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Língua

Portuguesa
9º ano
Prof. Nadson Diógenes
CONTEÚDOS:
● Jornalismo informativo x jornalismo opinativo
I. Informação e opinião: os dois lados da moeda;
II. Notícia e reportagem: gêneros a serviço da informação;
III.Artigo de opinião e crônica argumentativa: o texto
opinativo no jornal;
IV.Fake news: é possível fugir dessa cilada?
V. Regência nominal.
Pág. 84
• Informação e opinião;
• Na esfera jornalística, existem gêneros
textuais que podem se aproximar em
determinadas características, ao mesmo
tempo em que se distanciam pela
diferença de objetivos que pretendem
atingir.
01
Notícia e
reportagem
Gêneros a serviço da
informação (Pág. 89)
TEXTOS INFORMATIVOS (Pág. 89)
O principal objetivo é levar ao leitor o
conhecimento dos fatos.

Não há emissão de opinião.

Busca pela imparcialidade.


Informatividade (Pág. 89)
● É a capacidade do texto de transmitir uma
informação com clareza e objetividade, o
que permite que ela seja entendida pelo
maior número de leitores possível;
● Construção de repertório informativo;
● Esfera jornalística – grau mediano de
informatividade: informações nem muito
óbvias nem muito complexas.
NOTÍCIA (Pág. 89-90)
• Um dos gêneros textuais mais produzidos
em todo o mundo;
• Seu objetivo é levar informação ao leitor
sobre os acontecimentos locais, regionais,
nacionais e mundiais;
• Conteúdo: pode trazer fatos atuais ou
antigos (notícia histórica), ou trazer fatos
novos com menção a uma notícia não
recente.
Estrutura de uma notícia
01 02
Título Subtítulo
Manchete Linha fina

03 04
Lead (lide) Corpo do texto

05
Imagens
CONHECENDO O GÊNERO
TEXTUAL – A ESTRUTURA DA
NOTÍCIA

MANCHETE OU LINHA FINA OU


TÍTULO PRINCIPAL SUBTÍTULO

Compõe-se de frases Tem a função de


pequenas e atrativas complementar o
e pode revelar o título principal,
assunto principal que acrescentando-lhe
será abordado no apenas algumas
texto. informações a mais.
LEAD (lide) – Pág. 90
• Corresponde ao primeiro parágrafo de uma notícia, em que são
respondidas algumas perguntas consideradas básicas pelo
Jornalismo:

O quê? Quem? Onde?

Quando? Como? Por quê?


Corpo do texto
• Apresenta o detalhamento
do fato exposto no lide, de
forma a destacar
informações adicionais para
a compreensão do leitor.
Notícia – A linguagem (Pág.
91)

Textos
predominantemente Norma-padrão /
narrativos e formal
descritivos

Pode conter
elementos
informais de Manual de redação
acordo com o
contexto
Imparcialidade no
jornalismo
● Até que ponto uma notícia ou qualquer
outro texto jornalístico é, de fato,
imparcial?
● Não existe notícia totalmente imparcial.
● O texto jornalístico traz, implicitamente,
a aproximação ou o antagonismo à
determinada linha editorial, crença ou
posicionamento político etc.
REPORTAGEM (Pág. 93)
• Textos de caráter informativo, que
prezam pela objetividade e
informatividade;
• São textos de maior extensão e
que buscam discorrer com mais
profundidade sobre um assunto
de relevância cultural, política,
econômica, social etc.
Reportagem (Pág. 92)
● É comum as reportagens ampliarem a
discussão em torno de um assunto
noticiado;
● Um acontecimento recente é usado para
discutir um determinado assunto com
maior profundidade;
● A reportagem vai além da notícia: apura
o presente e o passado e pressupõe o
futuro a partir dos fatos noticiados.
Estrutura da
reportagem (Pág. 93)
● Assim como a notícia, a reportagem
também conta com título,
subtítulo, lead (lide) e corpo de
texto;
● Pode trazer elementos visuais,
como ilustrações, fotografias,
gráficos, infográficos, legendas etc.
Linguagem
● Textos predominantemente narrativos, mas
podem conter traços de textos expositivos,
informativos e descritivos;
● Uso da norma-padrão – inclusive de
termos técnicos;
● A reportagem não será redigida com total
imparcialidade;
● Necessário levar em consideração o
objetivo da publicação, o público-alvo e o
suporte de veiculação do texto.
18

CARACTERÍSTICAS DA
REPORTAGEM

O JORNALISTA
EXPÕE SUA
LINGUAGEM
OPINIÃO SEM
CLARA, CULTA, E
DEMANDA MAIS ALTERAR O
DIRETA
TEMPO PARA CONTEÚDO DAS
SER ELABORADA INFORMAÇÕES
• Apresenta fatos de forma
• Aborda as causas e
ágil e imediata;
desdobramentos de fatos;
• Conteúdo breve que não
• Matéria mais longa e
requer muito tempo de
detalhada;
pesquisa;
• Tema de relevância
• Relaciona-se a fatos
social.
recentes.

Notícia Reportagem
19
An image is worth
a thousand
Artigowords
de
opinião
Mas afinal, o que é argumentar?
I. Opinar;
II. Validar a opinião utilizando fatos;
III. Ser coerente e expor informações admissíveis.

“Argumentar é desenvolver organizadamente um


raciocínio, uma ideia, uma opinião, um ponto de
vista ou uma convicção, de forma a influenciar, a
convencer, a persuadir...”
Argumentação – relação lógica entre ideias
“Uma cidade na qual muitas pessoas usam bicicleta como meio de
transporte não possui tantos congestionamentos quanto aquelas nas quais
não se faz isso [1]; pessoas que usam bicicleta como meio de transporte
são mais saudáveis por fazerem atividade física constantemente, o que
representa não apenas maior bem estar individual [2], mas também
menos gastos públicos com saúde [3]; um maior número de bicicletas em
circulação e menor número de veículos motorizados gera menos poluição
[4], o que beneficia não apenas a saúde da população de forma imediata
[5], mas contribui para reduzir o aquecimento global [6].”
Artigo de opinião (Pág. 103)

● Gênero textual de natureza


dissertativo-argumentativa, em que
há intenção declarada de defender ou
manifestar um juízo;
● Busca conquistar a adesão do leitor
ao ponto de vista defendido;
Estrutura do artigo de opinião
I. Título
II. Introdução
III. Desenvolvimento
IV. Conclusão
V. Assinatura do autor
Exemplo 1 – A importância da valorização
do esporte para a inclusão social de jovens
no Brasil (Introdução)
Em 2016, o Brasil sediou os tradicionais Jogos Olímpicos, evento
global que trouxe grande visibilidade para diversos atletas do país.
Apesar disso, é notório que na contemporaneidade o esporte não
recebe a devida valorização, o que configura um impasse para a
inclusão social de crianças e adolescentes devido à falta de
oportunidades, principalmente da parcela mais pobre da população.
Nesse sentido, é urgente discutir os obstáculos que impedem a
ampliação e o pleno reconhecimento do setor esportivo na sociedade,
tais como a escassez de políticas públicas e a precária infraestrutura
das escolas.
Exemplo 1 – A importância da valorização
do esporte para a inclusão social de jovens
no Brasil (Desenvolvimento 1)
Em primeiro plano, a falta de incentivo público em relação às
práticas esportivas mostra-se como um dos desafios para a resolução
do problema. Nesse sentido, a Constituição Federal, por meio da Lei de
Incentivo ao Esporte, prevê que o fomento ao esporte é um direito
social que deve ser garantido. Contudo, nos dias atuais, tal dispositivo
legislativo é praticamente inexistente, em virtude da insuficiente
destinação de recursos públicos para financiar atletas e competições
em todo o Brasil, fazendo com que os esportistas precisem recorrer a
“vaquinhas”, entre outros meios, para angariar dinheiro. Diante desse
cenário, é notório que a legislação não está sendo cumprida de maneira
eficaz.
Exemplo 1 – A importância da valorização
do esporte para a inclusão social de jovens
no Brasil (Desenvolvimento 2)
Além disso, a carência de infraestrutura adequada nos espaços
escolares também constitui um revés no que diz respeito à questão da
valorização do esporte. Nesse contexto, de acordo com um
levantamento realizado pelo Ministério da Cidadania, quase metade das
escolas de educação básica do país não possuem local para a prática
esportiva, o que corresponde, segundo o Censo Escolar de 2020, a
47% das instituições de Ensino Fundamental I ao Ensino Médio. Tal
lacuna infraestrutural impede que um número significativo de jovens
tenha acesso ao esporte de forma digna, o que torna a inclusão desses
seres uma realidade distante.
Exemplo 1 – A importância da valorização
do esporte para a inclusão social de jovens
no Brasil (Conclusão)
Diante do exposto, é evidente que o mercado esportivo é uma
relevante ferramenta para a inclusão social de jovens e precisa ser
evidenciado. Nesse viés, é primordial que o Estado, responsável por
promover a igualdade e a justiça, em parceria com as escolas, invista
em políticas públicas voltadas para o incentivo ao esporte, por meio da
criação de bolsas para atletas iniciantes e veteranos, além da
construção e ampliação de quadras esportivas nos centros
educacionais. Esse investimento terá como objetivo proporcionar às
crianças e aos adolescentes o efetivo contato com o esporte,
possibilitando-lhes uma participação social plena e justa.
Nadson Diógenes
Artigo de opinião
Linguagem (Pág. 103)
● O artigo de opinião se sustenta na
argumentação para analisar, avaliar,
discorrer e responder sobre determinada
questão (tema) que se coloca;
● Linguagem altamente persuasiva;
● Discute temas de relevância social, política,
cultural, econômica e até comportamental;
Artigo de opinião
Linguagem (Pág. 103)
● Na construção do texto, são usados
argumentos de natureza diversa –
argumentos de autoridade, alusão e dados
históricos, estatísticas, citações, contra-
argumentação etc.;
● Pode ser escrito na 1ª pessoa (quando o autor
se coloca diretamente no texto) ou na 3ª
pessoa (modo impessoal e distanciado).
Artigo de opinião – Introdução
● Parte do texto onde se apresenta a situação-
problema a ser desenvolvida. O autor
contextualiza o leitor e deixa evidente a linha
de raciocínio que será sustentada por ele ao
longo do texto.
● ESTRUTURA:
1) Contextualização do tema;
2) Tese;
3) Demonstração dos argumentos a serem
utilizados.
Como selecionar
os argumentos?
Escolha dois fatores como
causa ou consequência a
respeito da questão trazida no
tema. Esses serão os seus dois
argumentos.
Artigo de opinião – Desenvolvimento
● Promove a discussão da tese por meio da
exposição de argumentos e de provas que
evidenciam a validade do posicionamento do
autor.
● ESTRUTURA:
1) Tópico frasal;
2) Explicação/exemplificação;
3) Relação lógica entre argumento e ponto de
vista.
Artigo de opinião – Conclusão
● Encerra-se a avaliação da situação-problema
reafirmando a posição assumida na introdução.
● ESTRUTURA:
1) Reafirmação da tese;
2) Possíveis medidas e ações para amenizar o
problema;
3) Reflexão sobre a temática.
Exemplo 2 – A dificuldade de erradicar o
trabalho infantil no Brasil
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), em 2019 o Brasil tinha 1,8 milhão de crianças e adolescentes
em situação de trabalho infantil. Esse dado é preocupante, uma vez
que esse cenário constitui um grave problema de contornos
específicos na sociedade brasileira. Dessa maneira, faz-se necessário
refletir sobre as dificuldades existentes para amenizar tal situação,
como a desigualdade social e o legado histórico da escravidão no
país.
Exemplo 2 – A dificuldade de erradicar o
trabalho infantil no Brasil
Diante desse cenário, é nítido que a desigualdade social é um dos
motivos que colaboram para a persistência dessa questão. Nesse viés,
no filme O menino que descobriu o vento o jovem William é obrigado
a trabalhar para ajudar seus pais, posto que o governo de seu país não
viabiliza condições necessárias para permitir uma vida digna a sua
família. Assim como na ficção, esse contexto também se torna real
para inúmeras crianças brasileiras, já que a falta de assistência por
parte dos órgãos competentes as forçam a assumir tarefas laborais em
vez de se dedicarem à escola.
Exemplo 2 – A dificuldade de erradicar o
trabalho infantil no Brasil
Ademais, a redução do trabalho infantil no Brasil também encontra
obstáculos no legado histórico do país. Nesse contexto, no período
colonial crianças indígenas e negras foram submetidas ao trabalho
doméstico e em plantações de senhores ricos. Na contemporaneidade,
tais circunstâncias também se fazem presentes devido à manutenção de
determinados comportamentos arcaicos que ainda são reproduzidos pela
sociedade, a exemplo da exploração da mão de obra infantil, o que viola
os direitos desses seres promulgados pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
Exemplo 2 – A dificuldade de erradicar o
trabalho infantil no Brasil
Assim, é fundamental buscar superar os desafios e combater o
trabalho infantil, pois os jovens precisam ser preservados. Além
disso, crianças e adolescentes devem ter um desenvolvimento
saudável garantido, com acesso à educação e à qualidade de vida.
Desse modo, faz-se necessário que o Estado e a sociedade confrontem
as raízes do problema para minimizá-lo, por meio de investimentos
na criação de programas sociais de erradicação à pobreza, o que
amenizará a desigualdade social e, por consequência, promoverá uma
infância e juventude dignas para os indivíduos brasileiros.
Nadson Diógenes
• Projeto de texto: antes de escrever,
planeje seu texto para que a produção
fique coerente e coesa;
`Planejamento • Pesquise, leia e reflita sobre o tema;
do texto
• Pense nos dois argumentos que irão
fundamentar a tese;
• Sistematize seus conhecimentos de
mundo para poder inseri-los no texto.
Coesão textual
Função Conectivos
Certamente, evidentemente,
Afirmação realmente, seguramente, nitidamente,
claramente…
Apesar de, embora, ainda que,
Concessão mesmo que, mesmo que, ainda
assim…
Pois, visto que, já que, porque, dado
Causa que, posto que, em virtude de,
devido a…
Coesão textual
Função Conectivos
Primeiramente, em primeiro lugar,
Prioridade em primeiro plano, em primeira
análise, a princípio…

Outrossim, também, além disso,


Adição
ademais, bem como, ainda…

Da mesma maneira, da mesma


Comparação forma, assim como, do mesmo
modo, igualmente, analogamente…
Coesão textual
Função Conectivos
Mas, porém, contudo, todavia,
Oposição
entretanto, no entanto, embora…

Portanto, logo, então, por


Conclusão conseguinte, assim, por isso, desse
modo, dessa maneira…

A fim de, para que, com o objetivo


Finalidade
de, com a finalidade de...
Pág. 113
Fake news: é possível fugir dessa
cilada?
● Fake news é o termo usado para denominar notícias falsas que
circulam principalmente na Internet, amplamente divulgadas através de
redes sociais e de aplicativos de comunicação. São boatos que têm
como intuito apelar para o emocional do leitor / ouvinte.
Acredita-se que o objetivo da
fake news seja, em sua
maioria, político: divulgam-se
geralmente informações falsas
Mas qual seria a motivação sobre determinado político,
por trás da divulgação de uma personalidade ou governo com
fake news? O que os criadores objetivo de deslegitimá-lo e
dessas notícias falsas ganham provocar a dúvida e a
com isso? descrença das pessoas sobre
ele.
Por que as fake news se espalham? (Pág. 116)
● Geralmente, são notícias com potencial de
verdade, que provocam a dúvida e levam a
questionamentos sobre sua veracidade;
● No meio político, já existe um clima de
tensão e desconfiança. Por isso, informações
e notícias acabam atingindo um número
enorme de pessoas;
● As pessoas estão mais desconfiadas e
tendem a acreditar nas informações que vão
ao encontro de suas ideias já preconcebidas.
Como identificar fake news?

● A divulgação de fake news é


extremamente perigosa e pode
afetar não só a saúde pública, mas
também incentivar atos de
preconceito e intolerância,
podendo acarretar resultados
terríveis.
Dicas da revista Superinteressante para evitar
fake news e sua disseminação
1. Analise
Antes de compartilhar um texto, é importante
lê-lo com calma. Observe se ele possui palavras
em letras maiúsculas, exclamações,
abreviações, erros de ortografia e excesso de
adjetivos. Desconfie se houver muitas opiniões,
títulos sensacionalistas e dados sem indicar a
fonte.
Dicas da revista Superinteressante para evitar
fake news e sua disseminação
2. Pesquise
As pistas para descobrir fake news vão além do
texto. Sites com nomes parecidos com o de
veículos conhecidos, que não identificam seus
autores e não possuem informações de contato
são suspeitos. Às vezes, os especialistas
consultados nem existem. Vale dar um Google.
Dicas da revista Superinteressante para evitar
fake news e sua disseminação
3. Confirme
Cheque se a notícia saiu em algum outro jornal,
revista ou site. Tome cuidado, pois um
conteúdo falso nem sempre é 100% mentiroso.
Às vezes é só um trecho usado fora de contexto
ou uma matéria muito antiga compartilhada
como nova. Essa manipulação contribui para a
desinformação.
Dicas da revista Superinteressante para evitar
fake news e sua disseminação
4. Denuncie
No Facebook, é possível classificar o conteúdo
suspeito como “falso”: basta clicar nos três
pontinhos do canto direito da publicação. As
agências de checagem de fatos especializados
em confirmar ou desmentir discursos políticos,
vídeos e até correntes de WhatsApp possuem
formulários de denúncia.
Agências de checagem de fatos
04
Regência nominal
Pág. 120
Regência nominal
● Normalmente, as palavras de uma oração são
interdependentes, ou seja, elas se relacionam entre si
para expressar o sentido desejado. Essa relação
estabelecida entre as palavras é chamada de regência.
● Regência é o modo pelo qual um termo rege outro que
o complementa;
● Em uma oração, a palavra dependente é chamada de
regida, e o termo a que ela se subordina é chamado de
regente;
• O termo regente é um
• O termo regente é um nome (substantivos,
verbo. adjetivos e
• Ex.: o homem foi ao advérbios).
teatro. • Ex.: o homem é rico
em virtudes.

Regência verbal Regência nominal


56
Regência nominal
Os termos regidos, geralmente,
prendem-se aos regentes por
meio de preposições.

Preposições essenciais: a,
ante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre,
trás.
Duas ou mais palavras que
exercem a função de uma
preposição, em que a última delas
é uma preposição: abaixo de, acerca
Locuções de, acima de, ao lado de, a respeito
prepositivas de, atrás de, de acordo com, em cima
(Pág. 121) de, embaixo de, em frente a, ao redor
de, graças a, junto a, perto de, por
causa de, por cima de, por trás de
etc.
`Preposições
● As preposições a, de, em e por podem, ainda, unir-se a outras
palavras, formando um único vocábulo. Observe:
I. Preposição a + artigos definidos = ao(s), à(s);
II. Preposição a + advérbio onde = aonde;
III. Preposição a + pronomes demonstrativos = àquele(s),
àquela(s), àquilo(s);
IV. Preposição de + advérbios aqui, ali, aí = daqui, dali, daí;
V. Preposição de + artigos = do(s), da(s)
VI. Preposição em + artigos = no(s), na(s), num, nuns, numa(s);
`Preposições
VII. Preposição em + pronomes demonstrativos = neste(s),
nesta(s), nesse(s), nessa(s), naquele(s), naquela(s), nisto,
nisso, naquilo;
VIII.Preposição por + artigos = pelo(s), pela(s);
IX. Preposição de + pronomes demonstrativos = dele(s), dela(s),
deste(s), desta(s), desse(s), dessa(s), daquele(s), daquela(s),
disto, disso, daquilo.
• Regência nominal é o nome que damos a relação entre os
nomes (substantivos, adjetivos e advérbios), que são os termos
regentes, e os termos regidos por ele.
• Essa relação é estabelecida por uma preposição; logo, saber
regência nominal significa saber qual preposição cada
nome pede.
Termo regente: SUBSTANTIVO

Acesso a, para Horror a, de, por


Aversão a, por Queixa a, contra, de, sobre
Capacidade de, para União a, com, entre
Certeza de, sobre Respeito a, com, entre
Veja como um nome pode ter regências distintas:
● A guerra ao terror foi declarada.
● Ucrânia: risco de guerra com a Rússia está aumentando.
● Parece que a guerra contra as drogas está perdendo
aliados.
● Ricardo Tenório criticou a guerra de egos entre Peter e
Celso.
Termo regente: ADJETIVO

Acostumado a, com Essencial a, para


Aflito com, por Junto a, com, de
Ansioso de, para, por Próximo a, de
Atento a, em, para Satisfeito com, de, em, por
Veja alguns exemplos em que se respeitaram as
regras de regência nominal:
● João parecia alheio a tudo.
● Ana está apta ao trabalho e ávida pelo cargo de gerente.
● Aquilo era uma coisa curiosa de se ver.
Termo regente: ADVÉRBIO
Longe de
Não a
Perto de

Os advérbios terminados em -mente tendem


a seguir o regime dos adjetivos de que se
originaram:
Contrariamente a
Diferentemente de
Paralelamente a
05
Regência verbal
Pág. 171
Regência verbal
● Regência é uma relação mantida entre as palavras, na
qual um termo rege outro que o complementa;
● Na regência verbal, o verbo é o termo regente e a
preposição é o termo regido;
● Primeiramente, cabe esclarecer que, quanto à predicação
verbal, os verbos se classificam como intransitivos
(aqueles que não necessitam de complemento) e
transitivos (que necessitam de complemento).
Regência verbal (Págs. 171 e 172)
● Verbo transitivo direto: pede complemento sem
preposição
 Ex.: Eu quero um pedaço de bolo.
● Verbo transitivo indireto: pede complemento com
preposição
 Ex.: Hoje eu não irei à praia.
● Verbo bitransitivo: pede dois complementos, com e sem
preposição
 Ex.: Eu prefiro sorvete a bolo.
Regência verbal
● É importante lembrar, ainda, que os pronomes oblíquos
átonos podem exercer função de objeto e, quando isso
ocorre, há regras específicas:
I. O, a, os e as só podem ser objeto direto;
II. Lhe e lhes só podem ser objeto indireto;
III. Me, te, nos e vos podem exercer função de objeto
direto e objeto indireto.

Ex.: Ela me ama. O casamento não me convinha.


Regência de alguns verbos

• Aspirar (pág. 174)


a) No sentido de “desejar”, “almejar”, é transitivo indireto e
pede a preposição a.
Ex.: aspiro a um melhor salário.

b) No sentido de “respirar”, é transitivo direto, sem


preposição.
Ex.: Um menino de cinco anos foi internado depois de
aspirar uma peça de xadrez.
Regência de alguns verbos

• Assistir (pág. 174)


a) No sentido de “ver”, “presenciar”, é transitivo indireto e
pede preposição a.
Ex.: Você assistiu ao filme?

b) No sentido de “auxiliar”, “ajudar”, é transitivo direto.


Ex.: As enfermeiras assistiram meu avô prontamente.
Regência de alguns verbos

• Assistir (pág. 175)


c) No sentido de “caber direito ou razão”, é transitivo indireto
e pede preposição a.
Ex.: Alimentação, saúde e segurança são direitos que
assistem a todos os cidadãos.
Regência de alguns verbos

• Chegar, ir, voltar (pág. 175)


Esses verbos são intransitivos, mas seus adjuntos adverbiais
exigem preposição.
• Exemplos:
1. Chegarei à sua casa somente por volta das 20h;
2. Fui ao meu escritório na parte da manhã e encontrei um
cliente muito querido.
3. Voltei para minha cidade natal há dois anos, logo depois
que me aposentei.
Regência de alguns verbos

• Avisar, certificar comunicar, informar, notificar (pág.


175 e 176)
Quando são bitransitivos, ou seja, têm um objeto direto (sem
preposição) e um objeto indireto (com preposição), deve-se ter
atenção para que não se usem dois objetos da mesma natureza.
• Exemplos:
1. Notifique os alunos da mudança de data das provas.
2. Informe a mudança de data das provas aos alunos.
Regência de alguns verbos

• Esquecer, lembrar (pág. 176)


A regência desses verbos dependerá de eles serem
pronominais.
a) Se não há pronome, o verbo é transitivo direto.
Ex.: esqueci a carteira dentro do carro.

b) Se o verbo é pronominal, então ele é transitivo indireto.


Ex.: Eu me esqueci do refrigerante.
Regência de alguns verbos

• Namorar (pág. 177)


Diferentemente do que se usa na linguagem coloquial, não se
namora com alguém, e sim alguém.
Ex.: A reportagem de capa enumera dez motivos para
namorar um romântico.

• Obedecer, desobedecer
Verbos transitivos indiretos e pedem a preposição a.
Ex.: Sempre obedeci aos meus pais.
Regência de alguns verbos

• Preferir (pág. 178)


Quando bitransitivo, o objeto indireto desse verbo exige a
preposição a.
Exemplos:
1. Prefiro gato a cachorro.
2. Prefiro filmes a séries.

Atenção: não é aceito o uso da locução conjuntiva do que,


como em “prefiro filme do que novela”.
Regência de alguns verbos

• Responder (pág. 179)


a) No sentido de “dar respostas”, pode ser transitivo direto ou
transitivo indireto com a preposição a.
Exemplos:
1. Ele só respondeu que não sabia o nome dela.
2. Eu não consegui responder a todas as questões da prova
do concurso.
Obrigado!
Dúvidas?

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