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CAPITULO V – DA

PROVIDÊNCIA
“O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos
dos povos. O Conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios
do seu coração, por todas as gerações.”
Sl 33.10-11

• Quartas feiras 20h30 às 21h30

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• Exposição (45 min)
• Perguntas e Interações (10 min)
ART. I
Pela sua muito sábia • Todas as criaturas, suas ações, bem como todos os
providência, segundo a fatos da história da humanidade, são sustentados,
sua infalível presciência e dirigidos, dispostos e governados por Deus (Dn 4.34-
o livre e imutável conselho 35; Sl 135.6; At 17.25-26, 28);
da sua própria vontade, • Chamamos de providência, as ações do governo de
Deus, o grande Criador de Deus em relação às suas criaturas, as ações delas e
todas as coisas, para o todas as coisas, que são baseadas em sua infalível
louvor da glória da sua presciência e o livre e imutável conselho da vontade
sabedoria, poder, justiça, de Deus (Jó 38-41; Ef 1.11; Sl 33.10-11; Is 14.24-26; Is
bondade e misericórdia, 37.26; 2Rs 19.25; At 2.23);
sustenta, dirige, dispõe e • O propósito da providência de Deus é o louvor da
governa todas as suas glória da sua sabedoria, poder e justiça (Rm 11.36);
criaturas, todas as ações e
todas as coisas, desde a
maior até a menor.
• Os fatos se sucedem na história de acordo com a
presciência e o decreto de Deus, e neste sentido são
inevitáveis e imutáveis (Gn 8.22; 1Rs 22.28-34; Pv
ART. II 16.33);
Posto que, em relação à • Entretanto, tais fatos, ocorrem em consonância com a
presciência e ao decreto de Deus,
que é a causa primária, todas as natureza das causas secundárias, necessárias, livre ou
coisas acontecem imutável e contingentemente (Is 10.6-7).
infalivelmente, contudo, pela
mesma providência, Deus ordena
que elas sucedam conforme a
natureza das causas secundárias,
necessárias, livre ou
contingentemente.
ART. III
Na sua providência • Ainda que sejam parte dos decretos de Deus (os
ordinária Deus emprega meios / causas secundárias), não são condicionantes
meios; todavia, ele é da providência de Deus, sendo a vontade de Deus
livre para operar sem livre de qualquer influência externa à Ele mesmo (At
eles, sobre eles ou contra 27.31-44; Is 55. 10-11; Os 1.7; Rm 4.19-21; 2Rs 6.6;
eles, segundo o seu Dn 3.27 – sem roupa de proteção);
arbítrio.
• A queda e cada pecado dos homens ou dos anjos, não estão
fora da providência de Deus (Rm 11.32-34 – 30 passagens
bíblicas);
• A permissão de Deus sobre tais pecados envolve uma
limitação, regulação e governo com o propósito do
cumprimento dos santos desígnios de Deus (1Cr 10.4,13-14);
• Entretanto, a pecaminosidade das transgressões pertence
ART. IV
A onipotência, a sabedoria inescrutável e a somente à criatura (At 2.23; At 4.27-28; Lc 22.22;
infinita bondade de Deus, de tal maneira se
manifestam na sua providência, que esta se
• Deus não é o autor e nem aprova o pecado (Tg 1.13-14, 17;
estende até a primeira queda e a todos os 1Jo 2.16).
outros pecados dos anjos e dos homens, e isto
não por uma mera permissão, mas por uma
permissão tal que, para os seus próprios e
santos desígnios, sábia e poderosamente os
limita, e regula e governa em uma múltipla
dispensação mas essa permissão é tal, que a
pecaminosidade dessas transgressões procede
tão somente da criatura e não de Deus, que,
sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o
• As pressões que a natureza pecaminosa exerce sobre nós,
muitas vezes suficientes para nos desviar da pureza e
santidade, ocorrem também pela permissão de Deus, mas
sempre com o intuito de nos punir, nos instruir ou nos
humilhar (2Cr 32.25-26, 31; Sl 73);
ART. V
• Esta experiência tem o propósito de nos dispor a depender de
O mui sábio, justo e gracioso Deus maneira mais intima e constante do apoio de Deus, assim
muitas vezes deixa por algum tempo seus como, nos tornar mais vigilantes contra o pecado (Mc 14.27-
filhos entregues a muitas tentações e à
corrupção dos seus próprios corações, 31/66-72);
para castigá-los pelos seus pecados • Existem ainda outros fins, sempre justos e santos (2Co 12.7-9).
anteriores ou fazer-lhes conhecer o poder
oculto da corrupção e dolo dos seus
corações, a fim de que eles sejam
humilhados; para animá-los a
dependerem mais intima e constantemente
do apoio dele e torná-los mais vigilantes
contra todas as futuras ocasiões de pecar,
para vários outros fins justos e santos.
• A ausência da graça de Deus no coração corrompido, pode ser em
decorrência do juízo de Deus acerca de condutas anteriores ao
próprio pecado que a ausência da graça ocasiona (Rm 1.24, 26-28;
Rm 11. 7-8; Dt 29.4);
• Deus pode também retirar de homens ímpios, virtudes, expondo-os
de maneira ainda mais terrível à sua corrupção natural (Mt 13.12; Dt
2.30);
• Deus pode entregar homens às suas próprias paixões, à tentações do
ART. VI mundo e ao poder do diabo (Sl 81.11-12; 2Ts 2.10-12);
Quanto àqueles homens malvados e ímpios
que Deus, como justo juiz, cega e endurece • Os meios que Deus emprega para abrandamento de outros, pode
em razão de pecados anteriores, ele somente servir de endurecimento para alguns - o sol que derrete a cera
lhes recusa a graça pela qual poderiam ser
iluminados em seus entendimentos e movidos endurece o barro (Ex 7.3; Ex 8.15, 32; Is 6.9-10 /At 28.26-27);
em seus corações, mas às vezes tira os dons
que já possuíam, e os expõe a objetos que a
sua corrupção torna ocasiões de pecado;
além disso os entrega às suas próprias
paixões, às tentações do mundo e ao poder
de Satanás: assim acontece que eles se
endurecem sob as influências dos meios que
• Como um aspecto importante da providência de
ART. VII
Deus se refere especialmente aos crentes, e isso
Como a providência de para sua glória, naturalmente, a igreja é alvo do
Deus se estende, em cuidado direto e especial de Deus (Rm 8.28).
geral, a todos os crentes,
também de um modo
muito especial ele cuida
da Igreja e tudo dispõe a
bem dela.
CONCLUSÃO

• O que é a providência divina? (I)


• É a ação de Deus pela qual ele “sustenta, dirige, dispõe e governa todas as
suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor”
(Gn 8.22; Sl 104.27-30; Is 42.5; 44.24-28; Jr 31.35).
• Como se dá a providência divina? (II e III)
• A partir do Decreto de Deus que é a sua causa primária (At 2.23);
• Por meio de causas naturais secundárias (At 27.9-44);
• Por meios especiais empregados por Deus (Is 10.6-7; At 4.27-28);
• Às vezes, independentemente de meios, segundo o arbítrio de Deus (Ex 7.3; Sl
135.5-6; Os 1.7);
CONCLUSÃO

• Como se dá a providência divina? (IV, V, VI)


• Manifestação da onipotência de Deus (Is 45.5-15);
• Manifestação da sabedoria de Deus (Rm 11.32-33);
• Manifestação da bondade de Deus (2Cr 12.7-12);
• Educação espiritual do crente (2Cr 32.25-26, 31; Sl 77.1-12);
• Aplicação do juízo de Deus aos descrentes (At 28.26-27; 1Pe 2.7-8);
• Qual a relação entre a providência divina e a igreja? (VII)
• Pela providência divina a igreja é preservada e conduzida vitoriosamente (Am
9.8-9; Mt 16.18; 1Co 10.13; 15.57).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA. São Paulo e Barueri: Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do
Brasil, 1999. 1728 p.
• DIXHOORN, Chad Van. Guia de Estudos da Confissão de Fé de Westminster. São Paulo: Cultura
Cristã, 2017.
• HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodge. São Paulo: Cultura
Cristã, 2010.
• ANDRADE, Eneziel Peixoto. Estudos Bíblicos Doutrinários: com o texto integrada da Confissão
de Fé. São Paulo: Cultura Cristã, 2018

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