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FACULDADE DE AGRICULTURA
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
APOSTILA DA AULA
CIENCIAS AGRONÓMICAS
Dili, 2016
UNIDADE I – Noções básicas sobre a
Ciência Agronómica
CONCEITOS DE AGRONOMIA
Etimologia
• Conceito etimológico (origem): o prefixo (awalan) agro tem origem no verbete (palavra) latino agru que
• Conceito acadêmico: Ciência que se destina ao estudo e prática da produção sustentável e lucrativa de
• O Engenheiro Agrônomo: É o profissional com formação eclética, capaz de gerar e difundir conhecimentos
cadeias produtivas.
É um campo multidisciplinar que inclui sub-áreas aplicadas das ciências naturais (biológicas), exatas,
melhorar a prática agrícola, por meios de técnicas e tecnologias, em favor de uma otimização da
Na prática agronomia é
Ciência que o solo, planta, clima em conjunto e interação para poder aplicar a melhor forma de ter uma
melhor eficiência em produção e produtividade com o menor custo possível, observando e respeitando
as leis naturais e de preservação ambiental, pois sem preservar não ter-se-á os recursos por muito tempo.
O que é Agricultura?
“Esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima, solo) para lhe tirar o
máximo rendimento em quantidade e em qualidade“ (Diehl, 1984 citadp por Almeida, 2014)
Etimologia
1. Factor ecologia que desempenha papel muito importante nbo crescimento das plantas são: Solo e Clima
Solo
Como suporte de vidada de uma planta, o solo possue três funções principais, a saber: fornecer os nutrientes
às plantas, fornecer água e como armazen da água e os nutrientes para as plantas, como um méio para o
suporte das plantas a levantar erecto.
Clima
Factores climático principais saõ: temperatura do ar, radiação solar, precipitação/chuva e humidade.
2. Factor de Fisiologia
• Dentro de agronomia, Fisiologia é a ciência que estuda sobre os processos naturais que se ocorrem dentro
de uma planta.
• A vida de uma planta sempre está estreitamente relacionada com as actividades de fotossíntese.
• Com base nos produtos iniciais da fotossíntese, as plantas podem ser agrupados em plantas C3, C4 e de
CAM.
Plantas C3
Plantas de grupo C3, os primeiros resultados do processo da fotossíntese é o ácido phosphoglycerico (PGA). O
processo da fotossíntese é através por ciclo de Calvin. O exemplo deste grupo são: soja, de arroz, de trigo.
Plantas C4
Grupo de plantas C4, o processo de fotossíntese é feita pelo ciclo de Hatch e Slack. O primeiro produto da
fotossíntese é o ácido málico, mais eficiente no uso da luz solar e CO2, por exemplo de milho, cana de açúcar,
sorgo, erva.
Plantas CAM
• Grupo CAM (metabolismo do ácido crassulácea) geralmente é uma planta de suculenta cutícula espessa,
que vivem em áreas secas, como cactos, orquídeas, abacaxis.
• O teor de ácido destas plantas aumenta rapidamente durante a noite e diminui durante o dia.
• No dia acontece a captação de energia solar e transforma-la em energia bioquímica.
• À noite, as folhas absorvem CO2 do ar e posteriormente acontece uma síntese de CO2 em matéria
orgânica.
• Agrônomo (de origem grega, Atenas, meados de 1.300): o magistrado encarregado da administração da
• Agronomia (do grego agronomos, 1.361): estudo científico dos problemas físicos, químicos e biológicos
• Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo (até o final dos anos de 1.700): termos utilizados no período da
Revolução Francesa. Este profissional era mais um escritor de textos do que um prático da agricultura.
Genética e Fitossanidade
Manejo de Bacias Hidrográficas Melhoramento
Vegetal
Competências do Engenheiro Agrônomo
Economia e Logística
Extensão e Sociologia Rural Política e Desenvolvimento
Rural
Ex.Plantas anual
Ex. Plantas Perene
PLANTAS AGRONÓMICAS
• Culturas sazonais são as plantas que muito vulneráveis aos factores climáticos e os métodos de
tratamento, quando um deles não forem bem aplicados de acordo com suas necessidades os resultados
obtidos pela planta anual não seja máximo ou satisfatório.
• Considerada como plantas que possuem seu ciclo de vida curto, portanto é preciso ter o controlo máximo
das pragas e as doenças para que o crescimento e desenvolvimento destas culturais sazonais não sejam
danificados (estragados).
• Tratamentos e preparação do solo inicial deve ser adequado com as necessidades das plantas sazonais,
como a aração, escarificação , amontoa e tc , só assim que as plantas sazonais possam crescer e
desenvolver bem e garantir a produção máximo como desejamos.
• Gestão de irrigação deve ser ajustado com as necessidades destas plantas, temos de saber quando estas
plantas requerem uma grande quantidade de água e quando necessitam de menos água.
• Plano de adubação deve seguir também com as necessidades das plantas sazonais, devem consultar com
os engenheiros agrónomos para fazer cálculos adequados sobre as dosagens de adubação e qual o tipo de
adubação necessário para estas plantes antes de aplica-las.
PLANTAS AGRONÓMICAS
Há semelhança dos requisitos entre plantas anuais e bienais, o que difere é planta anual acaba o seu ciclo de
vida mais rápido e ser propagado de novo com as sementes enquanto plantas bienais precisa de duas estações
de produção para ser propagado de novo após de concluir o seu ciclo de crescimento.
• As plantas perenes é a designação botânica dada às espécies vegetais cujo ciclo é longo e indefinidamente
• Aumentando o seu crescimento a parte superior das plantas com o aumento do tempo
Herbáceas perenes, tais como muitas espécies de gramíneas, espargos, couve, etc., que não têm tecido
Lenhosas perenes, que são caracterizadas por possuírem estruturas lenhosas e incluírem plantas sarmentosas
• As plantas anuais são geralmente as plantas que produzem frutos durante um longo período de tempo e de morrer
• Exemplos de plantas anuais, coco, óleo de palma, café, salak, abacate, durian, cacau, graviola, goiaba e outras plantas
perenes.
• Além de colheita os frutos das plantas perineais, também se podem aproveitar outras partes destas plantas, por
Sistemas agrícolas (Agro-sistemas) é a gestão de culturas para obter o resultado desejado na forma de
alimentos, benefícios financeiros, satisfação pessoal ou uma combinação de todos os três.
Existem diferentes tipos de agricultura, cada uma adequada às necessidades, condições climáticas e objetivos
dos produtores e seus consumidores finais.
Agricultura é: a actividade que visa retirar do solo os recursos alimentares para a sobrevivência do Homen e
fxar-se no SECTOR PRIMÁRIA.
Factores Físicos:
• Clima,
• Relevo e
• Solos
Factores Humanos:
• Desenvolvimento tecnológico e científico
• Tradições culturais
• Estabilidade política e social
Factores Físicos
Os Solos
Nem todos os solos são aptos (serve) para agricultura
Factores Humanos
Tradições culturais
São transmitidas de geração para geração, têm uma grande influência tanto nas
espécies cultivadas , bem como nas técnicas utilizadas no seu cultivo,.
Característica
Dimensão da Propriedade
Variedades de culturas
Sistema
de
Cultura: Policultura Monocultura
Aproveitamento do Extensivo (Com rotação da Intensivo (Permanência da cultura)
solo cultura)
Técnicas Agrícolas Rudimentares: enxada, arado, Mecanização, produtos químicos,
charrua e etc estufa, sistemas de regas etc.
Destino da produção Autoconsumo Mercado
Rendimento/Produtividade Baixo/baixa Alto/Alta
Mão-de-Obra Tracção Animal – é necessário Mecanização – Libertação mão-de-
muita mão-de-obra obra
Tipos de paísem que praticam Países em desenvolvimento Países desenvolvidos
Tipos de Agricultura Mundial
Carcaterísticas
• Esta forma de exploração agrícola fixa o homem na terra, ou seja, é sedentário;
• A população concentra-se em pequenas povoações, rodeada de campos que são
propriedade da comunidade
• Faz-se em sistema de policultura extensiva associado à criação de gado
• Normalmente, usam-se os excrementos desse gado como fertilizantes para a terra,
evitando-se assim, o seu rápido empobrecimento.
• Forma de agricultura em que não existe recurso a qualquer tipo de rega
• Pratica-se o sistema de rotação de culturas para evitar os esgotamentos dos solos
• A finalidade, ou seja, o objectivo desta agricultura é de alimentar a família ou a
comunidade.
• A agricultura sedentária de sequeiro predomina no mundo tropical mas é no Esquema da Ocupação do
Solo num Sistema Agrícola
continente africano que ganha a sua maior expressão Extensivo
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL
3. Agricultura de Oásis
• Pratica-se no Norte de África, nas regiões de oásis
• É irrigada
• É intensiva na ocupação do solo
• Praticam policultura
• A propriedade é muito dividida (Minifúndio)
• Plantam-se palmeiras e tamareiras para evitar o avanço das
areias do deserto e
• Para fazer sombra às culturas evitando que se queimem ou
que haja evaporação da água disponível
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA TRADICIONAL
1. Agricultura Europeia
• Pratica-se em toda Europa em exploração nas
pequenas e média dimensões
• Utiliza um sistema de cultura intensivo
• É policultural, mas caminha para a
especialização de culturas
• Muita mecanizada, utiliza estufas, irrigação
artificial……
• Recorre a fertilização químicos
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA MODERNA
Características
• Pratica-se em extensas propriedades dos E.U.A. E Canadá
• Tem elevada mecanização
• É monocultural, registando-se uma especialização de culturas
regional (Ex. Belts : O termo Belt é a designação dada nos
Estados Unidos às grandes áreas agrícolas de monocultura
especializada)
• os Belts (cinturões agrícolas), onde ocorre a predominância de
um determinado produto adaptado às condições de clima e solo
de mercado; e o elevado grau de mecanização em todas as
etapas do processo, desde o cultivo até o beneficiamento do
produto.
• Recorre a fertilizantes químicos
• Tem elevado rendimento e de produtividade
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DE AGRICULTURA MODERNA
Características:
• É uma agricultura com características modernas com o fim
comercial;
• Pratica-se em países com clima tropical em explorações que
pertencem, normalmente, a multinacionais com sede nos
países industrializados;
• São utilizadas tecnologias modernas com a utilização de
mão-de-obra local (mais barata);
• É monocultural, cultivando-se essencialmente produtos
tropicais e matérias-primas de interesse industrial (cacau,
café, algodão, borracha ….) que se destinam à exportação;
• A monoprodução constitui um entrave (impedimento) ao
desenvolvimento destes países devido à grande
dependência económica relativamente ao comércio
mundial
PROBLEMAS DA AGRICULTURA DE PLANTAÇÃO:
EXCESSO DE PRODUÇÃO
• As crises de superprodução levantam alguns problemas para a economia de alguns países em vias de
desenvolvimento, cuja economia se baseia neste tipo de agricultura
• A concentração das suas exportações sobre um número reduzido de produtos (café, cacau, borracha,
algodão, palmeiras de produção de óleo de palma, frutos tropicais, ...) torna a sua economia muito instável,
face às variações bruscas dos preços nos mercados internacionais.
Muitas opiniões sobre a definição e classificação dos sistemas agrícolas, um dos quais será dado aqui.
Há cinco categorias dos sistema de agricultura dos trópicos que já são amplamente conhecidas, ou seja:
4. Sistemas de irrigação,
Aplicação do sistema de cultivo de casamento ou misto (double cropping system) tem muitas
vantagens no domínio da agricultura, a saber:
1. Reduzir a erosão do solo e a perda de nutrientes no solo.
2. Melhorar a gestão da água nas fazendas ou campos agrícolas, incluindo o aumento do stock
(infiltração) de água no solo para que esteja sempre disponíveis as reservas de água para o
crescimento das plantas.
3. Fertilizar e melhorar a estrutura do solo, assim não necessário de fazer repetidamente
a preparação do solo
4. Elevar a eficiência do solo, assim poderia aumentar a renda dos agricultores.
5. Evitar desemprego periódico, porque há sustentabilidade do solo para os cultivos agrícolas.
6. Reduzir a população de pragas e doenças das plantas
7. Enriquecer o conteúdo de nutrientes no solo incluem nitrogênio e matéria orgânica.
Sistema de agricultura dos trópicos
Cont. dos Sistema de Sequeiro
2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo
2.2. Cultivo sequencial (Sequential cropping) 2.3. Sistema de Cultivo Máximo (Maximum cropping
• Sequential cropping ou cultivo de sequencial System)
é o sistema de plantio em que as culturas são Maximum cropping ou os sistemas de cultivo máximo é a
cultivadas em sequência no mesmo campo utilização de terras para ganhar rendimentos tão elevados,
ou uma parcela de terra, com a cultura sem considerar os aspectos económicos (custos, receitas ou
seguinte plantado após a colheita anterior é lucros) e, especialmente, aspectos de conservação de
colhida. produção a longo prazo.
• Do mesmo modo, se não houver uma
terceira planta, a planta é cultivada como
uma segunda colheita.
Sistema de agricultura dos trópicos
Cont. dos Sistema de Sequeiro
2. O sistema de sequeiro semi intensivo e intensivo
2.4. Sistema de Cultivo Único/Monocultura (Sole Cropping or Monoculture)
• Monocultura é uma forma de plantio, onde uma única planta é plantada em uma grande área.
• A cultivação deve ser feita por uma planta agrícola (ex: milho) num campo determinado até sua colheita, no
próximo ano continuar a cultivar a mesma planta anterior no mesmo campo ou outra planta, não se misturar ou
consorciar com outra planta agrícola.
• Este é um grande problema pois quando você planta em uma área só, as plantas absorvem todos os nutrientes do
solo que não podem ser substituídos. A monocultura geralmente ocorre nos latifúndios (grandes propriedades
agrícolas com baixa produção).
• Exemplo: Numa fazenda ocorre apenas a produção de soja. Quando um país é monocultor, não é algo positivo,
pois ele ficará dependente apenas deste produto. Quando o preço no mercado internacional cai, a demanda
diminui ou ocorrem alterações climáticas que prejudicam a produção, a economia do país fica vulnerável.
Sistema de agricultura dos trópicos
3. Sistema de Irrigação
Irrigação é o fornecimento de água para o solo para que as plantas cresçam e não lhes faltam água durante do
seu ciclo de crescimento. A água é absolutamente necessário para a vida e crescimento das plantas.
• A rega é um dos fatores-chave para o aumento progressivo da produção agrícola através de Five Farming
(cinco esforços agrícola), isto é, 1. Uso das sementes melhoradas, 2. Preparo do solo adequado, 3.
Adubação adequada, 4. Controle de pragas e doenças e, 5. Irrigação adequada.
• A água pode provir de água da chuva e a irrigação feita pelo homem. Ambos devem ser ajustados para que
a planta realmente obtenha água suficiente, não inferior e não excessiva.
• O estabelecimento do sistema de rega é deve estar de a cordo com as necessidades das plantas e para
controlar isto é através dos sistemas de drenagem.
• A água que é necessitada pela planta quase inteiramente vem a partir do solo através de um processo de
absorção pelas raízes. Excesso ou escassez de água disponível iria provocar na interrupção do crescimento
às culturas.
Cont.
3. Sistema de Irrigação
• A ocorrência do excesso de água no solo seco acontece quando a maioria ou todos os poros do solo seja
ocupado com água, o que por sua vez poderia reduzir o ar ou oxigénio dentro do solo para a respiração
das raízes.
• A respiração das raízes não se ocorrem bem resultará o mau funcionamento das plantas o que pode
reduzir absorção da água apesar de o solo está em nível de capacidade de campo adequado.
• A falta de água disponível no solo irá causar as plantas cresce numa condição de nanismo/raquitan e
murcha. Isto acontece porque os processos que se encontram no corpo das plantas não se funcionam
bem.
• Em solos que muitas vezes têm excesso de água, os meios para resolver-lo é a criação de um canal de água
ou drenagem durante a estação chuvosa.
• Enquanto nos solos que tenham a falta de água, é preciso construir os canais de irrigação para irrigar as
águas na estação seca.
Objectivos de Irrigação
Os objectivos principais do sistema de irrigação são para responder as necessidades das plantas sobre água para
o seu crescimento. Outros benefícios da água de irrigação são:
1. Facilitar o preparo do solo
2. Ajudar a regular a temperatura do solo.
3. Ajudar o processo de adubação para que esta seja absorvida pelas plantas com o máximo possível.
Sistema de agricultura dos trópicos
3. Sistemas de Irrigação
Com base da terra utilizada para a actividade agrícola, a irrigação é dividido em dois sistemas, a saber:
Normalmente ocorre-se apenas 2-3 meses, mas poderia poderia minimizar os efeitos de erosão.
• Geralmente feito por agricultores que vivem em áreas onde a precipitação é muito limitado.
• Suponha que num ano eles podem cultivar arroz apenas uma vez, após de produção o campo de arroz o
qual foi cultivado será seco devido à falta de disponibilidade de água.
• No momento o campo de arroz torna-se seco os agricultores aproveitam ou usam este campo seco para
cultivar as culturas sequeiro como o milho e o amendoim.
• Assim o solo não passa por um período de pousio (bera) a ser plantada. Nesta condição geralmente é
sempre ocorre um sistema como a agricultura de rotação.
• Este sistema é ótimo para o retorno da fertilidade.
3) Sistema de Arroz das Águas Profundas (Rice System for Deepwater/Paddy deepwater system)
O termo protídeo designa os aminoácidos (ácidos aminados) naturais e todas as substâncias que por
hidrólise fornecem uma ou mais moléculas de ácidos aminados naturais.
Estes ácidos aminados se unem em cadeias de uma ou mais ligações peptídicas, de maneira que um
grupamento amínico de um ácido aminado liga-se ao grupamento carboxílico do outro.
1. Hidrossolúveis
São vitaminas solúveis em água, não são armazenadas pelo organismo em quantidades
apreciáveis, sendo normalmente eliminadas pela urina.
Exemplos são: Tiamina (Vitamina B1); Riboflavina (Vitamina B2); Ácido Pantoténico (Vit.B5);
Piridoxina, piridoxamina e piridoxal (Vitamina B6); Ácido fólico (Vitamina B9); Cobalamina
(Vitamina B12); Ácido ascórbico (Vitamina C); Biotina (Vitamina B h); Niacina (Vitamina PP)
2. Lipossolúveis
São vitaminas solúveis em lipídios (gordura) e não solúveis em água. Após a absorção no
intestino, elas são transportadas através do sistema linfático até aos tecidos onde são
armazenadas.
Exemplos são: Vitamina A, Vitamina D, Vitamina E e Vitamina K
Função Metabólica e fisiológica das vitaminas de hidrossolúveis e lipossolúveis, apresentado na tabela 2.
VITAMINA FUNÇÃO METABÓLICA E FISIOLÓGICA
Lipossolúveis
A Manutenção da integridade das células epiteliais (particularmente dos olhos, trato
respiratório, digestivo, nervoso e urinário)
E Imunidade, antioxidante (previne a formação de peróxidos a nível celular), prevenção de
falhas reprodutivas, estrutura muscular.
K Síntese de compostos envolvidos na coagulação
D3 Metabolismo mineral, formação da casca, fisiologia óssea, regula fisiologia renal para
reabsorção do Ca sanguíneo
Hidrossolúveis
B1 (Tiamina) Metabolizar os hidratos de carbono, as proteínas e a gordura.
Ela auxilia na produção de energia e no funcionamento do sistema nervoso, dos
músculos e do coração. Seu trabalho é em sinergia com a vitamina B2 e B3.
Pela importância da vitamina B1 para o cérebro, ela pode influência no nosso humor!
São substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes.
Também encontrados nos tecidos moles como músculos, células sanguíneas e sistema nervoso.
Possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido-básico, estímulos nervosos,
ritmo cardíaco e atividade metabólica.
Classificação:
Macroelementos: Elementos maiores: Cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo.
Microelementos ou oligoelementos: Elementos traço: Ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e
flúor.
Tabela 3. Elementos de minerais e as suas funções
Os elementos de Funções Sintomas de Carência Principais Fontes
nutrientes
Ferro 1. Atua no processo respiratório de Anemia hipocrônica,Cefaleia (dor Brócolis, Fígado de boi, Farinha
transporte de oxigênio e dióxido de de cabeça, Cansaço de soja, Feijão, Gema de ovos,
carbono no organismo. Banana, Carne Magra, Peixes,
2. Faz parte das enzimas que atuam no Mariscos, Amendoim cozido
processo de respiração celular.
Cálcio 1. Para o fortalecimento de ossos e dentes. A carência de cálcio no organismo Laticínios: leite, iogurte e queijos
2. Funcionamento adequado do sistema leva ao raquitismo (deformação ; Peixes ósseos; Agrião; Alface;
nervoso e imunológico, contração dos ossos dos membros Salsa; Beterraba; Batata-doce;
muscular, coagulação sanguínea e pressão inferiores) durante a fase de Brócolis; Cebola; Couve; Laranja;
arterial. desenvolvimento e a Milho e etc.
osteomalacia na fase adulta.
Fósforo 1. Atua na formação dos dentes e ossos; Dor nos ossos; Resistência a Leite e derivados
indispensável para o sistema nervoso e o insulina; Debilidade muscular; (principalmente queijos); Carne
sistema muscular, Falta de apetite; Taquicardia bovina; Castanha de Cajú;
(aumento da frequência Amendoim; Ovos
2. Junto com o cálcio e com a vitamina D
cardíaca); Perda de memória; (principalmente de galinha e
combatem o raquitismo.
pata); Peixes; Carne de porco;
3. Fósforo tem um papel importante na Alho; Cogumelo; Tamarindo;
produção de energia juntamente com Cereais e etc.
o cálcio.
Magnésio 1. Tem um papel fundamental na Alterações do sistema nervoso, Gérmen de trigo, tofu, água de
performance em esportes de resistência. como depressão, tremores e
insônia; Insuficiência cardíaca; coco, camarão, cereais, soja,
2. Este mineral atua principalmente
Osteoporose; Pressão alta; acelga, quiabo.
nos músculos e ossos, onde ajuda
Diabetes mellitus; Tensão pré
na contração muscular e metabolismo
menstrual - TPM; Insônia;
energético.
Cãibras; Falta de apetite; e etc.
Cont´. Tabela 3. Elementos de minerais e as suas
funções
Os elementos Funções Sintomas de Carência Principais Fontes
de nutrientes
Zinco Necessário para a ação de enzimas, saúde do Retardo do crescimento, atraso Pão, frutos do mar, feijão,
sistema imunológico, maturação sexual na maturação sexual, lesões na carne magra, semente
masculina, crescimento e formação de tecidos. pele, alopecia e abóbora, leite, iogurte e queijo.
imunodeficiências.
Potássio Manutenção do líquido intracelular, contração Cansaço, fadiga, fraqueza, dores Frutas secas, frutas frescas,
muscular, condução nervosa, frequência musculares, hipotensão, banana, cítricas, vegetais crus
cardíaca, produção de energia, e síntese de vômitos e dilatação/aumento ou cozidos, vegetais verdes
proteínas e ácidos nucleicos. cardíaca. folhosos e batata.
Sódio Equilibra os líquidos corporais, juntamente Convulsões, fraqueza e letargia. Sal de cozinha, carnes e
com o potássio e cloreto, manutenção do produtos com base de carne,
equilíbrio ácido básico, excitabilidade de queijos, sopa, vegetais
músculos e controla a pressão osmótica. enlatados, pão.
Flúor e outros Flúor e fluoreto são necessários para amarrar Cáries dentárias Água potável e alimentos
minerais o cálcio aos ossos. processados que foram
Este e outros minerais como boro, cromo, preparados ou reconstituídos
cloreto, cobre, manganês, molibdênio, selênio, com água fluoretada
silício, enxofre e vanádio são necessários para
a saúde em quantidades extremamente
reduzidas.
II.7. Energia
Como consegui-la?
• Deve-se ter muito claro, que o ser humano depende, principalmente, de seu
corpo para exercer as atividades do dia-a-dia, e poucas coisas influencia
tanto como a alimentação.
• É importante saber que os alimentos funcionam para o corpo assim como o
combustível para o carro, ou seja, sem eles não conseguiriam realizar
atividades simples do dia-a-dia.
• Para que esse "combustível" seja adequado para o organismo, é importante
manter a qualidade da alimentação, compondo as refeições com o equilíbrio
de todos os grupos de alimentos.
A ALIMENTAÇÃO E AS NECESSIDADES HUMANAS
III. Necessidades Humanas
A necessidade humana sob o menu de comida/alimento dependendo sobre a idade, por exemplo:
As crianças precisam de um menu de alta qualidade com uma quantidade suficiente;
As pessoas com a idade efectivo exigem um menu simplesmente de qualidade eficaz por quantidade
de acordo com os seus trabalhos;
Os idosos precisam de um menu personalizado com as suas condições.
Para que responda as necessidades humana sob a alimentação sustentávelmente é preciso definir com o
programa de segurança alimentar, isto é,:
Assegurar a disponibilidade de alimentos e nutrientes na quantidade e na qualidade exigida;
Os preços são acessíveis para cada família;
Tendo em conta o rendimento dos agricultores, pecuaristas e pescadores.
Visão do programa de segurança alimentar:
reabilitação;
A diversidade de alimentos;
A escassez ou a auto-suficiência dos alimentos num país pode ser acontecido ou flutuada em qualquer tempo.
A causa destas flutuações, entre outros são: (1) Clima; (2) Plantas daninhas e os organismos que provocam
doenças e as pragas; (3) Desastres naturais; (4) A crise financeira; (5) Redução da terra produtiva ou
infertilidade da terra; (6) A aplicação de técnicas de cultivo que não respeitam o ambiente; (7) Muitas vezes
(6) Mais o estreitamento das áreas florestais, o que provoca a erosão maior e os solos agrícolas tornam-se
inprodutivo.
Unidade IV – Energia e Produção Agrícola
ENERGIA NOS SISTEMAS ECOLÓGICOS, FLUXOS DE ENERGIA E
CADEIAS ALIMENTARES
Produtores primários
Fluxo de energia na Terra
Fluxo e Quantidade de Energia
Perdas na
respiração
Quantidade de energia
Total Total
assimila disponível
Perdas
dos para os nas
pelos herbívoros fezes
vegetais
Total
Fluxo de
assimilados
pelos Total disponível para os carnívoros energia
herbívoros
Balanço Energético
Evaporação, calor,
100% reflecção e radiação de 100%
onda longa (93%)
7% 7%
1% 1%
2%
2%
2%
4%
1%
3% 1%
1%
B. Uso de energia para as actividades das plantas
Do ponto de vista energético, um sistema de produção agrícola pode ser interpretado como de
conversão da energia da radiação solar em energia de alimentos, com a intervenção de água e gás
carbónico (CO2) e de produtos semi-elaborados, como os fertilizantes, os pesticidas, as sementes,
etc.
• A energia solar é a principal fonte para o crescimento da planta e noventa por cento da matéria
seca das culturas agrícolas provêm da transformação do carbono através da fotossíntese e que
esta vai dependendo de luz.
• Para as plantas clorofilas, luz solar é muito determinante no processo de fotossíntese.
Fotossíntese é o processo básico nas plantas para sintetizar os alimentos.
É uma resposta fisiológica das plantas ao fotoperíodo, ou seja, a duração de dia comparando com a duração de
noite que varia ao longo das estações (tempos) do ano
• Cada tipo de planta tem propriedades diferentes em termos de fotoperiodismo (photoperiodism), a duração
da irradiação em um dia recebidas pelas plantas.
• As diferenças na forma de como as plantas respondem à radiação são também chamados de fotoperiodismo
(photoperiodism), faz com que as plantas são agrupadas em:
– plantas de dia neutro (Indiferente),
– plantas de dia-longo e
– plantas de dia-curto.
• Nas plantas C3, a produção inicial de fixação de CO2 é PGA (ácido de 3-fosfoglicérido).
• Composto por agrupamento da reacção química dentro de estroma cloroplastos que não necessita energia e luz solar
directamente.
• Fonte energia necessitada provém da fase de luz fotossintética. Agrupamento desta reacção acontece
simultaneamente e continua.
• Este grupo da planta necessita a energia em quantia de 3 ATP. PGAL produzido pode ser utilizado no caso em que
como material de construção das células, para a manutenção das células e esta está armazenado na forma de
amido (pati).
• Com base do processo de reacção que ocorre nas plantas C3, pode-se considerar que as plantas C3 possam crescer
bem debaixo de sombra ou nos lugares com intensidades de luz baixo.
Plantas C4
• É a planta que consegue crescer nos campos exposta à intensidade de luz maior.
• Produção inicial de fixação de CO2 é os ácidos de oxaloacético, malato e aspartate (seus resultados na forma dos
ácidos carbonado de C4).
• As reacções acontecem na mesófila das folhas, em que inicialmente reagido com H2O e forma HCO3 (Bicarbonato)
com ajudo de enzima anidrase carbônica.
• Possui uma célula de bainha (seludang) para além do mesófilo. Cada molécula de CO2 fixado necessita-se de 2 ATP.
• A fotossíntese de planta C4 e C3 é igual, usando o ciclo de Calvin com apoio de enzima de Rubisco.
Plantas de CAM/MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas)
• Enquanto a planta de CAM/MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas) possui suas características de ter
folhas suficientemente grossa ou espessada o que por sua vez recorre a baixa de taxa da transpiração.
• Seus estómatos abrem-se somente na noite. O amido (pati) é decomposto através do processo de
glicólise e formou PEP (enzima de fosfoenolpiruato).
• O CO2 que entrou após reagido com água como acontece nas plantas C4, fixado pelo PEP e converteu-se
em malato.
• Este acontece no mesmo processo com as plantas C3 durante o dia com o ciclo de Calvin e as plantas C4
durante a noite com o ciclo de Hatch e ciclo de Slack.
Há vários factores importantes que determinam a velocidade de fotossíntese, a saber:
1. A intensidade de luz. A taxa de fotossíntese e máximo quando houver uma grande quantidade de
intensidade de luz;
2. A concentração de dióxido de carbono (CO 2). Quanto mais dióxido de carbono no ar, mais o número de
materiais que pode ser utilizado pelas plantas para fazer fotossíntese;
3. Temperatura. As enzimas que atuam no processo de fotossíntese só podem trabalhar na temperatura ideal.
A taxa de fotossíntese geralmente aumenta com o aumento da temperatura até o limite de tolerância de
enzima;
4. O teor de água. A escassez de água ou seca pode causar o fechamento dos estômatos, inibindo absorção de
6. Fase de crescimento. A pesquisa mostra que a taxa da fotossíntese e muito mais elevada nas plantas
recém-germinadas do que as plantas adultos. Isto é provavelmente porque as plantas germinarem requer
• O volume e as espécies das produções agrícolas variam segundo a natureza, a utilização e a superfície das
terras consideradas.
• Estas podem incluir culturas permanentes ou temporárias, terras de pousio, florestas, pastagens e mesmo
áreas incultas.
• A área agrícola não é só por si suficiente para avaliar a dimensão da produção, que depende naturalmente
do solo, da fertilidade da terra, dos meios de produção utilizados e da força de trabalho disponível.
A produção máxima é a maior produção alcançada sem que se refere à preservação dos recursos naturais.
Produção ideal (Produção óptima) é a produção em que os benefícios economicamente obtidos consoante com
o nível de danos dos recursos naturais no ponto mínimo.
A produtividade é a capacidade da terra para produzir produção biológica em um determinado tempo e numa
área.
Produtividade Primária (PP)
A morfologia é uma área da ciência especializada em estudar a estrutura e a formação das coisas.
Os cotilédones
Todo embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
1 a radícula, que é a primeira estrutura a emergir quando o embrião germina; e
2 o caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias.
As Diferenças Entre as Plantas Dicotiledônea e Monocotiledônea
Dicotiledônea
Monocotiledônea
Figura: Diferença das estruturas morfológicas entre as plantas dicotiledônea (em cima) e mocotiledônea (em baixo):
forma de raíz ; Pivotante e Fasciculada, caúle: cámbio vascular/ sistema de transportação (Xilema e Floema); círculo e
espalhadas, nervuras das folhas: reticulares/oposta e paralela, e forma da flor. (Postletwait & Hopson, 1995)
B. ANATOMIA VEGETAL
A composição da estrutura anatómica das plantas formado por varios tecidos. Tecidos são conjunto das
celulas que se encontram nas plantas. Todos têm origem em tecido embrionário, o meristemáticos.
Tecidos vegetais.
1.Tecidos meristemáticos:
• É básicamente o tecido embrionário na planta adulta que pode
dividir em novas células (actividade mitótica) e produzir outros
tecidos. São geralmente de parede fina, com muito citoplasma e
vacuolo pequeno.
• Meristemas apical do caule = é para originar novas plantas como
caule a folhas
• Meristemas apical da raiz = é para originar raízes
2.Tecidos de revestimento
• Epiderme = é o tecido de revestimento primário e revestida pela
cutícula, que pode reduz o ressecamento
• Periderme ou endoderme = é o tecido de revestimento secundário
do caúle ou raíz, que separa o cortex do cilindro central das
plantas vasculares. Meristemáticos
3.Tecidos de parenquimáticos
4.Tecidos de condução
• Xilema = transporta água e sais minerais da raíz para todo o corpo da planta
• Floema = transporta os produtos da fotossíntese das folhas para todo o corpo da
planta.
Tecidos de condução
Xilemas (Lenho ou vasos lenhosos);
• Origem no procâmbio ou câmbio vascular
• Transporte seiva bruta (água e sais minerais) para todas as folhas
para produzir alimentos (soluções orgânicas)
Sentidos de transportes;
Xilema com sentido ascendentes e
Floema com sentidos descendentes
A casca de uma árvore, que contém vários tecidos, entre os quais o floema, pode ser removida
por uma técnica chamada cintamento, que consiste na retirada de um anel completo da casca
(anel de Malpighi ou anel córtico-liberiano), ao redor de toda a circunferência da planta.
A retirada desse anel impede que a seiva elaborada seja distribuída para as raízes, que acabam
morrendo; mais tarde a planta também morre, pois as folhas deixam de não receber a seiva bruta,
que é necessária à fotossíntese.
C. ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS E AS FUNÇÕES
1. RAIZ
Definição
Órgão geralmente subterrâneo, que destina-se à fixação do vegetal ao substrato e a captação e
transporte da seiva inorgânica, também funcionando como órgão de reserva.
Origem
•radícula do embrião e exógena
Características
Morfológicas Fisiológicas
Subterrâneas e clorofiladas Absorção de seiva
Corpo não segmentado Geotropismo + e fototropismo -
Sem folhas e gemas Crescimento subterminal
Com coifa e pêlos radiculares Raro fotossintetizante
Funções
• fixação da planta, absorção, condução e reserva
• Quase sempre a raiz é originada a partir da radícula do embrião, localizado na semente
• A partir dela surgem ramos secundários. No entanto, é freqüente surgirem raízes a partir de
caules e mesmo de folhas. Essas raízes conhecidas como adventícias (do latim advena = que
vem de fora, que nasce fora do lugar habitual), são comuns, por exemplo, na base de um pé
de milho.
Raízes Sugadoras
2. CAULE
• Órgão vegetativo, geralmente aéreo, que sustenta folhas, flores e frutos; distribui as seivas; reserva
As gemas axilares são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre a folha e o ramo, que os
botânicos denominaram “axila” foliar. As gemas axilares permanecem inativas durante certo período, denominado
dormência após o qual podem entrar em atividade, originando ramos laterais.
2.3. TIPOS DE CAULES
A. CAULES AÉREOS
A.1. Erguidos
a. Haste b. Troncos são caules robustos,
desenvolvidos na parte inferior e
ramificados no ápice. São encontrados na
maioria das árvores e arbustos do grupo
das dicotiledôneas.
A.2. Rasteiros
a. Estolão ou estolho é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo gemas de
espaço em espaço. Essas gema podem formar raízes e folhas e originar novas plantas.
A.3. Trepadores
a. Caules trepadores estão presentes em plantas trepadeiras e crescem enrolados sobre diversos tipos
de suporte. Esse tipo de caule representa uma adaptação à obtenção de locais mais iluminados, em
que há mais luz para a fotossíntese.
B.1. Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns rizomas ocorre
acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. Rizomas podem ser
distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais.
• O gengibre, usado como tempero na cozinha oriental, é um caule tipo rizoma.
• Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por folhas.
Uma única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro
do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um
cacho com várias pencas de bananas.
• A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos
alimentos mais consumidos no mundo.
B.2. Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os bulbos
costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso, cheio (Sólido) e Composto.
Exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é pouco
desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias
nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem as
raízes.
O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas
parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio.
No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma
casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.
Tunicado Escamoso
Sólido Composto
3. A FOLHA: LOCAL DA FOTOSSÍNTESE
• De formato extremamente variável, uma folha completa é formada por um “cabinho”, o
pecíolo, e uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras.
• Uma folha é sempre originada a partir de um gema lateral do caule. Existem dois tipos
básicos de folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam:
– as paralelinérveas, típicas das monocotiledôneas,
– e as reticulinérveas, comuns em dicotiledôneas.
A principal função da folha é servir como local em que é realizada a fotossíntese.
Funções: Fotossíntese
Respiração, transpiração e gutação
Condução e distribuição das seivas
Regiões da folha
•Limbo: luz solar e gás carbônico
•Pecíolo: une o limbo ao caule
•Bainha: protege as gemas axilares (Base
foliar)
•Estípulas
3.1. ALGUMAS ESTRUTURAS FOLIARES ESPECIAIS
• Em algumas plantas, principalmente monocotiledôneas, não há um tecido
propriamente dito, mas um estrutura conhecida pelo nome de bainha, que serve de
elemento de ligação da folha à planta. É o caso, por exemplo, da folha de milho.
• Já em eudicotiledôneas, próximas aos pecíolos existem estruturas de formatos
diversos – podem ser pontiagudas, laminares ou com a forma de espinhos –
conhecidas por estípulas.
3.2. PLANTAS DESCÍDUAS E ABSCISÃO FOLIAR
Completas: Pecioladas
Invaginantes Sésseis
2. Quanto a disposição das folhas no caule (filotaxia)
Filotaxia.
• Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos de
filotaxia: oposta, verticilada e alternada.
• A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas.
• Quando três ou mais folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada.
• Quando as folhas se inserem em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos,
descrevendo uma hélice, a filotaxia é chamada alternada.
Folha alternada.
3. Quanto a subdivisão do limbo
O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais folíolos.
• Caso os folíolos de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do pecíolo,
dispondo-se como os dedos de uma mão, a folha é chamada de palmada.
• Quando os folíolos de dispõem ao longo do pecíolo, a folha é chamada de penada. As folhas
penadas podem terminar em um único folíolo, sendo chamadas imparipenadas, ou em dois
folíolos, sendo chamadas paripenadas.
Forma Venação
Ápice Margem
4. FLOR
• A flor presente somente nas plantas que precisam de reprodução sexuada, a flor é o aparelho
reprodutor que contem os gametas masculinos (androceu) e femininos (gineceu).
• A principal finalidade da flor é produzir a semente para a reprodução.
• Após a polinização e a fecundação, do processo reprodutivo que culminará na produção de
sementes dentro do fruto. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e virou fruto,
em seu interior os óvulos viram sementes.
• Quando a planta tem inflorescências para a reprodução, os frutos formados também ficarão
reunidos e constituirão as infrutescências. É o caso do cacho de uvas, da amora, da jaca e da
espiga de milho.
• Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em
geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em
desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha
havido polinização.
• O fruto, no sentido morfológico, é o ovário amadurecido de uma flor. Assim, o fruto representa a
continuação de uma estrutura da flor, o ovário, que persiste após a antese e a polinização,
• Monospérmicos Deiscente
• Dispérmico Indeiscente
• Trispérmico
• Polispérmico
• • Monocárpicos
Secos
• Apocárpicos
• Carnosos
• Sincárpicos
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS
Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se alimentando do fruto
verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o pseudofruto.
Frutos Partenocárpicos
• Normalmente o desenvolvimento do fruto depende da polinização e da fecundação e de certos
hormônios de crescimento (AIA).
• Entretanto, alguns frutos como a banana (Musa) e o abacaxí (Ananas), formam-se sem
fecundação prévia e são portanto destituídos de sementes.
• No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, corresponde ao
ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes.
6. ORIGEM E ESTRUTURA DA SEMENTE
Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas angiospermas possuem dois
cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem dois cotilédones, são chamadas de
eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone são chamadas de monocotiledôneas. Os cotilédones
inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule.
UNIDADE VI – Crescimento e Desenvolvimento
das plantas e os esfeitos fatores ambientais
A. Conceitos gerais
O crescimento e desenvolvimento das plantas estão relacionados com fatores internos principalmente com
plantas, conhecida pela sigla AIA e controla muitos processos metabólicos das plantas.
• Giberelinas: Oriundas dos cloroplastos e tecidos das folhas, as giberelinas atuam estimulando
plantas.
• Citocinas: Presente em vários tecidos das plantas, as citocinas atuam estimulando a divisão
plantas.
• Etileno: O Etileno é produzido nos tecidos de raízes e folhas envelhecidas. Atua estimulando a
abscisão das folhas, promove a maturação dos frutos e também inibe o crescimento das
raízes e dos gomos laterais. Quando os frutos iniciam o processo de amadurecimento são
• Ácido abscísico: Produzido nas folhas, o ácido abscísico atua estimulando a abscisão das
ácido abscísico também promove o fecho dos estomas (estruturas celulares responsáveis pela
troca gasosa das plantas com o meio ambiente) em plantas com déficit de água.
C. Fatores externos que afetam o crescimento vegetal
1. Luz
2. Temperatura
1. Alta
2. Baixa
3. Disponibilidade de água
4. Salinidade
5. Gases
1. Oxigênio
2. Gás carbônico
6. Solo
1. Luz
• A luz pode afetar diversos processos da planta além de ser fonte de energia para a fotossíntese
• Provavelmente é o fator ambiental mais importante na sinalização para o crescimento da planta
• Três características principais da luz tem efeito biológico:
– Qualidade
– Direção
– Quantidade
1.1. Luz: Qualidade
• Reduz a atividade enzimática como um todo e pode causar diferentes injúrias, dependendo
da espécie e sua tolerância ao frio
• Sementes recalcitrantes de espécies tropicais geralmente não podem ser armazenadas a
temperaturas abaixo de 10-15oC
• Temperatura baixas, mas sem congelamento (0-10 oC) podem induzir respostas biológicas em
espécies adaptadas:
– Indução da floração (vernalização)
– Quebra de dormência de sementes embebidas (estratificação)
• O período de tempo necessário de tratamento varia
• O tratamento a baixas temperaturas simula as condições naturais de regiões de clima
temperado
• A expressão gênica e o balanço hormonal se alteram em resposta às baixas temperaturas
2.2. Temperatura alta
• Principal interação
– Fotoperíodo – alternância de temperatura
– Para algumas espécies a vernalização deve ser seguida do fotoperíodo adequado para induzir a
floração
– Provavelmente a vernalização é necessária para que o meristema apical se torne competente a
responder aos sinais que induzem a floração
3. Disponibilidade de água
3.1. ÁGUA NO SOLO
• Constituído de porções sólidas, líquidas e gasosas
• O solo funciona como um reservatório mantido pelas chuvas, que fornece água para as plantas na medida que elas
necessitam
Três estados da água no solo:
1. Estado de adsorção; a água é carregada electricamente pelas particulas do solo e armazenada no solo
2. Estado de adesão ; a água é aderida aos minúsculos espaços existentes entre os blocos de material sólido
mantém esses capilares preenchidos
3. Estado de absorção; a água deslocam-se em direção para a planta porque ocorre absorção por parte das raízes
5. Gases
Solo que apresenta todos os nutrientes em quantidades adequadas e não possui elementos tóxicos ao
crescimento vegetal.
Solo produtivo
Solo fértil localizado em região com quantidade de água e luz satisfatórias e ausência de pragas, doenças
ou qualquer outro impedimento ao crescimento vegetal.
“Todo solo produtivo é fértil, mas nem todo solo fértil é produtivo”
6.2. Lei do mínimo
“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais,
mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas” (Justus Von Liebig)
“A produção das culturas é limitada pelo nutriente mineral menos disponível às plantas”
Fatores do solo (químicos) Fatores do solo (biológicos)
Compactação
Unidade VII – Propagação das Plantas
A. Conceito Gerais de Propagação das Plantas - Princípios e Práticas
• A propagação das plantas teve início com a ampliação da população na terra desde
o advento da civilização.
• A agricultura teve início há pelo menos 10.000 anos quando os povos antigos
perceberam que as plantas eram fundamentais para a sua sobrevivência e dos
animais.
• Com o avanço da civilização, as pessoas adicionaram diferentes variedades de
plantas, cultivando não apenas aquelas utilizadas para a alimentação mas,
também, espécies fornecedoras de fibras, medicinais, ornamentais, etc.
• Progressos no desenvolvimento da agricultura foram obtidos após a seleção das
espécies de plantas de interesse e do desenvolvimento de técnicas de reprodução
dessas espécies em larga escala, preservando características de interesse do
homem.
Cont.,
• Algumas espécies surgiram da seleção direta de espécies selvagens, que pela
manipulação seletiva pelo homem diferiram bastante dos tipos selvagens.
– Exemplos nesse grupo de plantas são o feijão, o tomate, a cevada e o arroz.
• Outros tipos de plantas surgiram por hibridações entre diferentes espécies, algumas
dessas que resultaram na mudança nos números cromossômicos. Essas plantas são
exclusivas para o cultivo agrícola e não apresentam parentesco com qualquer tipo
selvagem.
– Exemplos nesse grupo são o milho, o trigo, o fumo e o morango.
• Não é uma mera coincidência o fato de que algumas espécies de frutíferas bem
antigas sejam de fácil propagação a partir de estacas lenhosas.
– Como exemplos podemos destacar a videira, a oliveira, a amoreira, o
marmeleiro, a romãzeira e a figueira.
• Além disso, o desenvolvimento de técnicas de enxertias associado ao advento da
construção de casas de vegetação, no século dezenove, possibilitaram o
desenvolvimento de técnicas de enraizamento de estacas enfolhadas.
• Finalmente, a descoberta dos indutores químicos de enraizamento e o
desenvolvimento de sistemas de névoa e de sombreamento aumentaram o
sucesso na propagação de plantas em viveiros.
• A produção em larga escala de sementes foi revolucionada a partir dos princípios
genéticos, o que levou, dentre outros avanços, à produção de sementes híbridas.
Objetivos:
planta mãe.
plantas rapidamente.
perenes.
espécies.
e solo.
C. Métodos de propagação de plantas
1. Sexuada : Sementes
2. Assexuada ou vegetativa
2.1. Espontânea:
1. Bulbos,
2. Tubérculos,
3. Rizomas
2.2. Induzida :
1. Divisão de Touceiras,
5. Enxertia
2. Estaquia, 1. Enxertia – Borbulhia,
3. Mergulhia 2. Enxertia – Encostia,
4. Cultura in vitro 3. Enxertia – Garfagem meia fenda,
4. Enxertia – Garfagem fenda cheia,
5. Enxertia – Alporquia
C.1. Propagação Sexuada ou por sementes
Definição
As sementes são usadas não só para a criação de novas plantas, que são duplicatas das plantas
que lhes deram origem, como também na procriação de espécimes inteiramente diferentes.
originou.
O sucesso na disseminação das espécies vegetais através da semente se devem aos mecanismos
Maior longevidade;
Desenvolvimento vigoroso;
Não se tem a certeza de que os indivíduos formados, devido à recombinação gênica, mantenham
as mesmas características selecionadas das plantas parentais;
1. Escolha de cultivares
1.1. disponibilidade de sementes:
• É o primeiro item que se deve considerar na escolha de uma cultivar, se possui
semente o suficiente para a área que se deseja plantar.
1.2. Características agronômicas:
• Ciclo: A escolha de cultivares de diferentes ciclos, escalonando assim as práticas
culturais e reduzindo o número de máquinas e mão-de-obra, além disso provoca
uma diminuição nos riscos.
• Produtividade: Deve-se buscar uma variedade que garanta uma produção estável, e de
índices elevados.
• Susceptibilidade à doenças e pragas: Está diretamente relacionado com a produção, pois
não adianta ser altamente produtiva e ao mesmo tempo susceptível às pragas e
doenças disseminadas.
• Acamamento, debulha e brotamento: Dentro de uma mesma espécie existem
diferentes graus de resistência ás condições adversas do ambiente.
1.3. Disponibilidade de máquinas e equipamentos;
• Planejar conforme o ciclo das cultivares a disponibilidade de máquinas na propriedade.
• A utilização de cultivares de ciclos diferentes reduz o número de implementos necessários
pois a época de plantio é aumentada, por exemplo, no trigo as variedades tardias são
semeadas antes das precoces.
3. Quantidade de sementes:
• É calculado em função do número de plantas que se deseja obter por metro linear.