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EAD - COMPLIANCE

MÓDULO I – Introdução ao tema Compliance: Referencial Regulatório


EAD - COMPLIANCE – MÓDULO I

OBJETIVO
Capacitar os participantes a reconhecerem o conceito e as leis sobre
Compliance.

CARGA HORÁRIA
2 horas

PÚBLICO
Todos os empregados

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final do estudo do Módulo I, esperamos que você possa alcançar


os seguintes objetivos:

Reconhecer os principais eventos que marcaram as alterações


legais sobre Compliance;

Identificar as legislações sobre Compliance;

Compreender os conceitos e definições de Compliance.

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CONTEÚDO

MÓDULO I

Lição I: Marco regulatório - Legislação Brasileira anticorrupção e


a importância do Compliance.

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Marco Regulatório: Legislação Brasileira


Anticorrupção e a Importância do Compliance
LIÇÃO II

Variáveis
Olá, seja que impactam
bem-vindo(a) ao Módulo nos fenômenos
I do curso Compliance. absenteísmo e
Neste módulo, você estudará sobre o marco regulatório presenteísmo
do
Compliance no Brasil.

Bons Estudos!

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Olá, é muito bom ter você aqui nesta


capacitação! Vamos começar fazendo
uma reflexão? Leia atentamento o texto
abaixo!

Atualmente, estamos vivenciando um momento histórico no Brasil,


com as mudanças significativas na legislação em relação à
integridade, ética e combate à fraudes e corrupção.

Compliance já faz parte da vida da maioria das empresas no Brasil


há mais de 20 anos. Porém, somente a partir dos últimos anos tem
sido debatido e incluído nas legislações com a finalidade de auxiliar
no combate à corrupção, bem como disseminar a conduta Ética e a
Integridade.

Assim sendo, antes de estudarmos sobre o assunto Compliance,


precisamos compreender as alterações, ao longo dos anos, das
legislações e regulamentações que versam sobre o assunto.

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Marco Regulatório do Compliance no Brasil

1998 -2012

Desde o ano de 1998, foram adotadas no Brasil medidas contra a


corrupção, materializadas no Código Penal por artigos que tratam da
corrupção praticada por particular contra a Administração Pública
Estrangeira e alteração da Lei 9.613/98 (contra a lavagem de
dinheiro, hoje revogada pela Lei 12.683/12).

Esforços contra a corrupção foram adotados, de forma concomitante,


pela Organização dos Estados Americanos – OEA, que publicou a
Convenção Interamericana Contra a Corrupção, negociada em
Caracas em 1996. Essa foi a primeira Convenção a tratar tanto de
medidas preventivas quanto de medidas coercitivas contra a
corrupção. Essa convenção foi promulgada no Brasil por meio do
Decreto 4.410/2002.

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O Brasil assumiu compromisso em 2000 perante a Organização para a


Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, ratificando em
15/06/2000, a Convenção sobre o Combate à Corrupção de
Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais
Internacionais, por meio do Decreto 3.678/2000. Ações dessa
natureza foram recentemente regulamentadas também por países
como o Chile, México e Reino Unido, seguindo os passos dos Estados
Unidos da América que, desde a década de 70, tratam desse assunto
por meio do dispositivo legal Foreign Corrupt Practices Act – FCPA.

A partir do ano de 2002, esforços globais contra a corrupção levaram


a Assembleia-Geral das Nações Unidas a adotar, em outubro/2003, a
Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada no
Brasil por meio do Decreto 5.687/2006. A Convenção das Nações
Unidas trata da criminalização da Corrupção internacional e medidas
preventivas que, apesar de já terem sido tratadas em acordos
anteriores, na Convenção os dispositivos são abordados de forma mais
detalhada e abrangente.

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2013
Em 1º de agosto de 2013, foi promulgada a Lei 12.846/2013,
conhecida como Lei Anticorrupção, que dispõe sobre a
responsabilização civil e administrativa de pessoas jurídicas por atos
lesivos praticados em seu interesse ou benefício, que causarem
prejuízos ao patrimônio público ou infringirem princípios da
administração pública ou compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil. Na referida Lei, é atribuído reconhecimento formal à
importância da existência de mecanismos e procedimentos internos
de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e
da aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito das
pessoas jurídicas, uma vez que serão levados em consideração em
caso de aplicação de sanções às empresas.

As pessoas jurídicas serão responsabilizadas


objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil,
pelos atos lesivos previstos nesta Lei, praticados em
seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. (Lei
12.846/2013).

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2015

Em 18 de março de 2015, com a publicação do Decreto 8.420/2015,


que regulamentou a Lei 12.846/2013, definiu-se o conceito de
Programa de Integridade.

Programa de Integridade consiste, no âmbito de uma


pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, auditoria e
incentivo à denúncia de irregularidade e na aplicação
efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e
diretrizes com objetivo de detectar e sanar desvios,
fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados
contra a administração pública, nacional ou
estrangeira. (Decreto 8.420/2015).

Tendo como base o Decreto 8.420/2015, a Controladoria Geral da


União (CGU) publicou a Portaria 909, em 07 de abril de 2015,
estabelecendo a avaliação do Programa de Integridade das
organizações.

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2016
Mais recentemente, em 30 de junho de 2016, foi publicada a Lei
13.303/2016, conhecida como “Lei das Estatais”, que dispõe sobre
o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. Essa lei, bem como seu decreto
regulamentador 8.945/2016, publicado em 27/12/2016,
determinaram que as empresas públicas devem adotar regras de
estrutura e práticas de gestão de riscos e controles internos que
contemplem mecanismos de integridade, tais como: prevenção de
conflito de interesses; vedação de atos de corrupção e fraude;
canais adequados para o recebimento de denúncias internas e
externas, dentre outros.

Além disso, o Decreto 8.945/2016 estabelece que:

A empresa estatal adotará regras de estruturas e práticas de gestão


de riscos e controle interno que abranjam: ação dos administradores
e empregados, por meio da implementação cotidiana de práticas
de controle interno; área de integridade e de gestão de riscos; e
auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário.

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Observando o que diz o art. 9º, §1º, da Lei nº 13.303/16, destaca-se a obrigação da empresa em
elaborar e divulgar o Código de Conduta e Integridade, que disponha, dentre outros aspectos, a
saber:

 I - Princípios, valores e missão da empresa pública e da sociedade de economia mista,


bem como orientações sobre a prevenção de conflito de interesses e vedação de atos
de corrupção e fraude;

 II - Instâncias internas responsáveis pela atualização e aplicação do Código de Conduta


e Integridade;

 III - Canal de denúncias que possibilite o recebimento de denúncias internas e externas


relativas ao descumprimento do Código de Conduta e Integridade e das demais normas
internas de ética e obrigacionais;

 IV - Mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie de retaliação a pessoa que


utilize o canal de denúncias;

 V - Sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código de Conduta e


Integridade;

 VI - Previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre Código de Conduta e


Integridade, a empregados e administradores, e sobre a política de gestão de riscos, a
administradores.

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Bom, mas o que significa Compliance?

E como o Compliance passou a fazer parte das atividades da maioria das


empresas no Brasil a partir da inclusão de artigos nas principais
legislações, no caso dos Correios não poderia ser diferente, ele (o
Compliance) está presente em todas as atividades realizadas pela
Empresa. Depois de você ter compreendido o marco regulatório que
compõe as regras de Compliance, agora você irá reconhecer o conceito
de Compliance e a necessidade de implementação.

Compliance, em sentido literal, significa: “Estar em conformidade


com, obedecer, satisfazer o que lhe foi determinado pelos
regulamentos, normas de conduta e legislação, mantendo
compromisso com a integridade.

Significado da expressão “Em Compliance”: Em cumprimento com o


que já foi instituído pelas normas e regulamentos: empresa em
compliance com seus procedimentos, leis e normas.

Profissional de Compliance: Aquele que trabalha na organização e


coordenação dos procedimentos gerais a serem cumpridos pelos
departamentos e funcionários de uma empresa.” 1

1
Definições obtidas no dicionário virtual, disponível em: https://www.dicio.com.br/compliance/
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Abrangendo esse conceito de Compliance, considera-se uma


organização íntegra - “em Compliance” - aquela que consegue agir
em consonância com sua visão e missão e manter, em cada decisão,
atividade ou ação, coerência e conformidade com os seus princípios
e valores e com as regras éticas e legais as quais a organização está
submetida.

Na Intranet dos Correios, você pode acessar o encarte sobre “O que


é Compliance?”, disponível no link:

http://intranet/cs/vigep/educacao-corporativa/conhecimentos-
expressos/compliance

SAIBA MAIS

No link a seguir, você pode ampliar seu conhecimento sobre


Compliance!
http://intranet/cs/vigep/educacao-corporativa/roteiros-de-
estudo/trilha-tema/roteiro-conhecimento-expresso-o-que-e-
compliance.pdf

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Como já dizia Mário Sergio Cortela, Pensar faz bem!


Então, vamos pensar um pouco?

E para você, o que é estar em Compliance?

Para estar em conformidade com as regras a ela aplicáveis, de


modo a garantir sua integridade e capacidade de prevenir ou
remediar uma situação de incidência em alguma não-conformidade,
não basta que a organização preveja em sua visão e missão a adoção
de uma conduta ética e espere passivamente que seus colaboradores
a observem em todas as suas atividades e relacionamentos todo o
tempo. É necessário que haja mecanismos de identificação de
riscos de corrupção e fraudes e instrumentos para prevenção,
controle e mitigação de eventuais desvios.

De forma sucinta, pode-se afirmar que, no âmbito corporativo, o


Compliance é o instrumento primordial de gestão que assegura que
os processos de cada área de uma organização sejam rigorosamente

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aderentes à legislação aplicável ao seu negócio, assim como às


melhores práticas de gestão organizacional e à aplicação de
princípios éticos, de modo a prevenir e mitigar riscos e preservar sua
integridade e capacidade de sobrevivência e crescimento, atingindo
os objetivos sociais a que se propôs. Por fim, não existem modelos
padronizados para a implantação do Compliance que sejam
considerados como modelos eficientes e eficazes, pois cada
organização possui características próprias, com ambiente
regulatório, ambiente interno, estrutura, processos, nível de
maturidade de seus gestores e colaboradores, relacionamentos
com terceiros, entre outros, que a tornam única.

SAIBA MAIS

Acesse o link abaixo, do conhecimento expresso II, Você é e está


em Compliance?
http://intranet/cs/vigep/educacao-corporativa/roteiros-de-
estudo/trilha-tema/voce-e-esta-em-compliance_video-1.pdf

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