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Seminário de Biologia

Tema: Doenças e distúrbios associados a imagem


Transtorno Dismórfico Corporal

• O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), conhecido também como transtorno de imagem, é uma
condição mental relacionada a uma preocupação exagerada com a própria imagem. Essa dismorfia
corporal faz com que a pessoa se incomode profundamente com defeitos imaginários ou triviais
em seu corpo. Mais comum em indivíduos solteiros na faixa que vai de 15 a 30 anos, o transtorno
é de difícil diagnóstico, uma vez que é visto por muitos como vaidade excessiva.
• Suas causas envolvem baixa autoestima, necessidade de afirmação na infância, autocrítica
destrutiva, transtorno de ansiedade ou de depressão. Além disso, algum tipo de abuso sexual na
infância está presente em grande parte dos casos. Geralmente, a preocupação da pessoa diz
respeito a aspectos do rosto, como falta de simetria ou desproporção entre nariz, olhos e boca.

• Alguns desses pacientes reconhecem haver uma preocupação exagerada em relação a


determinado possível defeito, enquanto outros acreditam piamente em sua percepção e na sua
“feiura”. No diagnóstico do transtorno de imagem, considera-se o nível de preocupação com a
aparência, bem como, o quanto esse comportamento interfere negativamente na rotina da pessoa.
Transtorno Alimentar

• Transtorno alimentar é qualquer tipo de padrão ou hábito alimentar que prejudique


significativamente a saúde de uma pessoa. Classifica-se a doença em dois comportamentos:
anorexia nervosa e bulimia nervosa.

• Pessoas que sofrem com a anorexia nervosa apresentam um medo irracional e muito intenso de
ganhar peso ou de engordar. Recusam-se a manter uma massa corporal igual ou acima do nível
considerado saudável em relação à idade e à altura. O anoréxico sempre acredita que está acima
do peso, mesmo que estejam muito abaixo do peso ideal.

• Casos de anorexia nervosa se tornaram muito mais comuns a partir da metade do século XX,
muito em consequência da cultura da beleza das sociedades industrializadas, em que a mulher
ideal “deve” ser magra e esbelta. A anorexia ocorre em ambos os sexos, mas é muito mais comum
entre as mulheres. Normalmente, os sintomas da doença aparecem durante a adolescência, por
volta dos 17 anos.
• Anoréxicos constantemente negam a fome que sentem, recusando-se a comer qualquer coisa, principalmente alimentos
de alto valor calórico. Sua dieta passa a ser altamente restrita, causando a inanição autoimposta, ou seja, um quadro
de alta desnutrição provocado pelo próprio paciente. A perda de peso também pode ocorrer por meio da autoindução
de vômitos e dos exercícios excessivos. A imagem que os pacientes anoréxicos têm de si mesmos é distorcida. Quanto
mais perdem peso, mais acreditam que devem emagrecer, criando uma espécie de ciclo vicioso.

• A autoestima de pessoas com anorexia nervosa é extremamente baixa, pois são obcecados com a balança, pesando-se
constantemente e tirando medidas das pernas e da barriga. Quem sofre desse distúrbio não é capaz de reconhecer as
consequências que a perda de peso traz para a saúde.

• A inanição pode trazer diversos efeitos negativos para o funcionamento do organismo, como pressão baixa, hipotermia,
pele seca e escamosa, edemas periféricos, hemorragias nos vasos sanguíneos, pele pálida, cicatrizes e calos nas mãos.

• O diagnóstico da anorexia nervosa é bastante relativo. Normalmente, é realizado com base nas tabelas da Metropolitan
Life Insurance ou tabelas pediátricas de crescimento. Segundo esses guias, uma pessoa pode ser considerada anoréxica
quando possuir um índice de massa corporal igual ou menor do que 17,5 kg/m². Apesar da padronização, a palavra
final é do médico. Ele deve realizar exames detalhados nos pacientes levando em conta suas características pessoais e
seu histórico clínico.
• Outro recurso para a obtenção do diagnóstico pode ser o uso de testes de triagem, como o
Inventário dos Transtornos Alimentares e o Teste de Atitudes Alimentares. Esses testes podem ser
usados também como documentação da evolução do tratamento. Durante o diagnóstico, é
importante que o psiquiatra recolha informações dos familiares e outras fontes próximas do
paciente, pois este normalmente se recusa a admitir que tenha a doença.

• O tratamento da anorexia nervosa é realizado com uma combinação de diferentes técnicas. A


principal delas é comportamental, que é capaz de reduzir a morbimortalidade da doença. O
tratamento do transtorno alimentar tem como objetivo levar o paciente de volta ao seu peso
normal, considerado saudável. É realizado uma reeducação alimentar, que deve ser gradual, para
superar a resistência metabólica.

• Junto à terapia, realiza-se o tratamento farmacológico por meio de medicamentos antidepressivos,


principalmente. Muitas vezes, o tratamento deve ser realizado com o paciente hospitalizado para
que haja maior controle, onde recebem diversos estímulos que irão impulsionar a sua recuperação.
• A bulimia nervosa gera nos pacientes episódios de comer compulsivo, onde o indivíduo ingere uma quantidade enorme
de comida em pouquíssimo tempo. Uma sensação de falta de controle toma conta do paciente, fazendo com que ele
não consiga parar de comer. Após os episódios de compulsão alimentar, existem as ações compensatórias, onde o
paciente, através da autoindução de vômitos, uso indevido de laxantes, diuréticos, jejuns ou exercícios excessivos,
tenta compensar a grande quantidade de comida que ingeriu.

• Durante as crises, indivíduos que sofrem com a bulimia nervosa podem ingerir mais de 15.000 calorias em uma crise.
Costumam escolher alimentos de fácil ingestão e altamente calóricos. Logo após a crise vêm as compensações, vômitos
ou exercícios, o que acaba criando um ciclo vicioso. A autoindução do vômito e o uso de laxantes são os principais
meios de compensação, ou purga. Durante as crises, os pacientes não são capazes de controlar suas ações, porém,
muitas vezes conseguem planejá-las em torno das atividades do dia a dia.

• O diagnóstico de transtorno alimentar pode ser alcançado por meio de testes psicológicos, entretanto, a avaliação de
cada paciente realizada pelo psiquiatra é a principal maneira de detectar o transtorno. Assim como na anorexia, os
principais testes são o Inventário dos Transtornos Alimentares e o Teste de Atitudes Alimentares.

• Para o tratamento, utilizam-se diversas técnicas diferentes. Agentes farmacológicos também podem ser empregados no
tratamento do transtorno alimentar, como os antidepressivos. A hospitalização normalmente não se faz necessária,
apenas em casos extremos em que o paciente apresenta depressão profunda e pensamentos suicidas, e nenhum outro
tratamento surtiu efeitos.
Sintomas

• Os sintomas do transtorno dismórfico corporal podem surgir de maneira gradativa ou súbita, variar de intensidade e costumam
persistir se não forem adequadamente tratados. O rosto ou a cabeça costumam ser os principais motivos de preocupação, mas
ele pode estar relacionado a qualquer outra parte ou várias partes do corpo, e pode mudar de uma parte do corpo para outra.
Por exemplo, é possível que a pessoa esteja preocupada com supostos defeitos, como queda de cabelo, acne, rugas, cicatrizes,
cor da pele ou excesso de pelo facial ou corporal. Uma pessoa também pode concentrar-se na forma ou no tamanho de uma
parte do corpo, como o nariz, os olhos, as orelhas, a boca, os seios, as pernas ou as nádegas. Alguns homens com constituição
física normal, ou até mesmo atlética, sentem-se franzinos, e tentam obsessivamente aumentar o peso e os músculos: um
transtorno chamado de dismorfia muscular. É possível que a pessoa descreva as partes do corpo de que não gosta como feias,
pouco atraentes, deformadas, medonhas ou monstruosas.

Os sintomas do transtorno dismórfico corporal podem surgir de maneira gradativa ou súbita, variar de intensidade e costumam
persistir se não forem adequadamente tratados. O rosto ou a cabeça costumam ser os principais motivos de preocupação, mas
ele pode estar relacionado a qualquer outra parte ou várias partes do corpo, e pode mudar de uma parte do corpo para outra.
Por exemplo, é possível que a pessoa esteja preocupada com supostos defeitos, como queda de cabelo, acne, rugas, cicatrizes,
cor da pele ou excesso de pelo facial ou corporal. Uma pessoa também pode concentrar-se na forma ou no tamanho de uma
parte do corpo, como o nariz, os olhos, as orelhas, a boca, os seios, as pernas ou as nádegas. Alguns homens com constituição
física normal, ou até mesmo atlética, sentem-se franzinos, e tentam obsessivamente aumentar o peso e os músculos: um
transtorno chamado de dismorfia muscular. É possível que a pessoa descreva as partes do corpo de que não gosta como feias,
pouco atraentes, deformadas, medonhas ou monstruosas.
• A maioria das pessoas com o transtorno dismórfico corporal não sabe que, na verdade, são normais.
• A maioria das pessoas com transtorno dismórfico corporal tem dificuldade de controlar sua preocupação e gastam horas todos os dias
preocupando-se com seus supostos defeitos. É possível que a pessoa pense que os outros estão reparando nela ou ridicularizando-a devido
aos defeitos de sua aparência. A maioria das pessoas inspeciona-se com regularidade no espelho, outras evitam os espelhos e outras
alternam entre os dois comportamentos.
• Muitas pessoas se arrumam de forma compulsiva e excessiva, cutucam a própria pele (para remover ou arrumar os supostos defeitos de
pele) e buscam reafirmação sobre os supostos defeitos. Elas podem frequentemente mudar de roupa para tentar esconder ou camuflar seu
defeito discreto ou inexistente ou tentar melhorar a aparência de outras formas. Por exemplo, é possível que a pessoa deixe a barba crescer
para esconder supostas cicatrizes ou usar um chapéu para cobrir uma leve queda de cabelo. A maioria dessas pessoas procura tratamento
médico cosmético (principalmente dermatológico), odontológico ou cirúrgico, às vezes repetidamente, para corrigir esse suposto defeito.
Tais tratamentos são normalmente ineficazes e podem intensificar a sua preocupação. É possível que alguns homens com dismorfia
muscular tomem esteroides anabolizantes (por exemplo, testosterona), o que pode ser perigoso.
• Uma vez que a pessoa com transtorno dismórfico corporal sente-se constrangida por sua aparência, é possível que ela evite aparecer em
público incluindo faltar ao trabalho, à escola ou não participar de atividades sociais. Algumas pessoas com sintomas graves só saem de casa
à noite e outras nunca saem. Assim, esse transtorno frequentemente dá origem ao isolamento social. Em casos muito graves, o transtorno
dismórfico corporal é incapacitante. A angústia e a disfunção causadas pelo transtorno podem causar depressão, problemas com drogas e
álcool, internações hospitalares repetidas, comportamento suicida e suicídio.
• Aproximadamente 80% das pessoas com transtorno dismórfico corporal apresentam ideação suicida em algum momento e entre 25% e
30% cometem tentativa de suicídio.
• Muitas pessoas com transtorno dismórfico corporal também têm outros transtornos de saúde mental, tais como transtorno depressivo maior,
transtorno por uso de substância, transtorno de ansiedade social ou transtorno obsessivo-compulsivo.
Diagnóstico

• O transtorno dismórfico corporal pode permanecer sem diagnóstico por anos, porque muitas pessoas se sentem constrangidas ou
envergonhadas de revelar seus sintomas ou porque, de fato, acreditam que são feias. Esse transtorno é diferente das
preocupações normais com a aparência física ou da vaidade porque essas preocupações ocupam muito tempo e causam angústia
significativa ou prejudicam significativamente o desempenho das atividades.
• O médico diagnostica o transtorno dismórfico corporal quando a pessoa:
• Fica preocupada com um ou mais defeitos em sua aparência que outras pessoas pensam ser insignificantes ou nem reparam
neles
• Fica realizando repetidamente comportamentos excessivos (por exemplo, ficar se olhando no espelho, arrumar-se
excessivamente ou comparar-se com outros) devido à sua grande preocupação com sua aparência
• Sente muita angústia ou se torna menos capaz de funcionar normalmente (por exemplo, no trabalho, na família ou com amigos),
porque está tão preocupada com os supostos defeitos na aparência
• Caso a preocupação da pessoa seja apenas com a forma e o peso corporais e seu comportamento alimentar é anormal, um
transtorno alimentar pode ser o diagnóstico mais exato; caso sua preocupação seja apenas com a aparência de suas
características sexuais físicas ou outras características físicas que refletem seu sexo de nascimento, é possível que um diagnóstico
de disforia de gênero seja considerado.
Tratamento

• Determinados antidepressivos
• Terapia cognitivo-comportamental
• O tratamento com determinados antidepressivos – especificamente os inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou a
clomipramina (um antidepressivo tricíclico) – frequentemente é eficaz para pessoas com transtorno dismórfico corporal. Doses
elevadas costumam ser necessárias.
• A terapia cognitivo-comportamental com foco específico nos sintomas do transtorno dismórfico corporal também pode ser eficaz.
No caso dessa terapia, o terapeuta ajuda a pessoa a desenvolver crenças mais exatas e úteis sobre sua aparência física. O
terapeuta também ajuda a pessoa a parar de praticar os comportamentos repetitivos excessivos, como ficar se olhando no
espelho e cutucar a própria pele. Ele também ajuda a pessoa a participar e se sentir mais à vontade em situações sociais.
• A terapia de reversão de hábito é utilizada para diminuir as atividades repetitivas de cutucar a pele ou arrancar os cabelos/pelos
que as pessoas com transtorno dismórfico corporal podem fazer para tentar minimizar ou eliminar os supostos defeitos
relacionados à pele (por exemplo, manchas) ou aos cabelo/pelos (por exemplo, excesso de pelos faciais).
• Uma vez que muitas pessoas com esse transtorno não reconhecem que elas têm um problema com imagem corporal em vez de
um problema com a aparência verdadeira, é possível que o médico precise utilizar técnicas motivacionais para ajudar a pessoa a
participar do tratamento.
• Muitos especialistas acreditam que a combinação de farmacoterapia e terapia cognitivo-comportamental é a melhor abordagem
para casos graves.
FIM! OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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