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A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO COMBATE À

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA SALA DE PARTO

Autores: Derlaine Silvino dos Santos Santana


Manoela Gomes de
Almeida
Orientador: James Farley Estevam dos Santos

Maceió-AL
2023
INTRODUÇÃO

• MOTIVAÇÃO

A motivação para iniciar a presente investigação manifestou-se após


experiências pessoais vivenciadas na sala de parto e aumentou quando obteve-
se contato com a disciplina de saúde da mulher, e ética do Curso de
Enfermagem da instituição SEUNE que fez com que despertasse o interesse
em obter mais informações a respeito das respectivas disciplinas, mas focando
em ampliar os conhecimentos teóricos e práticos acerca e como o enfermeiro
deve atuar para combater qualquer tipo de violência e de como podem ser
implementadas estratégias para que ocorra a minimização de danos em
decorrência dessas violências obstétricas sofridas pela puérpera na sala de
parto.
INTRODUÇÃO

• Na Idade Média, os partos eram realizados nos domicílios, concentrados


unicamente na mulher, sendo pautados no empoderamento e autonomia das
mesmas (BORBA et al., 2022).

• As violências perpassam todos os níveis de atenção (BITENCOURT;


OLIVEIRA; RENNÓ, 2021; BORBA et al., 2022).

• A violência obstétrica não está apenas nas condutas físicas na sala de parto
(COSTA et al., 2021).
• OBJETIVO

Identificar a atuação do enfermeiro na assistência a gestante na sala de parto e quais medidas devem
ser traçadas no combate a violência obstétrica

• JUSTIFICATIVA

Revelou-se de suma importância o desenvolvimento dessa pesquisa pois, foi visto que a violência
obstétrica e suas consequências traumáticas para a puérpera são desconhecidas por uma grande
parcela de profissionais da saúde, e com o resultado de trabalhos sobre o objeto em questão é
possível oferecer algo que agregará cientificamente, na busca por melhor entender a atuação da
assistência de enfermagem a mulher, e as condutas que o enfermeiro deverá pôr em pratica ao cuidar
da parturiente na sala de parto, este instrumento contribuirá de forma ativa na disseminação de
informações com a finalidade de tornar os profissionais mais instruídos acerca das condutas e
protocolos que devem ser seguidos para evitar a violência obstétrica.
METODOLOGIA
Amostragem ou busca
na literatura
Estabeleci
mento da Categorização

hipótese ou dos Estudos
PASSO
questão de
pesquisa
1° 3°
PASSO PASSO
Revisão
integrativa
da
literatura

6° 4°
Síntese do
conheciment
PASSO PASSO Avaliação dos

o ou estudos
apresentaçã
PASSO
incluídos na
o da revisão revisão
Interpretação
Fonte: Mendes; Silveira; Galvão, 2008 dos resultados
METODOLOGIA

QUESTÃO NORTEADORA:

Visto o exposto, coube proceder à seguinte questão norteadora de pesquisa: Qual a atuação do
enfermeiro no combate à violência obstétrica na sala de parto?

BASES DE DADOS: LILACS, BDENF, e MEDLINE.


DESCRITORES: Violência obstétrica; Saúde da mulher; Cuidados de enfermagem.
OPERADOR BOOLEANO: And
CRITERIOS DE INCLUSÃO: artigos científicos originais, tempo de publicação nos 5
últimos anos, no idioma português e inglês, artigo disponível em texto completo e gratuitamente.
METODOLOGIA
Quadro 1: Estratégias de busca nas bases, seguindo critérios de inclusão e exclusão.
METODOLOGIA
RESULTADOS

Considerando os 15 artigos selecionados, publicados nas bases de dados Lilacs,


Medline, BDEFN e Scielo, Obteve-se maiores resultados relacionados a temática à
base de dados da Lilacs.

Identificou-se que, dos artigos selecionados nos últimos 05 anos, os anos de 2022 e
2020 foram os anos que houveram mais publicações.

Obtiveram-se mais artigos publicados no idioma português e menos no idioma


inglês.

A metodologia dos artigos utilizados no presente estudo é qualitativa e quantitativa,


em sua maioria de natureza qualitativos.
RESULTADOS
Quadro 2: Síntese dos estudos

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2023.


DISCUSSÃO
A violência obstétrica nas práticas institucionais e dos procedimentos em saúde

 A violência obstétrica caracteriza-se por qualquer ato durante o momento do parto


no qual os desejos da mulher e suas opiniões são invalidadas (ALEXANDRIA, et al.
2019; BITENCOURT; OLIVEIRA; RENNÓ, 2021).

 Impedimento da presença de um acompanhante (ALEXANDRIA et al., 2019).

 Manobra de Kristeller e administração desnecessária de ocitocina (NASCIMENTO;


SOUZA, 2022).
DISCUSSÃO

A violência obstétrica nas práticas institucionais e dos procedimentos em saúde

 A violência obstétrica é um problema de saúde pública, e as mulheres temem a


recorrer ao Sistema único de saúde (SUS) para o acompanhamento do pré-natal
e principalmente para a realização do parto (NASCIMENTO et al., 2022).

 A violência no ciclo gravídico puerperal pode se dar também pela falta de uma
ambiência adequada como maternidades operando acima da sua capacidade
(LEITE et al., 2022).
DISCUSSÃO

Danos ocasionados por sofrimento de violência obstétrica em instituições de


saúde

 As violências podem ser em espaços privados e públicos, em níveis de gravidade e formas


diferentes (RAMOS; TANAKA; CARMONA; SANFELICE., 2022).

 A maioria das mortes são em países de baixa renda, em mulheres que não possuem cobertura
de plano de saúde e que as complicações que levam ao óbito das parturientes são no parto e
no pós-parto (ALEMÁN-ESCOBAR; PELCASTRE-VILLAFUERTE; RUEDA-NERIA.,
2020).

 As violências físicas são mais relatadas e divulgadas que as psíquicas (NASCIMENTO;


SOUZA, 2022).
DISCUSSÃO

A assistência de enfermagem humanizada no ciclo gravídico-puerperal

 A abordagem humanizada do enfermeiro deve-se começar durante o pré-natal (OLIVEIRA;


OLIVEIRA., 2020).

 A assistência de qualidade deve ser pautada na receptividade das mulheres (SOUZA et al,
2020).

 O Brasil passou a adotar as medidas estabelecidas pela Rede Cegonha instituída pelo
ministério da saúde a Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011, com o intuito de fortalecer
ainda mais a saúde materno-infantil (PEREIRA et al., 2022).
DISCUSSÃO

A assistência de enfermagem humanizada no ciclo gravídico-puerperal

 A assistência humanizada envolve a conduta individual do profissional de saúde,


quantitativo de recursos humanos e a estrutura física de hospitais e maternidades, se os
mesmos não possuírem um dimensionamento adequado, insumos para a execução do
trabalho e equipamentos disponíveis e funcionantes, dificilmente a assistência não será
digna e adequada (LEITE et al., 2022).
CONCLUSÃO

Evidenciou-se que a violência obstétrica é um problema antigo no qual necessita de


políticas publicas afim de intervir no cenário atual. Cabe também a acadêmicos de
enfermagem voltarem-se para este problema que afeta a vida da mulher num momento tão
sublime de sua vida que é o parto.
A enfermagem possui um importante papel em promover ações voltadas aos Direitos
Humanos articulado em rede neural por meio das diversas tecnologias, entre elas a
Telenfermagem. Para tratar sobre, as formas de agressões e violências durante a gravidez, no
parto e no processo de puerpério, apontando ainda, os canais de denúncia, apoio e suporte
psicossocial e promoção aos direitos da mulher vítima de violência e proteção aos
denunciantes.
CONCLUSÃO

Consideramos que a enfermagem é uma peça importantíssima para que todo o processo
ocorra com sucesso, porém não depende só dela, afinal, trata-se de um trabalho de toda
equipe multiprofissional, essas questões são, obviamente coletivas a equipe, necessário o
comprometimento e participação de todos para garantir os direitos inerentes a gestante e sua
individualidade. E, portanto, sugere-se que, novos trabalhos sejam realizados, envolvendo
grupo controle, para que possam acrescentar a veracidade cientifica no combate à violência
obstétrica na sala de parto, bem como, na atuação do enfermeiro no combate à violência
obstétrica na sala de parto.
REFERÊNCIAS
ALEMÁN-ESCOBAR, M. L.; PELCASTRE-VILLAFUERTE. B. E.; RUEDA-NERIA. C. M. Enfermagem e
políticas públicas para reduzir a mortalidade materna em Morelos, Mèxico. J. nurs. health, v, 10, n. 2, p.
20102006, 2020. Disponível em: https://fiadmin.bvsalud.org/document/view/5t87z. Acesso em: 10 fev, 2023

ALEXANDRIA. S. T. et al. Violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem envolvidos na


assistência ao parto. Cult. Cuid. v. 23, n. 53, p.119- 1282019. 2019. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc190053. Acesso em: 22 out, 2023.

BITENCOURT. A. C.; OLIVEIRA. S. L.; RENNÓ. G. M. Violência obstétrica para os profissionais que
assistem ao parto. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 22, n .4, p. 943-951, 2022. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1806- 9304202200040012. Acesso em: 10 set, 2023.

BORBA. B. D. et al. Atuação do enfermeiro na prevenção da Violência Obstétrica: uma revisão integrativa.
2022. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/25631. Acesso em: 10 fev,
2023.

COSTA. M. C. M. D. R. et al. Vivenciando as desordens na prática do cuidado do enfermeiro


obstetra: o olhar complexo ao fenômeno. Rev. Pesqui. Univ. Fed. Estado Rio J., online, p. 490-496,
2021. Disponível em: . Acesso em: 5 fev, 2023.
REFERÊNCIAS

LEITE. T. H. et al. Desrespeitos e abusos, maus tratos e violência obstétrica: um desafio para a
epidemiologia e a saúde pública no Brasil. Cien Saude Colet, v.27. n.2, p. 483-491, 2022.
Disponível em:https://www.br/j/csc/a/vWq9rQQg8B8GhcTb3xZ9Lsj/ . Acesso em: 5 fev, 2023.

MENDES, K. D. S; SILVEIRA, R. C. C. P; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de


pesquisa para incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto enferm.
Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-64, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tce/a/XzFkq6tjWs4wHNqNjKJLkXQ/?lang=pt. Acesso em: 18 nov. 2023.
NASCIMENTO, D. E. M. et al. Vivências sobre violência obstétrica: Boas práticas de enfermagem
na assistência ao parto. Nursing (Säo Paulo), v . 25, n. 291, p. 8242- 8253, 2022. Disponível em:
https://www.revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2662/3224. Acesso em: 5
nov, 2023

NASCIMENTO. R. C.; SOUZA, A. C. F. A assistência do enfermeiro à parturiente no contexto


hospitalar: Um olhar sobre a violência obstétrica. REVISA, v.11, n.2, p.149- 162, 2022. Disponível
em: . Acesso em: 5 fev, 2023.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA. M. R. R.; ELIAS. E. A.; OLIVEIRA. S. R. Mulher e parto: significados da violência obstétrica e a
abordagem de enfermagem. Rev. enferm. UFPE on line, v. 14, p.1-8, 2020. Disponível em:10.5205/1981-
8963.2020.243996. Acesso em: 5 nov, 2023.

PEREIRA L. M. B. L., et al. Violência obstétrica à luz da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado
Cultural. Revista Cuidarte, v. 13, n. 1, p. 1536. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1536.
Acesso em: 10 nov, 2023.

RAMOS. T. M. et al. Conhecimento de acadêmicos de Enfermagem sobre a violência obstétrica. ABCS


Ciências da Saúde, v. 47, p. e022221-e022221, 2022. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.7322/abcshs.2020163.1606. Acesso em: 10 nov, 2023.

SOUZA, A. C. O.; SILVA, A. de A. Atuação do enfermeiro na prevenção da violência obstétrica. Congresso


Científico da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP, Campinas, SP, n.2, p.739. 2022. Disponível em: 32 .
Acesso em: 20 abr, 2023.
Obrigada!
“Parto respeitoso não deveria
ser exceção!”

- Autor desconhecido

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