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prova e refutação

rosa
Regras de inferência
REVISÃO
• quando o número de proposições num
argumento é muito grande, um método mais
eficiente para sua validação é necessário.
• A seguir, apresentamos dois métodos para
validação de argumentos que são mais
eficientes que tabelas-verdades:
prova e refutação
Prova
• Uma prova de uma fórmula φ, a partir de um
conjunto de formulas ∆, consiste numa sequência
finita de formulas γ1, γ2, . . . , γn, onde γn = φ e
cada γi é uma fórmula em ∆ ou é derivada de
formulas em ∆ ∪ {γ1, . . . , γi−1}, por meio de uma
regra de inferência.
• Usamos a notação ∆ −| φ para indicar que a
formula φ pode ser derivada a partir das formulas
em ∆ (ou seja, que é possível provar φ a partir de
∆).
PROVA
• Uma regra de inferência é um padrão que
estabelece como uma nova formula pode ser
gerada a partir de outras duas.
• As regras de inferência clássicas
modus ponens, modus tollens,
silogismo hipotético ....
representam formas de raciocínio dedutivo
estudadas, desde a antiguidade, por Aristóteles
(384-322 a.C).
Resolução
Resolução: p v q, ~p v r |- q v r
1. P∨Q
2. ¬P∨R
3. Ass: ¬(Q∨R) hipótese é a tese negada
4. | ¬Q∧¬R (3 demorgam)
5. | ¬Q (4, simpl.)
6. | ¬R (4 simpl.)
7. | P (1,5, m.t.)
8. | ¬P (2,6, m.t.)
9. |P ^ ¬P (7,8 contrad)
∴ Q∨R ( afirma a tese)
O método redução ao absurdo, para provar
ou refutar argumentos
• Podemos usar este método tanto para provar quanto para
refutar um argumento. Caso usemos como método de prova,
então o procedimento se resume a negar a conclusão do
argumento (Se C é a conclusão, então ¬C) e mostrar que
disso segue uma contradição. Ora, se de ¬C segue uma
contradição, então ¬C é falso, e pelo princípio de não
contradição, provamos que C é verdadeiro.
• Este método também é chamado de prova por
contradição. Caso usemos como método de refutação, então
mostramos que as premissas do argumento podem ser
logicamente manipuladas para se chegar numa contradição,
o que invalida o argumento.
Método refutação
Veremos o método de refutação por redução ao absurdo.
Procedimento: negamos a conclusão, porém, em vez de obtermos uma
contradição, obtemos os possíveis valores das variáveis para que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Exemplo de um argumento inválido e mostrarei os passos para sua refutação
por este método.
P∨Q ou p v q:- p
∴P Começamos negando a conclusão, assumindo seu oposto:
P∨Q
∴P Tese
Ass: ¬P hip
De 1 e 3 podemos, por silogismo disjuntivo, deduzir Q:
1 P∨Q
P tese
2 ¬P hipótese
| Q (1,2, s.d.)
Refutação
• Embora a prova seja um mecanismo mais
eficiente que a tabela-verdade, ainda é muito
difícil obter algoritmos de prova baseados em
derivação que possam ser implementados
eficientemente em computadores.
• Solução refutação
Refutação
• Refutação é um processo em que se demonstra que uma
determinada hipótese contradiz um conjunto de premissas
consistentes.
• Um conjunto de fórmulas é consistente se e somente se existe
uma interpretação para seus símbolos proposicionais que
torna todas as suas formulas verdadeiras. Caso contrário o
conjunto de fórmulas é inconsistente.

• Das fórmulas consistentes ∆, provar ∆ |− γ corresponde a


demonstrar que ∆ ∪ {¬γ} é inconsistente. Logo se {¬γ}
é inconsistente {y} é consistente.
• A fórmula γ é denominada tese e a fórmula ¬γ é
denominada hipótese
Exemplo
Se o time joga bem, ganha o campeonato. (P1)
Se o time não joga bem, o técnico é culpado(P2)
Se o time ganha o campeonato, os torcedores
ficam contentes.(P3)
Os torcedores não estão contentes. (P4)
Logo, o técnico é culpado (tese).
Exemplo
• Nesse argumento temos a tese “o técnico é
culpado”
• E como hipótese que “o técnico não é culpado”
• O nosso objetivo é demonstrar que essa hipótese
leva a uma contradição
• Se tal contradição for encontrada, como o conjunto
de premissas é consistente, podemos concluir que
ela foi derivada da hipótese e que, portanto, a tese
é uma consequência lógica das premissas.
p : “o time joga bem” Se o time joga bem, ganha o
q : “o time ganha o campeonato. (P1) Se o time
campeonato” não joga bem, o técnico é
r : “o técnico é culpado” culpado(P2)
s : “os torcedores ficam Se o time ganha o
contentes” campeonato, os torcedores
ficam contentes.(P3)
Os torcedores não estão
(1) p → q P1
contentes. (P4)
(2) ¬p → r P2
Logo, o técnico é culpado
(3) q → s P3 (tese)
(4) ¬s P4 {p->q, ¬p → r , q → s, ¬s } |- r
r tese
(5) ¬ r hipótese
EXEMPLO

∆ φ
{p->q, ¬p→r, q→s, ¬s} |- r
(1)p→q ∆ (1) ~r hipótese
(2) ¬p→r ∆ (2) p - > q ∆
(3)q→s ∆ (3) ~p -> r ∆
(4)¬s ∆ . (4) q-> s ∆
(5) p→s SH(1,3) (5) ~s ∆
(6) ¬p MT(4,5) (6) p->s sh (2,4)
(7) r MP(2,6) φ (7) ~p mt (5,6)
(8) r mp (3,7)
(9) ~r ^ r contra (1,8)
logo r a tese é verdadeira
DEVIVAÇÃO
• Dado um conjunto de fórmulas ∆, uma regra
de inferência é correta se permite derivar
apenas fórmulas que são consequências
lógicas de ∆ e, é completa se permite derivar
todas as fórmulas que são consequências
lógicas de ∆. As regras de inferência clássicas
são corretas e completas para todo conjunto
consistente de fórmulas bem-formadas da
lógica proposicional.
Prova
Na prova, em cada linha, ha ́ uma justificativa de
como a fórmula foi derivada.
A justificativa ∆ na linha (1) indica que a fórmula
p → q é uma premissa do argumento
A justificativa sh(1, 3), na linha (5), indica que a
fórmula
p → s foi derivada das fórmulas nas linhas (1) e
(3), pela aplicação de silogismo hipotético.
Exemplo
• Usando refutação, mostre que o argumento a
seguir é válido:
Se Paula sente dor no estômago, ela fica irritada.
Se Paula toma remédio para dor de cabeça, ela
sente dor de estômago.
Paula não esta ́ irritada.
Logo, ela não tomou remédio para dor de
cabeça.
Exemplo
E Paula sente dor no estomago
I Paula fica irritada
R Paula toma o remédio para dor de cabeça

E->I, R->E,˜I |- ˜R 1 E->I ∆


˜R tese 2 R->E ∆
R hipótese 3 ˜I ∆
4R hip
5~E 1,3 MT
6~R 2,5 MT
7 R ^~R 4,6 contrad
logo a tese ~R está correta

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