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UNIVERSIDADE NACIONAL TIMOR LOROSA’ E

FACULDADE DE AGRICULTURA
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

APOSTILA DA AULA

CIENCIAS AGRONÓMICAS

Elaborador: Jose Adriano Marçal

Dili, 2016
UNIDADE I – Noções básicas sobre a
Ciência Agronómica
CONCEITOS DE AGRONOMIA
Etimologia

• Conceito etimológico (origem): o prefixo (awalan) agro tem origem no verbete (palavra) latino agru que

significa "terra cultivada ou cultivável; campo“, nomos que significa gestão.

• Conceito acadêmico: Ciência que se destina ao estudo e prática da produção sustentável e lucrativa de

plantas e animais domésticos de interesse econômico.

• Engenharia agronômica (agronomia) : É o curso que alimenta o mundo

• O Engenheiro Agrônomo: É o profissional com formação eclética, capaz de gerar e difundir conhecimentos

científicos e técnicas agronômicas adequadas à concepção e manejo de agroecossistemas sustentáveis e

cadeias produtivas.

Tem formação em cidadania, desenvolvendo consciência social, ambiental e crítico-valorativa das

atividades pertinente ao seu campo profissional, orientando a comunidade onde atua,

promovendo o desenvolvimento sustentável e contribuindo para a melhoria da sociedade.


Etimologia

AGRONOMIA dentro das Ciências Agrárias:

É um campo multidisciplinar que inclui sub-áreas aplicadas das ciências naturais (biológicas), exatas,

sociais e econômicas que trabalham em conjunto visando aumentar compreensão da agricultura e

melhorar a prática agrícola, por meios de técnicas e tecnologias, em favor de uma otimização da

produção, do ponto de vista econômico, técnico, social e ambiental.

Na prática agronomia é

Ciência que o solo, planta, clima em conjunto e interação para poder aplicar a melhor forma de ter uma

melhor eficiência em produção e produtividade com o menor custo possível, observando e respeitando

as leis naturais e de preservação ambiental, pois sem preservar não ter-se-á os recursos por muito tempo.

O que é Agricultura?
“Esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima, solo) para lhe tirar o
máximo rendimento em quantidade e em qualidade“ (Diehl, 1984 citadp por Almeida, 2014)
Etimologia

O escopo de agronomia enquadra-se na Ecologia, Fisologia e Melhoramento das Plantas

1. Factor ecologia que desempenha papel muito importante nbo crescimento das plantas são: Solo e Clima

Solo

Solo é um componente de vida do ambiente muito importante para o cersciemnto e o desenvolvimento de


uma planta.

Como suporte de vidada de uma planta, o solo possue três funções principais, a saber: fornecer os nutrientes
às plantas, fornecer água e como armazen da água e os nutrientes para as plantas, como um méio para o
suporte das plantas a levantar erecto.

Clima

Factores climático principais saõ: temperatura do ar, radiação solar, precipitação/chuva e humidade.
2. Factor de Fisiologia
• Dentro de agronomia, Fisiologia é a ciência que estuda sobre os processos naturais que se ocorrem dentro
de uma planta.
• A vida de uma planta sempre está estreitamente relacionada com as actividades de fotossíntese.
• Com base nos produtos iniciais da fotossíntese, as plantas podem ser agrupados em plantas C3, C4 e de
CAM.

Plantas C3
Plantas de grupo C3, os primeiros resultados do processo da fotossíntese é o ácido phosphoglycerico (PGA). O
processo da fotossíntese é através por ciclo de Calvin. O exemplo deste grupo são: soja, de arroz, de trigo.

Plantas C4
Grupo de plantas C4, o processo de fotossíntese é feita pelo ciclo de Hatch e Slack. O primeiro produto da
fotossíntese é o ácido málico, mais eficiente no uso da luz solar e CO2, por exemplo de milho, cana de açúcar,
sorgo, erva.
Plantas CAM
• Grupo CAM (metabolismo do ácido crassulácea) geralmente é uma planta de suculenta cutícula espessa,
que vivem em áreas secas, como cactos, orquídeas, abacaxis.
• O teor de ácido destas plantas aumenta rapidamente durante a noite e diminui durante o dia.
• No dia acontece a captação de energia solar e transforma-la em energia bioquímica.
• À noite, as folhas absorvem CO2 do ar e posteriormente acontece uma síntese de CO2 em matéria
orgânica.

3. Melhoramento das Plantas


• Melhoramento de Plantas em Agronomia é muito importante na produção agrícola.
• Melhoramento de plantas é uma tentativa de corrigir as propriedades genéticas da planta de modo que
encontre as espécie de plantas superiores e melhoradas.
• Espécie superior/melhorada têm boas propriedades como capaz de responder ou adaptar à adubação,
resistentes das pragas e as doenças, capaz de competir com ervas daninhas, produção elevada, produção
mais rápidos.
História sobre a Evolução de Agronomia no Mundo

• Agrônomo (de origem grega, Atenas, meados de 1.300): o magistrado encarregado da administração da

periferia agrícola da cidade.

• Agronomia (do grego agronomos, 1.361): estudo científico dos problemas físicos, químicos e biológicos

apresentados pela prática da agricultura.

• Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo (até o final dos anos de 1.700): termos utilizados no período da

Revolução Francesa. Este profissional era mais um escritor de textos do que um prático da agricultura.

• Oficialização da Agronomia (França, 1.848): fundação do Instituto Nacional Agronômico de Versailles.


12.000 AC: uso do fogo, algumas Antes de 1.500: alimentação baseada em
ferramentas, início da domesticação de pesca, mandioca e caça.
plantas e animais.

Séc. XVIII e XIX: sistemas extensivos de


Primeira Revolução Agrícola (XVII e XIX): produção, expansão das fronteiras agrícolas,
rotação de culturas e o sistema de exploração florestal.
integração lavoura-pecuária.
Segunda Revolução Agrícola (XIX
e XX): máquinas e motores à
combustão, agroquímicos
A partir do Sec. XIX à Década De 1970 à 1980: movimento
sintéticos, melhoramento
de 1960: queda da Teoria do Agricultura Alternativa,
genético, especialização de
Húmus, Lei de Liebig, fixação Agroecologia, Agricultura
agricultores.
biológica de N, microbiologia Ecológica, Sistemas
dos solos, Revolução Verde. Agroecológicos

A lei de Liebig = Lei do mínimo: é uma lei que


estabelece que o desenvolvimento de uma planta
ficará limitada por aquele nutrientes faltoso ou
deficitário, mesmo que todos os outros elementos
Primeiras Escolas Agroecológicas: agricultura
orgânica, agricultura natural, agricultura ou fatores estejam presentes
biodinâmica.
Finalidade de Abrir o Curso de Agronomia na UNTL
 Como principal finalidade a formação de profissionais qualificados para enfrentar o setor do
Agronegócio, com dinamismo e empreendedorismo
 Contando com uma matriz curricular ajustada às necessidades do mercado, o aluno interage
em diversas áreas, como os solos, irrigação, pragas.
 Actuam mutuamente com disciplinas focadas em administração e gestão, formando um
profissional preparado para os desafios do setor.
Competências do Engenheiro Agrônomo

Agrometeorologia Avaliação e Perícias (keahlian)

Cartografia, Paisagismo, Parques e Jardins


Geoprocessamento e
Georeferenciamento
Competências do Engenheiro Agrônomo

Biotecnologia, Fisiologia Vegetal e Sistemas de Irrigação e Drenagem


Animal

Máquinas, Mecanização Agrícola Energização Rural


Competências do Engenheiro Agrônomo

Tecnologia de Produção Nutrição de Plantas e Adubação

Controle de Qualidade e Pós-colheita Topografia


de Produtos Agropecuários
Competências do Engenheiro Agrônomo

Manejo e Gestão Ambiental Hidráulica, Hidrologia

Genética e Fitossanidade
Manejo de Bacias Hidrográficas Melhoramento
Vegetal
Competências do Engenheiro Agrônomo

Manejo e Produção Florestal Manejo e Conservação do Solo e da Água

Classificação e Levantamentos Gestão Empresarial,


„Marketing‟ e Fitotecnia
de Solos
Agronegócio
Competências do Engenheiro Agrônomo

Floricultura Construções Rurais Microbiologia

Economia e Logística
Extensão e Sociologia Rural Política e Desenvolvimento
Rural

Técnicas e Análises Experimentais Comunicação, Ética, Legislação


O Perfil Desejado do Engenheiro Agrônomo

• Contribuir na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável;

• Compreender o contexto sociocultural, econômico, ambiental e político,


interpretando adequadamente a complexidade de situações onde atuar, de modo a
resolver problemas e transformar a realidade com vistas a uma melhor qualidade de
vida para todos;
• Ser capaz de interagir com diferentes grupos sociais, respeitando as diferenças
etnoculturais e auxiliando na organização e participação social dos mesmos;
• Produzir, avaliar e difundir conhecimentos, integrando e associando saberes,
promovendo interfaces com outras áreas do conhecimento;
• Trabalhar em equipe e/ou grupos sociais, compreendendo sua posição e espaço sócio
profissional em relação aos outros, articulando parcerias, envolvendo entidades,
agregando pessoas e explorando com isso as potencialidades disponíveis;
O Perfil Desejado do Engenheiro Agrônomo

• Comunicar eficientemente ideias, argumentações e conhecimentos de forma oral e


escrita
• Actuar com espírito empreendedor, potencializando a geração e aplicação de
novos produtos, tecnologias e serviços, respeitando os preceitos de precaução
ambiental com vistas ao desenvolvimento socioeconômico;
• Trabalhar com diferentes racionalidades agronômicas e estilos de agricultura,
concebendo, projetando e manejando agroecossistemas sustentáveis e cadeias
produtivas, levando em consideração eventuais limitações e potencialidades
regionais.
UNIDADE II – Plantas Agrónomicas e
os Agro-sistemas
PLANTAS AGRONÓMICAS

Em Agronomia, há três ciclo da cultura agronômica, a saber:


Com base no ciclo de vida da planta está dividida em três partes:
a. Culturas anuais/sazonais (Annual Plants),
b. Culturas bienais/bi-sazonais (Bianual Plants)
c. e as Culturas perenes (Parenial Plants) .

Ex. Plantas bienal

Ex.Plantas anual
Ex. Plantas Perene
PLANTAS AGRONÓMICAS

a. Culturas Anuais/Sazonais (Annual Plants)


• São culturas que possuem seu ciclo de vida e produção completa em uma estação do ano (Uma vez por
ano) e sua propagação é sempre feita somente com as sementes.
• Plantas anuais são tipos de plantas que normalmente germina, floresce e morre completando o seu ciclo
de vida num ano ou menos ou seja são aquelas que têm uma única produção, após a sua produção ela
"morre"/você precisa cultivar outra planta para ter uma nova produção.
• Cultura sazonal no sentido geral conceitua-se como uma planta que sua colheita acontece uma vez por
estação num determinado ano e posteriormente usa suas sementes para a próxima propagação.
• Possuem seu ciclo de vida ou crescimento relativamente curto e produz-se as frutas dentro do curto
prazo.
• Exemplos de plantas dentro das culturas sazonais são: milho, arroz, mandioca, melão, melancia,
amendoim, cevada, trigo, e muito mais.
• Geralmente a parte da produção destas plantas que se podem ser consumidas somente são as frutas ,
enquanto suas sementes é preservado para a próxima propagação destas plantas.
Requisitos para o crescimento das culturas anuais/sazonais (Annual Plants)

• Culturas sazonais são as plantas que muito vulneráveis aos factores climáticos e os métodos de
tratamento, quando um deles não forem bem aplicados de acordo com suas necessidades os resultados
obtidos pela planta anual não seja máximo ou satisfatório.
• Considerada como plantas que possuem seu ciclo de vida curto, portanto é preciso ter o controlo máximo
das pragas e as doenças para que o crescimento e desenvolvimento destas culturais sazonais não sejam
danificados (estragados).
• Tratamentos e preparação do solo inicial deve ser adequado com as necessidades das plantas sazonais,
como a aração, escarificação , amontoa e tc , só assim que as plantas sazonais possam crescer e
desenvolver bem e garantir a produção máximo como desejamos.
• Gestão de irrigação deve ser ajustado com as necessidades destas plantas, temos de saber quando estas
plantas requerem uma grande quantidade de água e quando necessitam de menos água.
• Plano de adubação deve seguir também com as necessidades das plantas sazonais, devem consultar com
os engenheiros agrónomos para fazer cálculos adequados sobre as dosagens de adubação e qual o tipo de
adubação necessário para estas plantes antes de aplica-las.
PLANTAS AGRONÓMICAS

b. Culturas bienal/bi-sazonais (Bianual Plants)


• São as plantas que necessitam duas estações para completar seu ciclo de crescimento.
• Uma planta bienal é aquela que demora 24 meses para completar o seu ciclo biológico.
• As plantas bienais são aquelas cujo ciclo de crescimento - que se inicia com a semente passando pela
planta vegetativa e pela planta florescente até, de novo, ao estádio de semente - se completa em duas
estações de crescimento.
• Durante o primeiro ano o desenvolvimento das plantas bienais está, geralmente, limitado à fase
vegetativa.
• Durante o segundo ano de vida, as plantas bienais, em geral, iniciam a sua fase reprodutiva.
No início desta fase os nutrientes e produtos fotos sintetizados armazenados na raiz, e os que vão sendo
produzidos nas folhas, são mobilizados para as novas formações. Durante este processo ocorre a floração,
a frutificação e a formação de semente. Finalmente, ocorre a morte da planta.
• Exemplo das plantais bienal são: Cebola, Alho, Cenoura, Berraba, pimentão e outras solanáceas e e as
hortaliças.
Requisitos para o crescimento das culturas bienal/bi-sazonais (Bi-Annual Plants)

Há semelhança dos requisitos entre plantas anuais e bienais, o que difere é planta anual acaba o seu ciclo de

vida mais rápido e ser propagado de novo com as sementes enquanto plantas bienais precisa de duas estações

de produção para ser propagado de novo após de concluir o seu ciclo de crescimento.

c. Plantas Perenes (Parenial Plants)

• As plantas perenes é a designação botânica dada às espécies vegetais cujo ciclo é longo e indefinidamente

• Aumentando o seu crescimento a parte superior das plantas com o aumento do tempo

• Vivem mais de dois anos e subdividem-se em dois grupos:

Herbáceas perenes, tais como muitas espécies de gramíneas, espargos, couve, etc., que não têm tecido

lenhoso na sua constituição, e

Lenhosas perenes, que são caracterizadas por possuírem estruturas lenhosas e incluírem plantas sarmentosas

(trepadeiras) como a videira, arbustos como mangueiras, citrinos etc.

• Sua propagação é sempre ser feita através das sementes.


PLANTAS AGRONÓMICAS

Plantas Perenes (Parenial Plants). Cont.

• As plantas anuais são geralmente as plantas que produzem frutos durante um longo período de tempo e de morrer

também leva um tempo muito longo.

• Exemplos de plantas anuais, coco, óleo de palma, café, salak, abacate, durian, cacau, graviola, goiaba e outras plantas

perenes.

• Além de colheita os frutos das plantas perineais, também se podem aproveitar outras partes destas plantas, por

exemplo madeira, folhas e cascas.

Requisitos para o crescimento das culturas Perenes (Parenial Plants)


• Semelhanças com as de anual e bi-anual, porém o maior atenção se foca mais para as sementeiras das sementes das
plantas perenes.
• É preciso ter mais cuidado no processo de semeadura, porque este é realmente o início da vida do crescimento das
plantas perenes,.
• Se as mudas resultantes têm bons critérios, o crescimento anual será capaz de sobreviver de acordo com o tempo de
vida desta planta.
• Depois de transplantação das mudas perenes , deve fazer controle nas adubações periodicamente, controle das pragas
e doenças regularmente .
SISTEMAS EM AGRONOMIA/AGRÍCOLAS

Sistemas agrícolas (Agro-sistemas) é a gestão de culturas para obter o resultado desejado na forma de
alimentos, benefícios financeiros, satisfação pessoal ou uma combinação de todos os três.

Existem diferentes tipos de agricultura, cada uma adequada às necessidades, condições climáticas e objetivos
dos produtores e seus consumidores finais.

Agricultura é: a actividade que visa retirar do solo os recursos alimentares para a sobrevivência do Homen e
fxar-se no SECTOR PRIMÁRIA.

A actividade de agricultura é condicionada por vários factores:

Factores Físicos:
• Clima,
• Relevo e
• Solos

Factores Humanos:
• Desenvolvimento tecnológico e científico
• Tradições culturais
• Estabilidade política e social
Factores Físicos

O Clima as necessidades da água e da planta varia de planta


para planta

Os climas temperados (frio) são os mais propícios para a


prática de agricultura

O Relevo : Os solos de altetude alta são mais pobre (devido a


erosão) e dificil de cultivar e impedem o uso de máquinas

As regiões mais apropriada para a agrcultura são: Planícies,


Planaltos de baixas a altetudes e vales.

A construção de Socalcos diminui as


condições adversas (prejudicadas)

Os Solos
Nem todos os solos são aptos (serve) para agricultura
Factores Humanos

Desenvolvimento tecnológico e científico

Quando tiver o recurso financeiro e económico permitem investimentos em máquinas


e os produtos químicos que aumentam a produtividade e o rendimento.

Tradições culturais

São transmitidas de geração para geração, têm uma grande influência tanto nas
espécies cultivadas , bem como nas técnicas utilizadas no seu cultivo,.

Estabilidade política e social

Nas regiões onde existem conflitos armados , as pessoas fogem, abandonando os


campos e as culturas
Tipos de Agricultura Mundial
TIPOS DE AGRICULTURA MUNDIAL
Agricultura Tradicional Agricultura Moderna

Característica

Minifúndio (Reduzida) Latifúndio (Elevada)

Dimensão da Propriedade

Variedades de culturas

Sistema
de
Cultura: Policultura Monocultura
Aproveitamento do Extensivo (Com rotação da Intensivo (Permanência da cultura)
solo cultura)
Técnicas Agrícolas Rudimentares: enxada, arado, Mecanização, produtos químicos,
charrua e etc estufa, sistemas de regas etc.
Destino da produção Autoconsumo Mercado
Rendimento/Produtividade Baixo/baixa Alto/Alta
Mão-de-Obra Tracção Animal – é necessário Mecanização – Libertação mão-de-
muita mão-de-obra obra
Tipos de paísem que praticam Países em desenvolvimento Países desenvolvidos
Tipos de Agricultura Mundial

Problemas Agricultura Tradicional vs Agricultura Moderna

Nos países em desenvolvimento – a agricultura tradicional


 Não permite a subsistência dos agricultores e família
 E é mais dependente das variações climáticas

Originando fomes e abandono dos campos em direcção à cidade

Nos países desenvolvidos – na agricultura moderna


 A mecanização dispersa o trabalho manual, provocando o desemprego
 A utilização de produtos químicos provoca a poluição dos solos e das águas superficiais e subterrâneas
 E a mecanização excessiva e a monocultura intensiva provocam o esgotamento dos solos.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL

1. Agricultura itinerante sobre queimada

• Forma de agricultura mais primitiva


• Consiste na queima de floresta para o
arroteamento (abrir espaço) das terras
• Aproveitamento as cinzas como fertilizante
• Praticam policultura
• Utilizam instrumentos muito primitivo
• O esgotamento dos solos implica que a aldeia
tenha um carácter itinerante
• Pratica-se nos países menos desenvolvidos de
África, Ásia ou América Latina em áreas de
floresta tropical ou savana com fraca densidade
populacional
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL

2. Agricultura Sedentária de Sequeiro


Agricultura sedentária de sequeiro – é a forma de produção agrícola mais evoluída que a itinerante, na qual o grupo
que a pratica está fixo num determinado lugar, recorrendo á técnica de fertilização do solo e, consequentemente,
relativo aumento dos rendimentos agrícolas.

Carcaterísticas
• Esta forma de exploração agrícola fixa o homem na terra, ou seja, é sedentário;
• A população concentra-se em pequenas povoações, rodeada de campos que são
propriedade da comunidade
• Faz-se em sistema de policultura extensiva associado à criação de gado
• Normalmente, usam-se os excrementos desse gado como fertilizantes para a terra,
evitando-se assim, o seu rápido empobrecimento.
• Forma de agricultura em que não existe recurso a qualquer tipo de rega
• Pratica-se o sistema de rotação de culturas para evitar os esgotamentos dos solos
• A finalidade, ou seja, o objectivo desta agricultura é de alimentar a família ou a
comunidade.
• A agricultura sedentária de sequeiro predomina no mundo tropical mas é no Esquema da Ocupação do
Solo num Sistema Agrícola
continente africano que ganha a sua maior expressão Extensivo
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL

3. Agricultura de Oásis
• Pratica-se no Norte de África, nas regiões de oásis
• É irrigada
• É intensiva na ocupação do solo
• Praticam policultura
• A propriedade é muito dividida (Minifúndio)
• Plantam-se palmeiras e tamareiras para evitar o avanço das
areias do deserto e
• Para fazer sombra às culturas evitando que se queimem ou
que haja evaporação da água disponível
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL

4. Agricultura da Ásia das Monções ou Orizicultura


• Rizicultura é o termo que define a agricultura do arroz,
um dos alimentos mais importantes da alimentação
humana
• Tradicionalmente é uma cultura asiática
• Nesta região do mundo, embora apresente relevo
montanhoso (como é o caso do Japão, Nepal, Butão e
Taiwan), a cultura de arroz é muito extensa.
• É intensidade na ocupação do solo. Praticada de forma
intensiva, com campos de pequena dimensão e
frequentemente em socalcos
• Utilizam muita mão-de-obra aproveitando a grande
densidade populacional existente
• Utilizam técnicas agrícolas simples
• Têm duas ou mais colheitas anuais devido às
transplantações
• O rendimento é elevada mas a produtividade é baixa
devido ao trabalho ser manual
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA MODERNA

1. Agricultura Europeia
• Pratica-se em toda Europa em exploração nas
pequenas e média dimensões
• Utiliza um sistema de cultura intensivo
• É policultural, mas caminha para a
especialização de culturas
• Muita mecanizada, utiliza estufas, irrigação
artificial……
• Recorre a fertilização químicos
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA MODERNA

2. Agricultura do Tipo Norte-Americana


A agricultura dos Estados Unidos é a mais moderna do mundo. Apresenta produção e produtividade
elevadas, e é grande exportadora de alimentos.

Características
• Pratica-se em extensas propriedades dos E.U.A. E Canadá
• Tem elevada mecanização
• É monocultural, registando-se uma especialização de culturas
regional (Ex. Belts : O termo Belt é a designação dada nos
Estados Unidos às grandes áreas agrícolas de monocultura
especializada)
• os Belts (cinturões agrícolas), onde ocorre a predominância de
um determinado produto adaptado às condições de clima e solo
de mercado; e o elevado grau de mecanização em todas as
etapas do processo, desde o cultivo até o beneficiamento do
produto.
• Recorre a fertilizantes químicos
• Tem elevado rendimento e de produtividade
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA MODERNA

3. Plantation (Agricultura de Plantação)

Características:
• É uma agricultura com características modernas com o fim
comercial;
• Pratica-se em países com clima tropical em explorações que
pertencem, normalmente, a multinacionais com sede nos
países industrializados;
• São utilizadas tecnologias modernas com a utilização de
mão-de-obra local (mais barata);
• É monocultural, cultivando-se essencialmente produtos
tropicais e matérias-primas de interesse industrial (cacau,
café, algodão, borracha ….) que se destinam à exportação;
• A monoprodução constitui um entrave (impedimento) ao
desenvolvimento destes países devido à grande
dependência económica relativamente ao comércio
mundial
PROBLEMAS DA AGRICULTURA DE PLANTAÇÃO:

EXCESSO DE PRODUÇÃO
• As crises de superprodução levantam alguns problemas para a economia de alguns países em vias de
desenvolvimento, cuja economia se baseia neste tipo de agricultura
• A concentração das suas exportações sobre um número reduzido de produtos (café, cacau, borracha,
algodão, palmeiras de produção de óleo de palma, frutos tropicais, ...) torna a sua economia muito instável,
face às variações bruscas dos preços nos mercados internacionais.

ESGOTAMENTO DOS SOLOS


A ocupação continua do solo e o regime de monocultura reduzem a capacidade produtiva do solo, o que leva
com frequência à deslocação das plantações para outras terras.
Sistema de agricultura dos trópicos

Muitas opiniões sobre a definição e classificação dos sistemas agrícolas, um dos quais será dado aqui.

Há cinco categorias dos sistema de agricultura dos trópicos que já são amplamente conhecidas, ou seja:

1. Sistema de agricultura itinerante

2. Sistema de sequeiro semi-intensivo

3. Sistema de sequeiro intensivo

4. Sistemas de irrigação,

5. Sistema misto de plantas sazonais e perenes (Sistema Agroflorestal)


Sistema de agricultura dos trópicos
1. Sistema de Agricultura Itinerante
• Agricultura itinerante são as atividades agrícolas que são feitas em uma maneira de
mudar sempre de um lugar para outro quando o campo cultivado torna-se
improdutivo.
• As áreas de cultivo é sempre feito com sistema de arroteamento (abrir espaço)
através de praticar desflorestação e posteriormente estas árvores derrubadas serão
sido queimadas.
• O impacto da agricultura itinerante está na diminuição a fertilidade do solo
rapidamente, porque não estão familiarizados com a fertilização.
• Quando a terra não é produtiva, eles se mudaram e abriu uma nova floresta ou
retrabalho da terra que há muito tempo estava abandonado (pousio) porque o
campo abandonado já se recuperou a sua fertilidade do solo.
• Base fundamental do sistema de agricultura itinerante é que, durante o período de
pousio, os nutrientes absorvidos pelas plantas ou vegetação será devolvido à
superfície do solo na forma de resíduo da colheita (ninhada/serasah).
• O material orgânico que é sido enterrado nos solos estarão disponíveis (através da
decomposição) para a próxima safra/colheita após vegetação é cortado ou
queimado.
Sistema de agricultura dos trópicos
2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo
• Agricultura de sequeiro é uma técnica agrícola para cultivar
terrenos onde a pluviosidade é diminuta.
• A agricultura de sequeiro é a cultura sem irrigação em regiões
onde a precipitação anual é inferior a 500 mm.
• A agricultura de sequeiro depende de técnicas de cultivo
específicas que permitem um uso eficaz e eficiente da limitada
humidade do solo.
Os padrões de cultivo deste sistema são as seguintes formas:
1. Cultivo Múltiplos (Multiple Cropping)
a. Sistema de consorciação (Intercropping)
b. Sistema de cultivo misto/Policultura (Mixed Cropping)
c. Sistema de cultivo de inserção/intercaladas (Relay
Cropping)
2. Cultivo sequencial (Sequential cropping)
3. Sistema de Cultivo Máximo (Maximum cropping System)
4. Sistema de Cultivo Único/Monocultura (Sole Cropping or
Monoculture)
Cont. dos Sistema de Sequeiro Sistema de agricultura dos trópicos

2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo


2.1. Cultivo Múltiplos (Multiple Cropping)
• Multiple cropping ou Cultivos múltiplo são os sistemas de plantio com
a prática de cultivar duas ou mais culturas na mesma parcela/ lote de
terra durante uma única estação de crescimento num determinado
ano.
• É uma forma de policultura.
• Sistema agrícola múltiplo/duplo é muito adequado para os
agricultores que possuem pequeno espaço ou terreno nos trópicos,
de modo a maximizar a produção com baixas divisas externas,
minimizando o risco e preservar os recursos naturais.
Há várias formas de cultivos múltiplos ou Multiple cropping, entre outros:
2.1.1. Sistema de consorciação (Intercropping) 2.1.2. Sistema de cultivo misto/Policultura (Mixed Cropping)

2.1.3. Sistema de cultivo de inserção/intercaladas (Relay


Cropping)
Vantagens do sistema de cultivo múltiplos ou misto

Aplicação do sistema de cultivo de casamento ou misto (double cropping system) tem muitas
vantagens no domínio da agricultura, a saber:
1. Reduzir a erosão do solo e a perda de nutrientes no solo.
2. Melhorar a gestão da água nas fazendas ou campos agrícolas, incluindo o aumento do stock
(infiltração) de água no solo para que esteja sempre disponíveis as reservas de água para o
crescimento das plantas.
3. Fertilizar e melhorar a estrutura do solo, assim não necessário de fazer repetidamente
a preparação do solo
4. Elevar a eficiência do solo, assim poderia aumentar a renda dos agricultores.
5. Evitar desemprego periódico, porque há sustentabilidade do solo para os cultivos agrícolas.
6. Reduzir a população de pragas e doenças das plantas
7. Enriquecer o conteúdo de nutrientes no solo incluem nitrogênio e matéria orgânica.
Sistema de agricultura dos trópicos
Cont. dos Sistema de Sequeiro
2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo

2.2. Cultivo sequencial (Sequential cropping) 2.3. Sistema de Cultivo Máximo (Maximum cropping
• Sequential cropping ou cultivo de sequencial System)

é o sistema de plantio em que as culturas são Maximum cropping ou os sistemas de cultivo máximo é a
cultivadas em sequência no mesmo campo utilização de terras para ganhar rendimentos tão elevados,
ou uma parcela de terra, com a cultura sem considerar os aspectos económicos (custos, receitas ou
seguinte plantado após a colheita anterior é lucros) e, especialmente, aspectos de conservação de
colhida. produção a longo prazo.
• Do mesmo modo, se não houver uma
terceira planta, a planta é cultivada como
uma segunda colheita.
Sistema de agricultura dos trópicos
Cont. dos Sistema de Sequeiro
2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo
2.4. Sistema de Cultivo Único/Monocultura (Sole Cropping or Monoculture)
• Monocultura é uma forma de plantio, onde uma única planta é plantada em uma grande área.
• A cultivação deve ser feita por uma planta agrícola (ex: milho) num campo determinado até sua colheita, no
próximo ano continuar a cultivar a mesma planta anterior no mesmo campo ou outra planta, não se misturar ou
consorciar com outra planta agrícola.
• Este é um grande problema pois quando você planta em uma área só, as plantas absorvem todos os nutrientes do
solo que não podem ser substituídos. A monocultura geralmente ocorre nos latifúndios (grandes propriedades
agrícolas com baixa produção).
• Exemplo: Numa fazenda ocorre apenas a produção de soja. Quando um país é monocultor, não é algo positivo,
pois ele ficará dependente apenas deste produto. Quando o preço no mercado internacional cai, a demanda
diminui ou ocorrem alterações climáticas que prejudicam a produção, a economia do país fica vulnerável.
Sistema de agricultura dos trópicos

3. Sistema de Irrigação

Irrigação é o fornecimento de água para o solo para que as plantas cresçam e não lhes faltam água durante do
seu ciclo de crescimento. A água é absolutamente necessário para a vida e crescimento das plantas.

• A rega é um dos fatores-chave para o aumento progressivo da produção agrícola através de Five Farming
(cinco esforços agrícola), isto é, 1. Uso das sementes melhoradas, 2. Preparo do solo adequado, 3.
Adubação adequada, 4. Controle de pragas e doenças e, 5. Irrigação adequada.
• A água pode provir de água da chuva e a irrigação feita pelo homem. Ambos devem ser ajustados para que
a planta realmente obtenha água suficiente, não inferior e não excessiva.
• O estabelecimento do sistema de rega é deve estar de a cordo com as necessidades das plantas e para
controlar isto é através dos sistemas de drenagem.
• A água que é necessitada pela planta quase inteiramente vem a partir do solo através de um processo de
absorção pelas raízes. Excesso ou escassez de água disponível iria provocar na interrupção do crescimento
às culturas.
Cont.

3. Sistema de Irrigação
• A ocorrência do excesso de água no solo seco acontece quando a maioria ou todos os poros do solo seja
ocupado com água, o que por sua vez poderia reduzir o ar ou oxigénio dentro do solo para a respiração
das raízes.
• A respiração das raízes não se ocorrem bem resultará o mau funcionamento das plantas o que pode
reduzir absorção da água apesar de o solo está em nível de capacidade de campo adequado.
• A falta de água disponível no solo irá causar as plantas cresce numa condição de nanismo/raquitan e
murcha. Isto acontece porque os processos que se encontram no corpo das plantas não se funcionam
bem.
• Em solos que muitas vezes têm excesso de água, os meios para resolver-lo é a criação de um canal de água
ou drenagem durante a estação chuvosa.
• Enquanto nos solos que tenham a falta de água, é preciso construir os canais de irrigação para irrigar as
águas na estação seca.
Objectivos de Irrigação

Os objectivos principais do sistema de irrigação são para responder as necessidades das plantas sobre água para
o seu crescimento. Outros benefícios da água de irrigação são:
1. Facilitar o preparo do solo
2. Ajudar a regular a temperatura do solo.
3. Ajudar o processo de adubação para que esta seja absorvida pelas plantas com o máximo possível.
Sistema de agricultura dos trópicos
3. Sistemas de Irrigação

Com base da terra utilizada para a actividade agrícola, a irrigação é dividido em dois sistemas, a saber:

3.1. Sistema de irrigação sequeiro (Dry land irrigation systems)


O que se entende por sistema de irrigação na terra seca é o sistema de
agricultura irrigada onde não se ocorre alagamento da água durante o
crescimento da planta.
• O sistema é frequentemente usado em áreas com ondulante e inclinados.
• As plantas são cultivadas nesta área é diversificada variando de culturas
sazonais, como milho, mandioca, legumes e etc, para culturas perenes,
como a borracha, coco, óleo de palma e assim por diante.
• O fornecimento de água para o crescimento das plantas é feito de várias
maneiras, mas ultimamente com o desenvolvimento de ferramentas e
máquinas agrícolas, os agricultores preferem usar bombas de água com
máquinas energéticas para regar as plantas em vez de usar a forma
tradicional.
• Além disso, com as vastas (larguras) das áreas agrícolas actualmente, não se
permitem aplicar sistema de rega com a maneira tradicional
3.2. Sistema de Arrozais/Sistema de Irrigação do Solo Húmido (Wet Land Irrigation Systems)

Sistema de arrozais/irrigação do solo húmido é um sistema de • A forma de a inundar/alargar a água ao nível


cultivo em que a terra usada já está sendo experimentada em do solo significa que deve fazer plana da
condições de alagamento. terra ou nivelar a terra ou construir

• O período longo de estagnação/alagamento depende da terraços/socalcos nas encostas das

disponibilidade de água e padrões/tipo de cultivo a fazer. montanhas ou terrenos ondulantes, o que

Normalmente ocorre-se apenas 2-3 meses, mas poderia poderia minimizar os efeitos de erosão.

ocorrer também durante todo o ano. • Com as condições de alagamento,


permitindo o crescimento de organismos de
• O abastecimento de água pode só vir da água de
baixo nível, como musgo (lumut), algas
precipitação/chuva ou usando sistema de irrigação gerido
(ganggang), bactérias e assim por diante que
pelos seres humanos
constituíam papel muito importante para a
• Ser chamado de arrozais sequeiro quando a água se obtido
fertilidade do solo porque doar maior
vem apenas da chuva/precipitação e ser chamado os campos
quantidade da matéria orgânico.
ou arrozais irrigados quando os sistemas de irrigação está em
bom funcionamento para suprir/fornecer as necessidades de
água para terra agrícola mencionada.
Os sistemas de cultivo de arrozais podem ser divididos em três tipos:

1) Sistema de Arroz das águas rasas (rice system of shallow waters)


• Arroz das águas rasas geralmente tem uma profundidade de menos de 1 metro. Geralmente está na forma
de arrozais sequeiro e arrozais irrigada de terras baixas.
• Devido às condições climáticas e irrigação que são muito diferentes em cada área faz com que os padrões de
cultivo existentes também variam.
• Suponha que, em áreas onde a precipitação é limitado, o plantio de arroz apenas uma vez por ano ou talvez
duas vezes se a sua irrigação sem ter problemas.
2) Sistema de Arroz das águas rasas e as culturas de sequeiro (dry land)

• Geralmente feito por agricultores que vivem em áreas onde a precipitação é muito limitado.
• Suponha que num ano eles podem cultivar arroz apenas uma vez, após de produção o campo de arroz o
qual foi cultivado será seco devido à falta de disponibilidade de água.
• No momento o campo de arroz torna-se seco os agricultores aproveitam ou usam este campo seco para
cultivar as culturas sequeiro como o milho e o amendoim.
• Assim o solo não passa por um período de pousio (bera) a ser plantada. Nesta condição geralmente é
sempre ocorre um sistema como a agricultura de rotação.
• Este sistema é ótimo para o retorno da fertilidade.
3) Sistema de Arroz das Águas Profundas (Rice System for Deepwater/Paddy deepwater system)

• Este sistema normalmente possui a profundidade das águas mais


de 1 metro e dura-se mais de um mês durante o processo de
crescimento das culturas.
• Como a profundidade das águas é sempre flutuadas (Tetum: tun-
sae) e ocorre-se mais rápido num curto período, portanto sob
estas condições é preciso um certo tipo de plantas de arroz a ser
cultivadas.
• As colheitas de arroz nesta condição geralmente feita com o uso
do barco e deve ser realizado em muitas quantidades das águas
para que facilite o remo (Tetum: hean) do barco.
• O sistema de arroz das águas profundas normalmente
encontram-se nas regiões da delta dos rios grandes. Uma das
alternativas do desenvolvimento este sistema de arroz das águas
profundas é aproveitar as zonas/áreas pantanais (lahan rawa).
• Assim com o proveito das zonas pantanais (lahan rawa)
contribuiria na redução do desmatamento das florestas ou
desflorestação nas colinas (zonas declivosos) para abrir os
campos para as actividades agrícolas
Sistema de agricultura dos trópicos

4. Sistema misto de plantas sazonais e perenes


(Sistema Agro-florestal)
• Os sistemas agro-florestais (SAF’s) são consórcios
de culturas agrícolas com espécies arbóreas que
podem ser utilizados para restaurar florestas e
recuperar áreas degradadas e otimiza a
produtividade a ser obtida.
• Há diminuição na perda de fertilidade do solo e
no ataque de pragas.
• Há melhoria na estrutura e na atividade da fauna
do solo e maior disponibilidade de nutrientes.
• Na mesma área, é possível estabelecer consórcios
entre espécies de importância econômica,
frutíferas e hortaliças.
Cont’…
Além de contribuir para a conservação do meio ambiente,
os benefícios dos sistemas agro-florestais despertam o
interesse dos agricultores, pois, como estão aliados:
 À produção de alimentos,
 Permitem oferecer produtos agrícolas e florestais,
 Incrementando a geração de renda das comunidades
agrícolas.
Principais sistemas de agricultura em Timor-Leste????
UNIDADE III – A alimentação e as
necessidades humanas
A ALIMENTAÇÃO E AS NECESSIDADES HUMANAS

I. Conceito de Alimentação ou Comida


A alimentação é o processo pelo qual os organismos obtêm e
assimilam alimentos ou nutrientes para as suas funções vitais,
incluindo o crescimento, movimento, reprodução e manutenção
da temperatura do corpo.
• Alimento é aquilo que os seres vivos comem e bebem para a
sua subsistência.
• O termo deriva do latim alimentum e permite referir-se a
• As escassez/falta de alimentos numa pessoa
cada uma das substâncias sólidas ou líquidas que nutrem os
pode-se aparecer na forma de: (1) Falta de
seres humanos, as plantas ou animais.
calorias e proteína; (2) A falta de vitaminas; (3)
• O alimento permite a regulação e a manutenção das
O bócio (Gondok) endêmico e ; (4) A anemia
funções do metabolismo.
nutricional (carência de ferro).
• Sem alimentos, os seres vivo não podem gozar de boa
• A escassez de alimentos e desnutrição,
saúde, correndo, aliás, o risco de morrer
particularmente em lactentes (bebe que ainda
• A maior parte dos alimentos é de origem animal (carne de
mama leite) pode reduzir a qualidade humana,
vaca, carne de porco, peixes, frangos) e vegetal (Frutas e
de modo que possa reduzir muito a qualidade
Hortaliças). Existem, porém, alimentos de outras fontes,
dos recursos humanos.
como certos fungos (cogumelos, etc.).
A ALIMENTAÇÃO E AS NECESSIDADES HUMANAS

II. As Calorias Necessitadas Pelos Seres Humanos


 Nutrição alimentar é uma substância ou composto encontrado nos alimentos que são essenciais para a
manutenção dos organismos vivos graças às suas acções bioquímicas.
 Os nutrientes orgânicos composto por; os carbono de hidratos (CH2), as proteínas, as gorduras, as
vitaminas, enquanto os nutrientes inorgânicos composto por; água e os minerais.
 Estes nutrientes oferecem energia e permitem metabolizar outras substâncias igualmente vitais.

Tabela 1. As composições nutricional alimentares


Nutrientes Função Principal Função Secundária Composição Química

Lípidos Energética Estrutural Orgânicos

Glúcidos Energética Estrutural Orgânicos

Prótidos Estrutural Energética Orgânicos

Vitaminas Reguladora .................... Orgânicos

Fibras Alimentares Energética Estrutural Orgânicos

Sais Minerais Reguladora Estrutural Inorgânicos

Água Reguladora .................... Inorgânicos


A ALIMENTAÇÃO E AS NECESSIDADES HUMANAS
II. As Calorias Necessitadas Pelos Seres Humanos
II.1. Lipídios
Também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas, principalmente, por moléculas de
hidrogênio, oxigênio, carbono. Fazem parte ainda da composição dos lipídios outros elementos como, por
exemplo, o fósforo.
Serem insolúveis na água., porém, são solúveis nos solventes orgânicos (álcool, éter, benzina, etc.)

Os lipídios possuem quatro funções básicas nos organismos:


 Fornecimento de energia para as células. Porém, estas preferem utilizar primeiramente a energia
fornecida pelos glicídios.
 Alguns tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares.
 Facilitação de determinadas reacções químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos. Possuem
esta função os seguintes lipídios: harmónios sexuais, vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, K, D e E) e
as prostaglandinas (sêmen ou produto da próstata).

Principais fontes de lipídios (alimentos): Margarinas, óleo e sorvete.


II.2. Protídeos

O termo protídeo designa os aminoácidos (ácidos aminados) naturais e todas as substâncias que por
hidrólise fornecem uma ou mais moléculas de ácidos aminados naturais.

Estes ácidos aminados se unem em cadeias de uma ou mais ligações peptídicas, de maneira que um
grupamento amínico de um ácido aminado liga-se ao grupamento carboxílico do outro.

A ordem dos aminoácidos nas cadeias é chamada de estrutura primária de um protídeo.


Os protídeos são classificados em:
 Protídeos
 Peptídeos
 Monopeptídios ou ácidos aminados.

As proteinas participam do do corpo basicamente de duas formas:


 Como componentes estruturais: formando estruturas como ossos, músculo e pele.
 Como componentes funcionais: como enzimas que catalisam as reacções químicas do organismo.
II.3. Glicídios (Açucar)
Os glicídios são moléculas orgânicas com estrutura formada por átomos de hidrogênio e
oxigênio e as vezes de outros elementos com nitrogênio.
• Eles exercem uma função energética e também podem desempenhar papel estrutural.
• Os glicídios se dividem em três grupos, dependendo da sua complexidade estrutural,
isto é, os monossacarídeos, os dissacarídeos e os polissacarídeos.
 Os monossacarídeos: são glicídios mais simples, os quais sua fórmula geral é
mais simples e se denomina dependendo do número de carbonos que possuem.
O principal glicídios utilizado como fonte de energia é a glicose.
 Os dissacarídeos: é segundo grupo de glicídios que formam-se por união de dois
monossacarídeos. A sacarose (glicose + lactose), lactose (glicose + galactose) e
maltose (glicose + glicose). A sacarose é um açúcar extremamente doce que é a
que adoça nossos cafés, bolos e mais.
 Os polissacarídeos: é terceiro grupo de glicídios e que suas moléculas são
formadas por um grande número de mossacarídeos e eles podem apresentar
outros elementos além dos três principais. Eles são insolúveis em água.
II.4. Vitaminas
 São compostos orgânicos presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento normal
do metabolismo, e em caso de falta pode levar a doenças.
 Dividem-se em dois grupos de vitaminas, a saber:

1. Hidrossolúveis
São vitaminas solúveis em água, não são armazenadas pelo organismo em quantidades
apreciáveis, sendo normalmente eliminadas pela urina.
Exemplos são: Tiamina (Vitamina B1); Riboflavina (Vitamina B2); Ácido Pantoténico (Vit.B5);
Piridoxina, piridoxamina e piridoxal (Vitamina B6); Ácido fólico (Vitamina B9); Cobalamina
(Vitamina B12); Ácido ascórbico (Vitamina C); Biotina (Vitamina B h); Niacina (Vitamina PP)

2. Lipossolúveis
São vitaminas solúveis em lipídios (gordura) e não solúveis em água. Após a absorção no
intestino, elas são transportadas através do sistema linfático até aos tecidos onde são
armazenadas.
Exemplos são: Vitamina A, Vitamina D, Vitamina E e Vitamina K
Função Metabólica e fisiológica das vitaminas de hidrossolúveis e lipossolúveis, apresentado na tabela 2.
VITAMINA FUNÇÃO METABÓLICA E FISIOLÓGICA
Lipossolúveis
A Manutenção da integridade das células epiteliais (particularmente dos olhos, trato
respiratório, digestivo, nervoso e urinário)
E Imunidade, antioxidante (previne a formação de peróxidos a nível celular), prevenção de
falhas reprodutivas, estrutura muscular.
K Síntese de compostos envolvidos na coagulação
D3 Metabolismo mineral, formação da casca, fisiologia óssea, regula fisiologia renal para
reabsorção do Ca sanguíneo
Hidrossolúveis
B1 (Tiamina)  Metabolizar os hidratos de carbono, as proteínas e a gordura.
 Ela auxilia na produção de energia e no funcionamento do sistema nervoso, dos
músculos e do coração. Seu trabalho é em sinergia com a vitamina B2 e B3.
 Pela importância da vitamina B1 para o cérebro, ela pode influência no nosso humor!

B2 (Riboflavina) Estimula o crescimento, envolvida em reacções de oxidação-redução celulares, envolvida na


eclosão dos ovos
Niacina (Vitamina PP) Exigida para o empenamento normal
Piridoxina (B6) Metabolismo de aminoácidos, necessária ao crescimento e produção de ovos
Cianocobalamina (B12) Exigida para o crescimento, reprodução e na eclosão normal, envolvida no transporte de
grupos metil (Alcoólicas)
Ácido Pantotênico (B5) Previne dermatite (doenças da pele), envolvida na eclosão dos ovos
Ácido Fólico (B9) Previne anemia, cofactor enzimático em reacções de metilação nas células
Ácido Ascórbico Anti-stress, antioxidante metabólico, formação do colagénio (uma família de proteínas) que
(Vitamina C) ajuda problemas como má formação óssea, rigidez muscular…
Biotina (Vitamina Bh) Prevenção da perose (anormalidade), constituinte de fosfolipídios.
II.5. Fibras Alimentares
As fibras são substâncias que também estão presentes nos alimentos.
Elas são consideradas a parte do Carbohidratos que não é digerida.
Tendo a função:
1. Melhorar o trânsito intestinal,
2. Auxiliar na sensação de satisfação e saciedade (a sensação de fome passa mais rápido e a saciedade
é prolongada),
3. Ajudar no tratamento e controle do diabetes delito (por diminuir a concentração de açucar do
sangue), e no controle dos níveis de colesterol plasmáticos, entre outras funções.
Tipos de fibras:
4. Solúveis: dissolvem-se na água e tornam-se viscosa e ajudam a diminuir o colesterol, reduzindo o
risco de doenças cardiovasculares. Podem-se encontradas nas aveias, feijões e nas frutas.
5. Insolúveis: não se dissolvem nem com a mastigação. A maior parte passa inalterada através do tubo
digestivo
Tanto as fibras solúveis quanto as insolúveis podem ser encontradas nas frutas, principalmente com a
casca e/ou o bagaço, e nos vegetais folhosos, preferencialmente crus. Além disso, os grãos e os cereais
integrais também são fontes destes componentes da nossa dieta.
II.6. Sais minerais

 São substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes.
 Também encontrados nos tecidos moles como músculos, células sanguíneas e sistema nervoso.
 Possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido-básico, estímulos nervosos,
ritmo cardíaco e atividade metabólica.

Classificação:
Macroelementos: Elementos maiores: Cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo.
Microelementos ou oligoelementos: Elementos traço: Ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e
flúor.
Tabela 3. Elementos de minerais e as suas funções
Os elementos de Funções Sintomas de Carência Principais Fontes
nutrientes
Ferro 1. Atua no processo respiratório de Anemia hipocrônica,Cefaleia (dor Brócolis, Fígado de boi, Farinha
transporte de oxigênio e dióxido de de cabeça, Cansaço de soja, Feijão, Gema de ovos,
carbono no organismo. Banana, Carne Magra, Peixes,
2. Faz parte das enzimas que atuam no Mariscos, Amendoim cozido
processo de respiração celular.

Cálcio 1. Para o fortalecimento de ossos e dentes. A carência de cálcio no organismo Laticínios: leite, iogurte e queijos
2. Funcionamento adequado do sistema leva ao raquitismo (deformação ; Peixes ósseos; Agrião; Alface;
nervoso e imunológico, contração dos ossos dos membros Salsa; Beterraba; Batata-doce;
muscular, coagulação sanguínea e pressão inferiores) durante a fase de Brócolis; Cebola; Couve; Laranja;
arterial. desenvolvimento e a Milho e etc.
osteomalacia na fase adulta.

Fósforo 1. Atua na formação dos dentes e ossos; Dor nos ossos; Resistência a Leite e derivados
indispensável para o sistema nervoso e o insulina; Debilidade muscular; (principalmente queijos); Carne
sistema muscular, Falta de apetite; Taquicardia bovina; Castanha de Cajú;
(aumento da frequência Amendoim; Ovos
2. Junto com o cálcio e com a vitamina D
cardíaca); Perda de memória; (principalmente de galinha e
combatem o raquitismo.
pata); Peixes; Carne de porco;
3. Fósforo tem um papel importante na Alho; Cogumelo; Tamarindo;
produção de energia juntamente com Cereais e etc.
o cálcio.

Magnésio 1. Tem um papel fundamental na Alterações do sistema nervoso, Gérmen de trigo, tofu, água de
performance em esportes de resistência. como depressão, tremores e
insônia; Insuficiência cardíaca; coco, camarão, cereais, soja,
2. Este mineral atua principalmente
Osteoporose; Pressão alta; acelga, quiabo.
nos músculos e ossos, onde ajuda
Diabetes mellitus; Tensão pré
na contração muscular e metabolismo
menstrual - TPM; Insônia;
energético.
Cãibras; Falta de apetite; e etc.
Cont´. Tabela 3. Elementos de minerais e as suas
funções
Os elementos Funções Sintomas de Carência Principais Fontes
de nutrientes

Zinco Necessário para a ação de enzimas, saúde do Retardo do crescimento, atraso Pão, frutos do mar, feijão,
sistema imunológico, maturação sexual na maturação sexual, lesões na carne magra, semente
masculina, crescimento e formação de tecidos. pele, alopecia e abóbora, leite, iogurte e queijo.
imunodeficiências.

Potássio Manutenção do líquido intracelular, contração Cansaço, fadiga, fraqueza, dores Frutas secas, frutas frescas,
muscular, condução nervosa, frequência musculares, hipotensão, banana, cítricas, vegetais crus
cardíaca, produção de energia, e síntese de vômitos e dilatação/aumento ou cozidos, vegetais verdes
proteínas e ácidos nucleicos. cardíaca. folhosos e batata.

Sódio Equilibra os líquidos corporais, juntamente Convulsões, fraqueza e letargia. Sal de cozinha, carnes e
com o potássio e cloreto, manutenção do produtos com base de carne,
equilíbrio ácido básico, excitabilidade de queijos, sopa, vegetais
músculos e controla a pressão osmótica. enlatados, pão.

Flúor e outros Flúor e fluoreto são necessários para amarrar Cáries dentárias Água potável e alimentos
minerais o cálcio aos ossos. processados que foram
Este e outros minerais como boro, cromo, preparados ou reconstituídos
cloreto, cobre, manganês, molibdênio, selênio, com água fluoretada
silício, enxofre e vanádio são necessários para
a saúde em quantidades extremamente
reduzidas.
II.7. Energia
Como consegui-la?

• Deve-se ter muito claro, que o ser humano depende, principalmente, de seu
corpo para exercer as atividades do dia-a-dia, e poucas coisas influencia
tanto como a alimentação.
• É importante saber que os alimentos funcionam para o corpo assim como o
combustível para o carro, ou seja, sem eles não conseguiriam realizar
atividades simples do dia-a-dia.
• Para que esse "combustível" seja adequado para o organismo, é importante
manter a qualidade da alimentação, compondo as refeições com o equilíbrio
de todos os grupos de alimentos.
A ALIMENTAÇÃO E AS NECESSIDADES HUMANAS
III. Necessidades Humanas
A necessidade humana sob o menu de comida/alimento dependendo sobre a idade, por exemplo:
 As crianças precisam de um menu de alta qualidade com uma quantidade suficiente;
 As pessoas com a idade efectivo exigem um menu simplesmente de qualidade eficaz por quantidade
de acordo com os seus trabalhos;
 Os idosos precisam de um menu personalizado com as suas condições.

Para que responda as necessidades humana sob a alimentação sustentávelmente é preciso definir com o
programa de segurança alimentar, isto é,:
 Assegurar a disponibilidade de alimentos e nutrientes na quantidade e na qualidade exigida;
 Os preços são acessíveis para cada família;
 Tendo em conta o rendimento dos agricultores, pecuaristas e pescadores.
Visão do programa de segurança alimentar:

 A disponibilidade de comida/alimento de forma adequada, justa, segura e acessível;

 Otimização de recursos domésticos através da intensificação, extensificação, diversificação e

reabilitação;

 Processamento de Alimentos (agro-indústria), a fim de aumentar as receitas;

 O sistema de distribuição de alimentos;

 A diversidade de alimentos;

 Elevada do o padrão de vida.

A escassez ou a auto-suficiência dos alimentos num país pode ser acontecido ou flutuada em qualquer tempo.

A causa destas flutuações, entre outros são: (1) Clima; (2) Plantas daninhas e os organismos que provocam

doenças e as pragas; (3) Desastres naturais; (4) A crise financeira; (5) Redução da terra produtiva ou

infertilidade da terra; (6) A aplicação de técnicas de cultivo que não respeitam o ambiente; (7) Muitas vezes

falta de solidariedade aos agricultores.


Além disso os maiores problemas comum enfrentado que originam a falta de comida são, entre outros:

(1) A população continua a aumentar;

(2) Não há conversão de terras produtivas;

(3) Deslocando o consumo de não-arroz para arroz;

(4) Exigência de qualidade e quantidade em alimentação torna-se maior;

(5) Os danos ao equilíbrio biológico;

(6) Mais o estreitamento das áreas florestais, o que provoca a erosão maior e os solos agrícolas tornam-se

inprodutivo.
Unidade IV – Energia e Produção Agrícola
ENERGIA NOS SISTEMAS ECOLÓGICOS, FLUXOS DE ENERGIA E
CADEIAS ALIMENTARES

A. Energia nos sistemas Agrícolas

Energia = capacidade de trabalhar


• Primeira lei da termodinâmica: lei da conservação da massa e energia, a energia pode ser
transformada de um tipo em outro, mas nao pode ser criada nem destruida;
• Segunda lei, é a lei da entropia: é uma medida de energia não-disponível que resulta das
transformações.
– Os organismos conseguem manter um alto grau de ordem interna, consegue-se isso
através de uma contínua e eficiente dissipação de energia de alta utilidade (luz, alimento)
para dar energia de baixa utilidade (calor). A quantidade é sempre degradada

Fonte de energia ambiental Sol

As plantas são capazes de transformar energia física em energia química

Produtores primários
Fluxo de energia na Terra
Fluxo e Quantidade de Energia
Perdas na
respiração
Quantidade de energia

Total Total
assimila disponível
Perdas
dos para os nas
pelos herbívoros fezes
vegetais

Total
Fluxo de
assimilados
pelos Total disponível para os carnívoros energia
herbívoros
Balanço Energético
Evaporação, calor,
100% reflecção e radiação de 100%
onda longa (93%)

7% 7%
1% 1%
2%
2%
2%
4%
1%

3% 1%

1%
B. Uso de energia para as actividades das plantas

Do ponto de vista energético, um sistema de produção agrícola pode ser interpretado como de
conversão da energia da radiação solar em energia de alimentos, com a intervenção de água e gás
carbónico (CO2) e de produtos semi-elaborados, como os fertilizantes, os pesticidas, as sementes,
etc.

• A energia solar é a principal fonte para o crescimento da planta e noventa por cento da matéria
seca das culturas agrícolas provêm da transformação do carbono através da fotossíntese e que
esta vai dependendo de luz.
• Para as plantas clorofilas, luz solar é muito determinante no processo de fotossíntese.
Fotossíntese é o processo básico nas plantas para sintetizar os alimentos.

• O alimento sintetizado ou seja fabricado pelas plantas determinará a disponibilidade de


energia para o crescimento e desenvolvimento de uma planta.
Fotossíntese

• Considerada a fonte primária de energia, a


fotossíntese é o processo pelo qual as plantas
sintetezam, na presença de luz, compostos
orgânicos a partir de matéria inorgânica.
• Essencial para a manutenção de todas as formas de
vida, a fotossíntese produz compostos que possuem
mais energia do que as matérias-primas que utiliza.
• Com a energia solar, gás carbônico (composto
pobre em energia) e a água, são convertidos em
compostos energéticos e oxigênio.
C. Relação Entre a Luz Solar com as Plantas com o processo de fotossíntese.
• A fotossíntese é o processo de fazer o alimento que ocorre em plantas verdes com o ajudo da luz solar e
enzimas.
• Funções principais das folhas das plantas é absorver o dióxido de carbono (CO2) e água para produzir
açúcar e oxigênio necessário como alimento.
• As plantas absorvem a luz, porque tem um pigmento chamado clorofila.
• Este pigmento que dá cor verde as folhas da planta.
• A clorofila contida em organelas chamadas cloroplastos e esta clorofila que absorve a luz a ser utilizada na
fotossíntese.
• Nas folhas, existe uma camada de células chamadas mesófilo contendo meio milhão de cloroplastos por
milímetro quadrado.
• A luz vai passar através da camada da epiderme incolor e transparente, para o mesofilo, o lugar/cenário
do acontecimento de maior parte do processo de fotossíntese.
• Os materiais e o resultado final do processo da fotossíntese são escritos da seguinte forma:

(energia solar 673.000 caloria + clorofila

6 CO2 + 12 H2O C6H12O6 + 6 O2 (Glicose) + 6 H2O


D. Efeito de escassez/falta de Luz para as Plantas
• A escassez/falta de luz solar pode perturbar o processo de fotossíntese, embora a necessidade de luz
esteja dependendo para cada espécie das plantas.
• Por outro lado, menos de intensidade de luz no tempo de ocorrer o desenvolvimento de uma planta pode
ocasionar os sintomas de estiolamento (etiolation), de onde o rebento das ramificações crescerá rápido
porém fisicamente é fraca e as suas folhas são de menor tamanho, menos espessa/magra e de cor pálida
(não seja verde).
• Aparecimento dos sintomas de estiolamento (etiolation) é causada pela falta de luz solar ou seja, as
plantas crescem num ambiente escuro.
E. Fotoperiodismo

É uma resposta fisiológica das plantas ao fotoperíodo, ou seja, a duração de dia comparando com a duração de
noite que varia ao longo das estações (tempos) do ano
• Cada tipo de planta tem propriedades diferentes em termos de fotoperiodismo (photoperiodism), a duração
da irradiação em um dia recebidas pelas plantas.
• As diferenças na forma de como as plantas respondem à radiação são também chamados de fotoperiodismo
(photoperiodism), faz com que as plantas são agrupadas em:
– plantas de dia neutro (Indiferente),
– plantas de dia-longo e
– plantas de dia-curto.

• Tipicamente o inverno (tempo udan) tem noites mais longas e


dias curtos . No verão (tempo bailoron) tem dias longos e noite
curtas. Na primavera, o cumprimento do dia está aumentando e da
noite diminuindo. No outono, ocorre ao contrário.
• Baseando-se na quantidade de luz a que são expostas, as plantas
alteram seus ritmos (tempos) internos para determinar a época de
brotamento, floração, perda de folhas e germinação de
sementes
F. As plantas em relação com a fotossíntese, são agrupados em três grupos, a saber: Plantas C3, C4 e
Plantas CAM.

A diferença entre os três está na reacção química dentro destas plantas.


Plantas C3

• Nas plantas C3, a produção inicial de fixação de CO2 é PGA (ácido de 3-fosfoglicérido).

• Composto por agrupamento da reacção química dentro de estroma cloroplastos que não necessita energia e luz solar
directamente.
• Fonte energia necessitada provém da fase de luz fotossintética. Agrupamento desta reacção acontece
simultaneamente e continua.
• Este grupo da planta necessita a energia em quantia de 3 ATP. PGAL produzido pode ser utilizado no caso em que
como material de construção das células, para a manutenção das células e esta está armazenado na forma de
amido (pati).
• Com base do processo de reacção que ocorre nas plantas C3, pode-se considerar que as plantas C3 possam crescer
bem debaixo de sombra ou nos lugares com intensidades de luz baixo.

Plantas C4
• É a planta que consegue crescer nos campos exposta à intensidade de luz maior.

• Produção inicial de fixação de CO2 é os ácidos de oxaloacético, malato e aspartate (seus resultados na forma dos
ácidos carbonado de C4).

• As reacções acontecem na mesófila das folhas, em que inicialmente reagido com H2O e forma HCO3 (Bicarbonato)
com ajudo de enzima anidrase carbônica.

• Possui uma célula de bainha (seludang) para além do mesófilo. Cada molécula de CO2 fixado necessita-se de 2 ATP.

• A fotossíntese de planta C4 e C3 é igual, usando o ciclo de Calvin com apoio de enzima de Rubisco.
Plantas de CAM/MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas)

• Enquanto a planta de CAM/MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas) possui suas características de ter
folhas suficientemente grossa ou espessada o que por sua vez recorre a baixa de taxa da transpiração.

• Seus estómatos abrem-se somente na noite. O amido (pati) é decomposto através do processo de
glicólise e formou PEP (enzima de fosfoenolpiruato).

• O CO2 que entrou após reagido com água como acontece nas plantas C4, fixado pelo PEP e converteu-se

em malato.

• Durante o dia malato difunde (difusão) passivamente fora do vacúolo e descarboxilar-se.

• Este acontece no mesmo processo com as plantas C3 durante o dia com o ciclo de Calvin e as plantas C4
durante a noite com o ciclo de Hatch e ciclo de Slack.
Há vários factores importantes que determinam a velocidade de fotossíntese, a saber:

1. A intensidade de luz. A taxa de fotossíntese e máximo quando houver uma grande quantidade de

intensidade de luz;

2. A concentração de dióxido de carbono (CO 2). Quanto mais dióxido de carbono no ar, mais o número de

materiais que pode ser utilizado pelas plantas para fazer fotossíntese;

3. Temperatura. As enzimas que atuam no processo de fotossíntese só podem trabalhar na temperatura ideal.

A taxa de fotossíntese geralmente aumenta com o aumento da temperatura até o limite de tolerância de

enzima;

4. O teor de água. A escassez de água ou seca pode causar o fechamento dos estômatos, inibindo absorção de

dióxido de carbono, reduzindo assim a taxa de fotossíntese;

5. Níveis de fotosintatos (Produtos químicos resultantes da fotossínteses). Se os níveis de fotosintatos

como os hidratos de carbono diminuem, aumenta a taxa de fotossíntese. Se os níveis de fotosintatos

aumentam ou até mesmo à saturação, a taxa de fotossíntese é reduzida;

6. Fase de crescimento. A pesquisa mostra que a taxa da fotossíntese e muito mais elevada nas plantas

recém-germinadas do que as plantas adultos. Isto é provavelmente porque as plantas germinarem requer

mais energia e alimentos para crescer.


• Luz solar fornece a energia necessária para o crescimento de plantas / árvores directamente através da
vegetação ou através de outros organismos, que depende das substâncias orgânicas sintetizadas pelas
plantas verdes.
• A qualidade da luz está intimamente relacionado com o comprimento de onda, em que os comprimentos de
onda de fotões roxos e azul têm mais energia quando comparado com o comprimento de onda de laranja e
vermelho.
• A qualidade da luz é distinguida por o comprimento de onda que tinha ocorrido.
– O comprimento de onda de 750-626 mu é vermelho.
– O comprimento de onda de 626-595 mu é laranja / laranja.
– O comprimento de onda de 595-574 mu é a cor cobre.
– O comprimento de onda de 574-490 mu é cor verde.
– O comprimento de onda de 490-435 mu é azul.
– O comprimento de onda de 435-400 mu é a cor roxa .
• Todas as cores destes comprimentos de onda afetam a fotossíntese e também afetam o crescimento e
desenvolvimento de uma planta quer generativas ou vegetativas, mas amarelo e verde é muito pouco usada
pelas plantas, o comprimento de onda dos mais amplamente absorvido no território de violeta azulada e
laranja avermelhada.
Produção Agrícola

• O volume e as espécies das produções agrícolas variam segundo a natureza, a utilização e a superfície das
terras consideradas.
• Estas podem incluir culturas permanentes ou temporárias, terras de pousio, florestas, pastagens e mesmo
áreas incultas.
• A área agrícola não é só por si suficiente para avaliar a dimensão da produção, que depende naturalmente
do solo, da fertilidade da terra, dos meios de produção utilizados e da força de trabalho disponível.

Definições em Agronomia sobre a Produção Agrícola:

A produção máxima é a maior produção alcançada sem que se refere à preservação dos recursos naturais.

Produção ideal (Produção óptima) é a produção em que os benefícios economicamente obtidos consoante com
o nível de danos dos recursos naturais no ponto mínimo.

A produtividade é a capacidade da terra para produzir produção biológica em um determinado tempo e numa
área.
Produtividade Primária (PP)

• PPBruta: é a quantidade de material produzido pela fotossíntese (fossíntese ou assimilação


total), num período fixo de tempo. PPB de um ecossistema, plantação ou indivíduo.
• PPLíquido = PPB – respiração (energia gasta para a manutenção do indivíduo). A PPL é a
parte da energia que está disponível como alimento aos consumidores (ou seja, é a parte
utilizável, energia que foi armazenada nos tecidos vegetais).
• A PP varia em um mesmo ecossistema de acordo com a idade do indivíduo e com a estação
do ano (quanto mais jovem o indivíduo, menor é a PP). Normalmente a PPB é maior no verão,
ou em regiões mais quentes.
• PL da comunidade: é a taxa de armazenamento da materia organica nao utilizada pelos
heterotrofos (ou seja, a PPL – o consumo heterotrofico), durante certo periodo (1 ano ou a
estacao de crescimento)
• P Secundaria: taxa de armazenamento energetico em niveis de consumidores (quantidade de
energia assimilada pelos consumidores).
Ilustração das duas leis da termodinâmica

(A) Raios solares, 100 unidades


Folha, sistema de conversão de energia
Forma diluida de energia

(B) Calor, 98 unidades


Forma muito diluida
(dispersão) de energia
A = B + C (primeira lei)
C é sempre menor que A (segunda lei)

(C) Açúcares 2 unidades


Forma concentrada de energia
Morfologia das Plantas e Suas
Funções
A. Conceito de Morfologia das Plantas

A morfologia é uma área da ciência especializada em estudar a estrutura e a formação das coisas.

A morfologia vegetal é um ramo da botânica com a finalidade de documentar as plantas de forma


estrutural, auxiliando também nas classificações das plantas.

Morfologia externa das plantas angiospermas e gimnosperma

O corpo da maioria das plantas angiospermas e gimnospermas é dividido


em duas partes principais: uma localizada sob o solo, constituída pelas raízes,
e outra área constituída pelo caule, folhas,flores e frutos.
 As células das raízes, assim como as células de muito caules, não fazem
fotossíntese e por isso dependem do alimento produzido nas células das
folhas.
 O caule, folhas, flores e frutos, por sua vez, dependem da água e dos sais
minerais absorvidos pelas raízes.
Definição entre Angiospermas e Gimnospermas
Angiospermas: Produzem sementes protegidas (recobertas) por um fruto, ou seja estas plantas produzem sementes e
frutos. Ex: laranja, pêssego, abacate, etc.
Gimnospermas: Produzem sementes nuas (fora do fruto), ou seja estas plantas produzem sementes mas não produzem
frutos. Ex: Pinus, Araucária (pinhão), etc.

Os dois grandes grupos de angiospermas

• As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.


• São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, bambu, alho,
cebola, banana.
• São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, mogno,, abacateiro, morango,
macieira, algodoeiro, café, girassol .

Os cotilédones
Todo embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
1 a radícula, que é a primeira estrutura a emergir quando o embrião germina; e
2 o caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias.
As Diferenças Entre as Plantas Dicotiledônea e Monocotiledônea

Dicotiledônea

Monocotiledônea

Figura: Diferença das estruturas morfológicas entre as plantas dicotiledônea (em cima) e mocotiledônea (em baixo):
forma de raíz ; Pivotante e Fasciculada, caúle: cámbio vascular/ sistema de transportação (Xilema e Floema); círculo e
espalhadas, nervuras das folhas: reticulares/oposta e paralela, e forma da flor. (Postletwait & Hopson, 1995)
B. ANATOMIA VEGETAL
A composição da estrutura anatómica das plantas formado por varios tecidos. Tecidos são conjunto das
celulas que se encontram nas plantas. Todos têm origem em tecido embrionário, o meristemáticos.

Tecidos vegetais.

1.Tecidos meristemáticos:
• É básicamente o tecido embrionário na planta adulta que pode
dividir em novas células (actividade mitótica) e produzir outros
tecidos. São geralmente de parede fina, com muito citoplasma e
vacuolo pequeno.
• Meristemas apical do caule = é para originar novas plantas como
caule a folhas
• Meristemas apical da raiz = é para originar raízes
2.Tecidos de revestimento
• Epiderme = é o tecido de revestimento primário e revestida pela
cutícula, que pode reduz o ressecamento
• Periderme ou endoderme = é o tecido de revestimento secundário
do caúle ou raíz, que separa o cortex do cilindro central das
plantas vasculares. Meristemáticos
3.Tecidos de parenquimáticos

É um tecido de prenchimento adulto e importante para a maioria das funções vegetais,


como suporte e sustentação das plantas. Em nele que se encontram o estocagem de
água, comum em plantas de ambiente seco e pode fazer acúmulo de substâncias de
reserva.

1. Clorênquima = rico em cloroplastos e é responsavel pela fotossíntese.

2. Aerênquima = tem espaços intercelulares muito desenvolvido que acumulam ar

4.Tecidos de condução
• Xilema = transporta água e sais minerais da raíz para todo o corpo da planta
• Floema = transporta os produtos da fotossíntese das folhas para todo o corpo da
planta.
Tecidos de condução
Xilemas (Lenho ou vasos lenhosos);
• Origem no procâmbio ou câmbio vascular
• Transporte seiva bruta (água e sais minerais) para todas as folhas
para produzir alimentos (soluções orgânicas)

Floemas (Vasos liberianos ou liber);


• Células viva, apenas com celulose (Vasos crivados)
• Transporte de soluões orgânicas (seiva elaborada)

Sentidos de transportes;
Xilema com sentido ascendentes e
Floema com sentidos descendentes
A casca de uma árvore, que contém vários tecidos, entre os quais o floema, pode ser removida
por uma técnica chamada cintamento, que consiste na retirada de um anel completo da casca
(anel de Malpighi ou anel córtico-liberiano), ao redor de toda a circunferência da planta.

A retirada desse anel impede que a seiva elaborada seja distribuída para as raízes, que acabam
morrendo; mais tarde a planta também morre, pois as folhas deixam de não receber a seiva bruta,
que é necessária à fotossíntese.
C. ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS E AS FUNÇÕES

1. RAIZ
Definição
Órgão geralmente subterrâneo, que destina-se à fixação do vegetal ao substrato e a captação e
transporte da seiva inorgânica, também funcionando como órgão de reserva.
Origem
•radícula do embrião e exógena
Características
Morfológicas Fisiológicas
Subterrâneas e clorofiladas Absorção de seiva
Corpo não segmentado Geotropismo + e fototropismo -
Sem folhas e gemas Crescimento subterminal
Com coifa e pêlos radiculares Raro fotossintetizante

Funções
• fixação da planta, absorção, condução e reserva
• Quase sempre a raiz é originada a partir da radícula do embrião, localizado na semente

Fig.. Partes das semente

• A partir dela surgem ramos secundários. No entanto, é freqüente surgirem raízes a partir de
caules e mesmo de folhas. Essas raízes conhecidas como adventícias (do latim advena = que
vem de fora, que nasce fora do lugar habitual), são comuns, por exemplo, na base de um pé
de milho.

Fig.. Raízes Adventícias


As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que possuem raízes
aéreas, comuns nas trepadeiras, bromélias, orquídeas, enquanto outras possuem raízes
submersas, como os aguapés, comuns em represas.

Fig. Raiz aérea Fig. Raiz aquatico

Temos dois tipos básicos de sistema radicular: o pivotante, em que há


uma raiz principal, e o fasciculado, em que os ramos radiculares são
equivalentes em tamanho e aparência, não apresentando uma raiz
principal.

Fig.. Partes da raiz


• A extremidade de uma raiz é envolta por um capuz de células
denominado coifa, cuja função é proteger o meristema radicular, um
tecido em que as células estão se multiplicando ativamente por
mitose. É no meristema que são produzidos as novas células da raiz,
o que possibilita o seu crescimento.
• Logo após a extremidade, localiza-se a região onde as células
surgidas por mitose crescem. Nessa região denominada zona de
distensão (zona de crescimento) ou de alongamento celular, a raiz
apresenta a maior taxa de crescimento.
• Após a zona de distensão situa-se a zona pilífera da raiz, que se
caracteriza por apresentar células epidérmicas dotadas de projeções
citoplasmáticas finas e alongadas, os pêlos absorventes. É através
desses pelos que a raiz absorve a maior parte da água e dos sais
minerais de que precisa.
• Já a região de ramos secundários é aquela que se nota o brotamento
de novas raízes que surgem de regiões internas da raiz principal.
Regiões da raiz
Coifa ou Caliptra Reveste o cone vegetativo. Proteção.
Lisa ou de Crescimento Promove o crescimento. Multiplicação e desenvolvimento celular
Pelífera Absorção.
Ramificação ou suberosa Células com paredes impregnadas de suberina. Origina raízes
laterais.
Colo ou coleto Região de transição
Tipos de Raizes
a. Raizes tuberosas, como as da mandioca, da batata-doce e do nabo armazenam reservas
alimentares, principalmente na forma de grãos de amido, utilizadas durante a floração e a
produção de frutos pela planta.
b. Raízes respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas a realização de trocas gasosas com Raiz tuberosa de
beterraba
o ambiente
c. Raízes-suportes, também chamadas raízes-escoras, aumentam a base de fixação da planta
ao solo.
d. Raízes aéreas são características de plantas epífetas, isto é, que vivem sobre outras plantas
sem parasitá-las Raízes respiratórias
ou pneumatóforos
e. Raízes sugadoras são adaptadas à extração de alimentos de plantas hospedeiras, sendo dos manguezais
características de plantas parasitas, como o cipó-chumbo e a erva-de-passarinho. As raízes
sugadoras possuem um órgão de fixação, chamado apreensório, do qual partem finas
projeções denominadas haustórios. Os haustórios penetram na planta hospedeira até
atingir os vasos condutores de seiva, de onde extraem água e nutrientes de que a planta Raízes-suportes
parasita necessita para sobreviver. No caso de a planta ser hemiparasita, a exemplo da erva-
de-passarinho (é clorofilada, e portanto autótrofa), somente a seiva bruta (água e
minerais), que transita pelos vasos lenhosos do xilema, é retirada da planta hospedeira.

Raízes Sugadoras
2. CAULE

• Órgão vegetativo, geralmente aéreo, que sustenta folhas, flores e frutos; distribui as seivas; reserva

substâncias nutritivas e princípios ativos medicinais.


• Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo.
• Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente. Caules
subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou botões vegetativos, a
partir dos quais podem se desenvolver ramos e folhas.
• Caules jovens têm células clorofiladas e são revestidos por uma epiderme uniestratificada, isto é,
formada por uma única camada (estrato) de células.
– Plantas que apresentam pequeno crescimento em espessura, como as gramíneas, por exemplo,
também apresentam caules revestidos pela epiderme e esta pode ainda apresentar sobre si,
externamente, uma cutícula protetora.
• Já em plantas que crescem muito em espessura, transformando-se em arbustos ou árvores, a
epiderme é substituída por um revestimento complexo, formado por vários tecidos.
– O tecido mais externo é formado por células mortas, que conferem o aspecto áspero e opaco
aos troncos das árvores. Esse revestimento multitecidual, denominado periderme, acompanha
o crescimento em espessura dos troncos.
As funções do caule

• Produção e suporte de ramos, flores e frutos;


crescimento e propagação vegetativa; condução reserva
de alimento; fotossíntese.
• caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do
ponto de vista estrutural como funcional.
• Em outras palavras, além de constituir a estrutura física
onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as
funções de condução de água e sais minerais das raízes
para as folhas, e de condução de matéria orgânica das
folhas para as raízes.
2.1. MORFOLOGIA EXTERNA

• Nó região de emissão das folhas

• Entrenó ou meritalo região entre dois


nós consecutivos

• Gema Terminal ápice ou ponto vegetativo;


constituído por escamas e promórdios foliares

• Gemas laterais (ou axilares) axila das


folhas; pode produzir ramo folioso ou flor.
2.2.GEMAS
As gemas caulinares são formadas por grupos de células
meristemáticas, capazes de se multiplicar ativamente por mitose. Um
conjunto de células meristemáticas forma um meristema, motivo pela
qual as gemas caulinares também são chamadas meristemas
caulinares.

No ápice do caule (e de cada ramo) existe sempre uma gema (ou


Fig.. Gemas
meristema) apical, que permite o crescimento em extensão graças à
multiplicação das células meristemáticas. À medida que o caule cresce
diferenciam-se lateralmente, regiões onde surgem folhas egemas
axilares (ou laterais). As regiões onde se inserem as folhas e as gemas
são denominadas nós e os espaços entre os nós são chamados
entrenós.
Fig..Gema no ápice do caule

As gemas axilares são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre a folha e o ramo, que os
botânicos denominaram “axila” foliar. As gemas axilares permanecem inativas durante certo período, denominado
dormência após o qual podem entrar em atividade, originando ramos laterais.
2.3. TIPOS DE CAULES
A. CAULES AÉREOS
A.1. Erguidos
a. Haste b. Troncos são caules robustos,
desenvolvidos na parte inferior e
ramificados no ápice. São encontrados na
maioria das árvores e arbustos do grupo
das dicotiledôneas.

c. Estipes são caules geralmente d. Colmos são caules não-

não ramificados, que ramificados que se distinguem

apresentam em seu ápice um dos estipes por apresentarem,

tufo de folhas. São típicos das em toda a sua extensão, divisão

palmeiras. nítida em gomos. Os gomos dos


colmos podem ser ocos como no
bambu, ou cheios como no milho
ou na cana-de-açúcar.
e. Cladódios são caules modificados, adaptados à
realização de fotossíntese. As plantas que os
possuem perderam as folhas no curso da evolução,
geralmente como adaptação a regiões de clima seco.
A ausência de folhas permite à planta economizar
parte da água que será perdida por evaporação

A.2. Rasteiros

a. Estolão ou estolho é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo gemas de
espaço em espaço. Essas gema podem formar raízes e folhas e originar novas plantas.
A.3. Trepadores
a. Caules trepadores estão presentes em plantas trepadeiras e crescem enrolados sobre diversos tipos
de suporte. Esse tipo de caule representa uma adaptação à obtenção de locais mais iluminados, em
que há mais luz para a fotossíntese.

Volúveis Sarmentosos Lianas


B. CAULES SUBTERRÂNEOS

B.1. Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns rizomas ocorre
acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. Rizomas podem ser
distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais.
• O gengibre, usado como tempero na cozinha oriental, é um caule tipo rizoma.
• Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por folhas.
Uma única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro
do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um
cacho com várias pencas de bananas.
• A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos
alimentos mais consumidos no mundo.
B.2. Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os bulbos
costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso, cheio (Sólido) e Composto.
 Exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é pouco
desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias
nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem as
raízes.
 O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas
parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio.
 No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma
casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.
Tunicado Escamoso
Sólido Composto
3. A FOLHA: LOCAL DA FOTOSSÍNTESE
• De formato extremamente variável, uma folha completa é formada por um “cabinho”, o
pecíolo, e uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras.
• Uma folha é sempre originada a partir de um gema lateral do caule. Existem dois tipos
básicos de folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam:
– as paralelinérveas, típicas das monocotiledôneas,
– e as reticulinérveas, comuns em dicotiledôneas.
A principal função da folha é servir como local em que é realizada a fotossíntese.

Funções: Fotossíntese
Respiração, transpiração e gutação
Condução e distribuição das seivas

Em algumas plantas, existem folhas modificadas e que exercem funções


especializadas, como as folhas aprisionadoras de insetos das plantas insetívoras, e
os espinhos dos cactos.

Regiões da folha
•Limbo: luz solar e gás carbônico
•Pecíolo: une o limbo ao caule
•Bainha: protege as gemas axilares (Base
foliar)
•Estípulas
3.1. ALGUMAS ESTRUTURAS FOLIARES ESPECIAIS
• Em algumas plantas, principalmente monocotiledôneas, não há um tecido
propriamente dito, mas um estrutura conhecida pelo nome de bainha, que serve de
elemento de ligação da folha à planta. É o caso, por exemplo, da folha de milho.
• Já em eudicotiledôneas, próximas aos pecíolos existem estruturas de formatos
diversos – podem ser pontiagudas, laminares ou com a forma de espinhos –
conhecidas por estípulas.
3.2. PLANTAS DESCÍDUAS E ABSCISÃO FOLIAR

• Em muitas espécies de angiospermas, principalmente nas adaptadas a regiões


temperadas, as folhas caem no outono e renascem na primavera
• Plantas que perdem as folhas em determinada estação do ano são chamadas
decíduas ou caducifólias. Plantas que não perdem as folhas são chamadas
de perenes.
• A queda das folhas no outono é interpretada como uma adaptação ao frio intenso
e à neve. Em vez de ter as folhas lesadas pelo frio do inverno, a planta as derruba
“deliberadamente” no outono, em um processo por ela controlado.
• A queda das folhas ocorre por meio de um processo chamado abscisão foliar.
• Inicialmente forma-se um tecido cicatricial na região do pecíolo que une a folha ao caule,
o tecido de abscisão, que interrompe gradativamente a passagem de água e nutrientes
minerais do caule para a folha.
• A planta, assim, perde as folhas com o mínimo de prejuízo e reduz a atividade metabólica
durante todo o inverno.
• Na primavera, surgem novos primórdios foliares junto às gemas dormentes, que logo se
desenvolvem em folhas.
3.3. CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS
• As folhas podem ser classificadas de diversas maneiras: de acordo com as suas regiões, a sua
disposição no caule (filotaxia), a forma do limbo, a forma da borda etc.

1. Quanto as suas regiões

Completas: Pecioladas

Invaginantes Sésseis
2. Quanto a disposição das folhas no caule (filotaxia)

Filotaxia.
• Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos de
filotaxia: oposta, verticilada e alternada.
• A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas.
• Quando três ou mais folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada.
• Quando as folhas se inserem em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos,
descrevendo uma hélice, a filotaxia é chamada alternada.

Folha oposta Folha verticilada

Folha alternada.
3. Quanto a subdivisão do limbo

O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais folíolos.
• Caso os folíolos de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do pecíolo,
dispondo-se como os dedos de uma mão, a folha é chamada de palmada.
• Quando os folíolos de dispõem ao longo do pecíolo, a folha é chamada de penada. As folhas
penadas podem terminar em um único folíolo, sendo chamadas imparipenadas, ou em dois
folíolos, sendo chamadas paripenadas.

Composta Penadas: Bicompostas: pecíolo Digitadas: folíolos


folíolos ao longo do comum apresenta-se dispostos no ápice do
pecíolo comum. subdividido pecíolo comum Simples
4. Quanto a subdivisão da forma e da margem do limbo
A forma e o tipo de borda do limbo são outras características utilizadas na classificação de folhas.

Forma Venação
Ápice Margem
4. FLOR

• A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas.


• Flores que apresentam órgãos reprodutores de ambos os sexos,
masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou monóica). Já
as flores que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos
(masculino ou feminino) são chamadas de dióica.
• Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de
folhas modificadas, os verticilos florais.
– Os verticilos se inserem em um ramos especializado,
denominado receptáculo floral.
– Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas,
a corola, constituída pelas pétalas, o androceu, constituído pelos
estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos.

Uma flor que apresenta os quatro verticilos florais, ou


seja, cálice, corola,androceu e gineceu, é uma flor completa. Quando falta
um ou mias desses componentes a flor é chamada incompleta.

Em algumas plantas muitas flores se agrupam em um mesmo ramo,


formando conjuntos denominados inflorescências. Inflorescências do brócolis
PARA QUE SERVEM AS FLORES?

• A flor presente somente nas plantas que precisam de reprodução sexuada, a flor é o aparelho
reprodutor que contem os gametas masculinos (androceu) e femininos (gineceu).
• A principal finalidade da flor é produzir a semente para a reprodução.
• Após a polinização e a fecundação, do processo reprodutivo que culminará na produção de
sementes dentro do fruto. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e virou fruto,
em seu interior os óvulos viram sementes.
• Quando a planta tem inflorescências para a reprodução, os frutos formados também ficarão
reunidos e constituirão as infrutescências. É o caso do cacho de uvas, da amora, da jaca e da
espiga de milho.

De modo geral as funções da flor em todos os seus estágios:


• Produção de gametas;
• Fecundação do haplonte levando a embriogênese, e
• Formação da semente e do fruto.
5. FRUTO

• Presente somente nas plantas denominadas angiospermas, o fruto é o órgão da planta

responsável pela proteção das sementes enquanto amadurecem.

• Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em

geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em

desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha

havido polinização.

• O fruto, no sentido morfológico, é o ovário amadurecido de uma flor. Assim, o fruto representa a

continuação de uma estrutura da flor, o ovário, que persiste após a antese e a polinização,

transformando-se numa estrutura auxiliar de proteção e dispersão das sementes, as quais,

aparecem a partir dos óvulos fecundados.


PARTES DO FRUTO

• Um fruto é constituído por duas partes principais:


o pericarpo, resultante do desenvolvimento das paredes do
ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos
P
óvulos fecundados.
ME
• O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada
mais externa), mesocarpo (camada intermediária)
e endocarpo (camada mais interna).
EN

• Em geral o mesocarpo é a parte do fruto que mais se EP


desenvolve, sintetizando e acumulando substâncias
nutritivas, principalmente açucares.
TIPOS DE FRUTOS

1. Quanto ao nº de sementes 3. Quanto à deiscência

• Monospérmicos Deiscente

• Dispérmico Indeiscente

• Trispérmico

• Polispérmico

2. Quanto à consistência do pericarpo 4. Quanto ao número de carpelos

• • Monocárpicos
Secos
• Apocárpicos
• Carnosos
• Sincárpicos
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS

• Simples: resultam de um ovário apenas


• Múltiplos: resultam dos diversos ovários de uma flor dialicarpelar
• Compostos ou Infrustencência: resultam da concrescência dos ovários das flores de uma
inflorescência
• Complexos ou Pseudofrutos: resultam de uma só flor, quando outras partes florais, além do
ovário, participam da sua constituição

Fruto Simples Fruto Múltiplo Fruto Composto Fruto Complexo


A diferença de fruta e fruto.
• O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é aquilo que
tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce.
• É o caso da laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maça, morango, amora.
• Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro.
• Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não
são frutas sim são vegetais.

Frutos Pseudofrutos e Frutos Partenocárpicos


Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido.
• No caju, ocorre hipertrofia do pedúnculo floral.
• Na maçã, na pêra e no morango, é o receptáculo floral que se desenvolve.

Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se alimentando do fruto
verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o pseudofruto.
Frutos Partenocárpicos
• Normalmente o desenvolvimento do fruto depende da polinização e da fecundação e de certos
hormônios de crescimento (AIA).
• Entretanto, alguns frutos como a banana (Musa) e o abacaxí (Ananas), formam-se sem
fecundação prévia e são portanto destituídos de sementes.
• No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, corresponde ao
ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes.
6. ORIGEM E ESTRUTURA DA SEMENTE

A semente é o óvulo modificado e desenvolvido.


– Toda a semente possui um envoltório, mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e
um material de reserva alimentar chamado endosperma ou albúmen.
– Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação da semente e
pode ser iniciada a germinação.
Os cotilédones
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
– A radícula, que é a primeira estrutura a emergir, quando o embrião germina;e
– Caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias.

Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas angiospermas possuem dois
cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem dois cotilédones, são chamadas de
eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone são chamadas de monocotiledôneas. Os cotilédones
inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule.
UNIDADE VI – Crescimento e Desenvolvimento
das plantas e os esfeitos fatores ambientais
A. Conceitos gerais

Crescimento é um fenômeno quantitativo e pode ser entendido como um aumento irreversível


em tamanho ou volume, geralmente acompanhado por um aumento de peso e de quantidade de
protoplasma. É conseqüência não apenas da divisão celular, mas, também, da distensão celular.

Já o Desenvolvimento é o termo usado para descrever as mudanças na estrutura funcional das


plantas, ou seja, o desenvolvimento é entendido como "as modificações observadas na forma,
bem como o estado de complexidade adquirido por um organismo". Trata-se de um fenômeno
qualitativo.

O estudo sobre o crescimento e desenvolvimento vegetal é de suma importância para o manejo


adequado uma vez que, estes processos estão associados às condições bióticas e abióticas que
lhes são oferecidos.

O crescimento e desenvolvimento das plantas estão relacionados com fatores internos principalmente com

os hormônios vegetais (fitormônios) e fatores externos (luz, água, temperatura, etc).


B. Fatores internos que influenciam o crescimento (Fitohormônios):

• Auxinas: Oriundas de meristemas de raízes e gomos, as auxinas atuam estimulando o

crescimento celular, alongando raízes e caules das plantas e também atuam no

desenvolvimento dos frutos. O ácido indolacético é a principal auxina encontrada nas

plantas, conhecida pela sigla AIA e controla muitos processos metabólicos das plantas.

• Giberelinas: Oriundas dos cloroplastos e tecidos das folhas, as giberelinas atuam estimulando

o alongamento de caules e gomos, e também no desenvolvimento do fruto. Possuem como

característica promover a germinação das sementes e estimular a floração de algumas

plantas.

• Citocinas: Presente em vários tecidos das plantas, as citocinas atuam estimulando a divisão

celular, promovem o desenvolvimento de gomos laterais e retardam o envelhecimento das

plantas.
• Etileno: O Etileno é produzido nos tecidos de raízes e folhas envelhecidas. Atua estimulando a

abscisão das folhas, promove a maturação dos frutos e também inibe o crescimento das

raízes e dos gomos laterais. Quando os frutos iniciam o processo de amadurecimento são

produzidos os estilenos, fazendo com que o processo se acelere.

• Ácido abscísico: Produzido nas folhas, o ácido abscísico atua estimulando a abscisão das

folhas e também agem inibindo a germinação das sementes e desenvolvimento de gomos. O

ácido abscísico também promove o fecho dos estomas (estruturas celulares responsáveis pela

troca gasosa das plantas com o meio ambiente) em plantas com déficit de água.
C. Fatores externos que afetam o crescimento vegetal
1. Luz
2. Temperatura
1. Alta
2. Baixa
3. Disponibilidade de água
4. Salinidade
5. Gases
1. Oxigênio
2. Gás carbônico
6. Solo

1. Luz

• A luz pode afetar diversos processos da planta além de ser fonte de energia para a fotossíntese
• Provavelmente é o fator ambiental mais importante na sinalização para o crescimento da planta
• Três características principais da luz tem efeito biológico:
– Qualidade
– Direção
– Quantidade
1.1. Luz: Qualidade

• É definida pelo comprimento de onda do espectro luminoso


• O espectro visível varia entre 400 e 700nm
• As plantas tem pigmentos específicos que captam diferentes comprimentos de onda:
– Criptocromo na faixa do azul (320-400nm)
– Fitocromo - no vermelho (660-730nm)
– Fotorreceptores de UV – no ultravioleta (280-320nm)
1.2. Luz: Direção

• A direção da luz pode influenciar:


– O crescimento orientado das plantas que resulta em curvatura: Fototropismo

Provavelmente um receptor de luz azul


está envolvido na resposta da planta,
intermediando a degradação
diferencial da auxina.

1.3. Luz: Quantidade

• A luz é uma forma de energia, pode ser medida em Watts/m 2


• Luz azul (400nm) tem o dobro da energia da luz infravermelha (800nm)
• Pode ser subdividida em dois aspectos:
– Intensidade
– Duração do período de luz (fotoperíodo)
1.4. Luz: Duração
• O Fotoperiodismo é uma resposta fisiológica das plantas ao fotoperíodo, ou seja, a duração
do dia comparada com a duração da noite que varia ao longo das estações do ano.
• Tipicamente o inverno tem noites mais longas e dias curtos. O verão tem dias longos e noites
curtas. Na primavera, o comprimento do dia está aumentando e o da noite diminuindo. No
outono, ocorre o inverso.
• Baseando-se na quantidade de luz a que são expostas, as plantas alteram seus ritmos
internos para determinar a época de brotamento, floração, perda de folhas e germinação de
sementes
• A percepção da duração do dia é regulada por um tipo especial de pigmento vegetal o
Fitocromo.
• A folha é o local de percepção do estímulo fotoperiódico
1.4.1. O fitocromo

• O fitocromo é sensível à luz vermelha do espectro eletromagnético (660-730nm)


• Localização intracelular: em membranas de retículo endoplasmático, mitocôndrias e etioplastos e
talvez na membrana plasmática. A distribuição parece modificar-se em função da iluminação.
• É mais abundante em tecidos meristemáticos (brotos, pontas de raiz), mas também está presente
em folhas
• Em Arabidopsis, pelo menos 5 genes codificam para a seqüência protéica do fitocromo, o
cromóforo é sempre o mesmo
• O gene PHYA se expressa abundantemente apenas em plantas crescidas no escuro, sua expressão
é inibida pela luz
• Os genes PHYB-PHYE parecem ter expressão constitutiva, mas a quantidade de fitocromo
produzida é bem menor, provavelmente atuam de modo cooperativo
• Existem mutantes incapazes de sintetizar o fitocromo, apresentam respostas alteradas à luz
Fitocromo: tipos de respostas

• Há dois tipos de respostas:


– Rápidas- envolvem eventos bioquímicos. Ex. reações enzimáticas
– Lentas- envolvem eventos morfológicos e de crescimento. Exemplo: indução floral
• As respostas se distinguem pela quantidade de luz necessária:
– Fluência muito baixa- não são reversíveis pelo vermelho longo (730nm). Ex: indução do
crescimento de plântulas de aveia
– Fluência Baixa- são reversíveis. Ex. germinação de algumas sementes fotoblásticas
positivas
– Alta fluência- não são reversíveis. Ex: indução da síntese de antocianinas
1.4.2. Fotoperiodismo: interrupção da noite

• A interrupção do período escuro com um flash de


luz vermelha (660nm) inibe a floração da planta
de dia curto
• Um flash de luz vermelha seguido de um flash de
vermelho longo (730nm), reverte o efeito
• Uma seqüência de flashs, com a luz vermelha por
último inibe a floração
• Uma seqüência de flashs, com vermelho longo
por último permite a floração, como se a noite
não tivesse sido interrompida
• Esse tipo de experimento demonstra a
fotorreversibilidade das formas do fitocromo
• Existem ainda plantas neutras, que são
indiferentes à duração do fotoperíodo
Fotoperiodismo e outros eventos
• Brotação de gemas dormentes
• Abscisão foliar no outono
• Formação de bulbos ao final da estação de crescimento
• Germinação de alguns tipos de sementes

1.4.3. Ausência de luz: Estiolamento 1.4.4. Fotoblastia: Importância ecológica


O foto-controle da síntese de clorofila • Evita que plantas de sementes pequenas germinem em local muito
sombreado, que impossibilita a sobrevivência das plântulas
• Plantas de sombra geralmente tem sementes neutras e ricas em reservas
1.4.5. Fotomorfogênese: genes envolvidos
• “O termo fotomorfogênese refere-se aos efeitos da luz sobre o desenvolvimento vegetal e o
metabolismo celular.” (Taiz e Zeiger, 1998)
• Como um todo, a fotomorfogênese é um processo complexo, que envolve uma grande
quantidade de genes
• Vários processos parciais podem ser isolados e cada um deles apresenta seus próprios
mecanismos de controle a partir de sinais luminosos
• O fitocromo participa da sinalização em vários desses processos
• Alguns envolvem indução da expressão gênica, enquanto outros dependem de inibição
• A construção desse tipo de mapa só foi possível com os avanços da biologia molecular, no
entanto, vários detalhes ainda estão sendo elucidados.
2. Temperatura

2.1. Temperatura baixa

• Reduz a atividade enzimática como um todo e pode causar diferentes injúrias, dependendo
da espécie e sua tolerância ao frio
• Sementes recalcitrantes de espécies tropicais geralmente não podem ser armazenadas a
temperaturas abaixo de 10-15oC
• Temperatura baixas, mas sem congelamento (0-10 oC) podem induzir respostas biológicas em
espécies adaptadas:
– Indução da floração (vernalização)
– Quebra de dormência de sementes embebidas (estratificação)
• O período de tempo necessário de tratamento varia
• O tratamento a baixas temperaturas simula as condições naturais de regiões de clima
temperado
• A expressão gênica e o balanço hormonal se alteram em resposta às baixas temperaturas
2.2. Temperatura alta

• Temperatura elevada pode induzir:


– Dormência secundária de sementes (termodormência)
– Danos celulares
– Aumento da transpiração
– Interrupção do crescimento
– Inibição da fotossíntese antes da respiração
• A temperatura limite para causar morte e o tempo de exposição variam entre espécies e órgãos
• O etileno está envolvido na superação da termodormência de sementes de alface

Interação entre luz e temperatura

• Principal interação
– Fotoperíodo – alternância de temperatura
– Para algumas espécies a vernalização deve ser seguida do fotoperíodo adequado para induzir a
floração
– Provavelmente a vernalização é necessária para que o meristema apical se torne competente a
responder aos sinais que induzem a floração
3. Disponibilidade de água
3.1. ÁGUA NO SOLO
• Constituído de porções sólidas, líquidas e gasosas
• O solo funciona como um reservatório mantido pelas chuvas, que fornece água para as plantas na medida que elas
necessitam
Três estados da água no solo:
1. Estado de adsorção; a água é carregada electricamente pelas particulas do solo e armazenada no solo
2. Estado de adesão ; a água é aderida aos minúsculos espaços existentes entre os blocos de material sólido
mantém esses capilares preenchidos
3. Estado de absorção; a água deslocam-se em direção para a planta porque ocorre absorção por parte das raízes

3.2. ÁGUA NAS PLANTAS


A água compõe 96% do peso vegetal e tornam meio fundamental para os fenômenos físicos e químicos nas plantas.
Papel da água nas plantas
1) Fenômenos químicos são ;
• Atuando como solvente, a água consegue deslocar sais minerais e açucar pelo corpo da planta
• Fornece íons de hidrogênio para a redução do gás carbónico na fotossíntese e facilita a formação do tubo
polínico e a disseminação de frutos e sementes
2) Fenômenos físicos são;
• Funciona como regulador de temperatura quando a planta é dotada de alta capacidade calorífica
• É também fundamental para a sustentação dos vegetais
ÁGUA NAS PLANTAS
Quantidade da água nas plantas pode variar, dependendo da espécie, do órgão ou tecido analisado.
Tecidos lenhosos apresentam pouca água (4%)
Parênquimas se apresentam bem hidratados ou muita água (95%)
A maior parte da água absorvida por uma planta, cerca de 98%, é na transpiração; 0,2% são utilizada na
fotossíntese e o restante fica retido nos tecidos
Conteúdo relativo da água (CRA) da planta.
CRA = PF1 – PS / PF2 – PS x 100
PF1 = Peso fresco primeiro
PF2 = Peso fresco segundo
PS = Peso seco.
3.3. Deficiência de água: efeitos
Stress hídrico Stress hídrico: Adaptações
• Leve • Bioquímicas
– Nas horas mais quentes do dia – Ajustamento osmótico,
– Fechamento estomático • reduz o potencial hídrico foliar e permite
• Moderado manutenção do turgor celular e absorção de água do

– Sazonal solo com potencial hídrico mais baixo

– Desaceleração cíclica do crescimento – Fechamento estomático

• Severo • Induzido pelo ABA

– Estiagem prolongada – Alteração da expressão gênica

– Perda de folhas, morte de plantas • Fisiológicas

• Muito severo – Fotossíntese C4 e CAM

– Clima desértico • Morfológicas

– Só plantas adaptadas – Folhas pequenas, espessas, modificadas em espinhos


– Raízes profundas ou muito espalhadas
4. Salinidade do solo
• Causa deficiência hídrica em plantas não adaptadas
• É comum em regiões áridas, manguezais e terras agrícolas manejadas inadequadamente
• Plantas adaptadas apresentam:
– Ajustamento osmótico
– Glândulas secretoras de sal

5. Gases

• Deficiência de oxigênio para as raízes geralmente


ocorre em condições de alagamento
• Ocorre aumento da síntese de ABA na raízes
– Fechamento estomático, mesmo que as folhas
não seja afetadas
– Senescência foliar prematura
• Paralisação do crescimento das raízes
• Respiração anaeróbica
• Formação de aerênquimas
• Raízes aéreas
Material de origem
6. Fator solo
Estrutura
Textura
Temperatura
Fatores do solo pH
Matéria orgânica
Atividade microbiana
Capacidade de troca de cátions
Sistemas de manejo

6.1. Fertilidade do solo


Solo fértil

Solo que apresenta todos os nutrientes em quantidades adequadas e não possui elementos tóxicos ao
crescimento vegetal.

Solo produtivo

Solo fértil localizado em região com quantidade de água e luz satisfatórias e ausência de pragas, doenças
ou qualquer outro impedimento ao crescimento vegetal.

“Todo solo produtivo é fértil, mas nem todo solo fértil é produtivo”
6.2. Lei do mínimo
“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais,
mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas” (Justus Von Liebig)

“A produção das culturas é limitada pelo nutriente mineral menos disponível às plantas”
Fatores do solo (químicos) Fatores do solo (biológicos)

• Mineralogia • Atividade microbiana


• Reação do solo (pH) • Relações simbióticas
• Disponibilidade de nutrientes • Atividade enzimática
• Elementos tóxicos
• Matéria orgânica
• Salinidade

Fator solo (preparo de solo)


• Além do controle de plantas daninhas, o preparo do solo visa melhorar as suas condições físicas para o crescimento das raízes e
das partes vegetativas, pelo aumento da aeração e infiltração de água e redução da resistência do solo ao crescimento radicular. O
preparo do solo adequado permite o uso mais eficiente da calagem, adubação e de outras práticas agronômicas.
• É importante usar corretamente as técnicas de preparo do terreno, para evitar a progressiva degradação física, química e biológica
do solo
Algumas causas da redução do desenvolvimento de plantas .
• Compactação do solo
• Correções do solo inadequadas
• Perda de fertilidade
• Perda de solo

Compactação
Unidade VII – Propagação das Plantas
A. Conceito Gerais de Propagação das Plantas - Princípios e Práticas

É um processo de multiplicação ou aumento do numero de plantas de uma mesma


espécie e ao mesmo tempo perpetuando suas características desejáveis.

A propagação de plantas é realizada de duas formas diferentes, ou seja, sexual e


assexual ou vegetativa.
• A propagação por sementes é um processo sexual, pois envolve a união de um
gameta masculino grão de pólen, com o gameta feminino, óvulo, para formar a
semente.
• A propagação vegetativa ou assexual é de grande importância quando se deseja
multiplicar um genótipo que é altamente heterozigoto e que apresenta
características consideradas superiores, e que se perdem quando propagadas por
sementes devido a variabilidade das mesmas.
Cont.,

• As plantas selecionadas devem ser principalmente resistentes as doenças


bióticas e abióticas.
• Cada planta, produzida individualmente por meio vegetativo, é, na maioria das
vezes, geneticamente idêntica a planta mãe, constituindo, assim, o maior
motivo de sua aplicação.

O sucesso da propagação requer conhecimentos relacionados; ao material vegetal, ao


ambiente e também à manipulação química de substâncias, além da habilidade
técnica que somente é adquirida com a prática e a experiência de especialistas, o que
na maioria das situações não está relacionado com a formação acadêmica do agente
envolvido no processo.
B. Historia de iniciação de tecnologia de propagação

• A propagação das plantas teve início com a ampliação da população na terra desde
o advento da civilização.
• A agricultura teve início há pelo menos 10.000 anos quando os povos antigos
perceberam que as plantas eram fundamentais para a sua sobrevivência e dos
animais.
• Com o avanço da civilização, as pessoas adicionaram diferentes variedades de
plantas, cultivando não apenas aquelas utilizadas para a alimentação mas,
também, espécies fornecedoras de fibras, medicinais, ornamentais, etc.
• Progressos no desenvolvimento da agricultura foram obtidos após a seleção das
espécies de plantas de interesse e do desenvolvimento de técnicas de reprodução
dessas espécies em larga escala, preservando características de interesse do
homem.
Cont.,
• Algumas espécies surgiram da seleção direta de espécies selvagens, que pela
manipulação seletiva pelo homem diferiram bastante dos tipos selvagens.
– Exemplos nesse grupo de plantas são o feijão, o tomate, a cevada e o arroz.

• Outros tipos de plantas surgiram por hibridações entre diferentes espécies, algumas
dessas que resultaram na mudança nos números cromossômicos. Essas plantas são
exclusivas para o cultivo agrícola e não apresentam parentesco com qualquer tipo
selvagem.
– Exemplos nesse grupo são o milho, o trigo, o fumo e o morango.

Os métodos de melhoramento genético foram incrementados após a divulgação dos trabalhos de


Gregor Mendel, em 1860.
• A explosão dos conhecimentos genéticos resultou no desenvolvimento de novas e
importantes cultivares.
Os progressos no melhoramento vegetal não teriam qualquer significado se métodos de propagação e
de manutenção desses melhoramentos não tivessem sido paralelamente desenvolvidos.
Cont.,

• Não é uma mera coincidência o fato de que algumas espécies de frutíferas bem
antigas sejam de fácil propagação a partir de estacas lenhosas.
– Como exemplos podemos destacar a videira, a oliveira, a amoreira, o
marmeleiro, a romãzeira e a figueira.
• Além disso, o desenvolvimento de técnicas de enxertias associado ao advento da
construção de casas de vegetação, no século dezenove, possibilitaram o
desenvolvimento de técnicas de enraizamento de estacas enfolhadas.
• Finalmente, a descoberta dos indutores químicos de enraizamento e o
desenvolvimento de sistemas de névoa e de sombreamento aumentaram o
sucesso na propagação de plantas em viveiros.
• A produção em larga escala de sementes foi revolucionada a partir dos princípios
genéticos, o que levou, dentre outros avanços, à produção de sementes híbridas.
Objetivos:

• Manter as características desejáveis da

planta mãe.

• Aumentar ou multiplicar o número de

plantas rapidamente.

• Antecipar a idade de início de

produção, especialmente em fruteiras

perenes.

• Prevenir perdas ou extinção de

espécies.

• Obter plantas com resistência a pragas

e doenças e melhor adaptadas ao clima

e solo.
C. Métodos de propagação de plantas

1. Sexuada : Sementes
2. Assexuada ou vegetativa
2.1. Espontânea:
1. Bulbos,
2. Tubérculos,
3. Rizomas
2.2. Induzida :
1. Divisão de Touceiras,
5. Enxertia
2. Estaquia, 1. Enxertia – Borbulhia,
3. Mergulhia 2. Enxertia – Encostia,
4. Cultura in vitro 3. Enxertia – Garfagem meia fenda,
4. Enxertia – Garfagem fenda cheia,
5. Enxertia – Alporquia
C.1. Propagação Sexuada ou por sementes
Definição

O método sexuado de propagar as plantas é os mais difundidos.

Praticamente todas as plantas do mundo são produzidas por sementes, inclusive

cereais, árvores florestais, hortaliças e gramas.

As sementes são usadas não só para a criação de novas plantas, que são duplicatas das plantas

que lhes deram origem, como também na procriação de espécimes inteiramente diferentes.

As pessoas que fazem experiências usam produtos químicos ou técnicas

laboratoriais para alterar a composição celular da semente, com o objetivo de

desenvolver uma variedade completamente diferente da planta que a

originou.

O sucesso na disseminação das espécies vegetais através da semente se devem aos mecanismos

de dormência e de dispersão, impedindo que as sementes germinem todos no mesmo tempo

após a maturação e no mesmo local.


Vantagens de Propagação Sexuada ou por sementes

 Maior longevidade;

 Desenvolvimento vigoroso;

 Sistema radicular mais vigoroso e profundo;

 Possibilidade de produzir grande números de mudas.

Desvantagens de Propagação Sexuada ou por sementes

 Não se tem a certeza de que os indivíduos formados, devido à recombinação gênica, mantenham
as mesmas características selecionadas das plantas parentais;

 Retarda a produção, devido ao longo período improdutivo ocasionado pela juvenilidade,


principalmente no caso de frutíferas;

 Irregularidade de produção, cor, características organolépticas e tamanho;

 Heterogeneidade entre plantas devido à segregação genética;


REQUESITOS PARA EFECTUAR MÉTODO SEXUADA OU POR SEMENTE

1. Escolha de cultivares
1.1. disponibilidade de sementes:
• É o primeiro item que se deve considerar na escolha de uma cultivar, se possui
semente o suficiente para a área que se deseja plantar.
1.2. Características agronômicas:
• Ciclo: A escolha de cultivares de diferentes ciclos, escalonando assim as práticas
culturais e reduzindo o número de máquinas e mão-de-obra, além disso provoca
uma diminuição nos riscos.
• Produtividade: Deve-se buscar uma variedade que garanta uma produção estável, e de
índices elevados.
• Susceptibilidade à doenças e pragas: Está diretamente relacionado com a produção, pois
não adianta ser altamente produtiva e ao mesmo tempo susceptível às pragas e
doenças disseminadas.
• Acamamento, debulha e brotamento: Dentro de uma mesma espécie existem
diferentes graus de resistência ás condições adversas do ambiente.
1.3. Disponibilidade de máquinas e equipamentos;
• Planejar conforme o ciclo das cultivares a disponibilidade de máquinas na propriedade.
• A utilização de cultivares de ciclos diferentes reduz o número de implementos necessários
pois a época de plantio é aumentada, por exemplo, no trigo as variedades tardias são
semeadas antes das precoces.

2. Preparo das sementes:


• Em muitas plantas a semente deve ser extraída ou esmagada com a fruta e então limpa.
A separação da semente dos frutos polpudos é realizada pôr meio de fermentação da
polpa amassada. Sementes de frutos secos são removidos das vagens ou envoltórios pôr trituração.
A limpeza é facilitada pela diferença de tamanho, densidade e forma da semente, em
relação a detritos e sementes estranhas
• Deve-se ter cuidado no ajustamento do maquinário, pois as sementes fragmentadas ou
danificadas podem ter sua viabilidade reduzida ou produzir plântulas anormais.
Cont.,
• A longevidade das sementes, quando armazenadas, vária grandemente de acordo com a
espécie e pelas condições de armazenamento. A maioria das sementes mantém elevada
viabilidade em uma umidade relativa de 50-65% e temperatura de 0-10°C.
• A germinação depende da viabilidade da semente, da quebra de dormência e de condições
ambientais favoráveis. A semente em germinação está vulnerável a determinadas doenças,
das quais devem ser protegidas.
• A dormência é um meio de proteção da semente para que esta não germine em local
impróprio, as vezes a quebra de dormência e a criação de um meio adequado tornam-se
necessários para o inicio do processo de germinação.
– Os tratamentos dependem do tipo de dormência envolvido; são eles: escarificação,
estratificação e a cultura de embrião. Os fatores do meio ambiente que afetam a
germinação são: água, temperatura favorável, luz para alguns casos em especial.
Cont.,
• É importante ao técnico saber se o agricultor produz sua própria semente, pois isso aumenta
o tempo de armazenamento e deve ser tomados todos cuidados para evitar a perda de vigor
e o ataque de organismos.

3. Quantidade de sementes:
• É calculado em função do número de plantas que se deseja obter por metro linear.

a) N• de sementes / m linear = ( n•sementes/m )x( espaçamento entre linhas )


poder germinativo %

b) Kg/ha de semente = n• sementes/m2 x peso de 1000 sementes


poder germinativo %
OU
P - peso de 100 semente
Q= 1000 x P x D D - n•de plantas por metro
GxE E - espaçamento
G - % emergência a campo

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