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A difícil e tardia Industrialização em Portugal

Docente: Raquel Oliveira Martins


Discentes: Ana Paula Fernandes nº 27968
Carina Fernandes nº 27966
Dorinda Sousa nº 27971
Marta Ribeiro nº 27969
T2C
António Maria de Fontes
Pereira de Melo:
 Nasceu em lisboa, a 8 de setembro de 1819;
 Aos 13 anos de idade, foi estudar para a
academia dos guardas marinhas;
 Matriculou-se voluntariamente na academia de
fortificação (transformada na escola do
exército pelas reformas do ensino de 1836),
onde se distinguiu no curso de engenharia;
 Partido regenerador;
 A Regeneração enveredou a favor de um
investimento sem precedentes na mecanização
da indústria e dos transportes e de todo um
programa de modernização do país.
 Faleceu aos 67 anos a 22 de janeiro de 1887.
Caraterísticas
pessoais
Destacou-se pela sua honestidade
Não dava importância ao dinheiro
Não se interessava pelos símbolos
dos status
Recusou sempre nobilitação

Apesar dos seus feitos e do seu


cargo político era um homem pobre.
Oliveira Martins descreve
Fontes Pereira de Melo
como:
“um imperialista por temperamento, engenheiro
por educação,
aliterado por um resto de romantismo e por
índole portuguesa; de resto, sem
malícia, prosaicamente crente na capacidade
ideal das sociedades, por não ter
génio e por obedecer às correntes da época,
convictamente sectário da opinião dos
economistas ex-saintsimonianos, como
Chevalier, que viam na produção da riqueza o
segredo da fortuna dos Estados e nas associações
capitalistas, nisso a que chamou com razão
feudalismo novo, o instrumento
adequado ao progresso”.
Bordalo Pinheiro apresentou
Fontes Pereira de Melo como:

“alguém que, depois de ter construído


todas as estradas que havia a construir e
promovido todos os generais que havia a
promover, se fartara da vida. Nas suas
caricaturas, Fontes surge como um
Bismarck de capelista, um emissário do
rei, um cínico que esfolava o povo”…
Fontes era um homem da sua
época, o que, neste caso, quer
dizer que admirava o liberalismo
à anglo-saxónica. No comércio,
na indústria, na agricultura,
preferia que o Estado se
abstivesse. Nas polémicas sobre
pautas alfandegárias, um dos
campos de batalha mais
frequentes do século XIX, lutou
sempre por tarifas baixas. Sabia
que a economia seria afetada se
as fronteiras se abrissem à
concorrência estrangeira, mas
isso não o levava a ceder
indiscriminadamente aos desejos
dos capitalistas.
“Se Portugal não deu o salto para o mundo novo com que os Portugueses
sonhavam, isso não pode atribuir-se exclusiva, nem principalmente, à
política fontista. Pelo contrário. Mais do que qualquer político da sua
época, Fontes contribuiu para que Portugal saísse do atraso ancestral.”
Como podemos verificar na imagem onde vemos um exemplo de estradas
macadamizadas.
A sua ação verificou-se
desde a ponte D. Maria à
Estação de Santa
Apolónia, dos marcos do
correio à Praça Príncipe
Real.
Eça de Queirós descrevia desta forma a revolução intelectual
vivida em Coimbra pelos alunos ali chegados em 1860:

“Pelos caminhos de ferro, que tinham aberto a Península, rompiam cada

dia, descendo da França e da Alemanha (através da França), torrentes de

coisas novas, ideias, sistemas, estéticas, formas, sentimentos, interesses

humanitários... Cada manhã trazia a sua revelação, como um sol que

fosse novo. A civilização chegara a Portugal. Importada, mas chegara.

No domínio político, a contribuição de Fontes foi imensa. O seu papel

na estabilização do regime revelou-se mesmo mais importante do que a

construção de vias férreas. É verdade que, enquanto viveu, a ”rotação”

foi desviada a seu favor, mas o sistema ganhou consistência durante os

anos 1870. As suas reformas, nomeadamente as leis eleitorais e a revisão

Constitucional de 1885, deram ao país um mínimo de estabilidade

política”.
Curiosidades
“Outra obra de Fontes, que tem sido igualmente esquecida, diz respeito à
reorganização do exército. Não só era ele um militar, como sabia quão essenciais
eram os militares à manutenção do regime”.

“A ter um exército, argumentava Fontes, o país tinha de o manter apetrechado”.

“No que respeita a Câmara dos Pares, Fontes utilizou inteligentemente as


aspirações democráticas para reforçar o seu poder”.

“Segundo Fontes Pereira de Melo a dívida era algo com que era preciso aprender
a viver. Se ele pedia dinheiro emprestado, era para que o país pudesse sair da
miséria”.

“Fontes ainda conseguiu a proeza de fazer uma revisão Constitucional em


liberdade. Fê-lo porque tinha o rei do seu lado”...
Bibliografia/Webgrafia

 ~Cf. Pedro Lains, “A Indústria”, em Pedro Lains e Álvaro Ferreira da Silva


(orgs), História Económica de Portugal, 1700-2000, Lisboa, 2005, Imprensa
das Ciências Sociais, vol. II, O século XIX, pp. 271-281.
 MÓNICA, Maria Filomena - "Um político, Fontes Pereira de Melo”.
In Análise Social, vol. XXXII (143-144), 1997 (4.o-5.o), 731-745.
 https://www.leme.pt/magazine/efemerides/0908/fontes-pereira-de-melo.html
 https://sol.sapo.pt/artigo/577463/o-nome-dos-lugares-av-fontes-pereira-de-melo
 https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=201https://noseahistoria.
wordpress.com/tag/fontismo/
 https://observador.pt/2015/04/30/estacao-santa-apolonia-lisboa-ve-partir-chegar-
comboios-ha-150-anos/

 http://calcadadamiquinhas.blogspot.com/2012/04/ponte-dmaria-ii.html
 https://www.postais-antigos.com/lisboa16-praca-do-principe-real-lisboa3.html
 https://www.museosdeescritores.com/eca-de-queiroz-jose-maria/

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