MÓDULO 1 TEMA

A CULTURA DA ÁGORA A ESCULTURA GREGA: O PRIMEIRO CLASSICISMO AULA 16 1

O ESTILO SEVERO

No início do século V a. C. surgiram algumas

Auriga de Delfos, Pitágoras de Régio,
Grécia, c. 478-474 a. C.
obras onde se evidencia:
• interesse pelo escorço – representação dos
objetos em perspetiva e em proporções
diferentes do original;
• interesse pela representação do movimento;
• firmeza na expressão e sobriedade no
tratamento do corpo;
• maior naturalismo na anatomia e nas
proporções;
• domínio na fundição do bronze.

Poseídon, Ageladas de Argos,

Paulo Simões Nunes
Grécia, c. 460-450 a. C. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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O ESTILO SEVERO

Características do «estilo severo»:

• expressão séria, austera e contemplativa;
• mobilidade das articulações e dos membros;
• naturalismo das figuras;
• sentido de monumentalidade nas dimensões das
obras;
• representação de heróis, de atletas e divindades.

A partir do «estilo severo» a escultura passa a

evidenciar três princípios fundamentais:
• ver a escultura no seu todo, em toda a sua volta,
e não apenas de frente;
• dar igual valor quer ao estudo da anatomia,
quer ao do movimento;
• entender o corpo como um todo e não como um
Bronzes de Riace, Grécia, c. 460-420 a. C.
somatório de partes.
Paulo Simões Nunes
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O PRIMEIRO CLASSICISMO

CLASSICISMO
Sistema artístico e literário que tem como referência
o estilo, o género ou a linguagem dos artistas e
escritores da Antiguidade Grega e Romana.
Para os artistas do período clássico, a escultura devia
glorificar o Homem, como resultado de uma reflexão
filosófica e estética fundada num padrão idealizado
de beleza.

FORMA FORMA
NATURAL IDEAL

NATURALISMO CLASSICISMO

Discóbolo, Míron, Grécia, c. 450 a. C. Paulo Simões Nunes

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O PRIMEIRO CLASSICISMO

A segunda metade do século V a. C. foi dominada

por Fídias e pelos trabalhos que executou para o
Dionisos, frontão Este, Pártenon, na Acrópole: frisos, métopas e frontões.
Pártenon, Acrópole,
c. 447-432 a. C. Nos relevos dos frisos, das métopas e dos frontões
Fídias atingiu o expoente da forma clássica:
• evolução das pesquisas sobre a representação do
corpo humano;
• conquista do naturalismo na representação;
• libertação dos gestos e dos movimentos;
• serenidade, equilíbrio e rosto inexpressivo;
• fusão de realismo com idealização da forma
Personificação do rio Ilíssos, frontão Oeste, Pártenon,
Acrópole, c. 447-432 a. C. perfeita.

A representação da realidade é corrigida segundo

uma idealização da forma, de modo a atingir um
padrão de perfeição e belo idealizado.

Paulo Simões Nunes

As Parcas, frontão Este, Pártenon, Acrópole, c. 447-432 a. C. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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Na Estátua de Atena, Fídias estabelece os

Elmo é coroado por uma princípios do Classicismo na escultura:
esfinge ladeada por grifos
• naturalismo;
• equilíbrio;
• proporção;
Cabeça de Medusa –
proteção contra o mal
• harmonia;
Nike – deusa alada da
• serenidade.
Vitória
Atena é Deusa da guerra, da sabedoria, da
justiça e das artes, tendo recebido culto
em toda a Grécia Antiga.
Coluna – símbolo de poder,
autoridade e soberania A estátua original tinha 12 metros de
Escudo com cenas de altura e destinou-se à cella do Pártenon.
Gigantomaquia e
Amazonomaquia Atena apresenta os atributos de uma
Serpente, personificação guerreira: elmo, escudo e lança.
da vitória
Tem uma expressão bela, nobre e austera.

Atena Pártenon, cópia romana

sob original de Fídias, Atenas, Paulo Simões Nunes
c. 447-423 a. C. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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POLICLETO E O IDEAL CLÁSSICO DA FIGURA HUMANA

Em c. 440 a. C., Policleto criou o Doríforo,

uma obra emblemática que se converteu na
norma do ideal clássico da figura humana,
onde se evidenciam os seguintes aspetos:
O contraposto:
• o corpo apoia-se sobre uma perna
enquanto a outra flete ligeiramente,
provocando ligeiros movimentos nos
ombros e nos quadris.
O cânone:
• uma regra de proporções que visava dotar
o corpo humano de harmonia, equilíbrio e
proporção.

Doríforo, Policleto, c. 440 a. C. Paulo Simões Nunes

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O CÂNONE DE POLICLETO
1
Policleto estabeleceu as regras de proporções
ideais nas relações das partes com o todo de
2 modo a atingir a forma perfeita.

O cânone de Policleto:
3 • altura do corpo igual a sete vezes a altura
da cabeça;
4 • aplicação do contraposto;
• naturalismo dos módulos anatómicos;
• equilíbrio da figura humana;
5 • serenidade;
• rosto inexpressivo.
6
Os movimentos dos braços acentuam a ação
do corpo, impondo-lhe uma dinâmica
7 própria, como se a figura adquirisse «vida
interior».
Paulo Simões Nunes
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(OUTRAS) OBRAS DE POLICLETO

Amazona Ferida, Policleto, c. 430 a. C. Discóforo, Policleto, c. 450 a. C. Diadúmeno, Policleto, c. 440 a. C.
Paulo Simões Nunes
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