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Análise do poema

“Não sei quantas almas


tenho” Fernando Pessoa

Ana Beatriz
Leticia Oliveira

B
Table of contents
01 02 03
Capa Introdução Análise

04 05 06
Indentificação e Reflexão poema- Conclusão
explicação temática
temática

L
Introdução
 Neste trabalho iremos falar sobre o poema “Não sei quantas almas tenho” de
Fernando Pessoa.
 Fernando Pessoa foi um poeta portugues produziu obras anticonvencionais,
provocativas, com liberdade formal, elementos futuristas e simbolistas. Foi
também criador do sensacionismo e de muitos heterônimos.

L
Análise - interna
Tema: exploração da identidade/ser
Assunto: neste poema o poeta reflecte acerca de si próprio, tentando responder à questão
“Quem sou eu?”

Não sei quantas almas tenho. Atento ao que sou e vejo, Por isso, alheio, vou lendo
Cada momento mudei. Torno-me eles e não eu. Como páginas, meu ser
Continuamente me estranho. Cada meu sonho ou desejo O que segue não prevendo,
Nunca me vi nem achei. É do que nasce e não meu. O que passou a esquecer.
De tanto ser, só tenho alma. Sou minha própria paisagem, Noto à margem do que li
Quem tem alma não tem calma. Assisto à minha passagem, O que julguei que senti.
Quem vê é só o que vê, Diverso, móbil e só, Releio e digo: «Fui eu?»
Quem sente não é quem é, Não sei sentir-me onde estou. Deus sabe, porque o escreveu.

B
Divisão de partes 1ª estrofe

Não sei quantas almas tenho. O sujeito poético


Referências aos Cada momento mudei.
heterónimos não se reconhece
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Assonância
Quem tem alma não tem calma.
Anáfora Quem vê é só o que vê,
Antítese
Quem sente não é quem é,

B
2ª estrofe

Referência aos Atento ao que sou e vejo, Despersonalização de Pessoa.


heterónimos Torno-me eles e não eu. Esconde os seus sonhos e desejos.
Cada meu sonho ou desejo (pertecem aos heterónimos)
É do que nasce e não meu.
Propõe a separação
entre a alma do corpo
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só, Mesmo multiplicado sente se
Não sei sentir-me onde estou. solitário, menos se reconhece e
cada vez mais se sente perdido

B
3ª estrofe

Conclusão do poema;
Por isso, alheio, vou lendo Sente-se ausente de si
Como páginas, meu ser próprio;
O que segue não prevendo, Autoanálise
O que passou a esquecer.
Compara-se a um livro escrevendo Noto à margem do que li
nas margens o que julga sentir. O que julguei que senti.
Duvida ter sido ele a escrever Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.

B
Recursos expressivo

https://pt.slideshare.net/ricardosantos9828456/nao-sei-quantas-almas-tenho

Podes fazer este slide ? Tem tudo ai nesse link, eu ia fazer agr mas o meu pai
ja me ligou para ir almocar a minha avo...

B
Análise externa
• Composto por 3
oitavas
Não sei quantas almas tenho. A
• Cada verso Cada momento mudei. B
contém 6 sílabas Rima cruzada
Continuamente me estranho. A
Nunca me vi nem achei. B
De tanto ser, só tenho alma. C Emparelhada
Quem tem alma não tem calma. C
Quem vê é só o que vê, D
Quem sente não é quem é, F Versos soltos

L
Identificação e explicação da temática

????

B
Reflexão poema - temática

● Este poema é claramente ilustrativo da temática do “ser”. Mas outros temas ou ideias nele se
revelam poesia pesoante: o desconhecimento de si mesmo; a perda de identidade, a ideia de
mobilidade; a solidão e a angústia.
● No poema, o sujeito poético assiste a sua fragmentação como se a sua consciência fosse um
ser exterior a si mesmo; como se, ao olhar-se visse uma paisagem de si mesmo ou como se,
auto-analisar-se lesse um livro cujas páginas são o seu próprio “ser”. Estas ideias tornam-se
evidentes na utilização de diversas metáforas que sugerem a ideia do “eu” alheio e exterior a
si mesmo.

L
Conclusão
O poema de Fernando Pessoa, Não Sei Quantas Almas Tenho, remete-nos para uma
autoanálise por parte do sujeito poético. O mesmo apresenta-se com várias “almas”,
como se o seu interior fosse um labirinto no qual tem dificuldade em se encontrar a si
próprio.

B
Webgrafia
http://arquivopessoa.net/textos/277

https://
pt.slideshare.net/Teles911/nao-sei-quantas-almas-tenho-anlise-
ao-poema

https://
pt.slideshare.net/ricardosantos9828456/nao-sei-quantas-almas-t
enho

https://notapositiva.com/nao-sei-quantas-almas-analise-do-poe
ma
/
“Quanto mais
Minha alma está
fundamente penso, cansada da minha
vida.
mais
profundamente me Qual das frases
achas q faz mais
descompreendo.” sentido?

Fernando Pessoa

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