Plano de prevenção de riscos de corrupção e infracções conexas (PPR).
✓ 2-Código de conduta ( o conteúdo/ sanções disciplinares/relatório das infracções/ revisão 3 anos/publicitado.
✓ 3-Canal interno de denúncias ( Qual o objectivo)
✓ 4-Programa de formação interna a todos os colaboradores (Procedimento de prevenção da corrupção )
✓ 5- Quem é o Responsável pelo Cumprimento Normativo.
•O que são procedimentos de avaliação Prévia

✓ ( relativamente a 3ºos que agem em nome da entidade/ fornecedores e clientes
•Os Canais de denuncia e protecção dos denunciantes
•Que consequências poderá ter a não adopção ou adopção deficiente do PPR ( contraordenações)
•- Procedimentos , formulários e minutas
DÉLIA FALCÃO
PROGRAMA XXII GOVERNO
LUGAR DE DESTAQUE AS POLITICAS ANTICORRUPÇAO
A CORRUPÇÃO OFENDE OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA

..
DEMOCRACIA:
- Igualdade / Transparência / Livre concorrência/ Imparcialidade/
Legalidade/ Integridade/ Justa redistribuição de riqueza
- .
.
ESTRATÉGIA NACIONAL ANTICORRUPÇÃO .
DÉLIA FALCÃO
ESTRATÉGIA NACIONAL ANTICORRUPÇÃO 2020- 2024

( Resolução do Conselho de Ministros nº 37/2021 de 6/4)
Necessidade da criação, adoção e implementação de medidas destinadas à:

- Prevenção
- Deteção
- Repressão da corrupção
Define sete prioridades:

i) melhorar o conhecimento, a formação e as práticas institucionais em
matéria de transparência e integridade;
i) prevenir e detetar os riscos de corrupção na ação pública;
ii) comprometer o setor privado na prevenção, deteção e repressão da corrupção;
..
iii) reforçar a articulação entre instituições públicas e privadas;
iv) garantir uma aplicação mais eficaz e uniforme dos mecanismos legais em matéria de repressão
da corrupção, melhorar o tempo de resposta do sistema judicial e assegurar a adequação e
efetividade da punição;
v) produzir e divulgar periodicamente informação fiável sobre o fenómeno da corrupção;
vi) cooperar no plano internacional no combate à corrupção.
DÉLIA FALCÃO
ESTRATÉGIA NACIONAL ANTICORRUPÇÃO 2020-2024

( Resolução do Conselho de Ministros nº 37/2021 de 6/4)
Visa instituir um sistema eficaz de:

prevenção de fenómenos da corrupção
Mantendo a repressão da corrupção sob a egide de:

- Convenções internacionais,
..
- Código Penal Português ( crimes : recebecimento indevido de vantagem; corrupção
passiva e activa; peculato; participação económica em negócio e concussão);
- Leis penais avulsas sobre:
-Crime de responsabilidade de titulares de cargos politicos;
-Crimes de corrupção no comércio internacional e na actividade privada;
-Crimes alusivos a comportamentos antidesportivos.
-
DÉLIA FALCÃO
DIPLOMAS MAIS RELEVANTES:
▪ Diplomas
Decreto- Lei 109-E/2021 de 9/12 – RGPC
▪
▪ Lei 93/2021- Protecção de Denunciantes e Canais de Denúncias
▪ Portaria 164/2022 de 23/6 – MENAC
▪ Lei 83/2017 de 18/ 8 – Combate ao Branqueamento de Capitais e ao financiamento de Terrorismo
▪ Lei 94/2021 de 21/12 – Aprova medidas prevista na Estratégia Anticorrupção e altera o CP, CPP e Leis Anexas
▪ Directiva Comunitária 2019/1937 –Protecção dos Denunciantes
▪ -ISO 37002 – Sistema de Gestão de denúncia de irregularidades ( Práticas Globais de desenvolvimento e implementação)
▪ Lei 19/2009 de 21/4- Medidas de combate à corrupção ( Trabalhadores da AP e privado ( Alterada pela Lei 30/2015)
▪ Lei 93/99 de 14/9 – Medidas de Protecção de Testemunhas em Processo Penal
▪ DELIBERAÇÃO Nº 765 /2009 Princípios Aplicáveis aos Tratamentos de Dados Pessoais com a finalidade de Comunicação Interna
de Actos de Gestão Financeira Irregular (Linhas de Ética)
▪ Lei 52/2019-Aprova o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos versus
Regime Conflitos de Interesses
▪ Recomendação 1/2019 de 1/7- Planos de prevenção de riscos de corrupção e infracções conexas – Conselho para a Prevenção
da Corrupção (Lei 54/2008- Revogada pelo DL 109-E/2021 ( MENAC))
plementação de instrumentos de
combate à corrupção através de DÉLIA FALCÃO
programas de cumprimentonormativos.
Decreto-Lei n.º 109-E/2021 de 9 /12
Cria o Mecanismo Nacional Anticorrupção ( MENAC)

e estabelece o regime geral de prevenção da corrupção.
Entrou em vigor, dia 7 de Junho de 2022
Implementação de instrumentos de combate à corrupção através de

programas de cumprimentonormativos.
DÉLIA FALCÃO
O REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO, INSTITUI os seguintes instrumentos :
1- PROGRAMAS DE CUMPRIMENTO NORMATIVO, que devem incluir :

➢ os planos de prevenção ou gestão de riscos,
➢ os códigos de ética e de conduta,
➢ programas de formação,
➢ os canais de denúncia
➢ e a designação de um responsável pelo cumprimento normativo.
2 – PREVÊ SANÇÕES:
➢ nomeadamente contraordenacionais,
➢ aplicáveis quer ao setor público, quer ao setor privado,
➢ para a não adoção ou adoção deficiente ou incompleta de programas de cumprimento
normativo.
3 - DETERMINA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE CONTROLO INTERNO que assegurem:
➢ a efetividade dos instrumentos integrantes do programa de cumprimento normativo,
➢ bem como a transparência e imparcialidade dos procedimentos e decisões,
➢ prevendo-se igualmente um regime sancionatório próprio.
4 - Procede a alterações ao REGIME JURÍDICO DA ATIVIDADE DE INSPEÇÃO DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA DO ESTADO, por forma a adequá-lo ao presente
decreto-lei.
5 - ESTABELECE-SE A ENTRADA EM VIGOR E PRODUÇÃO DE EFEITOS DE FORMA FASEADA

( ADEQUADA AO TIPO DE ENTIDADE E DIMENSÃO )
DÉLIA FALCÃO
MECANISMO NACIONAL ANTICORRUPÇÃO (MENAC)

Missão: Promoção da transparência e integridade na ação pública e a garantia de
efetividade de políticas de prevenção da corrupção e infrações conexas.
Entidade Administrativa independente, com personalidade jurídica de direito público e

poderes de autoridade, dotada de autonomia administrativa e financeira, com recursos
materiais e humanos que desenvolve atividade de âmbito nacional no domínio da
prevenção da corrupção e infrações conexas.
DÉLIA FALCÃO
Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC)

Tem Poderes de iniciativa, controlo e de sanção:
• Emitir orientações e diretivas a que deve obedecer a conceção e termos de execução dos programas de
cumprimento normativo.
•Apoiar as entidades publicas na adopção de programas de cumprimento normativo no ambito do RGPC;
• Avaliar a aplicação do Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC).
• Definir o planeamento do controlo e fiscalização do RGPC, articulando-se com as inspecções gerais e ou
regionais relativamente ao sector publico.
• Fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas no RGPC, sem prejuízo da competência de outras
entidades.
• Instaurar, instruir e decidir os processos relativos à prática das contraordenações previstas no RGPC e aplicar
as respectivas coimas .
• Gerir a informação sobre o cumprimento das normas estabelecidas no RGPC
- Dar parecer à AR, Governo ou orgãos de soberania regional sobre a adopção de actos normativos sobre a
prevenção e repressão dos crimes previstos na alinea g) do nº 3 do art. 2 da Lei
. DÉLIA FALCÃO
SÃO AINDA ATRIBUIÇÕES DO MENAC :
Art. 2, nº 3 , al. g) :
Recolher e organizar informação relativa à prevenção e repressão da :
▪ corrupção ativa ou passiva,

▪ do recebimento e oferta indevidos de vantagem,
▪ de tráfico de influência,
▪ de fraude na obtenção ou desvio de subsídio, subvenção ou crédito,
▪ de apropriação ilegítima de bens públicos,
▪ de administração danosa,
▪ de peculato,
▪ de participação económica em negócio,
▪ de abuso de poder,
▪ violação de dever de segredo
▪ e de branqueamento de vantagens provenientes destes crimes,
▪ bem como de aquisições de imóveis ou valores mobiliários em consequência da obtenção ou uso ilícitos de
informação privilegiada no exercício de funções na Administração Pública ou no sector público empresarial;
DÉLIA FALCÃO
PORTARIA 164/2022 DE 23 DE JUNHO

REGULA A INSTALAÇÃO DO MECANISMO NACIONAL ANTICORRUPÇÃO ( MENAC)
- Contudo o Decreto-lei 109-E/2021 define a estrutura orgânica e estatuto :
❑ INDEPENDÊNCIA E IMPARCIALIDADE – Art. 4º do

❑ DEVER DE SIGILO - Art. 5º
❑ IMPEDIMENTOS –ARTº 6º
❑ COOPERAÇÃO E DEVER DE COLABORAÇÃO ART. 7º
❑ ORGÃOS – ARTº 8
❑ PRESIDENTE – Art 9 e 10 º
❑ ( FOI JÁ NOEMADO UM JUIZ CONSELHEIRO JUBILADO)
❑ DEMAIS ORGÃOS
❑ EXCLUSIVIDADE E ESTATUTO REMUNERATÓRIO – artº 18º
❑ Controlo judicial ( Artº 23 – As sanções aplicáveis pelo MENAC são impugnáveis pelos tribunais judiciais
❑ INDICIOS DE ILICITO CRIMINAL ( Artº 24º -O MENAC participa as entidades competentes para a
investigação)
❑ INDICIOS DE INFRACÇÃO FINANCEIRA ( Art. 24º O MENAC participa-as ao Tribunal de Contas )
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC)
• O que é o RGPC?
• O RGPC pretende implementar um sistema eficaz de prevenção de fenómenos de

corrupção e infracções conexas.
• Com este objectivo , o RGPC prevê como obrigatório a adopção pelas “entidades
abrangidas” de Programas de Cumprimento Normativo.
DÉLIA FALCÃO
Âmbito de aplicação do RGPC

➢ As pessoas colectivas com sede em Portugal que empreguem 50 ou mais trabalhadores e às sucursais em
território nacional de pessoas colectivas com sede no estrangeiro que empreguem 50 ou mais trabalhadores ,
➢ Os serviços e às pessoas coletivas da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas, das
autarquias locais e do setor público empresarial que empreguem 50 ou mais trabalhadores,
➢ e ainda às entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos
setores privado, público e cooperativo e ao Banco de Portugal, sem prejuízo do disposto no n.º 4. ( este não
esta sujeito quanto às matérias referentes à sua participação no desempenho das atribuições cometidas ao
Sistema Europeu de Bancos Centrais
As pessoas coletivas, as sucursais e os serviços abrangidos SÃO ABREVIADAMENTE REFERIDOS COMO

ENTIDADES ABRANGIDAS.
➢ - Os serviços e as pessoas coletivas da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas, das
autarquias locais e do setor público empresarial que não sejam considerados entidades abrangidas adotam
instrumentos de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas adequados à sua dimensão e natureza,
incluindo os que promovam a transparência administrativa e a prevenção de conflitos de interesses.
DÉLIA FALCÃO
Definições de corrupção e infracções conexas para efeitos de RGPC:

▪ os crimes de corrupção,
▪ Recebimento e oferta indevidos de vantagem,
▪ peculato,
▪ participação económica em negócio,
▪ concussão,
▪ abuso de poder,
▪ prevaricação,
▪ tráfico de influência,
▪ branqueamento ou fraude na obtenção ou desvio de subsídio, subvenção ou crédito,
▪ previstos :
▪ Código Penal, ( Decreto-Lei n.º 48/95 actualizado ) ;
▪ Crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos ( Lei n.º 34/87 – actualizada)
▪ Código de Justiça Militar, aprovado em anexo à Lei n.º 100/2003, de 15 de novembro
▪ Regime de responsabilidade penal por comportamentos antidesportivos, (Lei n.º 50/2007)
▪ Regime de responsabilidade penal por crimes de corrupção cometidos no comércio internacional e na
actividade privada ( Lei n.º 20/2008 actualizado)
▪ O crime de fraude na obtenção de subsídio ou subvenção ( Decreto-Lei n.º 28/84 – actualizado)
DÉLIA FALCÃO
O MENAC é a entidade a quem competirá o acompanhamento e fiscalização da

aplicação do RGPC e com competências especificas
A aplicação do RGPC será monitorizada pelo MENAC , entidade administrativa independente e à qual são
atribuídos , neste âmbito , os poderes de:
➢ iniciativa,
➢ de controlo
➢ e sancionatórios .
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC):
As Principais obrigações para as entidades abrangidas :
➢ Adoção e implementação de um PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO
➢ Designação de um RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO NORMATIVO

( a quem competirá garantir e controlar a aplicação do programa de cumprimento normativo)
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC):
O que é o Programa de Cumprimento Normativo e o que deve incluir ?
O Programa de Cumprimento Normativo , visa prevenir, detectar e sancionar atos de corrupção e

infracções conexas, levadas a cabo contra ou através das entidades abrangidas
• O PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO , deve incluir pelo menos:
❑ Um plano de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas (PPR),
❑ Um código de conduta;
❑ Um programa de formação ;
❑ Um canal de denúncias para prevenção, deteção e sancionamento de atos de corrupção e

infrações conexas, que abranja toda a organização e atividade, incluindo áreas de administração,
de direção, operacionais ou de suporte.
DÉLIA FALCÃO
PPR: O que deve conter:
•Abrange toda a organização e toda a actividade

( incluíndo áreas da administração, direção, operacionais ou de suporte)
Deve conter:
A identificação, a análise e classificação de riscos e situações que possam expor a entidade abrangida a
actos de corrupção e infracções conexas e as áreas de atividade da entidade e respectivo risco;
• A probabilidade de ocorrência e o impacto previsível de cada situação de forma a permitir a graduação de

riscos;
• Medidas preventivas e corretivas, bem como, as medidas mais exaustivas se necessário;
• Designação do responsável geral pela implementação e execução e revisão do PPR;
DÉLIA FALCÃO
PPR: como efectuar o controlo do seu cumprimento e execução
A execução do PPR está sujeito a controlo nos seguintes termos:
a) Elaboração no mês de Outubro, de relatório de avaliação intercalar nas

situações identificadas de risco elevado
b) Elaboração no Mês de Abril do ano seguinte a que respeita a execução de

relatório de avaliação anual, contendo a quantificação dos graus de
implementação das medidas preventivas e correctivas identificadas , bem
como a previsão da sua implementação
DÉLIA FALCÃO
Códigos de conduta: quem abrange , o que contêm, a revisão e a publicitação
•Abrangem toda a organização ( direcção e trabalhadores) e toda a actividade

A identificação das áreas de atividade da entidade com risco;
• A probabilidade de ocorrência e o impacto previsível de cada situação;
• Medidas preventivas e corretivas, bem como, as medidas necessárias
• Designação do responsável geral pela implementação e execução;
• DEVE CONTER:
ConTêm também o conjunto de princípios, valores e regras de atuação de todos os dirigentes e
trabalhadores em matéria de etica profissional, tendo em consideração as normais penais referentes à
corrupção e às infracções conexas e os riscos de exposição da entidade a estes crimes
• Identificação das sanções disciplinares em caso de incumprimento;
• Regras para a elaboração de um relatório por cada infração onde constem as regras violadas, sanção
aplicada, medidas adotadas ou a adotar;
• Previsão de Revisão do CC a cada 3 anos;
• O Código de Conduta deverá ainda ser publicitado no sítio da internet da empresa, no prazo de 10
dias contados da sua adoção ou revisão;
DÉLIA FALCÃO
Códigos de conduta nas entidades publicas abrangidas :
As entidades públicas abrangidas comunicam:
1- aos membros do Governo responsáveis pela respetiva direção, superintendência ou tutela, para
conhecimento,
2- e aos serviços de inspeção da respetiva área governativa,
3-bem como ao MENAC:
➢ o seu código de conduta

➢ e o relatório
➢ no prazo de 10 dias contados desde a sua implementação
➢ e respetivas revisões ou elaboração.
- As entidades públicas abrangidas que não estejam sob direção, superintendência ou tutela de
membro do Governo comunicam
➢ o seu código de conduta e o relatório previsto no n.º 3 apenas ao MENAC,
➢ no prazo de 10 dias contados desde a sua implementação e respetivas revisões ou elaboração.
As comunicações previstas são feitas através de plataforma eletrónica a criar para o efeito, gerida pelo
Canais
MENAC.
de denúncia
DÉLIA FALCÃO
•Abrange toda a organização e toda a actividade ( incluindo areas da

administração, direcçaõ, operacionais ou de suporte)
As áreas de atividade da entidade com risco;
• A probabilidade de ocorrência e o impacto previsível de cada situação;
• Medids preventivas e corretivas, bem como, as medidas mais exaustivas se
ecessári
• Designação do responsável geral pela implementação e execução;
As entidades abrangidas deverão dispor de um canal de

denúncias interno através do qual possam ser denunciados
Canais de denúncia atos susceptiveis de configurar crime de corrupção ou
infracções conexas.
Deve ser assegurada a confidencialidade dos denunciantes
DÉLIA FALCÃO
Programas de formação interna para todos os seus dirigentes

e trabalhadores para que estes conheçam e compreendam as
políticas e procedimentos de prevenção da corrupção e
infrações conexas implementados;
Formação e comunicação:
Objectivos ▪ A periodocidade não está expressamente prevista
▪ A sua frequência e conteudo devem assim ser definidos pelas
entidades abrangidas tendo em conta a exposição dos dirigentes
e trabalhadores aos riscos identificados no PPR
▪ As horas de formação contam como horas de formação continua
que o empregador deve assegurar ao trabalhador.
É constituido por procedimentos de avaliação prévia de risco,

relativamente a terceiros que ajam em nome das entidades
abrangidas , a fornecedores e a clientes
Sistema de avaliação
Estes procediemntos deverão ser adaptados ao perfil de risco da
prévia
actividade em avaliação e aptos a permitr identificar os
beneficiários efectivos, os riscos em termos de imagem e
reputação, bem como as relações comerciais com terceiros, a fim
de identificar eventuais conflitos de interesses
Devem estabelecer Mecanismos de avaliação do programa de cumprimento normativo
para avaliação da eficácia e garantia da sua melhoria.
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral de Prevenção da Corrupção
AS OBRIGAÇÕES DO RGPC são :

1-Planos de prevenção ou gestão de riscos
2- Códigos de ética e conduta

AS SANÇÕES DO RGPC :
3- Programas de formação
Previsão de sanções contraordenacionais
4-Canais de denúncia
aplicáveis ao setor público e privado:
5-Designação de um responsável de
cumprimento normativo pela não adoção ou adoção insuficiente ou
incompleta de programas de cumprimento
normativo.
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral
DISPOSIÇÕES de Prevenção
RELATIVAS A ENTIDADESda Corrupção
PUBLICAS
TRANSPARÊNCIA ADMINISTRATIVA (publicação na sua página oficial na Internet)
❑ Código de conduta e Plano de prevenção de riscos

❑ Lei orgânica e outros diplomas habilitantes, órgãos de direção e fiscalização, estrutura orgânica e organograma;
❑
❑
S
Documentos de enquadramento estratégico e operacional e elenco dos principais serviços prestados ao público
Plano de atividades, orçamento e contas, relatório de atividades e balanço social;
❑ Documentos de enquadramento legal ou que comportem interpretação do direito vigente relativos às áreas de missão
❑ Informação sobre direitos e obrigações dos cidadãos e sobre os procedimentos a observar na relação destes com a AP
❑ Guias descritivos dos procedimentos administrativos relativos aos bens ou serviços prestados;
❑ Tabelas atualizadas dos preços dos bens ou serviços prestados;
❑ Compromissos plurianuais e pagamentos e recebimentos em atraso;
❑ Relação dos benefícios e subvenções concedidos, com indicação do respetivo valor;
❑ Relação de doações, heranças, ofertas ou donativos recebidos, com indicação do respetivo valor;
❑ Avisos do recrutamento de dirigentes e trabalhadores, e actos de designação dos dirigentes e procedimentos pré-
contratuais
❑ Contactos para interação com o cidadão e as empresas, incluindo formulário para reclamações e sugestões;
❑ Informação sobre sistemas procedimentais ou de gestão acreditados pelo Instituto Português de Acreditação, I. P., se
aplicável.
DÉLIA FALCÃO
DISPOSIÇÕES RELATIVAS A ENTIDADES PUBLICAS

Regime Geral de Prevenção da Corrupção
CONFLITOS DE INTERESSES
❑ Adoptar medidas que assegurem a isenção e a imparcialidade dos dirigentes e trabalhadores e a prevenir situações de
favorecimento, designadamente no âmbito do sistema de controlo interno previsto no artigo 15.º
2 - Os membros dos órgãos de administração, dirigentes e trabalhadores das entidades públicas abrangidas assinam uma
declaração de inexistência de conflitos de interesses (conforme modelo a definir por portaria) nos procedimentos em que
intervenham, respeitantes às seguintes matérias ou áreas de intervenção:S
a) Contratação pública;
b) Concessão de subsídios, subvenções ou benefícios;
c) Licenciamentos urbanísticos, ambientais, comerciais e industriais;
d) Procedimentos sancionatórios.
3 - Os membros dos órgãos de administração, dirigentes e trabalhadores de entidades públicas abrangidas que se encontrem ou
que razoavelmente prevejam vir a encontrar-se numa situação de conflito de interesses comunicam a situação ao superior
hierárquico ou, na sua ausência, ao responsável pelo cumprimento normativo, que toma as medidas adequadas para evitar,
sanar ou cessar o conflito.
4 - Considera-se conflito de interesses:

qualquer situação em que se possa, com razoabilidade, duvidar seriamente da imparcialidade da conduta ou decisão do membro
do órgão de administração, dirigente ou trabalhador, nos termos dos artigos 69.º e 73.º do Código do Procedimento
Administrativo,
DÉLIA FALCÃO
Regime Geral
DISPOSIÇÕES da ACorrupção
RELATIVAS ENTIDADES PUBLICAS
•ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES
• Divulgação aos trabalhadores que detenham vínculo de emprego público, designadamente na intranet,
➢ todas as normas, minutas e procedimentos a observar nos pedidos de autorização, alteração e cessação de
acumulação de funções. S
• Proceder à revisão das autorizações de acumulação de funções concedidas
➢ sempre que tal se justifique por motivo de alteração de conteúdo funcional do trabalhador com vínculo de emprego
público.
DÉLIA

Regime Geral da Corrupção
SISTEMA DE CONROLO INTERNO
❑ Adopção de modelos adequados de gestão dos riscos, de informação e de comunicação, em todas as áreas de
intervenção, designadamente as identificadas no respetivo PPR e realizar auditorias internas
❑ - O sistema de controlo interno ( Consta de manuais de procedimentos ) visa garantir, designadamente:

S
•a) O cumprimento e a legalidade das deliberações e decisões dos titulares dos respetivos órgãos;
•b) O respeito pelas políticas e objetivos definidos;
•c) O cumprimento das disposições legais e regulamentares;
•d) A adequada gestão e mitigação de riscos, tendo em atenção o PPR;
•e) O respeito pelos princípios e valores previstos no código de conduta;
•f) A prevenção e deteção de situações de ilegalidade, corrupção, fraude e erro;
•g) A salvaguarda dos ativos;
•h) A qualidade, tempestividade, integridade e fiabilidade da informação;
•i) A prevenção do favorecimento ou práticas discriminatórias;
•j) Os adequados mecanismos de planeamento, execução, revisão, controlo e aprovação das operações;
•k) A promoção da concorrência;
•l) A transparência das operações.
DÉLIA FALCÃO
Délia Falcão
PROMOÇÃO DA CONCORRÊNCIA NA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
• Adotar as medidas no sentido de favorecer a concorrência na contratação pública e de eliminar

constrangimentos administrativos à mesma, desincentivando o recurso ao ajuste direto, designadamente:
•a) Planeamento atempado das necessidades, de modo a concentrar a respetiva contratação no mínimo de
procedimentos;
S
•b) Gestão adequada dos contratos plurianuais de aquisição de bens e serviços com caráter de continuidade,
como os relativos a segurança, limpeza, alimentação e manutenção de equipamentos, para que os procedimentos
tendentes à sua renovação sejam iniciados em momento que permita a sua efetiva conclusão antes da cessação
da vigência dos anteriores;
•c) Fixação de prazos adequados e identificação de atos tácitos relativamente a autorizações e pareceres prévios à
contratação pública;
•d) Adesão a mecanismos de centralização de compras.
DÉLIA FALCÃO

Regime Geral
INSPEÇÃO da Corrupção
E AUDITORIA ( ART 34º)
Incumbe às inspeções-gerais ou entidades equiparadas e às inspeções regionais a realização de inspeções e

auditorias, com caráter periódico, aos serviços ou organismos da respetiva área governativa, destinadas a
avaliar o cumprimento das normas estabelecidas no presente regime relativas à existência de programas de
cumprimento normativo.
2 - O planeamento das inspeções e auditorias referidas no número anterior é comunicado ao MENAC, para
efeitos de articulação dos respetivos planos de atividades.
S
3 - Das inspeções e auditorias realizadas é elaborado o respetivo relatório, o qual é comunicado ao MENAC e à
entidade com competência disciplinar.
4 - As inspeções-gerais ou entidades equiparadas e as inspeções regionais comunicam ao MENAC, no prazo de

15 dias úteis, os indícios da prática de contraordenação prevista no presente regime.
DÉLIA FALCÃO
Quais as consequências do incumprimento do RGPC?
O RGPC prevê, ainda, no artigo 20.º, um regime sancionatório para as situações em que as
entidades não implementem:
o PPR,
o código de conduta
ou um sistema de controlo interno ou
, ainda, quando adotem ou implementem o PPR, mas falte, contudo, algum ou alguns dos
elementos legalmente previstos.
S
Verificando-se tais situações de incumprimento, e sem prejuízo da responsabilidade civil,

disciplinar ou financeira a que haja lugar, haverá lugar a contraordenação, punida com coima de:
- € 2.000,00 a € 44.891,81, tratando-se de pessoa coletiva ou entidade equiparada,

- e até € 3.740,98 no caso de pessoas singulares.
Subsidiariamente, os titulares do órgão de administração ou dirigentes das pessoas coletivas ou

entidades equiparadas são responsáveis pelo pagamento das coimas, nos termos do previsto no
artigo 22.º, do RGPC.
DÉLIA FALCÃO
Entrada em vigor : ( 7 de Junho de 2022)

Ressalva-se o capítulo IV do RGPC, que estabelece :
✓ o regime sancionatório
✓ e a responsabilidade disciplinar dos dirigentes das entidades públicas, dos
titulares de cargos de direção abrangidas pelo RGPC
✓ e dos trabalhadores de quaisquer entidades abrangidas que deixem de participar
S
infrações ou prestem informações falsas ou erradas,
______________________________________________________________________
só produzirá efeitos a partir do dia 7 de junho de 2023.
sendo que, para as entidades que se enquadrem como médias-empresas, tal data é
de 7 de junho de 2024
DÉLIA FALCÃO
ReChgCC
CHECK LIST PARA SABER SE A SUA EMPRESA OU ENTIDADE CUMPRE O RGPC
( COMPLIANCE ):
Em suma os 6 principais mecanismos a adotar e implementar no seu plano de

cumprimento normativo para prevenção de corrupção e infrações conexas:
S
1- Plano de Prevenção de Riscos de corrupção e infrações conexas (PPR)
2- Código de Conduta
3- Canais de Denúncia
4- Programa de formação Interno
5-Procedimentos de Controlo Interno e Avaliação Prévia do Risco
6-Responsável pelo plano de cumprimento normativo
. I1
- me Geral da Corrupção
DÉLIA FALCÃO
-O Responsável do cumprimento normativo
Poderá ser nomeado como Responsável de Cumprimento Normativo um elemento da direção

superior ou equiparado da entidade abrangida.
O Responsável de Cumprimento Normativo tem como função garantir e controlar a aplicação do

PPR, atuando de modo independente, permanente e com autonomia decisória.
No caso de grupo, pode ser nomeado um único Responsável pelo Cumprimento Normativo.
DÉLIA FALCÃO
REGIME GERAL DE PROTEÇÃO DE DENUNCIANTES DE INFRAÇÕES
LEI N.º 93/2021, DE 20 DE DEZEMBRO
DÉLIA FALCÃO
A Lei n.º 93/2021, de 20/12, transpõe a Diretiva (UE) 2019/1937 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 23 de outubro de 2019, relativa à proteção das pessoas que denunciam
violações do direito da União Europeia.
Este regime, entrou em vigor em 18 de junho de 2022,
tem por objetivo assegurar a proteção da pessoa singular que denuncie ou divulgue
publicamente uma infração
• cometida,
• que esteja a ser cometida
• ou cujo cometimento se possa razoavelmente prever,
• bem como a tentativa de ocultação, com fundamento em informações obtidas no âmbito

da sua atividade profissional (em sentido lato).
DÉLIA FALCÃO
QUAIS SÃO AS INFRAÇÕES ABRANGIDAS PELO RGPDI?
1. O ato ou omissão:
a) Contrário a regras constantes dos atos da União Europeia referidos no anexo da Diretiva (UE) 2019/1937 do
Parlamento Europeu e do Conselho,
b) Contrário a normas nacionais que executem, transponham ou deem cumprimento a tais atos ou a quaisquer
outras normas constantes de atos legislativos de execução ou transposição dos mesmos, incluindo as que
prevejam crimes ou contraordenações, referentes aos domínios de:
✓ i) Contratação pública;
✓ ii) Serviços, produtos e mercados financeiros e prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento
do terrorismo;
✓ iii) Segurança e conformidade dos produtos;
✓ iv) Segurança dos transportes;
✓ v) Proteção do ambiente;
✓ vi) Proteção contra radiações e segurança nuclear;
✓ vii) Segurança dos alimentos para consumo humano e animal, saúde animal e bem -estar animal;
✓ viii) Saúde pública;
✓ ix) Defesa do consumidor;
✓ x) Proteção da privacidade e dos dados pessoais e segurança da rede e dos sistemas de informação.
DÉLIA FALCÃO
c) Lesivo dos interesses financeiros da União Europeia a que se refere o artigo 325.º do Tratado sobre o
Funcionamento da União Europeia (TFUE), conforme especificado nas medidas da União Europeia aplicáveis;
d) Contrário às regras do mercado interno a que se refere o n.º 2 do artigo 26.º do TFUE, incluindo as regras de
concorrência e auxílios estatais, bem como as regras de fiscalidade societária;
e) Que contrarie o fim das regras ou normas abrangidas pelas alíneas a) a c).
2. A criminalidade violenta, especialmente violenta e altamente organizada, bem como os crimes previstos no
n.º 1 do artigo 1.º da Lei n.º 5/2002, de 11 de janeiro, que estabelece medidas de combate à criminalidade
organizada e económico -financeira.
DÉLIA FALCÃO
QUEM PODE SER CONSIDERADO DENUNCIANTE?
É considerado denunciante:
▪ A pessoa singular que,
▪ Denuncie ou divulgue publicamente uma infração,
▪ Com fundamento em informações obtidas no âmbito da sua atividade profissional,
▪ Independentemente da natureza desta atividade e do setor em que é exercida.
Podem assim ser considerados denunciantes, nomeadamente:
a) Os trabalhadores do setor privado, social ou público;

b) Os prestadores de serviços, contratantes, subcontratantes e fornecedores, bem como quaisquer pessoas que
atuem sob a sua supervisão e direção;
c) Os titulares de participações sociais e as pessoas pertencentes a órgãos de administração ou de gestão ou a
órgãos fiscais ou de supervisão de pessoas coletivas, incluindo membros não executivos;
d) Voluntários e estagiários, remunerados ou não remunerados.
Não impede à consideração de pessoa singular como denunciante:
✓ a circunstância de a denúncia ou de a divulgação pública de uma infração ter por fundamento

✓ informações obtidas numa relação profissional entretanto cessada,
✓ bem como durante o processo de recrutamento
✓ ou durante outra fase de negociação pré-contratual de uma relação profissional constituída ou não
constituída.
DÉLIA FALCÃO
QUANDO É QUE O DENUNCIANTE PODE BENEFICIAR DA PROTEÇÃO CONFERIDA PELO RGPDI?
✓ O denunciante que, de boa-fé,

✓ e tendo fundamento sério para crer que as informações são, no momento da denúncia ou da
divulgação pública, verdadeiras,
✓ denuncie ou divulgue publicamente uma infração nos termos estabelecidos na lei.
Esta proteção é igualmente extensível ao denunciante anónimo que seja posteriormente identificado (
desde que o faça nos termos supra)
A proteção conferida ao denunciante é extensível, com as devidas adaptações, a:
✓ Pessoa singular que auxilie o denunciante no procedimento de denúncia e cujo auxílio deva ser
confidencial, incluindo representantes sindicais ou representantes dos trabalhadores;
✓ Terceiro que esteja ligado ao denunciante, designadamente colega de trabalho ou familiar, e possa ser
alvo de retaliação num contexto profissional; e
✓ Pessoas coletivas ou entidades equiparadas que sejam detidas ou controladas pelo denunciante, para
as quais o denunciante trabalhe ou com as quais esteja de alguma forma ligado num contexto
profissional.
DÉLIA FALCÃO
REALIZAÇÃO DE DENÚNCIAS
➢ Quem poder fazer uma denuncia
➢ Os meios para efectuar a denuncia
DÉLIA FALCÃO
AS DENÚNCIAS PODEM SER FEITAS ANONIMAMENTE OU COM A IDENTIFICAÇÃO DO DENUNCIANTE
De acordo com o RGPDI, tanto as denúncias internas como as denúncias externas podem ser
apresentadas por escrito e/ou verbalmente, de forma anónima ou com identificação do
denunciante.
DÉLIA FALCÃO
OS MEIOS PREVISTOS DE DENÚNCIA DE INFRAÇÕES
As denúncias de infrações são apresentadas pelo denunciante através:
1. Dos canais de denúncia interna;
2. Dos canais de denúncia externa, ou, ainda,
3. Divulgadas publicamente.
DÉLIA FALCÃO
É possível a utilização indistinta de qualquer dos meios previstos para a denúncia de infrações?
Não porque está estabelecido um regime de precedências
O RGPDI privilegia as denúncias internas,
pelo que o denunciante apenas pode divulgar publicamente uma infração
e/ou recorrer a canais de denúncia externa
em determinadas circunstâncias, legalmente previstas
DÉLIA FALCÃO
EM QUE SITUAÇÕES É QUE O DENUNCIANTE PODE RECORRER AOS CANAIS DE DENÚNCIA EXTERNA?
O denunciante só pode recorrer a canais de denúncia externa quando:
1. Não exista canal de denúncia interna,
ou quando,
2. Existindo canal de denúncia interna:
✓ Este admita apenas a apresentação de denúncias por trabalhadores, não o sendo o denunciante;
✓ O denunciante tenha, ainda assim, motivos razoáveis para crer que a infração não pode ser eficazmente
conhecida ou resolvida a nível interno ou que existe risco de retaliação;
✓ O denunciante tenha inicialmente apresentado uma denúncia interna sem que lhe tenham sido
comunicadas as medidas previstas ou adotadas na sequência da denúncia nos prazos legalmente previstos;
✓ A infração constitua (1) crime ou (2) contraordenação punível com coima superior a 50 000 (euro).
DÉLIA FALCÃO
EM QUE SITUAÇÕES É QUE O DENUNCIANTE PODE DIVULGAR PUBLICAMENTE UMA INFRAÇÃO?
O denunciante só pode divulgar publicamente uma infração quando:
a) Tenha motivos razoáveis para crer que a infração pode constituir um perigo iminente ou manifesto para o
interesse público,
b) que a infração não pode ser eficazmente conhecida ou resolvida pelas autoridades competentes, atendendo
às circunstâncias específicas do caso,
c) ou que existe um risco de retaliação inclusivamente em caso de denúncia externa; ou
E quando :
d) Tenha apresentado uma denúncia interna e uma denúncia externa, ou diretamente uma denúncia externa nos
termos previstos no RGPDI sem que tenham sido adotadas medidas adequadas nos prazos previstos nos artigos
11.º e 15.º do RGPDI.
DÉLIA FALCÃO
QUE ENTIDADES ESTÃO OBRIGADAS A ESTABELECER CANAIS DE DENÚNCIA INTERNA?
Devem disponibilizar canais de denúncia interna as pessoas coletivas, incluindo o Estado e as demais pessoas
coletivas de direito público, que empreguem 50 ou mais trabalhadores e, independentemente disso, as
entidades que estejam contempladas no âmbito de aplicação dos atos da União Europeia referidos na parte i.B e
ii do anexo da Diretiva (UE) 2019/1937 do Parlamento Europeu e do Conselho.
Não obstante, a lei prevê que o Estado dispõe, pelo menos, de um canal de denúncia interna em cada uma das
seguintes entidades:
a) Presidência da República;
b) Assembleia da República;
c) Cada ministério ou área governativa;
d) Tribunal Constitucional;
e) Conselho Superior da Magistratura;
f) Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais;
g) Tribunal de Contas;
h) Procuradoria-Geral da República;
i) Representantes da República nas regiões autónomas.
DÉLIA FALCÃO
“Tipos” de CANAIS DE DENÚNCIA INTERNA
DENÚNCIA ESCRITA:
➢ Por correio eletrónico

➢ A denúncia deve ser remetida para o endereço:
➢ Denuncia @xxxxx.pt
➢ Por correio regular

➢ A denúncia deve ser remetida em envelope fechado, com a indicação, no exterior – NÃO ABRIR - para o
seguinte endereço:
➢ Equipa da Transparência - Morada
´
TELEFONE
Encontra-se disponível, no período compreendido entre as 10h e as 17H o número xxxxxxxxx
EM REUNIÃO PRESENCIAL, A PEDIDO DO DENUNCIANTE
A reunião presencial efetua-se apenas nas situações em que a mesma seja pedida pelo denunciante.
Para esse efeito, deve ser solicitada a sua marcação prévia através de qualquer dos contactos
referidos acima
DÉLIA FALCÃO
De que forma podem ser apresentadas denúncias internas?

Os canais de denúncia interna disponibilizados devem permitir
, designadamente, a apresentação de denúncias, por escrito e ou verbalmente, por trabalhadores, anónimas ou

com identificação do denunciante.
Em caso de denúncia verbal, os canais de denúncia interna permitem a sua apresentação por telefone ou através
de outros sistemas de mensagem de voz e,
a pedido do denunciante, em reunião presencial.
A denúncia pode ser apresentada com recurso a meios de autenticação eletrónica com cartão de cidadão ou
chave móvel digital,
ou com recurso a outros meios de identificação eletrónica emitidos em outros Estados-Membros e reconhecidos
para o efeito nos termos do artigo 6.º do Regulamento (UE) n.º 910/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 23 de julho de 2014, desde que, em qualquer caso, os meios estejam disponíveis.
DÉLIA FALCÃO
QUE CARACTERÍSTICAS APRESENTAM OS CANAIS DE DENÚNCIA INTERNA :
Os canais de denúncia interna devem permitir a apresentação e o seguimento seguros de denúncias estando
impedido o seu acesso por parte de pessoas não autorizadas.
Devem ser garantidas:
▪ A exaustividade, integridade e conservação da denúncia;

▪ A confidencialidade da identidade ou o anonimato dos denunciantes e
▪ A confidencialidade da identidade de terceiros mencionados na denúncia, bem como
▪ A ausência de conflitos de interesses no desempenho das funções.
Os canais de denúncia interna são operados por exemplo pela :
✓ Direção de Serviços Jurídicos,

✓ Departamento de Auditoria ,
(para efeitos de receção e seguimento de denúncias, por pessoas ou serviços designados para o efeito).
DÉLIA FALCÃO
TRATAMENTO DAS DENÚNCIAS
DÉLIA FALCÃO
•Tratamento das Denúncias

•Quais os procedimentos instituídos para o tratamento de denúncias internas?
•Na sequência de denúncia interna, a entidade :
•1) Notifica, no prazo de sete dias, o denunciante da receção da denúncia; com a notificação a denunciante é
igualmente informado, de forma clara e acessível, dos requisitos, autoridades competentes e forma e
admissibilidade da denúncia externa, nos termos do n.º 2 do artigo 7.º e dos artigos 12.º e 14.º
•2) Desenvolve as atividades adequadas à verificação das alegações contidas na denúncia e, se for caso disso,
à cessação da infração denunciada, inclusive através da abertura de um inquérito interno ou da comunicação
a autoridade competente para investigação da infração, incluindo as instituições, órgãos ou organismos da
União Europeia
•3) No prazo máximo de três meses a contar da data da receção da denúncia, comunica ao denunciante as
medidas previstas ou adotadas para dar seguimento à denúncia e a respetiva fundamentação
DÉLIA FALCÃO
Quais os procedimentos instituídos para o TRATAMENTO DE DENÚNCIAS EXTERNAS?
Recebida uma denúncia externa, a ENTIDADE:
a) Notifica, no prazo de sete dias, o denunciante da receção da denúncia, salvo pedido expresso em
contrário do mesmo ou caso se tenha motivos razoáveis para crer que a notificação pode comprometer
a proteção da identidade do denunciante;
b) Pratica os atos adequados à verificação das alegações aí contidas e, se for caso disso, à cessação da
infração denunciada, inclusive através da abertura de inquérito ou de processo ou da comunicação a
autoridade competente, incluindo as instituições, órgãos ou organismos da União Europeia;
c) Comunica ao denunciante as medidas previstas ou adotadas para dar seguimento à denúncia e a respetiva
fundamentação no prazo máximo de três meses a contar da data da receção da denúncia, ou de seis meses
quando a complexidade da denúncia o justifique;
d) O denunciante pode requerer, a qualquer momento, que lhe seja comunicado o resultado da análise
efetuada à denúncia no prazo de 15 dias após a respetiva conclusão.
DÉLIA FALCÃO
AS ENTIDADES COMPETENTES PARA A APRECIAÇÃO DAS DENÚNCIAS EXTERNAS, SÃO:
Nos termos do RGPDI as denúncias externas são apresentadas às autoridades ( e.g., ACT,
Órgãos de Polícia Criminal, ASAE, Autoridade da Concorrência, ANACOM, Banco de Portugal)
que, de acordo com as suas atribuições e competências, devam ou possam conhecer da
matéria em causa na denúncia, incluindo:
a) O Ministério Público;
b) Os órgãos de polícia criminal;
c) O Banco de Portugal;
d) As autoridades administrativas independentes;
e) Os institutos públicos;
f) As inspeções-gerais e entidades equiparadas e outros serviços centrais da administração
direta do Estado dotados de autonomia administrativa;
g) As autarquias locais; e
h) As associações públicas.
DÉLIA FALCÃO
SITUAÇÕES em que se PROCEDE AO ARQUIVAMENTO DE DENÚNCIAS EXTERNAS:
As denúncias externas são arquivadas, não havendo lugar ao respetivo seguimento, quando as autoridades
competentes, mediante decisão fundamentada a notificar ao denunciante, considerem que:
a) A infração denunciada é de gravidade diminuta, insignificante ou manifestamente irrelevante;
b) A denúncia é repetida e não contém novos elementos de facto ou de direito que justifiquem um
seguimento diferente do que foi dado relativamente à primeira denúncia; ou
c) A denúncia é anónima e dela não se retiram indícios de infração
DÉLIA FALCÃO
DIREITOS E GARANTIAS
➢ - A CONFIDENCIALIDADE DAS DENÚNCIAS, internas e externas
A identidade do denunciante, bem como as informações que, direta ou indiretamente, permitam deduzir a sua
identidade, têm natureza confidencial e são de acesso restrito às pessoas responsáveis por receber ou dar
seguimento a denúncias.
Esta obrigação de confidencialidade estende-se, de igual modo, a quem tiver recebido informações sobre
denúncias, ainda que não responsável ou incompetente para a sua receção e tratamento.
Com este contexto, a identidade do denunciante só é divulgada em decorrência de obrigação legal ou de

decisão judicial.
Sem prejuízo do disposto em outras disposições legais,

a divulgação da informação é precedida de comunicação escrita ao denunciante indicando os motivos da
divulgação dos dados confidenciais em causa, exceto se a prestação dessa informação comprometer as
investigações ou processos judiciais relacionados.
DÉLIA FALCÃO
➢ GARANTIA E RESPEITO PELAS REGRAS APLICÁVEIS À RECOLHA E TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
O tratamento de dados pessoais ao abrigo da presente lei, incluindo o intercâmbio ou a transmissão de dados
pessoais pelas autoridades competentes, observa o disposto no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados,
aprovado pelo Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016, na Lei
n.º 58/2019, de 8 de agosto, que assegura a execução, na ordem jurídica nacional, do Regulamento (UE)
2016/679, e na Lei n.º 59/2019, de 8 de agosto, que aprova as regras relativas ao tratamento de dados pessoais
para efeitos de prevenção, deteção, investigação ou repressão de infrações penais ou de execução de sanções
penais.
Os dados pessoais que manifestamente não forem relevantes para o tratamento da denúncia não são
conservados,
devendo ser imediatamente apagados, sem prejuízo do dever de conservação de denúncias apresentadas
verbalmente, quando essa conservação se faça mediante gravação da comunicação em suporte duradouro e
recuperável.
DÉLIA FALCÃO
➢ AS REGRAS PARA SE PROCEDER À CONSERVAÇÃO DE DENÚNCIAS
•As entidades obrigadas e as autoridades competentes responsáveis por receber e tratar denúncias devem
manter um registo das denúncias recebidas e conservá-las, pelo menos, durante o período de cinco anos e,
independentemente desse prazo, durante a pendência de processos judiciais ou administrativos referentes à
denúncia.
•As denúncias apresentadas verbalmente, através de linha telefónica com gravação ou outro sistema de
mensagem de voz gravada, são registadas, obtido o consentimento do denunciante, mediante:
•a) Gravação da comunicação em suporte duradouro e recuperável; ou

•b) Transcrição completa e exata da comunicação.
•
•Caso a denúncia seja apresentada em reunião presencial, a ENTIDADE assegura, obtido o consentimento do
denunciante, o registo da reunião mediante:
•a) Gravação da comunicação em suporte duradouro e recuperável; ou

•b) Ata fidedigna
DÉLIA FALCÃO
▪
PROTECÇÃO DO DENUNCIANTE DE ACTOS DE RETALIAÇÃO
O RGPDI considera como ato de retaliação o ato ou omissão (aqui se incluindo as ameaças e as
tentativas) que, direta ou indiretamente, ocorrendo em contexto profissional e motivado por uma
denúncia interna, externa ou divulgação pública, cause ou possa causar ao denunciante, de modo
injustificado, danos patrimoniais ou não patrimoniais.
Neste contexto, aquele que praticar um ato de retaliação indemniza o denunciante pelos danos
causados.
Não obstante, independentemente da responsabilidade civil a que haja lugar, o denunciante pode
igualmente requerer as providências adequadas às circunstâncias do caso, com o fim de evitar a
verificação ou a expansão dos danos.
DÉLIA FALCÃO
PROTECÇÃO DE ACTOS DE DE RETALIAÇÃO

▪
Presumem-se motivados por denúncia interna, externa ou divulgação pública, até prova em
contrário, os seguintes atos, quando praticados até dois anos após a denúncia ou divulgação pública:
a) Alterações das condições de trabalho, tais como funções, horário, local de trabalho ou retribuição,
não promoção do trabalhador ou incumprimento de deveres laborais;
b) Suspensão de contrato de trabalho;
c) Avaliação negativa de desempenho ou referência negativa para fins de emprego;
d) Não conversão de um contrato de trabalho a termo num contrato sem termo, sempre que o
trabalhador tivesse expectativas legítimas nessa conversão;
e) Não renovação de um contrato de trabalho a termo;
f) Despedimento;
g) Inclusão numa lista, com base em acordo à escala setorial, que possa levar à impossibilidade de,
no futuro, o denunciante encontrar emprego no setor ou indústria em causa;
h) Resolução de contrato de fornecimento ou de prestação de serviços.
i) Revogação de ato ou resolução de contrato administrativo, conforme definidos nos termos do
Código do Procedimento Administrativo.
DÉLIA FALCÃO
IMPLEMENTAÇÃO DE Canais de Denúncia Internos
DÉLIA FALCÃO
IMPLEMENTAÇÃO DE Canais de Denúncia Internos
Nas entidades abrangidas com 50 ou mais trabalhadores, devem ser criados canais de denúncia internos que:
• Garantam a apresentação e o seguimento seguro de denúncias,
• Assegurarem a confidencialidade da identidade ou o anonimato dos denunciantes e a confidencialidade da
identidade de terceiros mencionados na denúncia;
• Impeçam o acesso de pessoas não autorizadas à informação;
• Sejam operados internamente, para efeitos de receção e seguimento de denúncias, por pessoas ou serviços
designados para o efeito.
Nota: As entidades com 249 trabalhadores ou menos poderão partilhar recursos no que diz respeito à receção de
denúncias e ao respetivo seguimento. ).
DÉLIA FALCÃO
Canais de Denúncia Internos
Os tramites e implentação dos canais de denúncia internos

1- Para efeitos de receção de denúncias estes canais são operados pela empresa (de forma
interna) ou com o apoio de terceiros (de forma externa),
2- No caso de ser operados por terceiros/externos, devem posteriormente as denúncias ser sempre
objeto de seguimento interno.
3- As empresas estão obrigadas a designar pessoas ou serviços para este efeito
4-Garantir que a entidade do denunciante, e informações das quais possa resultar a sua
identificação, têm carater confidencial e com acesso restrito a um grupo determinado de pessoas.
DÉLIA FALCÃO
Em suma independentemente de canais operados internamente ou por terceiros :
Que prazos se devem considerar para efeitos de analise das denuncias

• 7 dias para notificação do denunciante da receção da denúncia e dos requisitos para apresentação de
denúncia externa (se aplicável) – que será o caso quando, por exemplo, não existir canal de denúncia interno,
ou quando este admita apenas a apresentação de denúncias por trabalhadores e o denunciante não o seja,
ou quando exista risco de retaliação;
• No prazo máximo de 3 meses – comunicação ao denunciante das medidas previstas ou adotadas para dar
seguimento à denúncia e a respetiva fundamentação, a contar da data da receção da denúncia;
• 15 dias após a respetiva conclusão – no caso de o denunciante ter requerido (o que pode fazer a qualquer
momento), a comunicação do resultado da análise efetuada.
DÉLIA FALCÃO
O incumprimento no tratamento das denuncias dos dados pessoais : consequências

Art. 27º ( Contraordenações e coimas )
Art. 27/1 e 2 - Contraordenações muitos graves
( Coima de 1000€ a 25000€/pessoa singular e 10000€ a 25000€/pessoa colectiva
Art. 27/3- Contraordenaçao grave
( coima 500€ a 12500€/pessoa singular e 1000€ a 125000€/pessoa colectiva
Atenção :
A tentativa é punivel e a negligencia è também punivel
•A confidencialidade da denúncia incluindo a proteção da identidade do denunciante e denunciado,

são elementos essenciais para o cumprimento das regras dos canais de ética,
•sendo que o seu incumprimento poderá levar cumulativamente à aplicação de coimas conforme
previstas no regulamento comunitário em matéria de RGPD, ou seja, no limite, a coima até Euros
20.000.000,00 ou 4 % do volume de negócios anual do grupo.
DÉLIA FALCÃO
OS RECURSOS TÉCNICOS, TECNOLÓGICOS E HUMANOS NO TRATAMENTO DAS DENUNCIAS

• Implementação de um canal de denúncias interno, com canais alternativos de reporte, incluindo a
implementação de uma ferramenta de gestão de denúncias, adaptada à realidade de cada empresa. Em
muitas situações este canal é passível ser implementado por via do recurso à tecnologia já existente no
seio das entidades;
• Operação do canal de denúncias interno (receção de denúncias), considerar a criação/contratação de equipa
de colaboradores experientes e sensibilizados para matérias complexas e particularmente sensíveis como é
o caso de uma denúncia – a qual poderá receber, registar e encaminhar as denúncias recebidas;
• Realização de investigações no âmbito das denúncias recebidas, através do acompanhamento, assistência e
assessoria na investigação das denúncias, através da realização de uma análise independente, factual e que
cumpra com todos os requisitos da lei;
• Elaboração de documentação de suporte, como regulamentos internos/políticas internas (i.e., políticas de
comunicação de irregularidades, códigos de conduta, ética – nos quais se aborde o tema da denúncia), que
permita enquadrar, de uma forma substantiva e processual, quais as melhores formas de atuar perante cada
denúncia;
• Tratamento de dados pessoais, envolver a área de proteção de dados e o respetivo Encarregado de
Proteção de Dados ou o responsável por Privacy, atendendo à necessidade de realização de uma Avaliação
de Impacto de Proteção de Dados, de se incluir o canal no registo de tratamento de dados da entidade e
atualizar a Política de Privacidade.
DÉLIA FALCÃO
Considerações finais
Consequências do incumprimento
Conforme analisado :
Em função da gravidade e do inadimplente (pessoa singular ou coletiva) as coimas poderão ir de
Euros 500,00 a Euros 250.000,00.
Porém :
Se o mesmo facto constituir simultaneamente crime e contraordenação, o agente será sempre
punido a título de crime.
DÉLIA FALCÃO
Documentação a implementar
1- Programa de cumprimento normativo ( PCN)

2-Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção Infrações Conexas
(PPR)
3- Código de Conduta
4- Canais de Denúncia
DÉLIA FALCÃO
Programa de cumprimento normativo ( PCN)

•1. Estrutura do Programa de Cumprimento Normativo (PCN)
•2. Designação de Responsável pelo Cumprimento Normativo do Programa (RCN)
•Ex: – Secretaria-Geral do MTSSS
DÉLIA FALCÃO

• Ex: – Secretaria-Geral do MTSSS
•Parte I – Caracterização da Secretaria-Geral do MTSSS

•1. Missão, Visão , Valores
•4. Organização e funcionamento .....................................................................................
•5. Recursos .......................................................................................................................
•5.1. Recursos Humanos e Financeiros ................................................................................
•5.2. Princípio aplicável à gestão dos recursos humanos e financeiros ...............................
•6. Instrumentos de gestão ...............................................................................................
•
DÉLIA FALCÃO

– Ex: – Secretaria-Geral do MTSSS
•Parte II – Plano de Prevenção de Riscos de gestão, incluindo corrupção e infrações conexas
•Nota Introdutória ..........................................................................................................

•1. Referências do Plano de Prevenção de Riscos da SGMTSSS ........................................
•2. Conceito de risco e de gestão do risco
•3. Fatores de risco ............................................................................................................
•4. Funções e responsabilidade
•5. Áreas de risco
•6. Identificação das medidas de prevenção dos riscos
•6.1 Objetivos ..............
•6.2 Princípios ......................................................................................................................
•7. Acompanhamento, avaliação, monitorização, atualização e comunicação do PPR .....
•7.1. Acompanhamento do PPR .............................................................................................
•7.2. Avaliação, monitorização e atualização do PPR
•7.3. Comunicação do PPR e dos relatórios
•
DÉLIA FALCÃO

•8. Quadros - Identificação das áreas de risco, dos riscos, das medidas e de responsáveis
•Quadro 1 – PPR – Atividades de risco transversais a todas as Unidades Orgânicas da Secretaria-
•Geral .............................................................................................................................
•Quadro 2 – PPR – Direção da SGMTSSS ..................................................................................
•Quadro 3 – PPR – DRH ............................................................................................................
•Quadro 4 – PPR – DF ...............................................................................................................
•Quadro 5 – PPR – DJC .............................................................................................................
•Quadro 6 – PPR – DCAP ..........................................................................................................
•Quadro 7 – PPR– DC ...............................................................................................................
•Quadro 8 – PPR – NAI .............................................................................................................
•
DÉLIA FALCÃO

•Parte III – Código de Ética e de Conduta ....................................................................
•1. Nota Introdutória ...........................................................................................................
•2. Objetivos ........................................................................................................................
•3. Âmbito de aplicação, objeto e princípios gerais ............................................................
•4. Regras de conduta aplicáveis .........................................................................................
•5. Sanções criminais e disciplinares ...................................................................................
•5.1 Artigos incluídos no Código Penal:
•5.2 Artigo do Código do Processo Penal: .............................................................................
•5.3 Artigos da Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada em anexo à Lei n.º
•35/2014, de 20 de junho: .......................................................................................................
•Anexos ....................................................................................................................................
•Anexo 1 - de Declaração de suprimento de conflitos, relativa ao n.º 5 do artigo 7.º do CEC
• Anexo 2 - declaração de inexistência de conflito de interesses, relativa ao n.º 6 do artigo 7.º do CEC
•Anexo 3 - declaração de inexistência de conflito de interesses, relativa ao n.º 7 do artigo 7.º do CEC
•ANEXO 4 - Código de Boa Conduta de Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho (CCAT), nos
•termos do n.º 8 do artigo 11.º do CEC
•
DÉLIA FALCÃO
•Parte IV- Plano de formação
•Parte V – Canal de Denúncias ......................................................................
•Parte VI - Glossário ......................................................................................

•Anexo 1 ao PCN .............................................................................................................
•Despacho Interno n.º I-SG/SAD/3/2002 da SGMTSSS, de 09/06/2022, que designa Responsável

•pelo Cumprimento Normativo do Programa
DÉLIA FALCÃO
•-
2- Plano de PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO ( PPR
DÉLIA FALCÃO
•Plano de PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO ( PPR)

•Exemplo /Indice
•INTRODUÇÃO
•PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS (PPC) DO INSTITUTO PORTUGUÊS DO SANGUE E DA
TRANSPLANTAÇÃO, I. P. (IPST, IP)
•1 - COMPROMISSO ÉTICO
•2.- OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
•3.- CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA E ORGANOGRAMA DO IPST, IP
•3.1.- RECURSOS HUMANOS
•3.2.- RECURSOS FINANCEIROS
•3.3.- PROSSECUÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES
•3.4.- INSTRUMENTOS DE DESTÃO
•3.5.- ORGANOGRAMA
•4.- IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS E ATIVIDADES, DOS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS, QUALIFICAÇÃO DA
FREQUNCIA DOS RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS
•4.1.- METEDOLOGIA
•4.2.-MATRIZ DA GRADUAÇÃO DO RISCO (PROBABILIDADE E CONSEQUENCIAS)
•5- CONTROLO E MONITORIZAÇÃO DO PLANO
ANEXOS
Tabela 4 – Matriz de Graduação do Risco
•
DÉLIA FALCÃO
•RGPC- REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO
•
•CÓDIGO DE CONDUTA
DÉLIA FALCÃO
•CÓDIGO DE CONDUTA ( EXEMPLO INDICE )
•PARTE I DISPOSIÇÕES GERAIS.
•Enquadramento.
• Âmbito de Aplicação .
•PARTE II – PRÍNCIPIOS E VALORES.

•Princípios.
•Valores.3
•
DÉLIA FALCÃO
•PARTE III - NORMAS DE CONDUTA.

•Relacionamento Interpessoal entre os trabalhadores e entre colaboradores com os cidadãos.
•Atendimento prioritário.
•Responsabilidade Social. E Compromisso ambiental.
•Impedimentos e Conflitos de interesses.
•Acumulação de funções.
•Regime de Ofertas.
•Sigilo Profissional.
•Acesso e Reutilização da Informação.
•Proteção de Dados Pessoais.
•Formação.
•Desmaterialização.
•Sistemas de Gestão Documental.
•Comunicação Interna e Externa.
•Procedimentos relativos a Consulta Pública. E Prazo de decisão.
•Cruzamento de Informações entre Entidades.
•Combate à Fraude e Corrupção.
•Comunicação de irregularidades.
•Avaliação de qualidade pelos Serviços.
•Auditoria Interna.
•
DÉLIA FALCÃO
•
•PARTE IV- DISPOSIÇÕES FINAIS.
•Cumprimento.
•Revisão.
•Publicação e
Entrada em vigor.
DÉLIA FALCÃO
• EXEMPLO : CANAL DE DENÚNCIA DO CHUSJ
•Com o objetivo de promover uma cultura de transparência e responsabilização, o CHUSJ disponibiliza o presente canal
de denúncia, assegurando as condições de segurança, sigilo, confidencialidade da identidade ou o anonimato, assim
como, a confidencialidade da identidade de terceiros mencionados na denúncia e impedimento de acesso a pessoas não
autorizadas.
•Este canal poderá ser usado para denunciar de forma segura infrações e atos de corrupção ou infrações conexas nos
termos previstos no Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações, aprovado pela Lei n.º 93/2021, de 20 de
dezembro, bem como no Regime Geral de Prevenção da Corrupção, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 109-E/2021, de 9 de
dezembro.
•No âmbito do Canal de Denúncia, consideram-se infrações:
•São ainda abrangidas as denúncias de atos de corrupção e infrações conexas (Artigo 8º do Regime Geral de Prevenção
da Corrupção).
•Podem beneficiar da proteção conferida ao denunciante as pessoas singulares que denunciem uma infração com
fundamento em informações obtidas no âmbito da sua atividade profissional, nomeadamente:
•os trabalhadores do CHUSJ;, os prestadores de serviços, contratantes, subcontratantes e fornecedores, bem como
quaisquer pessoas que atuem sob a sua supervisão e direção;, as pessoas pertencentes a órgãos de administração,
fiscalização ou de supervisão;, voluntários e estagiários, remunerados ou não remunerados.
•Não obsta à consideração de pessoa singular como denunciante a circunstância de a denúncia de uma infração ter por
fundamento informações obtidas numa relação profissional entretanto cessada, bem como durante o processo de
recrutamento ou durante outra fase de negociação pré-contratual de uma relação profissional constituída ou não
constituída.
•Este Canal não tem como objetivo receber reclamações.

•Antes de continuar, certifique-se de que dispõe de informação concreta e objetiva para proceder a uma denúncia ou
participação fundamentada e consciente, agindo de boa-fé.
DÉLIA FALCÃO
EXEMPLO 2
PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO ( SOCIEDADE DE ADVOGADOS
)
Indice
INTRODUÇÃO
FENÓMENO DA CORRUPÇÃO
PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO
PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
CÓDIGO DE CONDUTA
CANAIS DE DENÚNCIA INTERNA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO NORMATIVO
PROCEDIMENTOS DE CONTROLO INTERNO E DE AVALIAÇÃO PRÉVIA
SANÇÕES
RESPONSABILIDADE CONTRAORDENACIONAL
MENAC
DÉLIA FALCÃO
BOM TRABALHO !
DÉLIA FALCÃO

Regime Da Prevenção e Corrupção Canais de Denuncias PDF

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• RGPC- REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO

• Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC)

•As atribuições do Mecanismo Nacional Anticorrupção

•Âmbito de Aplicação do RGPC

•Quem fiscaliza o RGPC

•As obrigações legais das entidades a quem se aplica o RGPC

• Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC)

•As obrigações legais das entidades a quem se aplica o RGPC :

PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO ( Prevenir/detetar e sancionar actos de corrupção):

•O que são procedimentos de avaliação Prévia

•Os Canais de denuncia e protecção dos denunciantes

•- Procedimentos , formulários e minutas

PROGRAMA XXII GOVERNO

LUGAR DE DESTAQUE AS POLITICAS ANTICORRUPÇAO

A CORRUPÇÃO OFENDE OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA

ESTRATÉGIA NACIONAL ANTICORRUPÇÃO 2020- 2024

Necessidade da criação, adoção e implementação de medidas destinadas à:

Define sete prioridades:

ESTRATÉGIA NACIONAL ANTICORRUPÇÃO 2020-2024

Visa instituir um sistema eficaz de:

Mantendo a repressão da corrupção sob a egide de:

DIPLOMAS MAIS RELEVANTES:

▪ Portaria 164/2022 de 23/6 – MENAC

▪ Lei 83/2017 de 18/ 8 – Combate ao Branqueamento de Capitais e ao financiamento de Terrorismo

▪ Directiva Comunitária 2019/1937 –Protecção dos Denunciantes

▪ Lei 93/99 de 14/9 – Medidas de Protecção de Testemunhas em Processo Penal

Decreto-Lei n.º 109-E/2021 de 9 /12

Cria o Mecanismo Nacional Anticorrupção ( MENAC)

Implementação de instrumentos de combate à corrupção através de

O REGIME GERAL DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO, INSTITUI os seguintes instrumentos :

1- PROGRAMAS DE CUMPRIMENTO NORMATIVO, que devem incluir :

4 - Procede a alterações ao REGIME JURÍDICO DA ATIVIDADE DE INSPEÇÃO DA

5 - ESTABELECE-SE A ENTRADA EM VIGOR E PRODUÇÃO DE EFEITOS DE FORMA FASEADA

MECANISMO NACIONAL ANTICORRUPÇÃO (MENAC)

Entidade Administrativa independente, com personalidade jurídica de direito público e

Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC)

SÃO AINDA ATRIBUIÇÕES DO MENAC :

Recolher e organizar informação relativa à prevenção e repressão da :

▪ corrupção ativa ou passiva,

PORTARIA 164/2022 DE 23 DE JUNHO

- Contudo o Decreto-lei 109-E/2021 define a estrutura orgânica e estatuto :

❑ INDEPENDÊNCIA E IMPARCIALIDADE – Art. 4º do

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC)

• O RGPC pretende implementar um sistema eficaz de prevenção de fenómenos de

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC)

Âmbito de aplicação do RGPC

As pessoas coletivas, as sucursais e os serviços abrangidos SÃO ABREVIADAMENTE REFERIDOS COMO

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC)

Definições de corrupção e infracções conexas para efeitos de RGPC:

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC)

O MENAC é a entidade a quem competirá o acompanhamento e fiscalização da

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC):

As Principais obrigações para as entidades abrangidas :

➢ Adoção e implementação de um PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO

➢ Designação de um RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO NORMATIVO

Regime Geral da Prevenção da Corrupção (RGPC):

O que é o Programa de Cumprimento Normativo e o que deve incluir ?

O Programa de Cumprimento Normativo , visa prevenir, detectar e sancionar atos de corrupção e

• O PROGRAMA DE CUMPRIMENTO NORMATIVO , deve incluir pelo menos:

❑ Um plano de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas (PPR),

❑ Um canal de denúncias para prevenção, deteção e sancionamento de atos de corrupção e

PPR: O que deve conter:

•Abrange toda a organização e toda a actividade