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Fonte: PowerPoint
Objetivos da ATPC (1)
Debatedores:
Profa. Raquel Teixeira, coordenadora da Efape
Prof. Haroldo Corrêa, secretário executivo de educação do estado
de São Paulo
Mediação:
Profa. Lina Kátia Mesquita, diretora da Fundação CAEd
Interação no chat
Realização: CAEd/UFJF
Convidado
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dos vivos. Geralmente apresentam um número reduzido de personagens, com os
elementos de orientação como tempo e espaço bem definidos; as ações são
simples e lineares, repletas de termos de suspenses que marcam a complicação; o
clímax costuma arrancar gritos e suspiros dos leitores e o desfecho mantém as
características das narrativas orais que perpetuam elementos. O texto apresenta
estrutura sintática composta principalmente por períodos curtos, com poucas
A Atividade
A VELHA POBRE
Lá para os lados da Amazônia tinha uma Velha Pobre que morava numa caverna na serra. Só saía às sextas feiras
pela meia noite. Ela era a protetora dos campos. Muitos dizem que ela não gostava de ser chamada de velha, porque,
na verdade, nunca envelheceu.
Aqueles que já a encontraram na serra, onde, aliás, raras pessoas já a viram, dizem que ela é linda, mas má.
Tinha, quando queria, uma voz doce e agradável. A cara jovem era linda. Os olhos grandes e brilhantes. Os cabelos
pretos, sujos e desgrenhados cobriam o rosto. As mãos e os pés eram de velha. Enrugados e cheios de calos.
Trabalhava sem parar, mas vivia esfarrapada e suja. E todo mundo a chamava de velha pobre.
Ela tinha muita vontade de ter filhos, mas não conseguia. Homem que passasse por sua caverna tinha que casar com
ela. Se esse homem ficava com medo era transformado em pedra que rolava, rolava, até cair no precipício.
Se o homem aceitava casar, apesar da aparência de seus pés e mãos, ela mostrava o rosto escondido pelos cabelos
sujos. Uma face de imensa beleza. Ela então tomava banho numa fonte de água pura com o fundo cheio de pedras
preciosas. Quando mergulhava nessas águas os pés e mãos da velha pobre se transformavam: ficavam jovens, belos
e delicados. Seus cabelos tornavam-se limpos, macios e lustrosos e o homem podia ter a mais bela noiva do mundo.
Mas, depois de nove meses se não nascia o filho (e ele nunca nasceu) a velha pobre se transformava: voltava a ser
suja e esfarrapada. Com os cabelos grudentos e as mãos e pés deformados de dar medo. Então era melhor o homem
fugir depressa. Devia correr muito senão podia virar pedra. Se a velha não o alcançava, ficava na gruta gritando de
ódio. Logo se formava no rio mais próximo um redemoinho enorme. Engolindo tudo que passava por ele. Esse
redemoinho, de uma forma mágica, era a cabeça da Velha Pobre.
Adaptação de Augusto Pessôa: In BÁ E AS VISAGENS. Editora Escrita Fina. Disponível em https://www.augustopessoa.com/contos-de-assombrao Acesso
em 18/10/2020.
1. De acordo com o texto, como eram os olhos da
Velha Pobre? (marco anterior)
( ) Belos e delicados.
( ) Grandes e brilhantes.
( ) Jovens e belos.
( ) Pretos e enrugados.
GABARITO: B
Resolução justificada para o professor
Para resolver com sucesso esta atividade é importante que você observe o trecho do
texto nos quais são apresentadas as características físicas da personagem a Velha
Pobre. Esse trecho é principalmente o terceiro parágrafo do texto, que se inicia com
o período “Tinha, quando queria, uma voz doce e agradável.”. Na continuação do
parágrafo é apresentada a informação sobre como eram os olhos da personagem:
“Os olhos grandes e brilhantes.”
Desse modo, se você observou o terceiro parágrafo do texto localizou corretamente a
informação solicitada pelo item e que é apresentada na alternativa B – Grandes e
brilhantes – o GABARITO. Caso você tenha marcado qualquer uma das outras
alternativas você optou por uma informação que também são apresentadas pelo
texto, mas que não é aquela solicitada pelo item.
Exemplo 2
Um uivo na montanha!
E no breu da noite apareceu o bicho com os olhos grandes, arregalados e vermelhos como brasa,
chispando fumaça pelas ventas e bufando igual boi brabo. Era escuro de não se enxergar nada no pasto e o
vendaval piorava. O bicho ficou de frente a mim, me olhando como a pensar de que lado morderia primeiro. Eu
só tremia com a garrucha enferrujada e sem munição, pensando em meter uma coronhada na cabeça dele. A
tempestade vinha que só vendo, as nuvens passavam corridas pela lua cheia e tampavam o alto dos morros. Era
chuvisco, era relâmpago, era rimbombar de trovão na serra. Ai, que medo, que dor de barriga, que desespero!
Era quinta para sexta-feira, por que eu fui caçar tatu? Para arrumar confusão com o coisa-ruim, com o dito cujo,
com o cão. Com o sem-nome que naquela hora tinha se vestido de... LOBISOMEM!!!!
(...) Sabe, o lobisomem é um bicho ladino. Quando ele me viu tremendo todo, começou a babar que achei que
fosse me engolir. Aquele pelo dele parecia uma piaçava, todo cheio de carrapatos e de percevejos.
(...) Só sei que o bicho começou a uivar, a uivar tanto que as árvores começaram a fechar as copas de medo.
Ficou um silêncio mortal, só o eco do grito do coisa ruim era escutado naquela várzea. Eu estava com a bota
cheia de lama do brejo, não dava pra correr muito. Achei que fosse morrer e me pareceu melhor começar a
rezar o Credo...
Para se proteger do lobisomem no momento do ataque, (...) basta abrir os braços em cruz e rezar o Credo. Alho
e lâmina de facão ou machado também são úteis. Mas, para matar o monstro, deve-se atirar no dedo mindinho
do pé dele com bala benta ou bala lambuzada em cera de vela de altar. Aí, já viu, né? Quem é que anda munido
dessas coisas? Pelo menos rezar valeu. O animal saiu quase que galopando, fugindo daquelas palavras
sagradas. Ele foi para um lado e eu para o outro. E por muito tempo ficamos sem trombar, graças a Deus .
MESSIAS, Adriano. Um uivo na montanha. In: MESSIAS, Adriano. Histórias mal-assombradas em volta do fogão de lenha. São Paulo: Biruta,
2004. p. 15-24. Fragmento. Adaptado para fins pedagógicos
O item
GABARITO: B
Resolução da atividade para o professor
Para resolver essa atividade, que solicita que você identifique quem é o narrador
do conto de assombração apresentado no texto 2, é importante observar, já no
primeiro parágrafo, a frase “O bicho ficou de frente a mim, me olhando como a
pensar de que lado morderia primeiro.” Essa frase é uma pista importante para
você concluir que é o narrador do conto é alguém que participa dos fatos
narrados. Há outras pistas ao longo de todo o restante do conto: “(...) por que eu
fui caçar tatu?” ou “Quando ele me viu tremendo todo(...)”
Se você observou essas pistas, provavelmente marcou a alternativa B – Alguém
que participou dos fatos narrados -, o GABARITO, e acertou o item. as
Exemplo 3 – Outra atividade sobre o mesmo
suporte
Centro de Mídias SP
https://www.youtube.com/channel/UC4PxhhCLUs1ESKz5EwuepMw
Currículo +
https://curriculomais.educacao.sp.gov.br/
Parceiros CMSP
https://centrodemidiasp.educacao.sp.gov.br/parceiros/
Referências
São Paulo faz escola, 2020. Cadernos do aluno - Ensino Fundamental. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/educacao-infantil-e-ensino-fundamental/materiais-de-
apoio/. Acesso em: 26 out. 2020.
São Paulo faz escola, 2020. Cadernos do aluno - Ensino Médio. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/ensino-medio/materiais-de-apoio/. Acesso em: 26 out. 2020.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019. Disponível em:
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf. Acesso
em: 26 out. 2020.