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ÁTOMOS

Professor Paulo Roberto de Oliveira


Introdução
Matéria
Possui massa e ocupa lugar no
espaço físico (volume).

Química
Estuda a estrutura, propriedades
e transformações da matéria.

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Big Bang
Há 15 bilhóes de anos “tudo” era um ponto que
explodiu. Muitas partículas foram liberadas na
T= 109 K explosão, mas com alta energia cinética.

Expansão = Resfriamento
Ocorreu diminuição da velocidade das partículas que
começaram a se agrupar.
a. agruparam-se prótons e nêutrons por forças fortes
de curto alcance.
b. Na continuação do resfriamento, forças mais fracas
Em cerca de 2h após o início do universo de longo alcance (origem eletrostática) levaram as
já havia 89% de H e 11% de He. partículas negativas a se agrupar em torno dos
núcleos positivos formando os átomos.
SHRIVER, D.F.; ATKINS, P.W. Química Inorgânica. 4 edição. Editora Bookman. Porto Alegre, 2008.
Grego Constituição da matéria -
s Desenvolvimento da idéia do átomo
Aristóteles
(384 a.c. – 322 a.c.)

Ad infinitum
Suponho que a
materia pode ser
infinitamente
dividida. Leucipo
Demócrito
(500 a.C.) (460
a.c.)

Esfera maciça
Acreditavam que a matéria poderia ser dividida até
chegar a uma partícula indivisível (unidade): Átomo

A = não
TOMOS = divisível
5
REIS, Marta. Química Integral. Volume Único. Nova Edição. Editora FTD. São Paulo, 2004.
Desenvolvimento das Teorias Modernas
John Dalton
No desenvolvimento das teorias Modernas sobre a forma e constituição do
átomo, inicialmente foi retomada a idéia dos gregos sobre a unidade
indivisível fundamental da matéria (átomo).

• Baseado em Demócrito, em 1804 Dalton propôs sua teoria sobre o átomo: unidade
maciça e indivisível. Também postulou que não pode ser criado ou destruído, e,
elementos são formados por um mesmo tipo de átomos.
• Embora não tenha comprovado sua teoria, pesquisas posteriores de Proust, Avogrado,
Botzman sobre os gases , a confirmaram em torno de 1800.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 70 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
http://www.veduca.com.br/play/286
Final do sec. 19
Descobertas de erro no pensamento clássico
Experimentos realizados sugeriram que talvez o átomo não fosse a partícula mais elementar, ou seja,
ele era divisível, não maciço e formado por partículas ainda menores.

Thomson
Realizou em 1897 experimento que comprovou que o átomo é composto
por partículas eletricamente carregadas (+) e (-): Prótons e elétrons

Modelo “pudim de
passas”

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USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 7 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
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Existência de um núcleo e elétrons
• Rutherford
Em 1911 comprovou a existência de um núcleo que concentra a massa
considerável do átomo,contendo a carga positiva (prótons).
Propôs o modelo planetário do átomo.

Teoria eletrostática
Elétrons (-) em órbita em torno do núcleo, atraídos
pela sua carga positiva (+).

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USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 7 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
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Teoria de Rutherford- Bohr
Baseado no eletromagnetismo, Bohr corrigiu em 1911 uma pequena falha na
teoria de Rutherford acerca do movimento dos elétrons: seriam órbitas elípticas
e não circulares.
Este modelo é aceito até hoje.

Energia
K Nível Camada N0 máximo e-
L
1 K 2

2 L 8
A partir dos estudos quânticos de Einstein e Planck, aprimorou o modelo 3 M 18
planetário demonstrando os níveis de energia dos elétrons nos átomos (em 7 4 N 32
camadas da eletrosfera).
5 O 32
6 P 18
7 Q 2 OU 8 9
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 7 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
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Comprovação Atual da Existência do átomo
Microscopia eletrônica de Varredura
Ferramenta que permite a visualização de átomos

Carbono grafite

Arranjo dos átomos


Figura 1: Área de varredura mostrando imagem 1 nm2. Os círculos cheios
de carbono no grafite
indicam a posição de átomos de carbono na primeira camada do grafite.

NEVES, B. R. A.; VILELA, J. M. C.; ANDRADE, M. S. Microscopia de varredura por sonda mecânica: uma introdução. Cerâmica 44 (1998).
Descoberta do PRÓTON

Goldstain
(1886)

E. Goldstain
(1850-1930)

- Além do feixe de raios catódicos (elétrons) havia outro feixe, em sentido, opostos que atravessam os orifícios do
eletrodo com se fossem canais.
- Os elétrons colidem com as moléculas gasosas e produzem fragmentos positivos destas moléculas que são atraídos pelo
catodo perfurado carregado negativamente.
- Os feixes eram formados por partículas com cargas positivas (prótons : p)
- Os raios positivos (raios canais) são defletidos por campos elétricos e magnéticos, mas a deflexão é muito menor em
relação aos raios catódicos.
- Algumas passavam pelos orifícios permitindo sua detecção e determinação da relação carga/massa que depende do gás
no tubo (ao contrário dos raios catódicos).
- Os valores da relação carga/massa eram muito menores do raios catódicos, indicando partículas de massa maior
(mP = 1,67x10-24 g)
Modelo Atômico de Rutherford (1911)
Bombardeou uma fina lâmina de Au (0,0001 mm) com partículas "" (núcleo de He2+) emitidas
pelo Po, contido num bloco de Pb. Provido de uma abertura estreita, para dar passagem às
partículas "“ por ele emitidas.

Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora fluorescente revestida de
E. Rutherford (1871-1937)
sulfeto de zinco (ZnS). Prêmio Nobel - 1908

Bloco de chumbo

Polônio
Partículas 

Au

ZnS
Alunos - Geiger e Marsden
Modelo Atômico de Rutherford (1911)
Observando as cintilações na tela de ZnS, Rutherford verificou que a maioria das partículas "  "
atravessavam a lâmina de ouro, sem sofrer desvio, e apenas poucas partículas "  " sofriam desvios.
Como as partículas "  " têm carga elétrica positiva, o desvio seria provocado por um choque com
outra carga positiva, isto é, com o núcleo do átomo, constituído por prótons.
Modelo Atômico de Rutherford (1911)
O átomo seria um imenso vazio, no qual o núcleo ocuparia uma pequena parte, enquanto que os elétrons o
circundariam numa região negativa chamada de eletrosfera, modificando assim, o modelo atômico proposto
por Thomson.

elétron de carga -e

núcleo de carga positiva

No modelo nuclear do átomo, as cargas positivas e quase toda a massa estão concentradas no núcleo. Os “e-”
com cargas negativas circundam o núcleo.

O número atômico (Z) é o número de próton do núcleo. Existe igual número de elétrons fora do núcleo.
Modelo Atômico de Bohr (1913)
De acordo com o modelo atômico proposto por Rutherford, os elétrons ao
girarem ao redor d núcleo, com o tempo perderiam energia, e se chocariam com o
mesmo.
Bohr formulou uma teoria sobre o movimento dos elétrons, fundamentado na Teoria
Quântica da Radiação (1900) de Max Planck.
Niels Bohr (1885-1962)
A teoria de Bohr fundamenta-se nos postulados (alguns): Prêmio Nobel 1922

- Os elétrons descrevem órbitas circulares estacionárias ao redor do núcleo, sem


emitirem nem absorverem energia. Essas órbitas estáveis são denominadas estados
estacionários.
Modelo Atômico de Bohr (1913)
- As órbitas estacionárias são aquelas nas quais o momento angular do elétron em torno do núcleo
é igual a um múltiplo inteiro de h/2.

mvr = nh / 2

- Fornecendo energia (elétrica, térmica, ....) a um átomo, um ou mais elétrons absorvem e saltam para níveis
mais afastados do núcleo. Ao voltarem as suas órbitas originais, devolvem a energia recebida em forma de luz
(fenômeno observado, tomando como exemplo, uma barra de ferro aquecida ao rubro).
Modelo Atômico de Bohr (1913)

- Os elétrons podem saltar de um nível para outro mais externo, desde que
absorvam uma quantidade definida de energia (quantum de energia).
Modelo Atômico de Bohr (1913)
- Ao voltar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia, na
forma de luz de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética.
Modelo Atômico de Bohr (1913)
Níveis de Energia

K 2 elétrons
L 8 elétrons
M 18 elétrons
N 32 elétrons
O 32 elétrons
P 18 elétrons
Cada um desses níveis possui um valor determinado
Q 2 elétrons de energia (estados estacionários).
Modelo Atômico de Schrödinger (1926)
Teoria da Mecânica Ondulatória
Erwin Shrördinger formulou uma teoria chamada de "Teoria da Mecânica Ondulatória" que
determinou o conceito de "orbital" .
Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo onde existe a máxima probabilidade de se
Schrödinger (1887-1961)
encontrar o elétron. Prêmio Nobel 1933

O orbital s possui forma esférica

e os orbitais p possuem forma de halteres.


Modelo Atômico de Schrödinger (1926)

A partir das equações de Schrödinger não é possível determinar a trajetória do elétron em


torno do núcleo, mas, a uma dada energia do sistema, obtém-se a região mais provável de
encontrá-lo.

H = E
Modelo Atômico de Schrödinger (Modelo Atual)

Princípio da incerteza de Heisenberg: é impossível determinar com precisão a posição e a


velocidade de um elétron num mesmo instante.

Orbital é a região onde é mais provável encontrar um elétron


Evolução dos modelos atômicos

Schrödinger (1926)
Bohr (1913) (nuvem electrónica)
(níveis de energia)

Rutherford (1911)
(núcleo)

Thomson (1904)
(cargas positivas e negativas)
Dalton (1803)
(átomo indivisível)
Parte II
Átomo: forma, constituição, estrutura
Átomo
Unidade fundamenta estrutural da matéria.

Constituição: Prótons, Nêutrons, elétrons


Estrutura: núcleo, eletrosfera

Prótons (p+)
• Partícula positiva
• carga +1
• Apresenta massa considerável
Núcleo
Nêutrons (n0)
• Partícula neutra - sem carga
• Carga: 0
• Apresenta massa considerável

Elétrons (e-)
• Partícula negativa
• Carga -1 Eletrosfera
• Massa insignificante (1/1840)

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USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 7 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
0
Núcleo do átomo
• Contém os prótons e nêutrons, unidos
por forças muito fortes.
• Concentra a massa considerável
do
átomo.
• Possui carga positiva devida aos prótons.
• Os nêutrons não têm carga.

• Quebra
meio de doreações
núcleo: nucleares
só é possível
com
por
liberação de energia violenta
forte – bombas nucleares.) (muito

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Elétrons nos átomos
• Localizam-se numa região em torno do núcleo (Eletrosfera) na qual os elétrons são mantidos em
órbitas por atração elétrica.

• Cada átomo pode possuir até 7 órbitas .

• Estas são chamadas de níveis de energia = camadas da eletrosfera.


Nível Camada N0 máximo
e-

1 K 2
2 L 8
3 M 18
4 N 32
5 O 32
6 P 18
núcleo 7 Q 2 OU 8 14
Parte III
Principais Características dos átomos

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Átomo- Sistema Eletricamente Neutro
No átomo o número de cargas positivas e negativas são iguais de forma a se compensarem
formando um sistema eletricamente neutro “sem carga resultante”.
Número de p+= Número e-

Exemplo:
• Hidrogênio : 1 p+ ; 1 e- ................... +1-1=0................ H0
• Alumínio: 13 p+; 13 e- ..................+13-13=0............. Al0

Íons
• Sistema em que o balanço de cargas é diferente de zero.
• Possui carga resultante.
• O que varia é o número de elétrons. O número de prótons é fixo.

Exemplo:
Sódio: 11 p+ ;10 e- ..............+11-10=+1.................. Na+1 perda de 1 elétron : fica mais positivo
Cloro: 17 p+ ;18 e- ..............+17-18=-1................... Cl-1 ganho de 1 elétron : fica mais negativo
ÍONS
Cátions e ânions
Íons positivos – Cátions
• São átomos que perderam elétrons.
• Ficam mais positivos – deficiência de cargas negativas.
• O número de próton não se altera.
Exemplos:
• Na+1

Fe+3
Íons negativos – Ânions
• São átomos que ganharam elétrons.
• Ficam mais negativos – excesso de cargas negativas
• O número de próton não se altera.
Exemplos:
• Cl-1

O-2
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Volume Único. 70 edição. Editora Saraiva. São Paulo, 2006.
Principais Características dos átomos
• Número Atômico(Z)
Número de prótons no núcleo.
Z = p+
OBS. Se o átomo for neutro (não for íon)

Z = p+ = e-

• Número de Massa (A)


Número de prótons e nêutrons do núcleo somados.
A = p+ + n
0

Representação
Semelhanças Atômicas
• ISOTOPOS = P (prótons)
• ISOBAROS = A (massa)
• ISOTONOS = N
(nêutrons)

• ÍONS ISOELETRÔNICOS

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ISOTOPOS

• Isótopos são um conjunto de átomos que apresentam o mesmo número Atômico (Z), isto
é: mesmo número de próton.

• No átomo neutro: O número de prótons é igual ao número de elétrons. Logo:

Z= p+ = e-

Z = identidade do átomo – número comparável ao RG (carteira de identidade)


Z= grandeza que caracteriza cada elemento químico.
Elemento Químico
• É o conjunto de átomos que apresentam mesmo número atômico (Z=
P).
• Grupo de átomos isotopos.

Exemplo:
Mg (12 prótons, 12 elétrons, 12 nêutrons)

Mg (12 p, 12e, 13 n)

Mg (12 p, 12e, 14 n)

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Exercício 1:
Sejam os átomos neutros X0, y0 , Z0
Sabe-se que X possui 11 p+ ; Y possui 11 e- ; Z possui 3 camadas eletrônicas, e sua última
camada tem 1 elétron (Dica: veja a tabela contendo o número máximo de elétrons por
camada no slide 14).
a) Estes átomos X, Y, Z são isótopos? Explique.
b) Represente na resposta a notação para cada um do átomos.
c) Observando a tabela periódica, veja qual é este elemento
químico (Dica: procure pelo número atômico).

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Tabela Periódica do Elementos

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ISOBAROS
• ISOBAROS = A (massa)

• Isótopos são um conjunto de átomos que apresentam o mesmo número de Massa (A).

• Possuem diferente número atômico (não são de mesmo elemento químico).

• O número de massa é obtido somando os prótons e nêutrons do núcleo de átomo.

A= p+ + n0

=A
• Possuem
≠Z
Exercício 2 - Isobaros

• Para os conjuntos de átomos abaixo, verifique se eles são Isobaros.


ISOTONOS = N (nêutrons)
• n 0 = número de nêutrons do átomo.

• Isótonos são um conjunto de átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons.

• Possuem diferente número atômico (Z)

• Possuem diferente número de massa (A)

• O número de massa é obtido subtraindo número de massa do número atômico.

n0 = A - Z
• Exemplo:
n0
n0 Exercício 3 - Isotonos

• Para os dois átomos abaixo, verifique se eles são Isotonos.


Muito obrigado
Bons estudos
Prof. Paulo Roberto de Oliveira

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