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SISTEMAS ELÉTRICOS DE

POTÊNCIA
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UNIASSELVI – GUARAMIRIM/SC
Prof. Leonardo Giannine Posidente Teixeira
1/2024
Introdução aos sistemas elétricos de
z potência
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Unidade 1 – Introdução aos sistemas elétricos de
potência (SEP)

 O sistema elétrico de potência (SEP);

 Equipamentos elétricos utilizado em SEP;

 Subestações de energia.
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Subestações de Energia

 Principais funções das subestações;

 Classificações das subestações;

 Arranjos de barramentos, essenciais para garantir a


confiabilidade e flexibilidade da operação da mesma.
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Subestações de Energia

 Nas subestações é que os níveis de tensão são elevados para a transmissão


econômica de energia elétrica, ou reduzidos para os níveis adequados da
distribuição;

 Nas subestações que algumas das principais manobras são realizadas, de


forma a garantir a continuidade e confiabilidade do suprimento de energia
elétrica.

 Uma subestação de energia (SE) define uma interface entre os subsistemas


do SEP.
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Subestações de Energia
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Subestações de Energia

 Algumas das operações de controle e proteção são realizadas exatamente nas


subestações.

 Os equipamentos que realizam medidas nas subestações também servem


como uma valiosa fonte de informação para avaliar o estado do sistema
como um todo.

 SEs têm papel fundamental na implementação de funções de automação do


sistema elétrico, em direção aos chamados Smart Grids (redes inteligentes).
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Subestações de Energia
 “Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa os
equipamentos, condutores e acessórios, destinados à proteção, medição, manobra e
transformação de grandezas elétricas” (PRODIST, 2015).
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Subestações de Energia

 Basicamente, podemos classificar as subestações quanto à função da SE, quanto ao


nível de tensão, quanto ao tipo de instalação e quanto à forma de operação.

 Quanto ao nível de tensão, as subestações podem ser classificadas em baixa tensão


(tensões de saída menores que 1 kV), média tensão (tensões entre 1 kV e 34,5 kV),
alta tensão (entre 34,5 kV e 230 kV) ou extra alta tensão (maiores que 230 kV). Esta
classificação diz respeito ao nível de tensão de saída, conforme a classificação
adequada da tensão.

 Um outro tipo de classificação pode ser definido em termos da tensão de entrada e


saída, sendo elas as subestações elevadoras, abaixadoras e de manobra.
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Subestações de Energia

 Quanto a função, podemos classificar as subestações entre subestações de


concessionária (Estações de Transformação da Transmissão e Estações
Transformadoras da Distribuição) e subestações de consumidores. Apesar de também
haver uma correlação com o nível de tensão, esta classificação diz mais respeito ao
montante de potência transportado do que ao nível de tensão propriamente dito.

 Quanto ao tipo de instalação as subestações podem ser do tipo abrigada ou


desabrigada.
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Subestações de Energia
 Desabrigada:

- Construídas a céu aberto;

- Manutenção alta;

- Isolação entre equipamentos pelo espaço entre eles (SE isoladas por ar);

- Ocupam grande espaço.

 Abrigada:

- Cabines metálicas e/ou blindadas;

- Menos espaços e proteção ao clima;

- Isolamento entre equipamentos por gás hexafluoreto de enxofre (SE isoladas a gás)

- Menos manutenção;

- Mais equipamentos de instrumentação e maior treinamento especializado.


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Subestações de Energia
 Quanto à forma de operação, as subestações podem funcionar com operado, de forma
parcialmente automatizada ou totalmente automatizada.

 As subestações que apresentam um operador são geralmente as de maior porte, de


forma que é necessário também envolver um alto grau de treinamento dos
operadores.

 As subestações parcialmente automatizadas ainda possuem a figura do operador, mas


têm computadores ou intertravamentos eletromecânicos que efetuam algumas
funções de proteção de forma a evitar manobras indevidas.

 Uma subestação totalmente automatizada é aquela que não necessita de um operador


in loco, mas pode ser supervisionada a distância em centros de controle
computadorizados
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Subestações de Energia
 Barramento Simples:

 É o arranjo mais simples, onde as conexões são feitas por meio de disjuntores
conectados diretamente ao barramento.

 A confiabilidade deste tipo de arranjo é bem baixa, uma vez que na ocorrência de um
evento em que uma das linhas conectadas à barra ocorra, todo consumidor que é
atendido pela linha ficará sem energia.

 na ocorrência de uma falha o barramento, toda subestação deve ser desenergizada


para manutenção.
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Subestações de Energia
 Barramento Simples:

 Em termos de custo, este também é baixo para o arranjo, dado a simplicidade.

 Devido à baixa flexibilidade de operação, a transferência de cargas de um circuito


para outro requer que seja instalado chaves adicionais fora da subestação.

 A conexão da linha a uma barra é direta, uma vez que as linhas são conectadas a uma
mesma barra.

 Devido também a baixa confiabilidade deste arranjo, e as complicações de


manutenção e flexibilidade de operação, este tipo de arranjo é limitado à instalações
de níveis mais baixos e com poucos requerimentos
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Subestações de Energia

 Barramento Simples Seccionado:

 O barramento simples seccionado é uma alternativa ao arranjo de barras simples que


permite aumentar a flexibilidade de operação e reduzir o número de circuitos
perdidos em decorrência de um evento de falta.
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Subestações de Energia
 Barramento Principal e de Transferência:

 Este tipo de configuração conecta todos os circuitos entre a barra principal (P) e a de
transferência (T).

 Durante a operação normal, é como se o barramento operasse como o barramento


simples, sendo a barra principal adotada para esta finalidade.

 Se algum evento de falta indesejado ocorrer na barra principal, todos os circuitos


serão desenergizados, o que torna a flexibilidade deste tipo de arranjo ainda muito
baixa.
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Subestações de Energia

 Barramento Duplo com disjuntor único:

 O barramento duplo com disjuntor único conecta cada um dos circuitos a


duas barras.

 Os disjuntores podem ser conectados às barras por meio das chaves de


forma a aumentar a flexibilidade de operação e aumentar a confiabilidade.
Assim, uma falta em uma das barras não irá impactar na outra barra.

 Este tipo de arranjo é aplicado em instalações de grande porte. Entre as


vantagens está a relativa flexibilidade, e no caso de necessidade de
manutenção qualquer uma das barras pode ser isolada sem problemas.
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Subestações de Energia
 Barramento Duplo com disjuntor duplo:

 Trata-se de um tipo de arranjo que possui alto grau de confiabilidade, pois


os circuitos possuem a proteção feita por dois disjuntores separados, sendo
que a operação de qualquer disjuntor não afetará mais de um circuito.

 Este arranjo também se aplica em instalações de grande porte, pois


confere uma continuidade de fornecimento (por exemplo, em subestações
de EHV – extra alta tensão).

 É um arranjo de barras duplo mais completo, mais flexível, conferindo


também maior confiabilidade; além disso, na necessidade de se retirar
uma das barras para manutenção, é possível fazer a manobra garantindo a
continuidade dos serviços. A desvantagem é, claramente, o alto custo deste
arranjo.
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Subestações de Energia

 Barramento disjuntor e meio:

 Este arranjo conta com três disjuntores que protegem o circuito conectados
em série que são interligados às barras duplas;

 Dos disjuntores derivam as entradas e saídas dos circuitos. Cada dois


circuitos se conectam de um lado e outro do disjuntor central.

 A manobra consiste também em garantir o suprimento de energia à


alimentação de uma das barras caso sofrer um evento de falta, fazendo a
manobra adequada dos disjuntores e chaves. Na eventualidade de uma
barra ou um disjuntor sair de operação a continuidade do fornecimento
pode ser mantida.
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Subestações de Energia
 Barramento em anel:

 Utiliza os disjuntores e chaves formando um circuito fechado de forma a


seccionar o barramento, no entanto apresentando a economia de um disjuntor
por circuito quando comparada com o barramento simples seccionado;

 O custo é aproximadamente o mesmo que a de barramento simples, no


entanto é mais confiável. A operação deste esquema é um pouco mais
complexa uma vez que cada equipamento (linha, alimentador, transformador)
é alimentado por dois disjuntores separados e requer religamento automático
e circuitos de proteção mais complexos.

 Se uma falha ocorre, somente a barra faltosa precisa ser isolada.

 Os disjuntores devem ser projetados para transportar toda a carga no caso da


saída de um dos disjuntores e consequentemente abertura do esquema em
anel.
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Subestações de Energia

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