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BIOGRAFIA E OBRA DO

ARTISTA PLÁSTICO
AURORENSE

ALDEMIR MARTINS
PROJETO: DESENHANDO A
HISTÓRIA DO ARTISTA
AURORENSE ALDEMIR
MARTINS
Idealizadoras da SME:
Ana Carla das Chagas
Helena Taveira
Alunos da E. E. F. Padre Cícero:
Stéphany Talita da Silva
Emanuel Davi Ribeiro Domingos
Danielle Araújo de Medeiros
João Lucas Lima Sinézio
Aldemir Martins, importante artista brasileiro, é
conhecido por suas diferentes pinturas, desenhos e
ilustrações que retratam a flora e a fauna em um
estilo peculiar, com cores que atraem e fascinam o
observador.

Escreveu o escritor Jorge Amado: “Talvez por ser


assim tão violento o sol, tão áspera a terra, tão cruel a
seca, tão devastadoras as enchentes, tão pobre o homem
em chão rico, talvez para compensar tanta dificuldade a
enfrentar e a vencer, do sofrido povo do Nordeste nascem
os grandes criadores, os poetas, os romancistas, os
músicos, os pintores. Nasce Aldemir Martins, mais do
que nordeste, o próprio Nordeste”.
Aldemir Martins, importante artista brasileiro, é
conhecido por suas diferentes pinturas, desenhos e
ilustrações que retratam a flora e a fauna em um
estilo peculiar, com cores que atraem e fascinam o
observador.

Escreveu o escritor Jorge Amado: “Talvez por ser


assim tão violento o sol, tão áspera a terra, tão cruel a
seca, tão devastadoras as enchentes, tão pobre o homem
em chão rico, talvez para compensar tanta dificuldade a
enfrentar e a vencer, do sofrido povo do Nordeste nascem
os grandes criadores, os poetas, os romancistas, os
músicos, os pintores. Nasce Aldemir Martins, mais do
que nordeste, o próprio Nordeste”.
Aldemir Martins dos Santos nasceu no dia 08 de
novembro de 1922, em Ingazeiras, uma cidade que fica
situada no vale do Cariri, distrito do Ceará, nordeste do
Brasil. Era filho de Miguel Souza Martins e de
Raimunda da Costa Martins. Seu pai era pedreiro que
trabalhava na construção de estradas de ferro, em
função disso, sua família não se fixava em uma única
cidade como moradia. Finalmente estabeleceram-se no
município de flor do sertão do sul próximo a Fortaleza,
quando Aldemir tinha aproximadamente doze anos de
idade.
Em 1934, Aldemir é enviado ao Colégio Militar de
Fortaleza, onde demonstrou dons artísticos devido à
sua habilidade como pedreiro, atributo adquirido pela
aprendizagem com seu pai. Em 1939, conclui o curso
ginasial de sua formação básica.
De 1941 a 1945, serviu o exército e foi nomeado
como Cabo Pintor. Nesse período desenha o mapa
aerofotogramétrico de Fortaleza, onde participa de um
concurso promovido pela Oficina de Material Bélico
onde conquista seu primeiro prêmio.
Durante a década de 1940, Aldemir Martins e vários
artistas de seu estado incluindo Antônio
Bandeira, criam a Sociedade Cearense de Artistas
Plásticas, grupo que tinha por objetivo revigorar o
ambiente artístico cearense. Inicia um trabalho como
ilustrador em jornais, revistas e livros. Nesse período ele
expõe no II Salão de Pintura do Ceará.
Em 1945, o artista acompanhado de outros artistas
participam no Rio de Janeiro de uma coletiva na Galeria
Askanasi e também no Salão Nacional de Belas Artes.
Em 1946 realiza sua primeira exposição individual em
São Paulo no Instituto de Arquitetos do Brasil e resolve
se instalar nessa cidade onde retoma sua atividade
jornalística. Nessa época conhece muitos políticos que
se tornariam figuras importantes e conhecidos no
cenário brasileiro, como por exemplo Ulisses
Guimarães, Roberto de Abreu Sodré, e outros.
Em 1947, participa da exposição intitulada 19 Pintores,
marcando a ascensão de uma nova geração de artistas
brasileiros. Nesta exposição, o artista conquista um
prêmio de 3ª lugar, passando assim a participar
ativamente de outras exposições individuais e coletivas
recebendo vários prêmios.
Entre 1949 e 1951 frequentou dois cursos
no MASP (Museu de Arte de São Paulo) de História da
Arte com Pietro Maria Bardi e gravura com Poty
Lazzarotto. Durante esse curso, produz uma série de
gravuras retratando cenas da seca do nordeste. Nesse
trabalho percebemos a influência do artista
Candido Portinari. Após terminar o curso, tornou-se
monitor da instituição.

Seca do Nordeste.
Aldemir Martins.
1950 – Gravura,
Água-forte sobre
papel (50,9 x 31,9
cm)
Em 1951, o artista se aventura em uma viagem em um pau de
arara, para observar e desenhar tudo o que via, rendeiras,
cangaceiros e lógico, a natureza. O resultado desse trabalho,
resultou em um prêmio de aquisição para desenho na 1a.
Bienal Internacional de São Paulo.

Pau de Arara,
Aldemir Martins.
1958
Em 1959, Aldemir recebeu um prêmio em uma
exposição no Salão Nacional de Arte Moderna
de uma viagem ao exterior, foi para a Itália e lá
permaneceu dois anos, trabalhando com arte
aplicada a objetos comerciais.

Ao retornar ao Brasil em 1962, cria cenário para o 1º


Festival da MPB, da extinta TV Record. Nesse
período, elabora estampas para tecidos da Rhodia
Têxtil e também trabalha na criação de esculturas de
cerâmica e acrílico, além de joias em ouro e prata.
Aldemir ilustrou o
clássico Vidas Secas
de Graciliano Ramos,
usando seus traços simples
e marcantes. Iniciou em
1963 com a 9a. edição e
continuou em outras
edições da mesma obra.

Ilustração de Aldemir
Martins do capítulo
‘Fabiano’ – Vidas Secas, de
Graciliano Ramos (9a.
edição)
No final da década de 1960, Aldemir ilustrou bilhetes de
loteria com os seus desenhos pitorescos.

Pássaro. Aldemir Martins.


1966 –
Localização: Pinacoteca do
Estado de São Paulo (PINA)
Na década de 1970, foi responsável pela criação das imagens
de abertura da famosa Telenovela Gabriela, que foi transmitida
pela Rede Globo, baseada no romance Gabriela Cravo e
Canela de Jorge Amado que foi ao ar em 1975.

Uma das imagens de


abertura da telenovela
Gabriela
Em 1982 lhe foi contemplado com o título de Doutor
Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará.
Em 1985 a MWM (Motoren-Werke Mannheim AG)
lançou o livro Aldemir Martins Linha, Cor e Forma e, em
1990, a Best Seller editou o volume Desenhos de Roma,
que reuniu trabalhos realizados pelo artista quando
esteve na capital italiana.
Assim foi sua trajetória: viajando pelo mundo,
participando de diversas bienais nacionais e
internacionais e, conquistando sempre muitos prêmios.
Em 5 de fevereiro de 2006 o artista faleceu de infarto em
São Paulo, aos 83 anos. Deixou um legado que até hoje é
reverenciado tanto pelo público como pela crítica
especializada.
O ARTISTA E SUA OBRA – GALERIA

Sua trajetória artística apresenta uma estética dominante


sendo ela predominantemente figurativa. Além de
paisagens, a série de gatos coloridos é a mais famosa,
sendo ela sua marca registrada.
O artista atuou como desenhista, gravador, ceramista,
designer e pintor. Registrou a natureza, a flora e a fauna
nordestina, da região em que ele nasceu e começou
desde menino a desenhar. Declarou:
“Não sei fazer nada sem desenhar. Meus bilhetes,
recados, são todos sempre desenhados. Isso desde os 8
anos de idade, quando comecei desenhando com tijolo e
carvão”.
Pavão. Aldemir
Martins. 1954
Músicos. Aldemir Martins. 1958 – Tinta
nanquim sobre papel (41 x 30 cm)
Perfil de Mulher.
Aldemir Martins. 1967
Sua obra resume-se em séries em que o artista retratou
cangaceiros, peixes, aves, gatos e rendeiras …

Peixe. Aldemir Martins. 1965


Flor. Aldemir
Martins. 1968
Marinha.
Aldemir
Martins. 1977
Rendeira.
Aldemir Martins.
1973
Baiana. Aldemir Martins. 1980

Zoologia fantástica. Aldemir


Martins. 1978
O Cangaceiro. Aldemir Martins. 1982

Rendeira. Aldemir Martins. 1981 – Bico


de pena, nanquim e aquarela (36 x 24)
Vaso de Flores. Aldemir Martins. 1985
Galo. Aldemir Martins. 1987

Praia com três Coqueiros. Aldemir


Martins. 1995
Os Gatos surgiram em sua obra, para atender a encomenda
de uma senhora que adorava os bichanos. Ao visitar seu
atelier percebeu que não havia nenhuma pintura de gatos,
assim fez uma encomenda ao artista que pediu algo diferente.
Assim surgiu em menos de quinze dias, sua primeira pintura
de um gato azul que fez muito sucesso e o artista foi
recebendo muitas encomendas do mesmo tema, tornando
uma constante ao longo de sua carreira.

Os gatos passaram a ser sua marca registrada, percebeu que


os animais ficavam bem em qualquer cor, mesmo fugindo de
sua natureza. Aplicando diferentes cores, o tema possibilitava
na criação de diferentes formas e técnicas.
Gato Azul. Aldemir Martins. 1982
Gato azul III. Aldemir Martins. 1987
Gato vermelho. Aldemir
Martins. 2000

Gato malhado. Aldemir Martins. 1987


Gato Azul. Aldemir
Martins. 2003
OBRIGADO(A).

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