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Tema – A Compreensão do Sentido em Frege

Problema - Como compreender a relação do sentido e a relação entre objetos ou


nomes ou sinais de objetos?

Objetivo – Neste trabalho de pesquisa queremos mostrar o que é sentido de


investigação em Gottlob Frege

Introdução - Trabalhando na fronteira entre a filosofia e a matemática, Frege foi o


principal criador da lógica matemática moderna, sendo considerado, ao lado de
Aristóteles, o maior lógico de todos os tempos.

Estudou nas universidades de Jena e Göttingen e tornou-se professor de


Matemática em Jena, onde lecionou primeiro como docente e, a partir de 1896,
como catedrático, onde permaneceu até sua morte. Em 1879 publicou
''Begriffsschrift'' 1879, ''Ideografia'' ''Ideography'' é uma tradução sugerida em
carta pelo próprio autor, outra opção seria ''Notação Conceptual'', onde, pela
primeira vez, se apresentava um sistema matemático lógico no sentido moderno.

Em parte incompreendido por seus contemporâneos, tanto filósofos como


matemáticos, Frege prosseguiu seus estudos e publicou, em 1884, ''Die Grundlagen
der Arithmetik'' ''Os Fundamentos da Aritmética'', obra-prima filosófica que, no
entanto, sofreu uma demolidora crítica por parte de Georg Cantor, justamente um
dos matemáticos cujas idéias se aproximavam mais das suas. Em 1903 publicou o
segundo volume de ''Grundgesetze der Arithmetik'' ''Leis básicas da Aritmética'',
em que expunha um sistema lógico no qual seu contemporâneo e admirador
Bertrand Russell encontrou uma contradição, que ficou conhecida como o
paradoxo de Russell. Esse episódio impactou profundamente a vida produtiva de
Frege.

O grande contributo de Frege para a lógica matemática foi à criação de um


sistema de representação simbólica ''Begriffsschrift'', conceito grafia ou ideografia
para representar formalmente a estrutura dos enunciados lógicos e suas relações, e
a contribuição para a implementação do cálculo dos predicados. Esse parte da
decomposição funcional da estrutura interna das frases (em parte substituindo a
velha dicotomia sujeito-predicado, herdada da tradição lógica aristotélica, pela
oposição matemática função-argumento) e da articulação do conceito de
quantificação (implícito na lógica clássica da generalidade), tornado assim possível
a sua manipulação em regras de dedução formal. (As expressões "para todo o x",
"existe um x", que denotam operações de quantificação sobre variáveis têm na
obra de Frege uma de suas origens).

Ao contrário de Aristóteles, e mesmo de George Boole|Boole, que procuravam


identificar as formas válidas de argumento, e as assim chamadas "leis do
pensamento", a preocupação básica de Frege era a sistematização do raciocínio
matemático, ou dito de outra maneira, encontrar uma caracterização precisa do
que é uma “demonstração matemática”. Frege havia notado que os matemáticos
da época freqüentemente cometiam erros em suas demonstrações, supondo assim
que certos teoremas estavam demonstrados, quando na verdade não estavam. Para
corrigir isso, Frege procurou formalizar as regras de demonstração, iniciando com
regras elementares, bem simples, sobre cuja aplicação não houvesse dúvidas. O
resultado que revolucionou a lógica foi o desenvolvimento do cálculo de predicados
ou lógica de predicados.

Três noções de sentido (''Sinn'') em Frege

1. O modo de apresentação (contendo valor informativo) associado a uma


expressão.

2. O determinante da referência/denotação associada à expressão. (O sentido


singulariza a referência de um termo singular.)

3. O que providencia entidades a serem denotadas em contextos oblíquos.

== O quebra-cabeça de Frege ==

Em "Sobre o Sentido e a Referência" 1892 Frege apresenta um paradoxo


envolvendo semântica e epistemologia, e também uma solução para o mesmo. O
paradoxo envolve sinônimos e a possibilidade de uma pessoa conhecimento|
desconhecer a relação de sinonímia.

Vejamos um exemplo. Os nomes "Cícero" e "Túlio" designam exatamente a


mesma pessoa, o filósofo e orador romano autor de ''Do Destino''. Todavia, as
frases "Cícero é Cícero" e "Cícero é Túlio" não tem o mesmo valor cognitivo.
"Cícero é Cícero" é uma frase desinteressante que simplesmente expressa a
identidade de uma coisa consigo mesma lei de Leibniz). "Cícero é Túlio", por outro
lado, tem valor informativo. Uma pessoa que descobre que "Cícero" e "Túlio"
designam a mesma coisa não está meramente descobrindo a relação de identidade
que uma coisa tem consigo mesma, pois isso ela já sabia, ao menos implicitamente.

Mas, como podem as duas frases serem diferentes do ponto de vista informativo,
visto que os nomes envolvidos designam a mesma coisa?

A solução proposta por Frege para o problema consiste em articular o significado


dos designadores em dois elementos, o significado/sentido ''Sinn'' e a referência
''Bedeutung''. (Essa posição de Frege foi um dos alvos de Saul Kripke em Naming
and Necessity).

Os nomes "Cícero" e "Túlio" têm a mesma referência, o filósofo romano. Mas não
têm o mesmo sentido, ou valor cognitivo. É por isso que quem diz "Cícero é Túlio"
não está dizendo algo trivial.

O assim chamado quebra-cabeça de Frege representa um dos desafios ao


millianismo a respeito dos nomes: a posição segundo a qual a contribuição de um
nome para o conteúdo das frases em que ocorrem é seu referente.
Bibliografia - Tyler Burge, intérprete de Frege, distingue três noções de ''sentido''
na obra de Frege:<ref>Ver Tyler Burge, "Belief de Re" (''The Journal of
Philosophy'' 74, no. 6 (1977): 338-62), p. 356.</ref>
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
DISCIPLINA –OFICINA DE ATIVIDADE FILOSÓFICA V.
PROFESSOR – DOUTORANDO JOSAILTON FERNADES DE MENDONÇA
ALUNO – ELON TORRES ALMEIDA
5º PERÍODO NOTURNO.

Ensaio de Atividades Filosófica sobre “O sentido em GOTTOB FREGE”

MOSSORÓ, 2008.

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