COMPONENTE CURRICULAR / TEMA: Sociologia/ contextualização do surgimento da sociologia como ciência.
NOME COMPLETO DO(A) ALUNO(A):Guilherme Henrique Gomes Teixeira
TIA: 10923012641
NOME DO PROFESSOR(A): Jacqueline Ziroldo Dolghie
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA PARA O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA.10
O termo Sociologia, derivado do Latim (sociu) e do grego (logos), em síntese representa o
estudo da sociedade e relações sociais. Uma ciência que surge pós-revoluções, ocorridas no decorrer dos séculos XVIII e XIX. Com a finalidade de sanar questões em diversas áreas do emaranhado de micro-sistemas que existem dentro da sociedade, dá-se início ao estudos do “todo”, não somente especificidades, como aconteciam anteriormente. O questionamento a ser feito é, porque uma nova área do conhecimento foi criada especialmente para desembaraçar e entender as relações humanas? Que espécie de problemáticas são essas? Destacaremos dois fatores primordiais, digamos revolucionários, no sentido restrito da palavra, que culminará com a criação da sociologia como uma ciência própria. A primeira, ocorre na França, no século XVIII, conhecida como “revolução francesa”. Logo após os adventos revolucionários ocorridos no país europeu, se da início a primeira revolução tecnológica contemporânea, tendo início na Inglaterra, em meados do século XIX, estendendo-se até o século XX. De início, a revolução francesa surge como um divisor de águas para a ciência e a religião. Encabeçada por filósofos e políticos com ideários renascentistas e iluministas, a sociedade se rompe no sentido religioso e passa a combater crendices antes sanadas através de argumentos religiosos e começa a investir em métodos científicos para explicar determinados fatos sociais. Não só o rompimento e a desvalorização de crenças religiosas, mas o despertar político em relação ao Estado absolutista francês torna a revolução francesa o palco principal para um a introdução da sociologia como ciência. Em seguida, os enciclopedistas responsáveis pela elaboração da “Enciclopédia Universal”, livro este que coleciona métodos científicos, artigos e escritos de diversos filósofos, políticos e Intelectuais das mais variadas áreas do conhecimento, com o intuito de propagar o cientificismo ao público em geral, movimento este encabeçado por Diderot e Rousseau, esse último, autor de obras importantes como “Origem da desigualdade entre os homens”, e “Contrato Social”, obras de cunho revolucionários para época, que aparecem como levantes intelectuais.. Livros que influenciaram nos ideias de “Liberté, igualité, fraternité” (liberdade, igualdade e fraternidade). Preceitos esses que incentivaram revolucionários francesas em prol de revoltas contra o Estado absolutista do rei Luís XVI, e a aristocracia francesa governante. Quais motivos levaram as revoltas? Digamos que o despotismo monárquico e a crise financeira, agrária, alimentícia e constitucional culminou com a revolta de grupos liderados por revoltosos, comandados por Maximilien Robespierre, aliado as classes ao baixo clero e membros da burguesia francesa, que detinham pouca influência política no Estado aristocrático e baixa representatividade em cargos de governo, sendo deixada as margens. Com a queda da Bastilha, cadeia símbolo do período, onde críticos da aristocracia eram mantidos, a revolta se torna popular. Insurgentes contra a monarquia e suas arbitrariedades, gastos excessivos e descaso com a população menos favorecida e as desigualdades sociais, o poder é tomado com a intenção de restabelecer a ordem social e a combater a desigualdade entre os homens. Diante dos fatos ocorridos em um período tão curto de tempo, a exemplo da acensão da burguesia apoiada por classes mais baixas, mudanças governamentais e sistêmicas, econômicas e sociais, novas ordens são postas e elaboradas, e as consequências se perpetuariam até os dias atuais. A resultância de novos ideários e moldes, como os princípios de liberdade, a queda do absolutismo europeu, popularização da república no mundo e a garantia de que “todos os homens são iguais perante a lei”, como exemplo, são consequências da revolução. Diante disso, foi ocasionado o “despertar” de estudiosos europeus para as novas questões da sociedade. Dessa forma, floresceram novas formas de enxergar a sociedade, suas lacunas e demandas brotaram e deram frutos ao que conhecemos hoje por sociologia. Assim, o pensamento crítico, teórico e o afastamento de premissas religiosas foram fundamentais para a elaboração de técnicas, métodos de estudos e análises interpretativas da sociedade. Escritores como Rousseau, Montesquieu, Diderot, e o filósofo positivista August Comte, tido como “co-criador” da sociologia, influenciaram fortemente o pensamento teórico sociológico. Posteriormente, novas gerações de sociólogos europeus, utilizando métodos analíticos buscaram explicações para as desigualdades sociais, pobreza, insegurança alimentar, déficit habitacional, violência, guerras e outras demandas em prol do desenvolvimento da sociedade e suas perspectiva é consequências para o futuro. Introduzido os estudos da sociologia na França pós-revolução, novos acontecimentos agitam o continente europeu, desta vez na Inglaterra. Em meados do séculos XIX e XX, fatos que contextualizarei a seguir ocasionaram a chamada “revolução industrial”. Injetada a produção em massa, por meio de maquinários; maquinas a vapor e o tear mecânico, expectivamente, o trabalho manual foi substituído pelo processo de fabricação automatizado. Novas fontes de energia, como o petróleo, a eletricidade, são utilizadas na produção. A indústria do ferro ganha destaque devido a durabilidade dos produtos, a praticidade e manuseio. A produção antes realizada de forma manufatureira se torna automatizado. Anteriormente, um produto demoraria dias para estar pronto, agora os mesmos produtos são fabricados em massa e quantidades superiores ao modelo manufaturado. Desse forma, todo o trabalho antes feito por um trabalhador são divididos por vários numa mesma linha de produção. As consequências da introdução do maquinário inglês são imediatas. Desemprego, alcoolismo, prostituição e o déficit habitacional são os mais urgentes entre a população. O êxodo rural proporcionado pela expansão das fábricas superlotou de forma exponencial as antes pequenas e pacatas cidades inglesas, antes majoritariamente agrícola e rural, a cidades se tornam grandes centros urbanos e industriais. Nesse sentidos os efeitos de são imensuráveis. Os fatos supracitados, como desemprego, alcoolismo e prostituição é agora acompanhada pela introdução da mulher e do trabalho infantil nas fábricas, com o intuito de baratear custos, já que a mão de obra desse grupamento tem um custo menor que um homem adulto. Citados os fatos acima, o crescimento demográfico na Inglaterra é substancial e sua consequência avassaladoras para o proletariado, que precisa se adaptar à nova modalidade empregatícia. Ocasionando assim a organização de grupos, em formato de associação, que posteriormente se tornariam os sindicatos, reivindicando melhorias de trabalho, já que a carga horária trabalhada muitas vezes ultrapassava às 12h(dose horas) de trabalho ininterruptas, condições precárias., insalubridade e a exploração trabalhista, análoga à escravidão entram em pauta. É nesse momento e tirando proveito do novo contexto do país, que historiadores, filósofos e sociólogos começaram a utilizar e por em ação métodos analíticos cientificista com o objetivo de explicar e identificar possíveis soluções para as novas questões da época. Sociólogos mais destacados do período se tornam os alemãs Frederich Engels e Karl Marx, que deduzem que toda a história é protagonizada pela “luta de classes”. Posteriormente surgem Émili Durkheim e Marx Weber, protagonizado estudos relacionados ao trabalho, igreja, família e política dentre outros temas analisados pela tríade de sociólogos. Posteriormente seus escritos, estudos e artigos serviram de base para toda uma geração de futuros sociólogos, cientistas políticos, historiadores e antropólogos modernos.
• Referência biográficas: PAIXÃO, A. E. Sociologia geral. Curitiba: Intersaberes,
2012 | Biblioteca Virtual Universitária — Pearson. • DIAS, R. Introdução à sociologia. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2010 | Biblioteca Virtual Universitária — Pearson.