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Maio de 1968
Nos EUA, fortaleceu o movimento pela defesa dos direitos civis dos negros, de mulheres e de
homossexuais e a revolta negro-americana depois do assassinato de Martin Luther King Jr.
Já na América Latina se conectou a luta dos estudantes e dos trabalhadores. Por exemplo no
México, tais grupos reivindicavam por mudanças políticas no país, que desde 1929 estava nas
mãos do PRI (Partido Revolucionário Institucional). As mobilizações chegaram a reunir mais de
180 mil pessoas revindicando por maiores liberdades civis e a punição de casos de repressão
policial.
Outro exemplo foi o Brasil, que desde 1964 vivenciava uma ditadura militar. Assim, o
movimento deu força aos opositores do regime autoritário. Além disso, os movimentos
estudantis e seus membros, artistas e intelectuais, se uniram na Passeata dos Cem Mil – o
marco da reação da sociedade contra o regime, a censura, a violência e a repressão às
liberdades no país.
A presidência de Gaulle era vista por muitos jovens como uma ditadura disfarçada e os
trabalhadores se sentiam descontentes frente aos problemas sociais enfrentados diariamente.
Essa seria uma das grandes diferenças nas pautas dos movimentos: afinal, enquanto as
vontades estudantis eram filosóficas e simbólicas, as pautas operárias eram concretas, como
por exemplo, a redução das jornadas de trabalho e aumento salarial.
Frases como “Abaixo a sociedade de consumo”, “A ação não deve ser uma reação, mas uma
criação”, “A barricada fecha a rua, mas abre a via”, “Corram camaradas, o velho mundo está
atrás de você”, “A imaginação toma o poder”, “Sejam realistas, exijam o impossível”, “A
poesia está na rua”, “Abraça o teu amor sem largar tua arma” e muito mais são exemplos dos
sonhos, concretos ou simbólicos, que tornaram-se pichações pelos muros da capital francesa.
O REFLEXO NOS
DIAS ATUAIS
O movimento francês de 1968 ficou conhecido como “o ano que nunca acabou”, pois foi o estopim para uma
grande revisão de valores pela geração dos anos 60, chamados de baby boomers.
Assim, a herança de maio de 1968 pode ser vista como uma revolução social e comportamental, mais do que uma
revolução política.
O movimento iniciado por estudantes franceses contribuiu para diversas transformações políticas, morais,
artísticas e comportamentais na época. Os questionamentos, reivindicações, protestos e embates deram
visibilidade e tornaram os ideais de 1968 contemporâneos.
A partir dele surgiu brechas para defender as liberdades civis democráticas, a liberdade sexual, a causa da luta
feminista, os direitos dos imigrantes e outras minorias, a igualdade entre negros e brancos, homossexuais e
heterossexuais, o consumo consciente, o papel dos meios de comunicação e sua importância social, entre outros
feitos.
Houve influência direta também nos sindicatos, grêmios estudantis, grupos de teatro, coletivos de cinema,
música, histórias em quadrinhos, e formas de expressão e comunicação oral em locais improvisados abertos ao
público. As ideias de participação desses jovens e suas diversidades mostraram um caminho possível para a
gestão da política e para vários outros setores da sociedade.
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