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Análise do

Solo
Métodos utilizados nas
análises de rotina de
Fertilidade do Solo em
MG
Amostragem
 A amostra de solo deve ser tomada com todo o
cuidado, etiquetada com nome e localização. Caso a
propriedade rural seja muito grande, deve-se tomar
sub amostras para compor uma amostra.
 Assim, em uma propriedade que tenha topo de
morro, meia encosta e uma área plana, devem ser
tomadas diversas sub amostras de cada uma dessas
feições e montadas uma ou duas amostras de cada
feição.
 Cada amostra com cerca de 250 ml ou 250 cm
cúbicos (1/4 de L).
Diferentes feições do solo e coleta de amostras
para a análise do Solo, (CFSEMG, 1999).
Preparação das amostras
 A amostra deve ser destorroada e seca à
temperatura ambiente, peneirada (TFSA). Não
deve ser seca em micro-ondas, nem em fornos
elétricos ou a gás, em elevadas temperaturas. A
umidade final, após a secagem, deve estar em
torno de 5 a 10%.

 A amostra deve ser analisada em no máximo 6


meses após a secagem.
pH
 Para a determinação do pH, utiliza-se 10 cm3 de TFSA
em 25 cm3 (1:2,5) de água destilada e deionizada. A
amostra deve descansar por 30 minutos com a água,
para total umedecimento. Depois agita-se, espera-se
decantar e faz-se a leitura no sobrenadante. Mede-se o
pH com o potenciômetro (pHmetro) portátil ou de
bancada.
 Há também o pH em CaCl2 (Cloreto de cálcio, 0,01 M).
Em vez de água, utiliza-se 25 cm3 de CaCl2 . Os valores
de pH CaCl2 são menores que os medidos em água, não
havendo fórmula para a conversão. Essa medida faz
aparecer a acidez de ácidos fracos presentes no solo.
pHmetro (peagâmetro) de bancada
Matéria Orgânica
 Método de Combustão: a 500 OC. É um método que
causa perdas da água de minerais devido a elevada
temperatura. Elevado gasto de energia e o risco das
elevadas temperaturas.
 Método da digestão com água oxigenada (H O )
2 2
concentrada, determinando-se a MO pela diferença de
peso da amostra (antes e depois da H2O2). Esse método
não causa uma digestão total e os resultados variam muito.
Matéria Orgânica (MO)
 O método indireto de oxidação do carbono orgânico por via
úmida (Walkley-Black) é então, o método mais utilizado.
 Considerando-se que a MO humificada do solo tem 58% de C,
assim sendo, sabendo o C, estima-se a quantidade de MO da
amostra:

100 g de MO ----- 58 g de C
Xg de MO ------ 1 g de C
X = 1,72, logo, para cada 1 g de C na amostra, haverá 1,72 g de
C.
MO = C x 1,72
Matéria Orgânica (utilizado no
Lab. Solos Campus Rio Pomba)
 Método Colorimétrico com Di-cromato de Sódio
(ou de Potássio), método desenvolvido pelo Dr.
José Antônio Quaggio, do IAC, Campinas, SP.
 Após o tratamento de 1 g de solo mais dicromato
de Na a leitura é feita em colorímetro a 650 nm de
Transmitância.
Nutrientes Disponíveis e Cátions
Trocáveis (P, K, Ca Mg, Al, H+Al)
É feita em duas etapas sequenciais: extração e
quantificação. Na primeira etapa, as soluções
extratoras tentam simular o efeito das raízes em
determinado solo. Os nutrientes ficarão no
sobrenadante e serão determinados. Cada um com
um padrão analítico diferenciado.
 P e K: Mehlich 1: extração com o duplo ácido.
 Ca2+; Mg2+,Al3+: extração com KCl 1mol/L
Extração para Ca2++Mg2+,Al3+: é o KCl 1mol/L
(10 cm3 de TFSA)
Fósforo Disponível (extração)
A avaliação do P disponível é complexa, pois o P pode
estar em diversas formas no solo: Po, Pi , P adsorvido às
argilas, P ligado aos óxidos e hidróxidos de Fe e Al, P
ligado ao Ca, P ocluso, assim torna-se difícil um extrator
que de conta dessas diferentes formas e que possa ser
identificado com a ação das raízes em mobilizar o P. Usa-
se no Brasil dois extratores: Mehlich e resina.
 Mehlich: é também chamado de Método do Duplo Ácido
ou ainda de Método Carolina do Norte.
P: Método Carolina do Norte
(Mehlich 1) (Extração)
O extrator é uma solução de ácido sulfúrico e ácido
clorídrico diluídos (H2SO4 0,00125 M + HCl 0,05 M).
Em um erlenmeyer são misturados 10 cm3 de TFSA e
100 cm3 desse extrator, deixa-se repousar por 30
minutos; agita-se por 5 minutos; deixa-se decantar e a
leitura é feita no sobrenadante límpido (pode-se fazer a
filtragem). Alguns laboratórios usam 5 cm3 de TFSA e
50 cm3 do extrator, mantendo a relação 10:1
(solo:extrator).
Adolph Mehlich (1902-1983)
P: Método da Resina
 Adotado em alguns países e posteriormente
abandonado. No Brasil é utilizado apenas nos
laboratórios do Estado de São Paulo, após trabalhos
do IAC (Instituo Agronômico de Campinas), liderados
por B. van Raij.
 O princípio geral é a utilização de resinas trocadoras de
íons, que atuam de forma semelhante aos coloides do
solo.
Bernardo van Raij (1939-2023)
Determinação do P
 Independentemente do método de extração
utilizado, a leitura é colorimétrica, efetuada em um
espectrofotômetro (ou colorímetro) no qual é lida a
intensidade da cor. O aparelho lê a absorbância
(intensidade de luz absorvida) e a transmitância
(quanto de luz foi transmitida através da solução).
No caso do P, utiliza-se uma solução de molibdato
de amônio em presença de ácido ascórbico. Quanto
mais azul, a cor desenvolver, mais fósforo haverá
na amostra.
Leituras de P no Espectrofotômetro (Bell)
Colorímetro - Padrões de P
Colorímetro para P e MO
P remanescente (Prem)
 Representa a quantidade de P que fica na solução de equilíbrio, após
certo tempo de contato com o solo, em resposta a uma aplicação de P.
 Na determinação de Prem utiliza-se uma solução de CaCl2 10 mmol/L,
contendo 30 a 60 mg/L de P, em uma relação solo:planta de 1:10. O
padrão é considerado 60 mg/L.
 O Prem é um índice da capacidade de retenção de P pelo solo. Quanto
maior for a capacidade de retenção de P, menor será o valor do Prem . O
Prem se relaciona com o teor de argila ( e de óxidos).
 A adsorção de fosfatos pelo solo, se dá na seguinte ordem: óxidos e
hidróxidos de Fe e Al > argila > silte > areia fina > areia grossa. Os
óxidos e hidróxidos e P e Al apresentam maior adsorção de fosfatos do que
a caulinita.
 Quanto mais argiloso (ou mais oxídico) for um solo, maior será a
adsorção de fosfatos e menores os teores de Prem.
K Trocável
 Utiliza-seo mesmo extrator, ou seja o método
Carolina do Norte ou Mehlich 1.
 A Leitura é feita em Fotômetro de Chama, que
atua em torno de 700 graus centígrados e utiliza
GLP.
 Além do K, pode-se analisar outros cátions,
metais alcalinos terrosos (Ca, Mg, Li, Na, Ba,
entre outros).
Fotômetro de Chama (K e Na)
Fotômetro de Chama e o Gás GLP
Algumas substâncias e chamas emitidas
N total Kjeldahl (bloco digestor na Capela) –
Digestão com Ácido Sulfúrico
N total Kjeldahl (destilador e posterior titulação)
GBC - Absorção Atômica

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