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Movimento

Estudantil
Maio de 1968

MARIA LUIZA MIQUELATO


MATEUS ABUD
ANTHONY
SUMÁRIO
● INTRODUÇÃO
● INÍCIO DO MOVIMENTO
● O CONTEXTO HISTÓRICO
● O DIA 10 DE MAIO DE 1968
● O MOVIMENTO PELO
MUNDO
● FONTES DO MOVIMENTO
● O REFLEXO NOS DIAS
ATUAIS
INTRODUÇ
ÃO
“Maio de 68” é uma expressão que se refere a um conjunto de
eventos ocorridos no mundo na década de 60. No entanto, o
movimento de fato teve início no mês de Março em uma
universidade nos arredores de Paris.

De modo geral, jovens de diversos países, influenciados pelo


movimento estudantil francês e com motivações variadas,
resolveram questionar as estruturas sociais em que viviam. Entre
esses questionamentos estavam: a Guerra Fria, a bipolaridade
política, as corridas armamentista, nuclear e espacial, o capitalismo
e o processo de globalização do capital sem compromisso com
qualquer cor de bandeira (por meio das chamadas multinacionais).
INÍCIO DO
MOVIMENTO
O movimento teve início no mês de Março em uma
universidade em Paris, onde foram realizados vários debates
universitários, ocupações, atos públicos, discursos, assembleias
e protestos de rua. Esses acontecimentos caminharam para um
enfrentamento direto com a polícia francesa, questionando
assuntos como o núcleo familiar, a moral, questões ligadas a
gênero e sexualidade, as leis, o dinheiro, a religião, entre outros.

Portanto, podemos dizer que as lutas universitárias de 1968


ocorreram durante um período de tempo no qual vários outros
eventos históricos marcantes aconteciam e asseguravam a ideia
de que as estruturas sociais da época eram pesadas, antigas,
opressoras e desiguais.
O DIA 10 DE
MAIO DE
1968
O movimento iniciado em Paris teve como primeiro e principal ator o
movimento estudantil, pois iniciou-se de debates na esfera acadêmica. Assim, no
dia 10 de maio de 1968, um grupo de pelo menos 20 mil estudantes franceses
ergueu barricadas feitas de carros virados, carteiras e outros móveis destruídos
no Quartier Latin, a região central de Paris.

A divisão física criada pelos destroços de longos dias de protestos e de


enfrentamento com a polícia representava a separação de gerações, das
concepções de moral e dos costumes entre conservadores e liberais, além
também da separação entre ideais capitalistas e socialistas.

A massa de universitários tinha sede de modernidade e se mostrava cada vez


mais insatisfeita em relação a uma sociedade incapaz de atender a seus anseios
por prosperidade, justiça e liberdade.
O MOVIMENTO
PELO MUNDO
Maio de 1968 nutriu pelo mundo diversos ideais. Assim, foi seguido por sindicatos de
trabalhadores, por artistas e intelectuais – acabando, por fim, se espalhando ao redor do mundo.

Nos EUA, fortaleceu o movimento pela defesa dos direitos civis dos negros, de mulheres e de
homossexuais e a revolta negro-americana depois do assassinato de Martin Luther King Jr.

As lutas também se desenvolveram no país no contexto da rejeição à Guerra do Vietnã. Afinal, em


várias universidades, era denunciado o recrutamento de estudantes em projetos de pesquisa
encomendadas por fornecedores de material bélico e por isso se questionava o papel acadêmico no
fortalecimento da industria bélica-militar.

Já na América Latina se conectou a luta dos estudantes e dos trabalhadores. Por exemplo no
México, tais grupos reivindicavam por mudanças políticas no país, que desde 1929 estava nas
mãos do PRI (Partido Revolucionário Institucional). As mobilizações chegaram a reunir mais de
180 mil pessoas revindicando por maiores liberdades civis e a punição de casos de repressão
policial.
Outro exemplo foi o Brasil, que desde 1964 vivenciava uma ditadura militar. Assim, o
movimento deu força aos opositores do regime autoritário. Além disso, os movimentos
estudantis e seus membros, artistas e intelectuais, se uniram na Passeata dos Cem Mil – o
marco da reação da sociedade contra o regime, a censura, a violência e a repressão às
liberdades no país.

Em outros países como na China (1966-1969) fortaleceu a Revolução Cultural chinesa,


que foi um período de transformações políticas e sociais desencadeado por Mao Tsé-tung.

Já na Alemanha, a contestação estudantil foi organizada pelo SDS (Sozialisticher


Deutscher Studentbund), cujo líder Rudi Dutschke sofreu um atentado em abril de 1968. O
movimento fez uma crítica ao sistema educacional. Assim, apresentou propostas de uma
universidade crítica discutindo problemas como o imperialismo, as revoluções socialistas,
psicologia e sociedade (sexualidade e dominação, medicina desumana, crítica à psicologia
acadêmica).
FONTES DO
MOVIMENTO
Os eventos de Maio de 1968 em Paris partiram de demandas estudantis, exigindo reformas no
sistema educacional francês. A expansão do movimento se deu de forma veloz e alcançou uma
greve geral de trabalhadores que balançaria o país e o governo de Gaulle, general que
completava dez anos no poder.

A presidência de Gaulle era vista por muitos jovens como uma ditadura disfarçada e os
trabalhadores se sentiam descontentes frente aos problemas sociais enfrentados diariamente.

Essa seria uma das grandes diferenças nas pautas dos movimentos: afinal, enquanto as
vontades estudantis eram filosóficas e simbólicas, as pautas operárias eram concretas, como
por exemplo, a redução das jornadas de trabalho e aumento salarial.

Frases como “Abaixo a sociedade de consumo”, “A ação não deve ser uma reação, mas uma
criação”, “A barricada fecha a rua, mas abre a via”, “Corram camaradas, o velho mundo está
atrás de você”, “A imaginação toma o poder”, “Sejam realistas, exijam o impossível”, “A
poesia está na rua”, “Abraça o teu amor sem largar tua arma” e muito mais são exemplos dos
sonhos, concretos ou simbólicos, que tornaram-se pichações pelos muros da capital francesa.
O REFLEXO NOS
DIAS ATUAIS
O movimento francês de 1968 ficou conhecido como “o ano que nunca acabou”, pois foi o estopim para uma
grande revisão de valores pela geração dos anos 60, chamados de baby boomers.

Assim, a herança de maio de 1968 pode ser vista como uma revolução social e comportamental, mais do que uma
revolução política.

O movimento iniciado por estudantes franceses contribuiu para diversas transformações políticas, morais,
artísticas e comportamentais na época. Os questionamentos, reivindicações, protestos e embates deram
visibilidade e tornaram os ideais de 1968 contemporâneos.

A partir dele surgiu brechas para defender as liberdades civis democráticas, a liberdade sexual, a causa da luta
feminista, os direitos dos imigrantes e outras minorias, a igualdade entre negros e brancos, homossexuais e
heterossexuais, o consumo consciente, o papel dos meios de comunicação e sua importância social, entre outros
feitos.

Houve influência direta também nos sindicatos, grêmios estudantis, grupos de teatro, coletivos de cinema,
música, histórias em quadrinhos, e formas de expressão e comunicação oral em locais improvisados abertos ao
público. As ideias de participação desses jovens e suas diversidades mostraram um caminho possível para a
gestão da política e para vários outros setores da sociedade.
OBRIGADO
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