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DISSERTAÇÃO
Taboão da Serra
2021
REFLEXÃO – O SENTIDO DA VIDA
Analisando o texto e o vídeo exposto, ambos trazem reflexões sobre o sentido da vida no
contexto das experiências e estudos de Viktor Frankl (1905-1997), sua análise surge após suas
vivencias em campos de concentração, durante a segunda guerra mundial, onde passa a
analisar os demais prisioneiros que ali estavam e percebe em alguns comportamentos um vazio
existencial, diferente de outros, que, mesmo diante de toda atrocidade que viviam, ainda
planejavam um futuro.
Frankl identifica que existe no ser humano um desejo de “sentido”, ou seja, um motivo para
viver, pode se dar sentido a existência por diversas maneiras, como na valorização de alguma
pessoa, um propósito, objetivo, responsabilidade e até mesmo na valorização do sofrimento,
segundo ele um método muito comum para dar sentido à vida pode ser olhar ao passado, mas
isso pode também ser uma faca de dois gumes, pois ao focar muito nas lembranças muitas
vezes esquecemos de planejar um futuro, o que é um fator muito importante, pois sempre que
se está a caminho de um objetivo temos sentido de viver, isso se dá pois muitas vezes a alegria
está presente não necessariamente no que se almeja, mas pode estar no meio do percurso para
obtê -lo. Ele também diz que outro método para se dar sentido é o da valorização de alguém ou
até mesmo na responsabilidade, como por exemplo o pensar em não morrer para que outrem
não sofra com a perda/ou por ela ser alguém dependente.
Viktor Frankl cita em seu livro um pensamento que atribui a Friedrich Nietzsche:
"Aquele que possui um ‘porquê’ para viver, pode suportar quase qualquer ‘como’"
Ou seja, se há uma causa para viver poderá suportar os obstáculos que ocorrerem no caminho.
Partindo desta reflexão, lembrando ainda dos prisioneiros que passam a fumar seus cigarros,
podemos perceber a verdade nesta máxima e quanto é comum a desistência da vida, como
citado no livro, por “não saber o que esperar da vida”, no entanto, que o caminho desta pergunta
é inverso, e precisamos nos perguntar “o que a vida espera de nós”.
É intrínseco do ser humano a busca deste sentido de vida, e também único e singular, o que é
um proposito para um, não será para outro, essa busca gera um conflito interno, nomeado por
Frankl de noodinâmica, trata-se “da dinâmica existencial num campo polarizado de tensão,
daquilo que se alcançou e do que deve alcançar;
Podemos compreender neste texto que a tensão mencionada por ele, é o que acaba por fim
gerando um estimulo ao indivíduo, um combustível para continuar e sustentar sua busca.
Estabelecermos metas materiais podem sim estimular, mas ao alcança-las qual será o vazio que
me tomará novamente? E se chegar ao limite da conquista material? Sem ressignificação o
vazio existencial retornará.
Talvez, levar-se-á uma vida toda para descobrir esta resposta, e não necessariamente
acharemos a resposta certa, mas o fato é que, sejam metas, objetivos, propósitos, ou traduzam
tudo isto apenas para a palavra: estimulo. O que é possível afirmar, é que o estimulo é o
combustível de um avião em pleno voo, que é nossa vida e sem esse combustível nossa vida
estará fadada a queda.