Você está na página 1de 71

CONTROLE DO PROCESSO NAS

FUNDIÇÕES DE FERRO FUNDIDO


COM AUXILIO DO CARBOMAX II

Preparado por: Sergio E. A. Kessler


Eng°. Metalúrgico

08/2009
ÍNDICE
 INTRODUÇÃO
 PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA.
 CONCEITO DO CARBONO EQUIVALENTE NOS FERROS FUNDIDOS;
 FUNÇÃO DO CARBONO E SILÍCIO NAS ESTRUTURAS DO FERRO FUNDIDO
 APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
 ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS, FERRO BICA E PRODUTO.
 MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
 RENDIMENTO DAS ADIÇÕES
 CORREÇÃO DO BANHO LÍQUIDO – %CARBONO E % SILÍCIO (TABELA EM
EXCEL).
 CALCULO DE CARGA FERRO BICA – CONTROLE % CARBONO, %SILÍCIO E
%CARBONO EQUIVALENTE (TABELA EM EXCEL).
 PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS, DUREZA, ETC.).

2
1. INTRODUÇÃO
 Esta palestra tem o objetivo de transmitir as praticas utilizadas no chão de fabrica a partir de experiências vivencias
em fundições de ferros fundidos para garantir as faixas de composições químicas dos ferros fundidos e
conseqüentemente as propriedades mecânicas especificadas pelo cliente utilizando o aparelho de Análise térmica
CARBOMAX II na determinação do carbono(C), silício (Si) e carbono equivalente (C eq).
 Os ferros fundidos são definidos como ligas de ferro, carbono e silício que conferem as principais propriedades do
material. Elementos considerados como complementos de ligas aceitáveis (manganês (Mn), fósforo (P), enxofre (S),
cobre (Cu) e cromo (Cr), estanho (Sn), magnésio (Mg), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e vanádio (V)) são
especificados em porcentagens variadas para a obtenção de propriedades mecânicas especificas como dureza,
resistência a tração, usinabilidade, ductilidade (F.Fº Nodular) e estruturas metalográficas. Elementos de liga
considerados como nocivos bismuto (Bi) chumbo (Pb), Alumínio (Al), titânio (Ti), antimônio (Sb), arsênico (As) e
telúrio (Te) são considerados como elementos subversivos que prejudicam as propriedades dos ferros fundidos
mesmo em pequenas quantidades com percentuais máximos de 0,003 (Pb, Bi, Sb eTe), 0,03 (Al, Ti, e As).
 Em fundições de pequeno e médio porte é indispensável à utilização do aparelho CARBOMAX II para efetuar o
calculo de carga, definir as adições e correção do banho. Nestas fundições não são efetuadas análises químicas
adicionais dos elementos de liga e elementos subversivos. Isto é, necessário quando a sucata de aço e ferro fundido
com composição desconhecida são utilizados o que também é exigido em fundições de grande porte. Uma
determinação periódica de Mn, P e S e outros elementos é importante para minimizar desvios das composições
desejadas, assim como a comparação dos resultados da Análise térmica CARBOMAX (CARBOMAXII).
 Em fundições de grande porte o aparelho CARBOMAX II é de grande utilidade para a aferição do teor de carbono
obtido via espectro, e para agilizar os resultados das análises de carbono (C), silício (Si) e carbono equivalente (C eq.)
diretamente do banho líquido, Alem de identificar os patamares das temperaturas do líquidus e sólidus.
 Os controles e metodologias apresentados neste trabalho atendem os requisitos de qualidade, inclusive para a
qualificação da ISO 9001-2000.

3
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.1. Considerações iniciais
 A análise térmica consiste em um método clássico de determinação de diagramas de fases binários, a partir da fusão e
posterior resfriamento de um número significativo de ligas de diferentes composições químicas, capazes de
caracterizar completamente os campos estruturais do estado líquido até à temperatura ambiente. O método baseia-se
em medidas de temperatura ao longo da solidificação através de termopares inseridos no metal.
 O múltiplo registro da evolução da temperatura com o tempo, isto é, das curvas de resfriamento de múltiplas
composições químicas, permite o levantamento de um mapa termodinâmico de estabilidade de fases.

 Na prática industrial de fundição de ferros-fundidos é também comum a utilização da análise térmica na determinação
da composição química do ferro fundido, ou seja, para a determinação do denominado Carbono Equivalente (CE).
Pode-se, por exemplo, utilizar-se uma relação linear entre a temperatura liquidus e o Carbono Equivalente na forma:
CE = %C + %Si + %P
3 3

4
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.2. Análise térmica na fundição de ferros fundidos
2.2.1. Definições de ferro fundido
 Os ferros fundidos são ligas que contêm basicamente ferro, carbono e silício, com teores de carbono entre 2,0 a 4,2%,
que pode ser retido em solução sólida na austenita, podendo a resultar em carbono livre, na forma de veios ou
lamelas (F.F° cinzentos), nódulos esféricos (F.F° nodular), compactada (F.F° Vermicular) ou sem carbono livre (F.F°
Branco).

FIGURA 2.1 – Diagrama de equilíbrio Ferro-


Carbono (Garcia, 2001).
5
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.2. Análise térmica na fundição de ferros fundidos
2.2.2. Fatores preponderantes na estrutura do ferro fundido
- Composição química
 Os elementos que mais influem na estrutura são o carbono e o silício. O carbono determina a quantidade de grafita
que se pode formar e o silício é essencialmente elemento grafitizante, favorecendo a decomposição do carboneto de
ferro. Sua presença pode determinar um ferro fundido como cinzento ou branco.
 O manganês tem efeito oposto ao do silício. É estabilizador da cementita e assim compensa, de certo modo, a ação
grafitizante do silício.
 Outros elementos como o fósforo e enxofre, não têm uma ação muito significativa sob o ponto de vista de tendência
grafitizante.

6
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.2. Análise térmica na fundição de ferros fundidos
2.2.2. Fatores preponderantes na estrutura do ferro fundido
- Velocidade de resfriamento
 A velocidade de resfriamento durante a solidificação varia com a espessura das peças moldadas. Em elevadas
velocidades de resfriamento (que ocorrem normalmente em seções finas ou nas áreas junto às paredes do molde) não
há tempo para decompor a cementita, de modo que, dependendo dos teores de carbono e de silício, ocorre pouca ou
nenhuma grafitização, e há tendência para formar-se ferro fundido branco.
 Com as velocidades de resfriamento lentas das seções mais espessas, ocorre uma grafitização (dependente sempre do
teor de silício) e a estrutura será constituída essencialmente de perlita, ferrita e grafita.

7
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.2. Análise térmica na fundição de ferros fundidos
2.2.3. Superaquecimento e superresfriamento
 Na maioria das situações práticas de solidificação, para que o líquido possa tomar completamente a forma geométrica
que se pretenda dar ao sólido, é necessário que o vazamento desse líquido ocorra a uma temperatura superior àquela
que dá início à transformação líquido/sólido, para que o líquido possa escoar e preencher completamente os contornos
geométricos da peça. A diferença entre essa temperatura de vazamento e a temperatura de transformação denomina-se
superaquecimento, ou seja:
ΔTv = Tv - Tf
onde:
ΔTv : superaquecimento;
Tv: temperatura de vazamento;
Tf: temperatura de fusão.

 Embora admita-se que o líquido inicia a transformação em sólido quando atinge a temperatura de equilíbrio entre as
duas fases, ou seja o ponto de fusão, observa-se na prática com freqüência o surgimento de partículas de sólido a
temperaturas inferiores a Tf . A essa diferença de temperatura dá-se o nome de Superresfriamento, ou seja:
ΔTR = Tf – TR
onde:
ΔTR : superaquecimento;
TR: temperatura de fusão.
8
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
2.3.1. Introdução
 O uso de curvas de resfriamento para identificar ligas ferrosas ganhou aceitação como uma técnica de produção em
fundições de ferro fundido no final dos anos 50. Iniciou-se nos Estados Unidos e depois foi para a Europa, usada para
determinar o Carbono Equivalente.
 A análise térmica é baseada em temperaturas gravadas em certos intervalos de tempo durante o processo de
solidificação. Curvas de resfriamento podem ser construídas e usadas para analisar e classificar uma liga. As curvas
de resfriamento são uma representação gráfica da temperatura em função do tempo para uma amostra de uma liga
vazada em um molde normalizado com um termopar, normalmente posicionado no centro. O registro de temperaturas,
como liquidus e solidus, em uma curva resfriamento, equivalentes a taxas resfriamento durante várias fases da
solidificação, pode ser utilizado como atributo metalúrgico para classificar um metal fundido e correlacionar-lo ao
comportamento do mesmo em um molde.

Figura 2.4. Curva de resfriamento para uma liga de


dois elementos (binário)
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
2.3.1. Introdução
 Quando a liga resfria desde a temperatura T1 até a temperatura T2, num molde qualquer, obtém-se, através da
utilização de um termopar inserido no metal e ligado a um registrador, a curva de resfriamento teórica da figura 2.4 O
trecho T1-TL é função do calor específico do líquido, e quando a temperatura atinge TL, há uma mudança na
inclinação que começa no ponto 1. Esta mudança na inclinação deve-se à presença de uma nova fase (sólida) no
sistema, e o trecho TL a TS é, portanto, função de calores específicos do líquido e do sólido e do calor latente de
solidificação do sólido. Na temperatura TS, observa-se uma nova mudança na inclinação da curva, que tem início no
ponto 2. Neste ponto, o líquido já se transformou totalmente em sólido e de TS a T2 a curva é função do calor
específico do sólido (Duran, 1985).
 Na prática, estas explicações acima permitem correlacionar o ponto 1 e o ponto 2 diretamente com a composição
química. Para cada composição tem-se uma temperatura em que ocorrem as mudanças de inclinação ou patamares.
 A determinação da composição química básica (%CE: carbono equivalente, %C, %Si) e de outras características, com
o metal ainda no forno, permite ao operador fazer correções no metal antes de vazar. Evitam-se eventuais oscilações
na composição química, que poderiam acarretar problemas na produção e que somente seriam percebidas após algum
tempo, de acordo com a rotina de envio de amostras para o laboratório.

10
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
2.3.2. Determinção do Carbono Equivalente
 Como na prática todos os ferros fundidos produzidos em escala industrial não são ligas binárias (Fe-C), introduziu-se
o conceito de Carbono Equivalente (CE) para expressar a influência do Si e do P em quantidades equivalentes ao
carbono.
 Heine (1969) utilizou um cadinho revestido de telúrio. Este componente, por evitar a grafitização, um patamar plano
que sofre uma influência menor das variáveis do processo metalúrgico.
%C + %Si + %P
3 3
 Com a utilização do telúrio, a restrição do método que era a utilização da composição, passa a ser o uso de
composição hipoeutética nos sistema metaestável (C+Si/3+P/3,0 ≤4,3).
 A razão da utilização do telúrio (ou outro elemento que tenha acentuado efeito promovedor de formação de
carbonetos na solidificação), refere-se ao fato de haver uma diferença entre os Carbonos Equivalentes referentes ao
eutético estável (B) e o metaestável (A), como apresentado na Figura 2.5.

Figura 2.5 - Detalhe da região do eutético no 11


diagrama de equilíbrio Fe-C (Freire e Marques,
1977).
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
 Pode-se notar na figura 2.5 que o ferro fundido de composição x é hipereutético no sistema estável e hipoeutético
quando se solidifica no sistema metaestável. Com o telúrio promovendo a formação de ferro fundido branco, consegue-
se obter o patamar da austenita que corresponde à linha liquidus (ponto A na figura 2.2). Sem a utilização do telúrio, ao
atingir o ponto B, fica difícil obter o patamar, devido à flotação da grafita, à pequena parcela de calor envolvida durante
a precipitação da grafita primária e ao rápido aumento da temperatura com pequeno aumento do Carbono Equivalente. A
figura 2.6 é um exemplo de um registro de análise térmica, com um sensor utilizando telúrio. (Duran, 1985) e a figura
2.7 um registro da analise térmica sem a utilização de telúrio.

Figura 2.6 – Cápsula com tinta à base de telúrio, FIGURA 2.7 - Cápsula sem tinta à base de telúrio,
solidificando no sistema metaestável. solidificando no sistema estável (Feg+grafita).

12
2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
2.3.4. Determinação do teor de carbono
 A determinação do teor de carbono para ferros fundidos hipoeutéticos pode ser feita através da determinação da
temperatura liquidus hipoeutética e da temperatura do eutético, utilizando o corpo-de-prova com telúrio obtende-se a
seguinte expressão para o teor de carbono:
%C = 0,01693TW – 0,00796TL – 6,05
Sendo:
TL: temperatura liquidus hipoeutética.
TW: temperatura do eutético de ferro fundido branco (temperatura solidus no sistema metaestável).
Nota: os resultados obtidos com o CARBOMAX II na determinação da % de carbono são precisos e servem para
aferir os resultados obtidos via analise espectografica.

 Esta equação foi posteriormente colocada num ábaco pela British Cast Iron Research Association (BCIRA) e ficou
conhecido como “BCIRA Calculator”. Este ábaco, até o surgimento de aparelhos digitais, foi muito utilizado pelas
fundições devido a sua praticidade.

13

Figura 2.8 – Ábaco BCIRA


2. PRINCÍPIOS DA ANÁLISE TÉRMICA
2.3. Análise Térmica em ferros fundidos para determinação da composição química
2.3.5. Determinação do teor de silício
 O teor de silício pode ser determinado através do Carbono Equivalente, do carbono e do fósforo, utilizando a equação %Si =
3(%CE - %C), em função do silício.
 Como na prática não há tempo para os operadores do forno inserirem a variação do fósforo, pois este valor pouco acrescenta ao
resultado final.

2.3.6. Ajuste dos parâmetros CE, %C e %Si.


 Em função de elementos de liga presentes no banho (principalmente %P), que não são considerados na análise térmica clássica, a
qual serve de base para o princípio de operação do Carbomax II, pode ocorrer a necessidade de ajuste nos resultados apresentados
quando comparados a um laboratório químico confiável. Para tal, utilizam-se o ajuste de 4 parâmetros (menu Parâmetros de
ajuste) e os botões existentes no frontal do instrumento (Identificação do painel frontal), que permitem esse ajuste.
Vamos exemplificar o ajuste, para três casos distintos:
1º caso: A diferença média apresentada entre o Carbomax II e o laboratório foi de + 0,02%C e +0,20%Si.
Neste caso não se deve ajustar o parâmetro de %C;
Ajustar o parâmetro de %Si em - 0,20.

2º caso: A diferença média apresentada entre o Carbomax II e o laboratório foi de + 0,07%C e - 0,30%Si.
Ajustar o parâmetro de %C em - 0,07;
Ajustar o parâmetro de %Si em + 0,30.

3º caso: A diferença média apresentada entre o Carbomax II e o laboratório foi de + 0,07%C e +0,40%Si.
Ajustar o parâmetro de %C em - 0,07;
Ajustar o parâmetro de %Si em - 0,40.
14
3. CONCEITO DE CARBONO EQUIVALENTE NOS
FERROS FUNDIDOS
 De todos os elementos presentes nos ferros fundidos alem do Carbono, o Silício apresenta a maior influência no teor
de carbono no ponto eutético.
 O efeito do aumento do silício em mover o eutético para percentagem de carbono mais baixas pode ser observados
considerando quanto carbono o silício é equivalente neste efeito.
 Este “silício equivalente” é um aditivo ao teor de carbono existente e a soma dos dois é chamado “carbono
equivalente”. De acordo com medições efetuadas, 1,0% de Silício diminui o teor de carbono do eutético em 1/3
(0,33%).
 O carbono equivalente é então expresso como Ceq = C (%) + 1/3 Si (%).
 Se o Ceq for menor do que 4,30 a liga é hipoeutético, só for maior do que 4,30 a liga é hipereutética. Em alguns
países é utilizado o “grão de saturação” (Sc) ao invés de carbono equivalente a partir da seguinte forma SC = Ceq .
4,30
 Se SC for maior do que 1,0 a liga é hipoeutética e se SC for maior do que 1,0 a liga é hipereutética.

15
4. FUNÇÃO DOS CARBONO E SILÍCIO NA
ESTRUTURA DOS FERROS FUNDIDOS
 Todos os elementos químicos normalmente presentes no ferro fundido exercem alguma influência na microestrutura e
nas propriedades dos ferros fundidos, abaixo estão apresentados alguns comentários do carbono e silício.
Carbono: é o elemento mais importante nos ferros grafiticos (nodular e cinzento) e não-grafiticos (ferro fundido branco)
é o maior responsável pelas propriedades mecânicas e de fundição. Nos ferros fundidos grafiticos com exceção do
carbono combinado na forma de perlita na matriz, o carbono esta presente em forma de veios (cinzento), nódulos
(nodular) ou compactados (vermicular)
 O carbono combinado nos ferros fundidos cinzento varia de 0,1 a 0,8% e o carbono grafitico de 2,8 a 3,5%.
 O carbono combinado nos ferros fundidos nodulares varia de 0,1 a 0,8% e o carbono grafitico de 3,2 a 3,8%
Silício: Atua como forte grafitizante tanto na solidificação como na transformações no estado sólido, conseqüentemente
favorece a formação de grafita na solidificação, reduzindo o coquilhamento e favorecendo a formação de ferrita nas
transformações no estado sólido. Não é observável na microestrutura, pois fica em solução sólida na ferrita. É
juntamente com o carbono o elemento que mais afeta a fundibilidade.
Ferros fundidos brancos
 Os ferros fundidos brancos apresentam normalmente baixos teores de carbono (2,0 a 3,0%) e silício (0,5 a 1,5%) a
matriz se apresenta totalmente sob a forma de carbono combinado (cementita, ledeburita e perlita sem a presença de
grafita).

16
4. FUNÇÃO DOS CARBONO E SILÍCIO NA
ESTRUTURA DOS FERROS FUNDIDOS
 Exemplos de microestruturas em ferros fundidos: cinzento, nodular, vermicular e branco.

F.Fº Cinzento Perlitico-Ferritico com grafita lamelar


Composição química:
C = 3,30%; Si = 2,12%; Mn = 0,52%; P = 0,12%; S = 0,08%;
Ceq = 4,00 %

F.Fº Nodular Perlitico-Ferritico com grafita esferoidal


Composição química:
C = 3,55%; Si = 2,40%; Mn = 0,25%; P = 0,06%;
S = 0,015%; Mg = 0,045% ;
Ceq = 4,35 %

F.Fº Vermicular Ferritico-Perlitico com grafita vermicular(compactada)


Composição química:
C = 3,70%; Si = 1,95%; Mn = 0,42%; P = 0,08%;
S = 0,015%; Mg = 0,015%; Mo = 0,004%; Ti = 0,01%;
Ceq = 4,35 %

F.Fº Branco Hipoeutético


Composição química:
C = 2,50%; Si = 1,15%; Mn = 0,30%; P = 0,06%;
17
S = 0,03%;
Ceq = 2,88%
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
 Esta versão vem substituir os consagrados CARBOMAX 2000, com vantagens e melhorias adquiridas ao longo dos
anos.
 O CARBOMAX II possui um circuito micro-controlado proporcionando ainda mais confiabilidade dos resultados e
recursos como saídas digitais para comunicação com outros periféricos (impressoras e computadores).
 O princípio de funcionamento segue a análise térmica da curva de resfriamento de uma amostra de metal colhida
forno/panela e vazada em uma cápsula de análise com telúrio com função de sub resfriamento (ITALCARB 'K' - U).
Através das temperaturas dos patamares de "Liquidus" e "Solidus" nos indicam com excelente precisão, o teor de
carbono equivalente, o teor de carbono total e silício presentes no banho fundido em menos de 3 minutos, na
plataforma do forno.
 A cápsula de análise Térmica é conectada ao CARBOMAX II através de um Receptáculo tipo 'K' montado em um
suporte (pedestal) e ligada a um cabo de extensão tipo 'K'.
 A operação do CARBOMAX II é bastante simplificada e os parâmetros para detecção dos patamares são pré-
estabelecidos na fábrica e protegidos por uma memória não volátil, permitindo que o equipamento seja do tipo
"plugue e use". Não requer mão de obra especializada para operá-lo e o tempo de resposta é muito inferior se
comparado a outros métodos tão confiáveis quanto o CARBOMAX II. Isto proporciona ao fundidor, um maior ganho
de produtividade, reduzindo os tempos de espera e correção do material.

18
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
Principais aprimoramentos nas características do CARBOMAXII em relação ao CARBOMAX 2000.
 - Principais aprimoramentos nas características do CARBOMAX II em relação ao CARBOMAX 2000 e possibilidade
de troca do CARBOMAX 2000
 O novo CARBOMAX II foi concebido visando simplificar ainda mais o CARBOMAX 2000 em sua operação,
utilizando-se dos recursos tecnológicos da eletrônica, ou seja, componentes atuais e mais confiáveis. Em termos de
aplicação, ambos destinam-se ao mesmo propósito, sendo que foi adicionado alguma funções no modelo II, como:
display de cristal liquido para acompanhamento da medição e indicação dos patamares de Líquidos e Sólidos, além da
temperatura de pico, que auxilia na melhor pratica de amostragem, informando quando há temperatura baixa de
vazamento, que compromete o resultado; Tabela de erros; Armazenamento das 100 ultimas medições, Possibilidade
de 4 pré-ajustes de Carbono e Silício e teclas frontais para seleção A1, A2, A3 e A4; Indicação do Carbono
equivalente antes dos demais resultados; Saída para impressora ou computador via RS485; Alimentação full range (90
a 260V), além do design mais moderno e gabinete vedado.
 A ITALTERM presta, desde 1985, total assistência técnica e suporte ao cliente na operação e manutenção de seus
equipamentos. O CARBOMAX II possui uma garantia de fabricação de 1 ano e assistência técnica permanente.
 Para informações adicionais, não hesite em contatar-nos através dos canais disponíveis de telefone, fax/e-mail e
também em nosso site na internet www.italterm.com .
 Garanta a confiabilidade do sistema utilizando os sensores ITALCARB 'K' - U da ITALTERM.

19
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
DESCRIÇÃO GERAL
Identificação do painel frontal
 1 - display de indicação de 3 dígitos, tipo LED de alta intensidade,
indicativo da análise do material(%CE, %C e %Si).
 2 – display LCD indicativo de patamares de temperatura, status de
medição e configuração do instrumento.
 3 – Botões de configuração.
 4 – Botões de ajuste de %CE, %C e %Si da análise do material.
 5 – Manípulo para ajuste de ângulo da caixa.
 6 – Entrada do Termopar.
 7 – Saída RS 485 (comunicação impressora).
 8 – Saída para sinalização externa.
 9 – Entrada de alimentação (full range–85 a 264 Vca).
 10 – Porta fusível (usar somente fusível 1A).
 11 – Chave liga e desliga.
 12 – Suporte da caixa.

20
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
CONFIGURAÇÃO
Configuração inicial

Tela de visualização da análise


Essa tela indica os valores de temperatura dos patamares da análise, parâmetros de ajuste de %CE, %C
e %Si (veja ajuste de parâmetros), data, hora, erros ocorridos durante a análise e permite a entrada nas
telas de ajuste de lote e histórico.

Tela de ajuste de número de lote


Para visualização desta tela, pressione o botão abaixo de sua respectiva indicação no display. O
número de LOTE deve ser programado de acordo com a conveniência do cliente, e pode ser
considerado por exemplo como identificação da corrida do metal que está sendo feita a análise,
ou pode indicar o conjunto de medidas em uma determinada situação. Este número é
alfanumérico.
Para modificar os valores, use os botões “UP” e “DOWN”. O ajuste inicia-se sempre pelo
caractere da direita, sendo que para passar para o próximo pressione o botão “ENT”.
Finalizando o ajuste, pressione “ENT” até voltar para a tela de visualização da análise.

IMPORTANTE: Caso pressione o botão “ESC” durante qualquer momento do ajuste, o display
voltará para a tela de visualização da Análise, porém sem salvar os parâmetros necessários.
21
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
CONFIGURAÇÃO
Configuração inicial

Tela de visualização de histórico


Nesta tela é possível o operador visualizar as análises efetuadas anteriormente.
Para visualização desta tela, pressione o botão abaixo de sua respectiva indicação no display. O
instrumento tem memória com capacidade de armazenamento de 100 análises, independente de sua
data de execução. Sendo apagada a mais antiga para a memorização da mais nova.

Menu de configuração de setup


O CARBOMAX II possui um menu de acesso restrito, que é configurado somente por usuários de nível avançado.
Para entrar neste menu, mantenha pressionados simultaneamente os dois botões superiores esquerdos na frontal do instrumento.
Para percorrer todos os parâmetros de configuração, utilize os botões conforme indicado na própria tela do instrumento.

Menu de configurações
Essa tela indica os parâmetros que podem ser configurados em nível de usuário avançado.

22
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
CONFIGURAÇÃO
Configuração inicial

Parâmetros de Ajuste
Nesta tela são configurados os ajustes de %CE, %C e %Si..
Podem ser memorizados até 4 valores de ajustes diferentes.

IMPORTANTE: Para utilizá-los durante a análise, estão disponíveis a nível de operador, os botões
de acesso rápido A1, A2, A3 e A4, localizados na frontal do instrumento. Pressione o ajuste
memorizado desejado durante 3 segundos e o ajuste selecionado será indicado na parte inferior
esquerda da Tela de visualização da análise.

Ajuste de data e hora


Estes parâmetros devem sempre estar atualizados para identificação de histórico e impressão das
análises.

23
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
CONFIGURAÇÃO
Configuração inicial

Calibração
Usada somente pelo pessoal técnico para ajuste dos valores de calibração do instrumento.

Unidade
Configuração de unidade de temperatura ºC
(Celsius) ou ºF (Fahrenheit).

Contraste
Ajuste para melhor visualização do display.
Em escala de 1 a 5, este deve ser selecionado levando em conta a iluminação do local de instalação.

24
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
IMPORTANTE: Em qualquer tela para memorizar uma mudança de parâmetro, pressione o botão “ENT”, essa
confirmação é indicada quando o display retorna ao menu anterior. Caso for pressione o botão “ESC”, ele também
retornará ao menu anterior, porém sem memorizar a mudança de parâmetro.

ATENÇÃO: Alguns parâmetros já vêm pré-configurados de fábrica, sendo eles:


• UNIDADE – Unidade de medição de temperatura (º C ou °F);
• CALIBRAÇÃO – Modo de execução do ajuste de calibração;
• DATA E HORA – Modo de ajuste da data e da hora local.

 Esses parâmetros deverão ser alterados somente por pessoal treinado e autorizado pelo cliente. O parâmetro
“AJUSTE” deverá ser ajustado conforme a necessidade do cliente.

25
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
ESPECIFICAÇÕES
Características elétricas
 INDICAÇÃO: Resultado da análise: display 7 segmentos com 3 dígitos display de Configuração: LCD gráfico com
iluminação automática
 RANGES / SINAL DE ENTRADA: Temperatura: 1000ºC à 1400ºC Análise do metal: CE: 3,20% à 4,65%
 RESOLUÇÃO: Temperatura dos patamares: 1ºC Análise do metal: 0,01%
 ESTABILIDADE DE CALIBRAÇÃO: 0,01ºC / ºC + 2ºC / ano
 IMPEDÂNCIA DE ENTRADA: Maior que 1 MW
 COMPENSAÇÃO DA JUNTA FRIA: Automática por semicondutor.
 CONDIÇÕES DE TRABALHO: Temperatura ambiente de 0ºC a 50ºC.
 ALIMENTAÇÃO: Full range: 85 ~264 VAC (47 ~63 Hz).
 CONSUMO: Máximo 50VA, incluindo-se opcionais.
 PRECISÃO: +/- 0,5% do Span
 FUSÍVEL: 1A
 COMUNICAÇÃO RS 485: 9600 baud rate; 8 bits (dados); 1 paridade; 1 stop; 1 start.

Características construtivas
 DIMENSÕES: 265 mm x 370 mm x 160 mm.
 PESO: 4,5 Kg.
 FIXAÇÃO: Por parafuso (Veja desenho furação para fixação).

26
5. APRESENTAÇÃO DO CARBOMAX II.
Características técnicas da impressora
 MÉTODO DE IMPRESSÃO: Matricial  TABELA DE CARACTERES: ASC II
 NÚMERO DE COLUNAS: 20  INTERFACE DE COMUNICAÇAO: RS 232 C

EXEMPLO CARBOMAXII RESPOSTA LABORATÓRIO RESPOSTA

1 % CE: 4,21 2m25s % CE: 34min


%C:3,55 %C: 3,57
%Si: 2,11 %Si: 2,06
2 % CE: 4,47 2m35s % CE: 27min
%C: 3,98 %C: 3,98
%Si: 1,66 %Si: 1,60
3 % CE: 4,54 2m35s % CE: 35min
%C: 4,00 %C: 4,02
*Com ajuste de silício no CARBOMAX II
%Si: 1,83 %Si: 1,82

Conclusão: O CARBOMAX II é uma excelente ferramenta auxiliar para a correção do banho e agilizar o vazamento, desafogando o
laboratório e economizando tempo e energia.

 Benefícios na utilização do CARBOMAX II para Análise de carbono, silício e carbono equivalente. Possibilitar a:
 Execução do calculo de carga e Análise dos resultados.
 Correção do banho antes do vazamento do forno.
 Análise das perdas de carbono e silício durante o processo de fusão.
 O tempo de resposta dos resultados em menos de 3 minutos na plataforma do forno muito inferior à outros métodos
diminuindo os tempos de fusão.
 Operação de mão de obra não especializada.
27
 Resultados com excelente precisão.
 Baixo custo de investimento e manutenção.
 Satisfação do cliente, quanto à repetitividade do produto.
6. ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS,
FERRO BICA E PRODUTO
6.1. Introdução
 Todos os materiais produzidos devem estar de acordo com as especificações fornecidas pelo Cliente por meio de
desenhos ou normas no que diz respeito a sua composição química, propriedades mecânicas e estrutura metalográfica.
 Adota-se normalmente, quatro normas públicas que atendem as especificações solicitadas por cada cliente em
particular.
 Observações:
 Existem outras normas que por solicitação do cliente são adaptados àquelas adotadas.
 Exemplo:
 Norma NF: França

 Norma UNI: Itália

 Norma JIS: Japão

 Norma BS: Inglaterra

 Norma ISO: Internacional

 Uma vez estabelecida à norma do material é especificado pelo Departamento Técnico a faixa de dureza Brinell e
a composição química para cada peça produzida.

28
6. ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS,
FERRO BICA E PRODUTO
6.2. Classes de Materiais Especificados nesse Trabalho

6.3. Tabela de Materiais para o Ferro Fundido Nodular

29
6. ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS,
FERRO BICA E PRODUTO
6.4. Tabela de Materiais para o Ferro Fundido Cinzento

Observações relativas às tabelas para o ferro fundido nodular e cinzento


Os resultados constantes nestas tabelas são obtidos através de corpos de prova. Nas peças os valores são influênciados pela
forma, tamanho e resfriamento dos fundidos;
Os resultados dos ferros nodulares-ferríticos D4018, GGG-40, ASTM 60-40-18, FE 38017, são obtidos mediante tratamento
térmico de ferritização (recozimento pleno).
30
6. ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS,
FERRO BICA E PRODUTO
6.5. Composição Química dos Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares (Indicativo) Material e Características –
Ferro Produto

Composição Química - % (Indicativo)


Classe Seção Carbono Silício Manganês Fósforo Enxofre (S) Magnésio Cobre Cromo Carbono
média (C) (Si) (Mn) (P) (Mg) (Cu) (Cr) Equiv.
(mm) (Ceq)
1NOD. < 13 3,5 – 3,7 2,6 – 2,8 0,10 Max 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,080 0,15 Max 0,05 Max 4,3 – 4,5
Ferritico 13 – 50 3,4 - 3,6 2,4 – 2,8 0,15 Max 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,15 Max 0,05 Max 4,2 – 4,4
Predom. > 50 3,4 – 3,6 2,4 – 2,8 0,20 Max 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,15 Max 0,05 Max 4,2 – 4,4
2NOD. < 13 3,5 – 3,7 2,6 – 2,8 0,30 / 0,40 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,20 / 0,40 0,06 Max 4,3 – 4,5
Ferritico 13 – 50 3,4 – 3,6 2,4 – 2,8 0,30 / 0,40 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,20 / 0,40 0,06 Max 4,2 – 4,4
Perlitico > 50 3,4 – 3,6 2,4 – 2,8 0,30 / 0,40 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,20 / 0,40 0,06 Max 4,2 – 4,4
3NOD. < 13 3,5 – 3,7 2,4 – 2,6 0,30 / 0,50 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,30 / 0,70 0,07 Max 4,3 – 4,5
Perlitico 13 – 50 3,4 – 3,6 2,3 – 2,5 0,30 / 0,50 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,30 / 0,70 0,07 Max 4,2 – 4,4
Predom. > 50 3,4 – 3,6 2,3 – 2,5 0,30 / 0,50 0,08 Max 0,015 Max 0,035/0,050 0,30 / 0,70 0,07 Max 4,2 – 4,4
4CINZ. < 13 3,5 – 3,7 2,4 – 2,6 0,40 / 0,60 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,20 Max 0,10 Max 4,2 – 4,4
Ferritico 13 – 50 3,4 – 3,6 2,2 – 2,4 0,50 / 0,70 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,30 / 0,50 0,10 Max 4,1 – 4,3
Predom. > 50 3,3 – 3,5 2,0 – 2,2 0,50 / 0,70 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,40 / 0,60 0,10 Max 4,0 – 4,2
5CINZ. < 13 3,2 – 3,4 2,0 – 2,2 0,50 / 0,70 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,20 Max 3,9 – 4,1
Perlitico 13 – 50 3,1 – 3,3 1,9 – 2,1 0,60 / 0,80 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,20 Max 3,8 – 4,0
Ferritico > 50 3,1 – 3,3 1,7 – 1,9 0,60 / 0,80 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,20 Max 3,7 – 3,9
6CINZ. < 13 3,1 – 3,3 1,7 – 1,9 0,60 / 0,80 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,40 Max 3,7 – 3,9
Perlitico 13 – 50 3,0 – 3,2 1,6 – 1,8 0,70 / 0,90 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,40 Max 3,6 – 3,8 31
Predom. > 50 3,0 – 3,2 1,5 – 1,7 0,70 / 0,90 0,12 Max 0,05 / 0,12 - 0,80 / 1,00 0,40 Max 3,5 – 3,7
6. ESPECIFICAÇÕES DOS FERROS FUNDIDOS,
FERRO BICA E PRODUTO
6.6. Composição Química dos Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares (Indicativo) Material e Características –
Ferro Bica

Composição Química - % (Indicativo) – Ferro Bica - CARBOMAX


Classe Secção média Carbono Silício (Si) Carbono Equiv. (C eq.) Observação
(mm) (C) 2,0% Liga 1,6% Liga 2,0% Liga 1,6% Liga  Os percentuais de Si,
< 13 3,60 - 3,80 1,70 – 1,90 1,90 – 2,10 4,20 – 4,30 4,30 – 4,40 Mn, P e S devem se
1 manter no ferro
13 – 50 3,50 – 3,70 1,50 – 1,80 1,70 – 1,90 4,10 – 4,20 4,20 – 4,30
NOD. produto.
> 50 3,50 – 3,70 1,60 – 1,80 170 – 1,90 4,10 – 4,20 4,20 – 4,30  Considera-se uma perda
2 < 13 3,60 – 3,80 1,70 – 1,90 1,90 – 2,10 4,20 – 4,30 4,30 – 4,40 de 0,10% de Carbono
NOD. 13 – 50 3,50 – 3,70 1,60 – 1,80 1,70 – 1,90 4,10 – 4,20 4,20 – 4,30 (C) durante a
> 50 3,50 – 3,70 1,60 – 1,80 1,70 – 1,90 4,10 – 4,20 4,20 – 4,30 nodularização.
3 < 13 3,60 – 3,80 1,60 – 1,80 1,60 – 1,80 4,10 – 4,20 4,20 – 4,30
NOD. 13 – 50 3,50 – 3,70 1,40 – 1,60 1,50 – 1,70 4,0 – 4,10 4,10 – 4,20
> 50 3,50 – 3,70 1,40 – 1,60 1,50 – 1,70 4,0 – 4,10 4,10 – 4,20
4 < 13 3,55 – 3,75 2,25 – 2,45 4,30 – 4,50  Considera-se uma perda
CINZ. 13 – 50 3,45 – 3,65 2,05 – 2,25 4,10 – 4,30 de 0,05% de carbono no
> 50 3,35 – 3,55 1,85 – 2,05 4,00 – 4,20 ferro produto.
 Considera-se uma
5 <13 3,25 – 3,45 1,85 – 2,05 4,00 – 4,20 inoculação de 0,3% de
CINZ. 13 – 50 3,15 – 3,35 1,75 – 1,95 3,80 – 4,00 ferro Silício com 50%
> 50 3,15 – 3,35 1,55 – 1,45 3,70 – 3,90 de rendimento no ferro
6 <13 3,15 – 3,35 1,55 – 1,5 3,70 – 3,90 produto.
CINZ. 13 – 50 3,05 – 3,25 1,45 – 1,65 3,60 – 3,80 32
>50 3,05 – 3,25 1,35 – 1,55 3,50 – 3,70
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.1. Definição
 Matérias-Primas correspondem aos materiais que compõem as peças fundidas, exemplo: ferro gusa, sucata, etc.
Insumos correspondem aos materiais que participam indiretamente na fabricação das peças fundidas. Exemplos:
energia elétrica, refratários, escorificantes, etc.

7.2. Utilização das matérias-primas


 Existem muitas opções na utilização destes materiais que dependem do tipo do forno utilizado, da qualidade do
produto, da disponibilidade dos materiais e do custo do ferro fundido produzido.

7.3. Matérias-primas
 A seguir vamos relacionar as principais matérias-primas utilizadas na fusão e seus efeitos nas propriedades dos ferros
fundidos cinzentos e nodulares.

33
7.MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.1. Ferro Gusa
 O ferro gusa constitui a melhor matéria-prima de que se dispõe para a produção do ferro fundido cinzento e nodular, qualquer que
seja o equipamento de fusão disponível. É uma excelente fonte de carbono e silício, além de ser em geral homogêneo, denso e de
baixa concentração de elementos residuais, principalmente o ferro gusa obtido de alto forno à carvão vegetal. Em fornos elétricos
de indução e cubilô, é muitas vezes recomendado o seu uso de pelo menos cerca de 20% nas cargas e nos fornos rotativos 50%.
Suas vantagens residem no fato de possuir alta densidade, favorecer a dissolução da sucata de aço servir como fonte de carbono e
também favorecer a grafitização, por incrementar a intensidade da nucleação do banho. Além disso, não necessita de limpeza
adicional para ser carregado, o que é, também uma ótima contribuição para uma maior durabilidade do revestimento refratário.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA ( %)
ELEMENTO COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO TIPÍCA COMPOSIÇÃO TIPÍCA Observações
DISPONÍVEL F.F ° CINZENTO F.F °NODULAR
Carbono (C) 3,60 / 4,20 3,80 / 4,00 4,0min. A partir do cálculo de
Silício (Si) 0,50 / 3,50 2,50 / 2,70 1,50 / 1,70 carga do forno estas
Manganês (Mn) 0,05 / 1,00 0,60 / 0,80 0,10 max. composições devem
Fósforo (P) 0,05 / 0,15 0,12 max. 0,08 max. ser definidas.
Enxofre (S) 0,01 / 0,10 0,05 max. 0,015 max.

Nota: Percentagens limites para os elementos subversivos. Titânio (Ti) = 34


0,04 Max; Antimônio (Sb) = 0,01.
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.2. Sucata de Aço
 São sobras, geralmente em forma de chapas, aparas, canos, perfis, estruturas, etc, gerados pelos processos de
estampagem, prensagem, forjaria, recortes e são recebidas em lotes diferenciados com composição química conhecida
(Ex: Aço 1010, 1020, 1030, 1045, etc).
 A sucata de aço não sendo utilizada normalmente nos fornos rotativos é empregada como componente das cargas em
fornos à indução até 50% ficando limitada a % de manganês nos ferros nodulares, e no cubilô (até 15%). Seu uso é
desejável além da facilidade de incorporar os elementos de liga, tem um custo inferior ao ferro gusa. A sucata mais
desejada é a de estamparia na forma de pacotes prensados para os fornos à indução.
 Atenção: deve ser evitada a contaminação do banho com sucatas contendo Alumínio (revestimento), titânio (tintas),
chumbo (tintas, misturas com metais não ferrosos, revestimentos, etc) e estanho (chapas galvanizadas).

COMPOSIÇÃO QUÍMICA MEDIA DAS SUCATAS DE AÇO AO CARBONO (NÃO LIGADO)


Material SAE % Carbono (C) % Manganês (Mn) % Silicio (Si) % Fósforo (P) % Enxofre (S)
1010 0,10 0,30 0,20 0,04 0,03
1020 0,20 0,40 0,20 0,04 0,03
1030 0,30 0,50 0,20 0,04 0,03
1045 0,45 0,70 0,20 0,04 0,03
1060 0,60 0,70 0,20 0,04 0,03

35
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.3. Sucata de Ferro Fundido
 Corresponde a sucata de peças adquiridas de terceiros utilizado na elaboração dos ferros fundidos cinzentos e
nodulares. Normalmente não devem ser aplicadas para o ferro fundido nodular devido a presença de elementos
nocivos que inibem a formação da grafita esferoidal, como Chumbo, Titânio, Alumínio, Bismuto, Antimônio, Boro e
para o ferro cinzento com composições conhecidas.
COMPOSIÇÕES TÍPICAS
%C %Si %Mn %P %S %Cr %Cu
Blocos de motor 3,20 2,25 0,65 0,10 0,08 0,15 ––––
Tambor de freio 3,50 1,90 0,65 0,10 0,08 0,25 0,80
Camisa de cilindro 3,40 2,20 0,65 0,10 0,08 –––– 0,80
Disco de freio 3,40 1,90 0,65 0,10 0,08 –––– 0,80
Polias 3,40 2,40 0,65 0,10 0,08 –––– ––––
Sucata de F.F° Nodular 3,50 2,60 0,30 0,08 0,02 –––– 0,10
7.3.4. Canais de retorno de Ferro Fundido
 Os canais de retorno de ferro fundido constituem uma matéria-prima de excelente qualidade, uma vez que a sua
composição química é a que geralmente mais se aproxima daquela especificada para o banho líquido. A porcentagem
de sucata de retorno a ser utilizada é função, logicamente, da quantidade de sucata de retorno gerada em uma
determinada fundição e da disponibilidade de custos de outros materiais que compõem a carga. Salienta-se, que no
caso de uma fundição fabricar vários tipos de liga, é necessário um controle de cada tipo de retorno para evitar
contaminações do banho metálico e suas conseqüências na qualidade das peças fundidas.

36
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.5. Cavacos de aço e cavacos de ferro fundido (limalha)
 Numerosas fundições geram cavacos de ferro fundido ou de aço, ou então situam-se nas vizinhanças de indústrias que
o fazem. Visa-se, com sua utilização, principalmente a redução de custo da carga uma vez que seu preço geralmente é
muito inferior ao da sucata de aço ou de ferro fundido. No forno cubilot e rotativo necessitam de serem briquetadas, já
nos fornos a indução podem ser usados soltos desde que estejam isentos de óleo e/ou água, de partes oxidadas,
normalmente são utilizados percentuais de até 20%.

37
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.6. Carburantes
 Muito empregado quando se utiliza sucata de aço nas cargas e para carburação em fornos rotativos. Os carburantes
foram classificados por Moore como “grafíticos” e “não grafíticos”.
 Os “grafíticos” são geralmente provenientes de usinagem de eletrodos de grafite de alta pureza e cristalinidade,
podendo ser obtidos sinteticamente, a partir de grafites naturais. Os “não grafíticos” são produzidos a partir da
calcinação de resíduos de refinaria de petróleo (coque de petróleo), coques de fundição ou eletrodos de grafite com
menor teor de carbono fixo, sendo menos cristalinos que os outros anteriormente citados ou ainda amorfo. Nesta
ultima classe estão os carvões vegetais e o carbureto de silício, que é considerado por alguns o produto de adição mais
importante em cubilôs e fornos elétricos na fabricação de ferro fundido cinzento e nodular, agindo como fonte de
carbono e de silício e influenciando o poder nucleante do banho. Na elaboração dos ferros fundidos nodulares deve-se
cortar o uso de carburantes não grafíticos que apresentem alto teor de enxofre com a conseqüente formação de grafita
degenerada.
 O rendimento das adições dos carburantes é de 80% a 90% sobre o carbono contido (que varia de 80 à 99%) nos
fornos a indução e de 30 à 40% nos fornos rotativos. Apresenta-se sob a forma granulada ou em escamas

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS PRINCIPAIS CARBURANTES


Tipo do Carburante % C fixo % Si %N %S
Grafite Sintético 99,30 –––– 0,005 0,050
Grafite Natural Cristalino 86,30 –––– 0,060 0,35
Coque Petróleo Calcinado. BE 98,00 –––– 0,080 0,30
Carbureto de Silício Metalúrgico 30,00 63,00 0,030 0,001 38
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.7. Ferro Silício 45 e 75% em Pedras
 Utilizado para ajustar o teor de silício para a composição desejada durante a fusão sendo um agente ferritizante. Dilui-
se facilmente no banho e seu rendimento sobre a liga é de aproximadamente 80% sobre o silício contido na liga.
Deve-se limitar o teor de alumínio presente na liga em 1,0% max. para evitar a formação de pinholes (porosidades).

7.3.8. Ferro Silício 75% Granulado (0,3 À 3,0mm)


 Utilizando como um inoculante comum e para ajuste da composição química na panela de vazamento estas adições
variam de 0,3 à 0,5%.

39
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.9. Inoculantes: Granulometria (0,3 à 3,0mm)
 São ligas de ferro silício contendo elementos como Cálcio, Bário, Estrôncio que em variadas proporções beneficiam a
formação de ferrita, perlita, distribuição da grafita e reduzem a formação da cementita.
 O cálcio é efetivo para promover a formação de núcleos da grafitização e é um poderoso desoxidante e dessulfurante.
O Bário tende á aumentar a velocidade de crescimentos dos núcleos de grafita e aumenta o tempo de ação do
inoculante na panela.

COMPOSIÇÕES TÍPICAS DE INOCULANTES (%)


Ferro Fundido Cinzento Ferro Fundido Nodular
Si 60 – 67 74 - 79
Ca 1,0 – 1,5 0,8 – 1,3
BA 2,0 – 2,5 0,8 – 1,3
Mn 5,0 – 8,0 ––––
Al 0,75 – 2,0 1,3 max

40
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.10. Ferro Manganês - 75% (Alto Carbono)
 Utilizado em pedras para ajustar o teor de manganês para a composição desejada durante a fusão dilui-se facilmente e seu
rendimento é de aproximadamente 60%. Utilizado em forma de pó para adição na panela com boas condições de diluição em
teores inferiores à 0,5% com rendimento de 50% sobre a liga.
 O manganês aumenta a dureza e resistência com formação de perlita, porém se utilizado em excesso (acima de 0,8% para Ferro
Fundido Cinzento e 0,5% para Ferro Fundido Nodular) prejudica a usinabilidade e provoca coquilhamento (cementita) e pontos
duros nas peças por segregação.

Nota: O Ferro Manganês de baixo carbono (1,0% max.) é normalmente utilizado na produção de aços e ferros brancos de alta liga
(maior custo).

COMPOSIÇÃO TÍPICA DO FERRO MANGANÊS AC (%)


Mn:70 – 78
Si:0,50
C:5 - 8 41
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.11. Ferro Silício Magnésio ou Liga Nodularizante
 Utilizada para a fabricação do Ferro Fundido Nodular exclusivamente com o objetivo de alterar a forma da grafita de lamelar
(F.F°. Cinzento) para esferoidal (F.F°. Nodular). Um residual de Magnésio na ordem de 0,030 à 0,060% promove este efeito sem
conseqüências prejudiciais na matriz. Acima do limite de 0,06% provoca a formação de grafita degenerada e a formação de
carbonetos. Abaixo de 0,030 provoca a formação de grafita lamelar ou vermicular. Outros elementos contidos na liga como o
Cerio (Terras Raras) e Cálcio em conjunto reduzem o coquilhamento, neutralizam elementos nocivos (Pb, Bi, As, Sb e Ti) e
aumentam o tempo de ação da liga na panela de vazamento.

 A granulometria da liga é definida em função da quantidade de metal contido na panela de vazamento e o formato da mesma com
as seguintes faixas granulométricas (indicativo):
 01 à 06mm: Panelas até 100kgs  10 à 25mm: Panelas acima de 500kg
 06 à 12mm: Panelas até 500kgs
 Composição química das ligas nodularizantes mais comercializadas, principalmente devido ao menor custo quando comparadas
com ligas contendo níquel ou altos percentuais de Terras Raras.

COMPOSIÇÕES TÍPICAS DE LIGAS NODULARIZANTES


Liga Número 04 Liga Número 01
Si 43 – 48 43 – 48
Ca 0,8 – 1,3 0,8 – 1,3 42
Mg 5,0 – 7,0 8,0 – 10,0 Nota: A Liga Número 01 provoca uma reação
Tr (Ce) 0,8 – 1,1 0,8 - 1,1 mais violenta e normalmente utilizada em
Al 1,2 máx. 1,2 máx. panelas de reação com tampa.
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.12. Nucleantes
 Utilizado para a formação dos núcleos de grafita e diminuição da oxidação do banho melhorando a sua qualidade é adicionado no
banho líquido do forno um pouco antes do vazamento, atuando também como um carburante. Contem aproximadamente 60% de
silício, 6,0% de cálcio e 15% de carbono, com granulometria de 0,35 a 3,0 milímetros.
 As percentagens adicionadas variam de 0,3 a 1,0%.
 Nota: É comercializado com nomenclaturas Grafaloy, Inofor e outros.

7.3.13. Ferro Cromo – Alto Carbono


 Utilizado em pequenas percentagens de 0,10 à 0,30% para o aumento da resistência e formação de perlita fina nos ferros fundidos,
teores mais altos promovem a formação de carbonetos coquilhamento).
 As adições de ferro cromo nestes pequenos teores podem ser feitas na panela ou na bica do forno devido a alta oxidação do cromo
quando carregado no forno. O rendimento de adição nas panelas podem atingir 80 à 90 do cromo contido na liga.
 A liga pode ser fornecida em pedras para a adição no forno ou granuladas de 0,3 a 3,0mm para adições na panela.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE FERRO CROMO AC (%)


Cr 55 – 60
C 6–9
S 0,025max 43
P 0,035max
Si 5,0max
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.14. Ferro Molibdênio – Granulometria 1,0 a 3,0mm
 Utilizado para aumentar efetivamente a resistência à tração, a dureza e o módulo de elasticidade. É adicionado em
teores de 0,30 à 0,50%. Apresenta baixa tendência para formar carbonetos e extensa utilização para aumentar as
propriedades à temperatura elevada.
 Em geral é adicionado no forno em forma de pedras e na panela com granulometria de 1,0mm a 3,0mm, apesar do alto
ponto de fusão, dissolve-se facilmente na panela. É pouco oxidável, apresentando rendimento acima de 80% sobre o
molibdênio contido.
 Normalmente não é utilizado isoladamente devido ao alto custo.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO MOLIBDÊNIO


Mo 60 – 65
C 0,10max
P 0,10max
S 0,15max
Si 1,50max
Cu 1,00max

 Outros Ferro Ligas utilizadas na fundição para a produção de Ferros Fundidos Especiais:
 Ferro Vanadio: efeito similar ao molibdênio, teores limitados à 0,20%;
 Ferro Titânio: atua como grafitizante em baixos teores para Ferro Fundido Cinzento.

44
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.15. Metais Puros – Cobre, Estanho e Níquel
 Diluem-se facilmente no banho e são utilizados na condição de metal puro.
Cobre:
 Utilizado como grafitizante na solidificação e promovedor na formação da perlita no estado sólido elevando a resistência,
e a dureza nos ferros fundidos cinzentos e nodulares, evitando a formação de zonas conquilhadas e diminuindo o
alongamento nos ferros nodulares. As adições variam de 0,5 á 1,0%.
 Apresenta-se sob a forma de cobre puro de preferência cobre eletrolítico (fios, cabos, condutores de eletricidade), já que o
emprego de cobres refundidos pode acarretar a introdução do chumbo, antimônio, estanho, arsênico, etc., que provocam
deterioração nas propriedades mecânicas.

 A adição de cobre pode ser feita na panela de vazamento, na bica ou no forno em face do baixo ponto de fusão o cobre
dissolve-se facilmente no forno fundido líquido. No caso de adição na panela não se recomenda colocá-lo no fundo, pois
devido à densidade elevada pode não haver homogeneização completa, deve ser adicionado em pequenos pedaços na
panela quando esta já possui certa quantia de metal líquido. O rendimento de adição de cobre é acima de 90% e nos
canais de retorno a recuperação é quase total.
 Quando se deseja aproveitar o efeito da ação isolada do cobre na resistência á tração, recomenda-se uma redução do teor 45
de silício em 0,25% para cada 1,0% de cobre adicionado devido ao seu efeito grafitizante.
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.15. Metais Puros – Cobre, Estanho e Níquel
Níquel
 É um elemento grafitizante médio e assim como o cobre diminui a formação de carbonetos na solidificação. Durante o
resfriamento no estado sólido (eutectoide) atua como perlitizante e como conseqüência aumenta dureza e a resistência á tração. As
adições variam normalmente de 0,5 a 2,0%, sendo usadas principalmente para contrabalançar o efeito de estabilizador de
carboretos do cromo, molibdênio e vanádio. É caro e raramente é usado separadamente.
 Apresenta-se normalmente sob a forma de esferas, pequenos pedaços ou briquetes, e mais raramente como Ferro Níquel. As
adições podem ser feitas na panela em quantidades até 2,0% quando se dissolve facilmente e o processo de adição e o rendimento é
semelhante ao do Cobre.

Estanho
 O Estanho atua como forte estabilizador de perlita, sem apresentar tendência a formação de carbonetos na solidificação e modificar
a forma de grafite. Atua com efeito semelhante ao Cobre na proporção de 1 para 10 ( 1 parte de Estanho = 10 partes de Cobre. As
adições estão limitadas a 0,10%, acima destes teores provocam fragilidade no material.
 Como as quantidades adicionadas são baixas, as mesmas são feitas na panela ou na bica de forno. O estanho funde rapidamente, é
facilmente homogeneizado pela própria turbulência no jato do metal.

46
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.16. Coque e Calcário – Matérias-Prima para o Forno Cubilô
Coque
 O êxito na marcha de operação do cubilô, depende de uma série de fatores, dentre eles um dos mais importantes é a
qualidade do coque. Alterações na qualidade do coque podem promover interferências significativas na temperatura
do ferro fundido, na carburação e no teor de enxofre da liga fundida.
 É desejável que, o coque de fundição seja, de difícil combustão, de tamanho grande (80-120mm) e de baixa
reatividade. Constitui-se, também, características importantes, do coque de fundição: o teor de cinzas, o teor de
enxofre, o teor de materiais voláteis, teor de carbono fixo e a resistência mecânica.

 Em cubilô ácido de 40 a 50% do enxofre do coque passa para o ferro fundido. Dessa forma, em ferros fundidos que se
exige baixo enxofre, o teor deste elemento varia de 0,6 a 1,4%.
 O teor de carbono fixo do coque é um fator determinante do seu poder calorífico. Quanto mais elevado o teor do
carbono fixo, mais alto é o poder calorífico do coque e maior tende a ser o potencial de carburação. Só o teor de
carbono fixo deveria ser superior a 85%.
 Todos os coques possuem em menor ou maior quantidade resíduos não combustíveis, que se constituem nas cinzas e
que devem ser escorificadas no interior do forno. Quanto mais elevado o teor de cinzas, tanto mais baixa a qualidade
do coque. Teores de cinzas abaixo de 10% não chegam a causar influência significativa no processo de fusão. Os 47
coques em geral tem teor de cinzas entre 8 e 15%. A quantidade de matérias voláteis é um indicativo de estado de
coqueificação. Geralmente o teor de voláteis situa-se abaixo de1%, teores mais elevados, indicam que houve
coqueificação deficiente.
7. MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADA NA FUSÃO
7.3. Matérias-primas
7.3.16. Coque e Calcário – Matérias-Prima para o Forno Cubilô
Calcário
 O emprego de calcário no forno cubilô como se sabe tem por finalidade abaixar a temperatura de fusão da escória primária,
formada pela escorificação da cinza do coque, partículas de refratário, óxidos e areia de retorno.
 A adição de CaO, sob forma de calcário, promove uma boa condução metalúrgica do forno, principalmente no que se refere a
fluidez da escória, e a ação desta sobre o teor de enxofre.

 As características de um bom calcário de fundição são:


1. Pureza: 90 a 95% de CaCO3
2. Sílica: 2% no máximo
3. Enxofre: 0,3% (seria ótimo de fosse 0%)
4. Tamanho: 30 a 40mm
5. Finos, pós 5%
6. Deve ser compacto e duro

 O tamanho do calcário deve variar de 30 a 40mm, pois partículas muito pequenas e poeiras são lançadas para fora do forno pela
ação dos gases. Pedaços muito grandes se dissolvem com dificuldade e podem provocar distúrbios na marcha do forno. O calcário
é carregado juntamente com o coque.

48
8. RENDIMENTO DAS ADIÇÕES
% do Rendimento da Rendimento do
Liga Elem. elem. liga na fusão % Elemento na liga % Etapa
cont. na Indução Rotativo Cubilô Indução Rotativo Cubilô
Liga

Ferro Silício Pedra Si 75 90 80 80 67 60 60 Carga Fusão


Ferro Silício Pedra Si 50 90 80 80 45 40 40 Carga Fusão
Ferro Silício Granulado Si 75 90 90 90 67 67 67 Panela
Ferro Manganês Pedra Mn 78 80 60 60 62 42 42 Carga Fusão
Ferro Manganês Granulado Mn 78 80 80 80 62 62 62 Panela
Ferro Cromo Pedra Cr 55 70 65 55 45 35 30 Carga Fusão
Grafite Sintético C 99 80 40 – 80 39 – Carga Fusão
Grafite Natural C 86 80 40 – 69 34 – Carga Fusão
Coque Petróleo C 98 80 40 – 78 35 – Carga Fusão
Carbeto de Silício C 30 90 – – 27 – – Carga Fusão
Carbeto de Silício Si 60 90 – – 54 – – Carga Fusão
Inoculante IM 22 Si 65 90 90 90 58 58 58 Panela
Inoculante IM 75 Si 75 90 90 90 67 67 67 Panela
Liga Nodulizante nº 4 Mg 6,0 40 40 – 2,4 2,4 – Panela
Liga Nodulizante nº 4 Si 45 90 90 – 40 40 – Panela
Liga Nodulizante nº 1 Mg 9,0 35 35 – 3,1 3,1 – Panela
Liga Nodulizante nº 1 Si 45 90 90 – 40 40 – Panela
Cobre Cu 100 90 90 90 90 90 90 Fusão/Panela
Níquel Ni 100 90 90 90 90 90 90 Fusão/Panela
Estanho Sn 100 90 90 90 90 90 90 Panela
Ferro Molibdênio Mo 64 80 80 80 54 51 51 Fusão/Panela
49
8. RENDIMENTO DAS ADIÇÕES
Variação média do percentual dos elementos C, Si e Mn (100%) durante a fusão da carga (Ferro Bica 1420ºC)
Forno Tipo Carbono (C) (%) Silício (Si) (%) Manganês (Mn) (%)
Indução (-) 1,5 (-) 3,0 (-) 6,0
Cubilot (+) 6,5 (-) 10,0 (-) 15,0
Rotativo (-) 12,0 (-) 12,0 (-) 25,0

 Exemplo: Se o percentual de carbono na carga do forno rotativo for 3,8%, o ferro na bica apresentará o resultado de
3,8 x (100,0 – 12,0) = 3,344 %.
100
 Se o percentual de carbono no forno a indução for de 3,8%, o ferro na bica apresentará o resultado de 3,8
x (100 - 1,5) = 3,743 %.
100
 Se o percentual de carbono no forno cubilot for de 3,8%, o ferro na bica apresentará o resultado de 3,8 x
(100 + 6,5) = 4,047 %.
100

50
9. CORREÇÃO DO BANHO LÍQUIDO – %CARBONO E
% SILÍCIO (TABELA EM EXCEL).
Na tabela (Forno Rotativo – Carbono) foi utilizado os seguintes fatores:
 Carga = 1000Kg
 % Silício no aço = 2
 % Rendimento do FeSi75 = 60
 % Rendimento do grafite = 39

Na tabela (Forno Rotativo – Silício) foi utilizado os seguintes fatores:


 Carga = 1000Kg
 % Carbono no aço = 3,5
 % Rendimento do FeSi75 = 60
 % Rendimento do grafite = 39

Na tabela (Forno À Indução – Carbono) foi utilizado os seguintes fatores:


 Carga = 1000Kg
 % Silício no aço = 2
 % Rendimento do FeSi75 = 67
 % Rendimento do grafite = 80

Na tabela (Forno À Indução –Silício) foi utilizado os seguintes fatores:


 Carga = 1000Kg
 % Carbono no aço = 3,5
 % Rendimento do FeSi75 = 67
 % Rendimento do grafite = 80

51
9. CORREÇÃO DO BANHO LÍQUIDO – %CARBONO E
% SILÍCIO (TABELA EM EXCEL).

Forno Rotativo C Forno Rotativo Si

52

Forno Indução C Forno Indução Si


9. CORREÇÃO DO BANHO LÍQUIDO – %CARBONO E
% SILÍCIO (TABELA EM EXCEL).
METODOLOGIA DO CALCULO PARA CORREÇÃO DA % DO CARBONO E SILÍCIO Calculo para a
correção da % carbono
- Diminuição da % de carbono
Adição de Aço 1010 ou 1020 e FeSi75 no forno em Kg.
Kgs Aço = 1,0 - % Carbono desejado x Kg carga
%Carbono encontrado
Kgs FeSi75 = Kg aço x % Silício no aço
% Rendimento do FeSi75

- Aumento de % de Carbono
Adição de grafite no forno Kg.
Kg Grafite = % Carbono desejado - % Carbono encontrado x Kg carga
% Rendimento Grafite

Calculo para a correção da % Silício


- Diminuição de % de Silício – adição de aço 1010 ou 1020 e grafite.
Kgs Aço = 1,0 - % Silício desejado x Kg carga
% Silício encontrado
Kg Grafite = Kg aço x % Carbono no aço
% Rendimento do grafite

- Aumento de % de Silício – Adição de ferro fundido em Kg


Adição de FeSi no ferro em Kg
Kg FeSi = % Silício desejado - % Silício encontrado x Kg Carga
% Rendimento FeSi
53
10. CALCULO DE CARGA FERRO BICA – CONTROLE %
CARBONO, %SILÍCIO E %CARBONO EQUIVALENTE
(TABELA EM EXCEL).

Forno Tipo: Indução Forno Tipo: Rotativo

54

Forno Tipo: Cubilot


11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.1. Aparelhos e dispositivos necessários.
 Pirômetro de imersão tipo – INDIMAX 2000II ou Forneiro II – Tipo S mais assessórios.
Faixa de Temperatura – 800°C - 1760°C (Aferição temperatura - Forno e panela).

 Aparelho de Análise Térmica CARBOMAX II mais assessórios – Indicador do teor (%) de Carbono, Silício e Carbono equivalente
(Forno ou antes da adição de ligas na panela)

55
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.1. Aparelhos e dispositivos necessários.
 Coletor de amostra ITAL SAMP – “F” ou coquilha para a obtenção de “moedas” para Análises espectrográficas dos elementos
constituintes dos ferros fundidos.
 Opcional: coquilhas de ferro fundido, aço ou cobre.

56
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.1. Aparelhos e dispositivos necessários.
 Coquilha para obtenção de uma moeda fundida para análise química via espectometro.

57
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.1. Aparelhos e dispositivos necessários.
 Cunhas para a verificação da altura do coquilhamento. (Item 11.2)
NBR 6846.
 Blocos “Y” para usinagem de corpos de prova para ensaio de tração, ferro fundido nodular .
NBR 6916.

58
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.1. Aparelhos e dispositivos necessários.
 Barras para usinagem de corpos de prova para ensaio a tração, ferro fundido cinzento.

Dimensões propostas (padrão normal)


Diâmetro N = 8mm
Dimensão M = 12mm
P = 40mm
L = 300mm

Nota: medidas acima conforme norma NBR 6589


59

 Durometro Brinell – Bancada (maior precisão) ou portátil tipo “Poldi” (menor precisão) (±8,0HB)
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.2. Teste de cunha para controle da qualidade do ferro base.
 Verificar somente a composição química do ferro fundido em condição para o vazamento não será o bastante para garantir a
qualidade final do metal. Diversos ferros bases com a mesma composição química podem e normalmente apresentarão condições
diferentes de nucleação do grafite. Foi demonstrado que a variação da qualidade metalúrgica do ferro resultará em peças que
microestruturas diferentes e propriedades mecânicas, tendências ao rechupe e usinabilidades variadas.
 Alterando a condição de nucleação (pré condicionando o ferro) que pode ser feita pela alteração de carga do forno e/ou pela adição
de carbono ou silício e vários elementos formadores de óxidos estáveis que contribuem para a nucleação. Todavia para medir o
efeito destas adições assim como as temperaturas e tempo de espera no forno podem ser feita somente pela analise da curva de
resfriamento e/ou pelo teste de cunha.
 Fatores que afetam o valor do coquilhamento:
 O aumento do carbono equivalente e a redução dos elementos estabilizantes dos carbonetos (Fe3C) diminuirão os valores do
coquilhamento. Se os valores do coquilhamento estiverem aumentando, fique seguro que o metal não esteja superaquecido e/ou
não esteja mantendo o banho no forno por longos períodos.
 Fratura de corpos de prova mantidos a uma temperatura de 1500ºC, respectivamente durante 1, 5, 15, 25 e 35 minutos (da
esquerda para direita), e conseqüente diminuição do carbono equivalente que podem ser monitorados pelo CARBOMAX II

Presença de uma fratura branca nos


vértices superiores significa que o
ferro fundido cinzento está oxidado.

60
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.2. Teste de cunha para controle da qualidade do ferro base.
 Corrigindo o valor do coquilhamento:
 Fratura de corpo de prova mantidos a uma temperatura de 1500ºC, respectivamente durante 1, 5, 15, 25 e 35 minutos (da esquerda
para direita).
 Corrigindo o valor do coquilhamento:
 Aumente nucleação no forno pela adição de grafite, ferro silício, carbureto de silício (forno à indução) ou compostos grafitizantes
(grafaloy, etc.) ou inoculante em pequenas percentagens (aprox. 0,3%).
 Uma pequena adição de 2,0% de gusa reduzirá o valor do coquilhamento sem alterar significativamente a composição química.
 Corpos-de-prova (Norma NBR 6846)
 Os corpos-de-prova devem ser selecionados conforme tabela 11.1. Os modelos para o corpos-de-prova devem ser metálicos e
obedecer às dimensões e formas mostradas na tabela 11.1 e figura 11.1, respectivamente. O modelo deve ser montado em uma
caixa de macho, de maneira que o macho obtido permita o vazamento por uma extremidade, e o comprimento esteja na vertical.
Deve haver no mínimo, 25mm de espessura de areia no fundo do macho.

61
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.2. Teste de cunha para controle da qualidade do ferro base.

FIGURA 11.1 - formas das


provas de cunha

Tabela 11.1 – Dimensões das Cunha nº B (mm) H (mm) A (grau) Comprimento (mm) Máximo W (mm)
provas de cunha
W1 5,0 25,0 11,5 100 2,5
W2 10,0 32,0 18,0 100 5,0
W3 19,0 38,0 28,0 100 9,5
W3. ½ 25,0 44,0 32,0 130 12,5
W4 32,0 51,0 34,5 150 16,0
Notas:
 O molde deve ser feito em areia de macho;
 Parede mínima do molde: 20mm;
 Tolerâncias gerais: ±0,8mm, exceção para o comprimento:3,0mm;
 62
O raio no vértice é obtido da seguinte maneira: inicialmente usina-se uma superfície plana medindo 0,8mm
através da eliminação do vértice pontiagudo. Em seguida, arredonda-se cuidadosamente a superfície plana.
 Se for necessário um ângulo de saída, as extremidades do molde devem obedecer às tolerâncias da alínea c.
11. PROCESSO DE AMOSTRAGEM (CUNHAS, MOEDAS,
DUREZA, ETC.).
11.2. Teste de cunha para controle da qualidade do ferro base.
Efetuando o ensaio
A amostra deve ser vazada em temperatura uniforme e o mais próximo possível d temperatura de vazamento da peça.
A concha deve ser revestida com mistura refratária (ou areia Shell aquecida) devendo estar livre de contaminação metálica.
O peso aproximado do metal é de aproximadamente 2Kg (300ml). Recomenda-se pré aquecer a concha com o ferro e enche-la
novamente para obtenção da amostra.
Preparação da amostra
Amostra pode ser resfriada em água assim que estiver completamente sólida, ou resfriada tanto no molde ou ao ar livre. No
primeiro caso o resfriamento deve ser feito fixando-se a amostra com uma tenaz, imergindo-a em água cerca de 6 a 12 mm da base
da cunha, a qual deve ser gradativamente resfriada. Imergindo-a completamente, mas removida com calor necessário para secagem
na temperatura ambiente. A amostra deve ser rompida com fratura perpendicular e no meio do seu comprimento. A leitura do
valor de coquilhamento é feita transversalmente na altura do coquilhamento claro (branco).

63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6846 –
Ferro fundido – Avaliação de tendência ao coquilhamento, São Paulo, 1985

 BROWN; JOHN R. – Foseco Foundyman’s Handbook. Tenth Edition


Birmingham England, 1995. p. 181 – 243.

 ITALTERM SERVIÇOS E CONTROLES INDUSTRIAIS LTDA.


Catalogo Carbomax II Votorantim – SP

 KARSAY; STEPHEN – Ductile Iron Production – Quebec Canadá Iron and Titanium
Corporation. Quebec – 1976

 KESSLER; S.E.A. – Curso Elaboração dos Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares –


São Leopoldo, RS – 2008, 55p.

 KESSLER; S.E.A. – Curso Metalurgia dos Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares –


São Leopoldo, RS – REVISÂO 5 - 2009, 39p.

 PIESKE, A; MONTENEGRO, L; REIMER, J – Ferros Fundidos Cinzentos de Alta Qualidade – SOCIESC –


Joinville, SC – 1986.

 SILVA, J.A – Analise Térmica na Solidificação de Ferros Fundidos Cinzentos Hipoeutéticos – Campinas – SP –
2007

 WEBSTER; P.D. – Fundamentals of Foundry Technology Redhill,


Surrey. England, 1980. P 168 – 277.
64
66
67
68
69
8. CALCULO DE CARGA FERRO BICA

70
8. CALCULO DE CARGA FERRO BICA

71

Você também pode gostar