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ATLETISMO FACULDADE DE DESPORTO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

ESTUDOS PRÁTICOS II

ATLETISMO: BLOCO DE LANÇAMENTOS

TRABALHO LANÇAMENTOS:
POGRESSÃO PEDAGÓGICA
LANÇAMENTO DO PESO

ARMANDO NUNO MARTINS LEITÃO................................................. 1º D

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ÍNDICE

1.REVISÃO HISTÓRICA .......................................................................... 3

1.1RECORDES MUNDIAIS ................................................................... 5

2.CARACTERÍSTICAS DE CADA LANÇAMENTO ....................................... 6

3.DEFINIÇÕES....................................................................................... 7

3.1FORÇA COMO MECANISMO ANÁTOMO-FISIOLÓGICO .................... 7

3.2FORÇA CONDICIONAL, SUBCATEGORIAS E FORMA DE AS TREINAR . 7

3.3VELOCIDADE ACÇÃO vs VELOCIDADE DESLOCAMENTO ................. 7

3.4DEFINIÇÕES SOLTAS ..................................................................... 8

4.EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS ................................................................ 9

5.TREINO HIPERTRÓFICO .................................................................... 10

6.EXERCÍCIOS PARA LANÇADORES ...................................................... 10

7.PROGRESSÃO PEDAGÓGICA – LANÇAMENTO DO PESO TÉCNICA DE


O’BRIAN ............................................................................................. 11

8.FLEXIBILIDADE PASSIVA .................................................................. 12

9.ANÁLISE DA FRASE .......................................................................... 13

10.BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 14

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1.REVISÃO HISTÓRICA
O lançamento do peso nasceu nos Jogos das Terras Altas da
Escócia provavelmente no século XIV. Os pesos eram pedras grandes,
demasiado pesadas para serem atiradas, mas passíveis de serem
arremessadas, a partir do ombro, com uma das mãos. Hoje, em vez de
uma pedra, usa-se uma bola de metal pesada, chamada peso, mas a
técnica permanece a mesma.

IMAGEM 1

O lançamento do martelo é uma prova de atletismo bastante


antiga que tem séculos de existência. Segundo a história, os primeiros
martelos eram de pedra, compostos por um cabo de madeira sólido e só
mais tarde vieram a ser substituídos por um martelo de ferro.
No século XIII, o lançamento do martelo era muito popular na
Irlanda e na Escócia, fazendo parte do Jogos das Terras Altas. O rei
Henrique VIII foi lançador de martelo. Naquele tempo, o lançamento
realizava-se sem molinetes e com uma única rotação.

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IMAGEM 2

O lançamento do disco foi descoberto pelos pescadores que


lançavam placas chatas de pedras sobre a superfície da água, para que
estas deslizassem. Ainda hoje, é bastante comum ver as crianças
efectuarem esta brincadeira.
A popularidade do lançamento do disco na antiga Grécia, com a
variedade de posições que adota o corpo nos seus movimentos, serviu
de inspiração para os artistas da época.
Foram criadas obras maravilhosas, como por exemplo, o discóbulo de
Alcamenes calculando seu lançamento, que até hoje se encontra no
museu do Louvre.

IMAGEM 3

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O lançamento do dardo surgiu do antigo método de caça usado


pelos primeiros Homens, método que foi evoluindo até aparecer como
modalidade desportiva que lhe permitiu ter cada vez maiores marcas.

IMAGEM 4

1.1RECORDES MUNDIAIS

MARTELO PESO
HOMENS MULHERES HOMENS MULHERES
86,74 77,80 23,13 22,63
DARDO DISCO
HOMENS MULHERES HOMENS MULHERES
98,48 72,28 74,08 76,80
TABELA 1

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2.CARACTERÍSTICAS DE CADA LANÇAMENTO


Cada um dos lançamentos tem diferentes características como
ângulo e altura de saída e também a velocidade. Todas essas
características irão ser abordadas desde que os valores tenham sido
confirmados em diversas fontes.Os valores apresentados são todos para
a competição masculina.

ENGENHO MARTELO ENGENHO PESO


ÂNGULO SAíIDA 42º a 44º ÂNGULO SAíDA 40º
VELOCIDADE Máx. possivel VELOCIDADE Máx. possivel
SAíDA SAíDA
ALTURA SAíDA Acima dos ALTURA SAíDA Altura da
ombros cabeça
PESO ENGENHO 7,257 kg PESO ENGENHO 7,26 kg
TAMANHO 121.5 cm TAMANHO 12cm
ENGENHO ENGENHO diametro
TABELA 2

ENGENHO DARDO ENGENHO DISCO


ÂNGULO SAíDA 31º a 36º ÂNGULO SAíDA 35º
VELOCIDADE 100/113 VELOCIDADE Máx. possivel
SAíDA km SAíDA
ALTURA SAíDA Acima ALTURA SAíDA Acima dos
cabeça ombros
PESO ENGENHO 0,8 kg PESO ENGENHO 2 kg
TAMANHO 270 cm TAMANHO 22 cm
ENGENHO ENGENHO
TABELA 3

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3.DEFINIÇÕES

3.1FORÇA COMO MECANISMO ANÁTOMO-FISIOLÓGICO


Capacidade que o músculo possui para vencer uma
resistência ou opôr-se a essa mesma resistência.

3.2FORÇA CONDICIONAL, SUBCATEGORIAS E FORMA DE AS


TREINAR
A força é condicionada por diversos factores que são:
biológicos, mecânicos, sexuais. Força pode ainda ser dividida em
subcategorias classificados segundo um regime estático ou dinâmico
com encurtamento ou alongamento dos músculos.

Podemos ainda dividir a força em função da contração seja


isométrica ou ansiométrica.

Para treinar a força máxima devemos trabalhar sempre perto da


carga máxima (1 RM) em periodos curtos de funcionamento de todas as
unidades motoras. Esse trabalho deve ser realizado utilizando pesos e
trabalho de saltos.

A força explosiva deve ser treinada usando o limiar da força


máxima num processo lento.

3.3VELOCIDADE ACÇÃO vs VELOCIDADE DESLOCAMENTO

Velocidade de acção é a capacidade de um grupo muscular


executar mais rapidamente possivel um determinado gesto, velocidade
de deslocamento é a capacidade de de cumprir um percurso no menos
tempo baseado em constrangimentos energetico e biomecânicos.

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3.4DEFINIÇÕES SOLTAS
Pliometria- consiste em activar um primeiro músculo
mediante uma fase excêntrica para passar em seguida a activar a fase
concêntrica

Exercicio- actividade envolvendo geração de força por parte


do músculo ou músculos activados

Intensidade- nível específico de actividade muscular que


pode ser quantificada em termos de potência, força isométrica sustida,
velocidade progressão ou de força oposicional

Endurance- limite temporal da capacidade de manter seja


uma força isométrica seja um certo nivel de potência envolvendo
combinações de acções musculares concêntricas ou excêntricas

1RM- uma repetição máxima

Cont. Isotónica- contracção muscular onde esforço não é


costante devido a acelerações e desacelerações e modificações
angulares

Cont.Isocinética- contracção muscular desenvolvida a uma


velocidade angular constante segmentar

Cont.Isométrica- contracção muscular sem movimento


segmentar

Manobra Valsalva- sustentação da respiração com fecho da


glote

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4.EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS

Exercícios pliométricos definem-se como sendo um


trabalho realizado utilizando o ciclo encurtamento-
alongamento.

Para os lançadores deve ser desenvolvido treino


pliométrico ao nível dos membros superiores e inferiores.

O trabalho com bolas medicinais é sem duvida um bom


método para trabalhar membros superiores, exercitando
através de passe com diferentes pesos e tamanhos de bolas, a
execução de flexões com os apoios a diferentes níveis quer
de altura, quer de afastamento.

A nível de membros inferiores este tipo de trabalho deve


ser desenvolvido através dos multi-saltos, saltos para cima
com os membros superiores totalmente estendidos, saltos
sobre barreiras a diferentes alturas e efectuando diferentes
chamadas.

Tipo de Carga baixa Carga média Carga elevada Choque


exercício
• Squats jumps • Saltos com • Saltos em • Saltos em
afundo altura profundidade
Saltos no lugar • Saltos com
troca das pernas • Saltos para um • Saltos sobre
plano elevado barreiras
• Saltos laterais
• “Canguru” • Saltos para
plano elevado
unilaterais
• Corrida saltada • Saltos triplos • Saltos sobre • Saltos sobre

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Saltos em bilaterais bancos bancos


progressão no
terreno • Saltos em zig- • Saltos sobre • Saltos sobre
zag unilaterais barreiras barreiras
(bilateral) (unilateral)
• Multisaltos

• Lançamentos • Lançamentos • Lançamentos • Flexão de


acima da cabeça unilaterais com cargas braço em queda.
Membros maiores
superiores • Passe de peito • Rotação lateral
do tronco com • Flexão braço -
sobrecarga batendo palmas
Nível atlético iniciação Intermédio avançado
TABELA 4: INTENSIDADE DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS (ADAPTADO DE ALLERHEILIGNEN,
1994)

5.TREINO HIPERTRÓFICO

O treino hipertrófico tem uma utilidade relativa para os


lançadores, uma vez que permite estabilizar os ganhos de força através
duma maior área de secção transversal muscular, mas este tipo de
treino deve necessariamente ter uma carácter supletivo.

6.EXERCÍCIOS PARA LANÇADORES


Divisão em categorias dos exercícios para lançadores:

 Gerais – exercícios que tendem a potenciar todo o corpo e


não um grupo muscular epecífico. Exemplo – leve corrida
preparatória

 Especiais – exercícios que tentam dirigir as adaptações


induzidas pelos exercícios gerais para as especificidades de
uma determinada modalidade. Exemplo – exercício de
lançamento do peso a duas mãos de diferentes posições

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 Específicos – exercício constante do vocabulário motor


específico de cada modalidade. Exemplo – lançamento do
peso executando apenas a rotação sem lançamento

7.PROGRESSÃO PEDAGÓGICA – LANÇAMENTO DO PESO


TÉCNICA DE O’BRIAN

Os alunos primeiramente devem compreender a pega do


engenho através da manipulação livre do engenho sendo de
seguida ensinada a pega correcta, que deve ser feita através
dos três dedos centrais (anelar, dedo grande e indicador).

Em seguida deve ser introduzido o deslizamento com os


alunos a partirem de uma posição de pés paralelos, sem o
peso na mão apenas efectuando o gesto técnico, e dando um
pequeno salto para trás com os dois pés a tocarem o solo
simultaneamente. Após uma execução correcta o aluno deve
passar a efecuar o movimento completo mas sempre sem
lançar o engenho.

No fim do aperfeiçoamento técnico deve ser feita a


transição para o movimento completo com o peso a ser
incluído.

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IMAGEM 5: TÉCNICA O’BRIEN COMPLETA

8.FLEXIBILIDADE PASSIVA
Os lançadores devem executar um trabalho de elasticidade e não
um trabalho de flexibilidade.O trabalho desenvolvido pelos lançadores
não deve alterar a capacidade contráctil do músculo.

A flexibilidade passiva ou “stretching” deve ser retirada dos


exercícios de aquecimento pois não só tem um efeito negativo como
não permite a evolução dos atletas.

Flexibilidade activa em modalidades que exigem explosão é


indicado pois permitem simular de forma controlada o que irá acontecer
na competição.

Daqui se conclui que flexibilidade passiva é negativa para a


evolução dos lançadores.

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9.ANÁLISE DA FRASE

Em períodos fora da competição o atleta não exerce


nenhum trabalho muscular específico nem ao nível de carga
nem ao nível da tensão das fibras musculares.Esta diminuição
brusca leva a que o músculo se torne menos forte.

A perda de força muscular ocorre porque as proteínas


contrácteis se perdem rapidamente e são repostas de forma
muito mais lenta daí que ocorra a transformação do tecido
muscular em gordura.

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10.BIBLIOGRAFIA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3%A7amento_do_dardo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arremesso_do_peso

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3%A7amento_do_disco

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3%A7amento_de_martelo

http://en.wikipedia.org/wiki/Shot_put

http://en.wikipedia.org/wiki/Javelin_throw

http://en.wikipedia.org/wiki/Hammer_throw

Vianna, Prof. Ms. Jéferson; atletismo lançamento martelo; Ficheiro PDF

Vianna, Prof. Ms. Jéferson; atletismo lançamento disco; Ficheiro PDF

Vianna, Prof. Ms. Jéferson; atletismo lançamento peso; Ficheiro PDF

http://www.iaaf.org/

http://musculacao457.multiply.com/journal/item/17

Santos, José Augusto Rodrigues dos; Atlestismo et all (2009)

Guyton, Arthur C.; Hall, John E.;Tratado de Fisiologia Médica – 11ª Ed. 2006

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