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Introdução
1 Luís Fabiano dos Santos Barbosa é mestre em Teologia Dogmática (Università Pon-
tificia Salesiana – Roma), Coordenador do Curso de Teologia do Centro Universitário
Salesiano de São Paulo (UNISAL - Campus Pio XI), Professor de Teologia e Membro do
Núcleo de Estudos e Pesquisa em Antropologia Teológica (NEPAT), do UNISAL.
2 PESSOA, Fernando. Poemas selecionados: Fernando Pessoa ele-mesmo e heterô-
nimos. Porto Alegre: Artes e Ofícios Editora, 2010, p. 126.
3 “Quem tem formação filosófica sabe que o niilismo heroico, iniciado por Sar-
tre, afirma justamente que tomar aos ombros o absurdo da existência, a ausência
de sentido da vida, é a nossa tarefa principal”. FRANKL, Viktor. Sede de sentido.
São Paulo: Quadrante, 1989, p. 54.
108 Antropologia Teológica: pensar o humano na universidade
7 Ibid., p. 20.
8 FRANKL,Viktor E. Em busca de sentido. São Leopoldo: Sinodal, 2005, p. 76.
110 Antropologia Teológica: pensar o humano na universidade
2 O sentido da vida
9 Ibid., p. 76.
A fé confere sentido para a vida? 111
Eis que, neste momento, salta aos nossos olhos uma apa-
rente contradição. O ser humano “buscador”, porque ques-
tionador, depara-se com o dilema de ser “sabatinado” pela
vida ou por ela indagado. Aqui, de fato, só existe aparente
contradição, porque na realidade o sentido da vida passa por
esse processo paradoxal: a força que impele o ser humano
para fora de si (perguntas) se torna autêntica à medida em
que as respostas vitais são igualmente indagações pelas quais
é necessário se responsabilizar. De acordo com Frankl,
Não é possível dar sentido, mas somente encontrar o sen-
tido. O sentido de uma pessoa, coisa ou situação, não
pode ser dado. Tem que ser encontrado pela própria pes-
soa – mas não dentro dela, porque isto iria contra a lei
da autotranscendência do existir humano. [...] Só se pode
encontrar o sentido porque ele é objetivo; não podemos
atribuí-lo ao nosso bel-prazer.11
3 A realidade da fé
nº 3). Quanto mais claro e consciente for o conhecimento da lei divina, tanto
mais reto e fácil será o juízo da consciência. Daí a necessidade de formá-la bem”.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 9 ed. Petrópolis: Vozes, 1998, nº 1776
(daqui em diante = CIC). FRANKL. Sede de sentido, p. 30.
17 CIC, 153.
18 CIC 154.
19 “‘Fé’ é tanto ato de crença ou de confiança quanto também o que é crido
ou confessado, ou seja, fides qua e fides quae, respectivamente. Ambos os aspec-
tos operam juntos inseparavelmente, uma vez que a confiança é a adesão a uma
mensagem com um conteúdo inteligível, e a confissão não pode ser reduzida a
simples palavras sem conteúdo, mas deve vir do coração”. COMISSÃO TEOLÓ-
GICA INTERNACIONAL. Teologia hoje: perspectivas, princípios e critérios. Brasília:
Edições CNBB, 2012, nº 13.
20 CIC 158.
114 Antropologia Teológica: pensar o humano na universidade
Conclusão
ratio, do sentido e, assim, da própria verdade, porque a razão sobre a qual o ser
humano se firma no final das contas não pode nem deve ser outra que a própria
verdade que se franqueia”. RATZINZER. Introdução ao Cristianismo, p. 56.
32 Ibid., p. 55.