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O cenário de confusão e de caos nos cerca nos dá a impressão de que Deus não
exerce pleno domínio sobre as situações.
Ao ouvirmos histórias como essa ou vermos as coisas más que ocorrem em
nossa atualidade, podemos chegar a nos questionar: quem está no controle de
todas as coisas, Deus ou Satanás?
Há apenas uma alternativa possível: ou Deus domina, ou é dominado; ou impera,
ou é subordinado; ou cumpre a sua própria vontade, ou ela é impedida por suas
criaturas1.
1.1 Os homens, em si mesmo, não são tão importantes quanto parecem - isto é,
diante de Deus. Somos alguma coisa, mas só somos algo em Deus.
1.2 Deus age de acordo com Sua vontade.
1.3 Ele tem pleno poder e autoridade para agir como queira
2 INTRODUÇÃO
2.1 Dizer que Deus é soberano é dizer que ele tem o poder nos céus e na terra, de
tal maneira que ninguém pode impedir os seus conselhos, contrariar os seus
propósitos ou resistir à sua vontade (1Cr 29.11). Ou seja, é o exercício da Sua
supremacia2.
1
PINK, Arthur W. Deus é soberano. São José dos Campos: Fiel, 2011.
2
PINK, Arthur W. Os atributos de Deus. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2016.
2.2 Importância da doutrina
Os reformados creem na soberania divina como está na Bíblia (sobre
TODAS as coisas) – Sola Escriptura
Tem implicações sobre como entender a providência divina
2.3 Problemática com o Teísmo aberto (nega a onipotência e onisciência divina)
e Teologia relacional (exclui a interferência divina nas escolhas de suas
criaturas)
5.1 Definir “onipotência”: ter poder para criar e preservar o que e como quer.
5.2 A Bíblia não limita o poder de Deus
Faz o que lhe agrada (Sl 115.3; Am 3.6; Is 45.5-7; 54.16)
Nada é difícil para Ele (Gn 18.14; Lc 1.37)
Ninguém pode lhe pedir contas (Jr 49.19)
5.3 Embora seu poder seja ilimitado, há coisas que Deus NÃO pode fazer (Nm
23.19; Tg 1.13, 17; 2Tm 2.13)
Sua onipotência é limitada por sua natureza (a onipotência de Deus se
ajusta perfeitamente ao seu ser)
6 QUESTIONAMENTOS CONTRA A SOBERANIA DIVINA
6.1 A teologia relacional defende que Deus tem poder para fazer "tudo o que
pode ser feito" e pode conhecer "tudo o que pode ser conhecido"
6.2 Alguns (4) argumentos dessa teologia:
Passagens em que Deus parece "descobrir" algo (ex.: Gn 3.9; 11.5;
18.20-21) – ocorrem em contextos judiciais onde Deus confronta a
pessoa para que confesse sua transgressão e depois apresente sua
sentença.
Passagens onde Deus "lembra" e "esquece" (Gn 8.1; Êx 6.5) – também
ocorrem em categorias judiciais pactuais. "Lembrar-se" de sua aliança
significa simplesmente executar seus termos, havendo chegado o
momento de Deus agir.
Passagens onde Deus “muda” de opinião (Gn 6.6; Êx 32.9-14; Jl 2.13,
14)
1.1..1 Essa mutabilidade divina é parte do seu próprio pacto imutável
(Jr 18.7-10)
1.1..2 Deus não muda e sua aliança também não muda. Quando
cumprida, há benção de Deus. Quando quebrada, há maldição.
Quando há arrependimento, também ocorre benção.
1.1..3 Não é Deus quem muda, mas as pessoas que mudam sua postura
em relação à aliança
1.1..4 O termo "se arrepende" é um antropopatismo (atribuição de
atitudes e sentimentos humanos)
Quando Deus age no mundo suas ações são temporalmente sucessivas
[dando a entender que talvez não conheça plenamente o futuro]
1.1..1 Ele faz uma coisa primeiro, depois faz mais uma. Essa é a
forma da sabedoria multiforme de Deus agir para cumprir seus
desígnios
1.1..2 O conhecimento que Deus tem do futuro pode ser provado pelas
profecias preditivas (que relatam acontecimentos futuros): 1)
Josias (1Rs 13.1-4) – 3 séculos antes de seu nascimento; 2)
Ciro (Is 44.28-45.13) – 1 século antes de seu nascimento
1.1..3 A onisciência é um caráter distinto do Deus bíblico. Só Ele é
onisciente (Is 41.21-23; 44.7)
1.1..4 Deus conhece toda a história, em cada um de seus detalhes (ex.:
Josias e Ciro)
CONCLUSÃO
Deus é soberano
Esse caráter é percebido por meio de sua vontade soberana e poder ilimitado
Ele conhece tudo, é imutável e age conforme sua perfeita sabedoria
APLICAÇÃO
1 Voltando ao texto base (Dn 4.35)
O sofrimento de Nabucodonosor teve um papel benigno (cf. Jo 11.4),
capacitando-o a ver o quão frágil era.
Tendo aprendido a sua lição, ele é restaurado à saúde e ao seu trono3 (cf. v. 37).
Em seu salmo ele demonstra impotência para questionar as intenções de Deus
(reconhecendo sua soberania).
2 Aplicações práticas
Nos faz “andar pela fé” – ter nossos pensamentos formados, nossas ações
reguladas e nossa vida é moldada pelas Sagradas Escrituras4.
Nos consola: embora o mundo seja tomado pelo pânico, a Palavra para o crente
é: “Não temas”. “Todas as coisas” estão sujeitas ao controle imediato de Deus, e,
assim, “todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28)5.
o Deus conhece os detalhes da nossa história. Todas as coisas são
controladas por Ele que é um Deus tão sábio que não pode errar, e
demasiadamente amoroso para ser cruel.
Nos ensina a como analisar as situações: ao invés de começarmos com o
homem, para então avançarmos até chegar a Deus, devemos começar com o
Senhor, para depois irmos descendo até o homem6.
Reconhecer essa doutrina faz a modéstia controlar-nos7.
o Muito melhor do que questionar a Deus, devemos dizer como o sábio da
antiguidade: “Emudeço, não abro os meus lábios, porque tu fizeste isso”
(SI 39.9)8.
3 Aplicações práticas
Voltando a Spafford: Indo à Inglaterra para encontrar sua esposa, durante esta
viagem, Spafford compôs a canção HNC 108.
3
BALDWIN, Joyce G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
4
PINK, Arthur W. Deus é soberano. São José dos Campos: Fiel, 2011.
5
PINK, Arthur W. Deus é soberano. São José dos Campos: Fiel, 2011.
6
PINK, Arthur W. Deus é soberano. São José dos Campos: Fiel, 2011.
7
CALVINO, João. Daniel: vol 1. São Paulo: Edições Parakletos, 2000.
8
PINK, Arthur W. Deus é soberano. São José dos Campos: Fiel, 2011.