Estudo bíblico familiar Nº4 - Os Atributos de Deus

23.01.2020
Estudo dirigido por: Elsa Santos

TEMA: OS DECRETOS DE DEUS

Decreto (definição): 1- Ordem, decisão ou determinação legal, emitida por uma autoridade
superior, pelo chefe de Estado, por uma instituição, civil ou militar, laica ou religiosa; 2- Ação que
expressa ou manifesta um desejo, ou uma vontade; 3- Desígnio; vontade; intenção. (O Decreto de
Deus - é a manifestação da vontade de Deus)

Um decreto é uma determinação ou ordem de alguém que tem autoridade suprema, e nós
compreendemos que Deus é soberano e supremo, por tanto tem o direito absoluto de decretar o que
lhe apraz. Com isso podemos dizer que O Decreto de Deus é o Seu propósito ou a Sua
determinação com respeito às coisas que irão acontecer.

As Escrituras fazem menção dos decretos de Deus em diversas passagens, empregando vários
termos: em (Sl 2.7) o termo usado é “decreto”; em (Ef 3.11) “eterno propósito”; (At 2.23)
“determinado desígnio e presciência de Deus”; (Ef 1.9) “mistério da Sua vontade”;
(Rm 8.29) lemos que Ele “predestinou”; em (Ef 1.9) Seu “bom propósito”.

Os decretos de Deus são denominados: Seu “conselho” (isso para significar que são
consumadamente sábios) e Sua “vontade” (para mostrar que Ele não estava sob nenhuma coação,
mas agiu de acordo com o Seu bom propósito). Nos procedimentos divinos a “sabedoria” está
sempre associada com a “vontade” e, por conseguinte, os decretos de Deus são descritos como
sendo “o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11).

Os decretos de Deus se relacionam com todas as coisas futuras, sem exceção: o que quer que
aconteça no tempo ja foi pre-ordenado antes de se iniciar o tempo (tudo ja foi pre-ordenado ou pre-
destinado antes da fundação do mundo, com Deus nada é por acaso). O propósito de Deus diz
respeito a todas as coisas, grandes e pequenas, inclusive boas e más – mas com relação as coisas más
devemos ter o cuidado de afirmar, pois, embora Deus seja o Ordenador e Controlador do pecado,
Ele não é o seu Autor do mesmo modo como é o Autor do bem, pois o pecado não poderia proceder de
um Deus Santo, mas somente por permissão decretória.

Deus exerce domínio e controle sobre todas as coisas, Ele não decretou meramente criar o homem,
coloca-lo na terra e depois deixa-lo entregue à sua própria direção descontrolada e pecaminosa
(Deus exerce domínio sobre a maldade humana); Ele mesmo, fixou todas as circunstâncias dos
indivíduos, e todas as particularidades que a história da raça humana compreende, do início ao fim.

Agora vamos considerar algumas propriedades/características dos decretos de Deus:

1- são eternos: (Efésios 1:4)

Supor que qualquer um deles foi ditado dentro do tempo é supor que ocorreu algo imprevisto ou
alguma combinação inesperada de circunstâncias que induziu Deus a idealizar uma nova resolução.
Isso implicaria dizer que o conhecimento de Deus é limitado e que Ele vai ficando mais sábio com o
passar do tempo – o que é uma terrível blasfêmia.

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2- são sábios:
A sabedoria é a evidenciada de que Deus escolhe os melhores fins possíveis e os meios mais
apropriados para cumprir os Seus decretos ou propósito (Sl 104.24).
São nessas horas, que devemos exclamar: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do
conhecimento de Deus!” (Rm 11.33).

3- são livres: (Is 40.13-14)

Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou
ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe
ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento? (Isaías 40:13,14)

O Deus Triúno estava sozinho quando elaborou Seus decretos, e as Suas determinações não foram
influenciadas por nenhuma causa externa. Ele tinha liberdade para decretar ou não, e para decretar
uma coisa e não outra. Deus é supremo, independente e soberano em tudo o que faz.

NÃO É ALGO QUE DEPENDE DA CONDIÇÃO DO HOMEM, MAS SIM DA DE DEUS.

A NOSSA VONTADE NÃO SOBREPÕE A VONTADE DE DEUS.

4- são absolutos e incondicionais:

Sua execução não depende de qualquer condição pela qual pode ou não ser cumprida. Em cada
caso em que Deus decretou um fim, decretou também todos os meios para esse fim. Aquele que
decretou a salvação dos Seus eleitos também decretou produzir fé neles (2 Ts 2.13); (Is 46:9-10) e (Ef
1.11).

Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter
Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
(2 Tessalonicenses 2:13)

“O Senhor dos exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei,
assim se efetuará” (Isaías 14:24). (Tudo ocorrerá como Ele propôs)

Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro
Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a
antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e
farei toda a minha vontade. (Isaías 46:9,10)

Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme
o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;
(Efésios 1:11)

Negar os decretos divinos seria proclamar um mundo entregue ao acaso.

Se o mundo estivesse entregue ao acaso Que paz, que segurança, que consolo haveria para nós?
Para onde fugir na hora da necessidade e da provação? Como confiar nas promessas da Palavra de
Deus se Ele não controla todas as coisas?
Quão gratos devemos ser por tudo estar determinado pela infinita sabedoria e bondade de Deus!
Quanto louvor Lhe devemos por Seus decretos! É graças a eles que podemos afirmar que
efetivamente sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Podemos então exclamar: “porque
dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm
11.36).
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É inconcebível pensar que Deus opera sem um plano. Uma pessoa não pensará em construir uma
casa sem planos (Lucas 14:28), quanto mais o nosso Deus? Será que Deus criaria o universo sem um
grande plano ou propósito por de trás?

Deus é infinitamente sábio (Jó 23:13). Sempre existiu um grande plano por detrás de todas as coisas
que acontecem ca da terra. Deus já propôs tudo que ha de acontecer, e tudo o que Ele propôs será
realizado. O propósito de Deus foi traçado antes da fundação do mundo. A providência de Deus
opera para cumprir o Seu propósito que é realizado no tempo.

O propósito de Deus está fundamentado na Sua soberania absoluta, ordenado pela sua
sabedoria infinita, ratificado pela sua omnipotência e cimentado pela sua imutabilidade.

Tudo o que Deus planejou acontecerá. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm daquele em
quem não há mudança nem variação (Tiago 1:17).

O soberano Deus não criou seres que Ele não pode controlar. Uma declaração muito comum, que
muito se usa é: “Deixem Deus ser Deus”. Em outras palavras estamos a dizer “Deus tens a minha permissão
para ser Deus!” isso não tem cabimento. Como pode uma criatura deixar o criador, ou seja, Deus ser
Deus? (nós somos a criatura e não o criador, nós é que somos controlados por ele e não o inverso,
nós é que precisamos da permissão dEle e não Ele da nossa, Ele não depende de nós para ser Deus
mas nós dependemos Dele para existir, etc. e a lista continua). Deus está no trono, e Ele controla
tudo. Portanto, o homem deve começar a sistematizar a verdade reconhecendo a majestade de
Deus.

Seu conselho permanecerá para sempre: “O conselho do Senhor permanece para sempre, e os
intentos do seu coração por todas as gerações” (Salmos 33:11). Seus pensamentos estão além da
compreensão do homem: (Salmos 92:5) diz “Quão grandes são, ó Senhor, as tuas obras! quão
profundos são os teus pensamentos!”.

Formar um plano e necessariamente alterá-lo ou falhar na execução dele é uma das tristes
imperfeições de seres finitos como nós. Alguém pode ter boas intenções, mas não pode prever o
futuro. Os nossos planos estão em constante mudança, estão sempre sofrendo alterações, mas os de
Deus não. Pois Ele não somente conhece todas as coisas, mas é omnipotente, Ele mesmo trará à
existência todas as coisas para completar o Seu plano.