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Sumário
O volume dos gastos militares para a grande maioria dos países está
relacionado com o grau de conflitualidade regional, tendo em conta que,
nesses casos, não existem pretensões hegemónicas a nível global; ou com o
poder interno das castas militares, mais ou menos extensas ou influentes no
dimensionamento dos seus meios e mordomias. Em todos os países, por outro
lado, existem relações mais ou menos claras, demasiadas vezes corruptas,
entre os poderes civis, as castas militares, os fornecedores de armamento e
discretos intermediários, que recolhem avultadas comissões. Na base estão
as populações e nomeadamente a multidão de trabalhadores e ex-
trabalhadores, pouco ou nada beneficiados, com essas transações e cujo
papel se resume a arcar com os custos inerentes, que lhes reduz o
rendimento.
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comuns. A NATO, por outro lado, é a única organização militar,
eufemisticamente designada como fornecedora de um serviço de
segurança colectiva e solidária entre os seus membros; e que se arroga
também a actuar sobre os países não membros e contra os seus povos, no
quadro de uma pretensão de intervenção planetária, perigosamente
susceptível de aplicação prática, dados os meios e grau de coesão que
detém. A NATO define mesmo uma escala com os vários graus de aplicação
da sua estratégia:
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• Apesar de possuir grandes recursos e de ser grande produtor de
produtos energéticos, os EUA têm um volume de consumo muito
superior às suas próprias capacidades domésticas. De acordo com a
NPE, a situação a prazo, no capítulo do petróleo, é preocupante:
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gás. Por outro lado, o surgimento de grandes jazidas vai rareando e as
condições de exploração (por exemplo, no mar) são cada vez mais
caras. Finalmente, as renováveis têm ainda um longo caminho a
percorrer para substituirem o petróleo, nomeadamente nos transportes
enquanto que o nuclear não colhe grandes simpatias entre as
populações;
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• A Sul, as reservas do Irão são incontornáveis pela sua dimensão, tal
como é intolerável o regime iraniano para qualquer administração
norte-americana, seja ela fundamentalista evangélica com os
republicanos, ou menos ideológica com Obama. Nesse contexto,
prometem durar as manobras de intimidação e cerco, com o
argumento do uso militar do nuclear; a aplicação de ineficazes
sanções sob o patrocínio dessa entidade difusa denominada
“comunidade internacional; e a contenção da agressividade israelita,
sempre disposta a aventuras guerreiras, embora não tenha ganho
nenhuma desde 1967;
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• Os pontos fortes que os EUA têm neste largo tabuleiro são vários. Um é
a Turquia, que domina historicamente os estreitos entre o mar Negro e
o Egeu mas, que vem procurando manter uma grande autonomia
estratégia onde as relações e o armamento norte-americano ou a
amizade com Israel são temperados pela boa relação com o Irão e a
recusa no apoio aos EUA na invasão do Iraque;
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mesmo do Sul (caso da Índia), com fortes relações comerciais entre si e
como se disse, devido ao abastecimento de energia. Porém, não o
são tanto para os EUA que, assumindo o seu controlo, detêm em
permanência, instrumentos determinantes para a (des)estabilização
económica de aliados, amigos e menos amigos. O interesse nacional
dos EUA é quem mais ordena;
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Rússia, proposto durante a administração Bush, falhou, apesar da
absorção da Europa de Leste pela NATO, do desmembramento da
Jugoslávia, da “independência” do Kosovo (inventada para albergar
a grande base de Bolsdteel, a “pequena Guantanamo”, para controlo
dos Balcãs) e das “revoluções laranja” na Ucrânia e na Geórgia. A
Rússia continua a fornecer a Europa de energia, vem diversificando
esses canais com ligações directas através do Báltico e de Murmansk,
evitando a Ucrânia; garantiu a utilização dos seus oleodutos para os
hidrocarbonetos cazaques e turcomenos; participa numa aliança
económico-militar – a OCX – que engloba uma enorme massa
geográfica, rica em petróleo e gás, que inclui o dinamismo chinês, os
capitais chineses e russos, o maior exército do mundo e o arsenal
nuclear russo;
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Singapura, garantido que está o apoio de Taiwan, estudando ainda a
possibilidade de retornar a Cam Rahn, no Vietnam que tão más
recordações lhes trarão;
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2 - O volume dos gastos militares
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Rep Checa 182 16.042 199 23.211 1,13 0,86
Roménia 85 6.792 102 11.704 1,25 0,87
Suécia * 672 26.599 571 33.610 2,53 1,70
Turquia 225 9.702 156 12.408 2,32 1,26
Crescimento Decrescimento
* Paises da UE não pertencentes à NATO
Fonte: SIPRI - Stockholm International Peace Research Institute
Os países onde os gastos militares por habitante são mais elevados – EUA,
Israel e Noruega - são os mesmos nos dois anos considerados. Os EUA, como
consequência do aumento de 52.3% relacionado com a ocupação do
Médio Oriente, ultrapassaram em 2008, Israel, no primeiro lugar, apesar de
este último ser, em permanência, uma entidade em guerra.
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A parcela do produto de cada país destinado à defesa é mais elevada em
Israel, com 7.17% em 1998, decaindo ligeiramente para 6.91% em 2008. Em
segundo lugar, posicionam-se os EUA cuja mobilização de recursos cresceu
em 2008, quase um ponto percentual relativamente a dez anos antes. E, em
terceiro lugar, posiciona-se a Grécia com 3.21% em 2008, o que,
legitimamente, coloca a questão do contributo de continuados e
astronómicos gastos militares, para as actuais dificuldades financeiras do
Estado grego.
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variação em %
Gastos militares PIB
Canadá 33.8 20.7
Eslovénia 69.8 51.1
EUA 52.3 17.3
Letónia 654.8 105.0
Lituânia 157.2 91.2
Portugal 11.9 11.0
Nem sempre se conhecem com rigor os números dos elementos das forças
armadas, havendo várias razões para esse efeito. O primeiro é o sigilo que os
Estados gostam de manter sobre esse tema, bem no cerne do seu ADN,
considerado elemento garante da soberania. Em segundo lugar, há várias
concepções que podem ou não envolver os elementos na reserva, corpos
paramilitares, guardas pretorianas dos regimes, que podem volumes muito
significativos. Essas situações colocam várias reservas às comparações
internacionais, avolumadas com as diferenças, por vezes de vários anos, das
datas a que os dados se referem.
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Quadro II - Número de militares no activo (aprox. 2008)
Nº Gasto
Nº Militares
militares/1000 militar/militar ($
(1000)
hab 2005)
Mundo (estim) 19.669 - -
Albânia 10 3,1 20
Alemanha 285 3,4 131
Áustria 35 4,1 81
Bélgica 39 3,8 110
Bulgaria 39 5,1 18
Canadá 62 1,9 257
Chipre 10 11,7 42
Croácia 20 4,4 46
Dinamarca 23 4,2 155
Eslováquia 26 4,9 35
Eslovénia 9 4,5 75
Espanha 177 4,0 83
Estónia 5 3,7 73
EUA 1.474 4,8 372
Finlândia 32 6,0 87
França 225 3,5 234
GB 195 3,2 294
Grécia 177 15,9 55
Holanda 53 3,2 186
Hungria 33 3,3 41
Irlanda 10 2,4 113
Itália 240 4,1 134
Letónia 6 2,4 73
Lituânia 14 4,0 38
Luxemburgo 1 1,9 352
Malta 2 5,3 18
Noruega 28 5,9 175
Polónia 155 4,1 48
Portugal 45 4,2 84
Rep Checa 57 5,6 35
Roménia 90 4,2 24
Suécia 34 3,7 154
Turquia 514 6,9 23
Brasil 287 1,5 54
China 2.255 1,7 28
Coreia do Sul 687 14,2 35
Egipto 450 6,0 6
Índia 1.325 1,1 19
Irão 545 7,7 11
Israel 187 27,0 65
Japão 239 1,9 179
Paquistão 650 4,0 6
Russia 1.245 8,7 31
Ucrânia 149 3,2 22
Vietnam 484 5,5 3
Restantes (estim) 7.042 - -
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com mais de um milhão de soldados – China, EUA, Rússia e Índia –
representam perto de um terço (32%) dos efectivos.
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telecomandados de terra, por civis contratados pelo Estado norte-
americano. Também o Luxemburgo, Estado minúsculo mas cofre-forte de
grande relevância para o sistema financeiro, apresenta um custo unitário de
cada militar.
Entre os países com forças armadas acima dos 100 mil efectivos, somente os
EUA, a França, a Grã-Bretanha, a Itália e o Japão têm custos unitários por
militar acima dos $ 100. Por seu turno, fora do quadro da NATO, apenas o
Japão, a Suécia e a Irlanda ultrapassam aquele valor, sublinhando-se que, os
dois últimos são os únicos com menos de dez milhões de habitantes.
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americana, em 2003, tinha um efectivo humano muito superior ao dos
“aliados” e isso foi manifestamente insuficiente para fazer frente ao poder de
fogo e de uso da tecnologia das hordas do Pentágono.
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burguesias nacionais acham-se desarmadas para a defesa da “coesão
nacional” como justificação para as suas forças armadas, uma vez que o
poder, no essencial, cabe a instituições regionalizadas ou mundializadas.
Mais do que nunca é clara a partição social entre uma classe mundial dos
capitalistas, com múltiplas instâncias de coordenação nos campos político,
económico, financeiro… e militar; e a esmagadora maioria da Humanidade
que é pretendida como laboriosa, qualificada e, através do controlo
biopolítico global, mansa e resignada, mesmo quando os níveis de
subsistência baixam ao ponto da inclusão em programas implícitos de
genocídio.
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planeamento operacional e de aquisições. Convém recordar que é
bastante comum, nas aquisições, a corrupção das altas patentes, a ligação
interessada destas aos grandes grupos fornecedores; e, estes, raramente
regateiam essas comissões dada a concorrência e o elevado valor das
encomendas. O episódio que relaciona a Ferrostaal, o cônsul de Portugal em
Munique e os submarinos é ilustrativo… e ainda se não conhecem muitos dos
pormenores e intervenientes.
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pertencem a um mesmo bloco militar, nem podem tirar as vantagens da
homogeneidade do equipamento. E, neste campo, essa supremacia
numérica é mais elevada do que nos outros tipos de máquinas de guerra.
A força aérea dos EUA, isolada, sem a consideração dos outros aliados da
NATO é superior à soma dos outros países considerados, não aderentes à
NATO. Essa superioridade aérea é possível por várias razões. Primeiro, pelo
domínio da tecnologia, mormente detida por três empresas – Boeing,
Lockheed-Martin e Northrop Grumman; depois, pela constante pesquisa e
inovação, sob encomenda do Pentágono, que tem uma imensa autonomia
no seio da administração norte-americana, a qual não lhe regateia verbas
orçamentais; pela existência de uma economia poderosa mantida pela
facilidade de recurso ao crédito (emissão de dólares) que mais nenhum país
detém; finalmente, pela determinação em manter uma hegemonia militar a
nível mundial que obriga os EUA a considerar o resto do planeta como
existentes para a satisfação “dos interesses nacionais dos EUA”,
nomeadamente no campo energético.
A força aérea dos EUA, pela sua dimensão, a sua mobilidade, os vários
pontos de apoio espalhados pelo mundo é o principal instrumento da
hegemonia norte-americana a nível planetário.
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posição da Ucrânia tenderá a baixar, na hierarquia das máquinas de guerra,
à medida que se vá diluindo a herança soviética.
Uma vez mais, Israel surge em grande destaque, situando-se no quarto posto
da hierarquia mundial, muito acima dos restantes países e, porventura
apresentando a maior densidade de tanques por quilómetro quadrado.
Por outro lado, os meios navais dos EUA suplantam de modo esmagador os
detidos por qualquer outro país e mesmo, quer a soma dos navios russos e
chineses, ou o conjunto de todos os aliados da NATO; os EUA detêm 58% das
marinhas de guerra do total dos principais países da NATO.
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Note-se que marinhas de guerra, historicamente importantes e até
dominadoras – caso da Grã-Bretanha, da Alemanha, da França e do Japão
– não representam, cada uma delas 9% dos efectivos norte-americanos.
Acredita-se que os almirantes lusos se devem roer de inveja face aos seus
congéneres gregos e aguardam ansiosos os submarinos que os farão
ultrapassar o patamar de guardas costeiros onde o seu desempenho não
tem constituido um caso de sucesso. Ressalva-se o seu valente desempenho
no combate às pequenas lanchas, com meia dúzia de homens (“piratas”
somalis) para defesa do saque do atum por pesqueiros espanhóis, entre
outros. Recorde-se que o almirantado lusitano não frequentava águas do
Índico desde a gloriosa fuga, dentro do porto de Pangim, do “Afonso de
Albuquerque” - entre navios mercantes ancorados, até encalhar em terra –
perante a marinha indiana, no fim da colonização portuguesa de Goa
(1961).
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militares, a rendabilidade do negócio, o volume do emprego e os tipos de
equipamentos que produzem.
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públicas, em grande parte provenientes dos próprios países em que estão
inseridas, a pressão para a baixa de preços não é a que se verifica em outros
sectores de actividade. Os Estados sempre foram menos exigentes nos
preços que pagam a empresas dos seus respectivos complexos militares-
industriais do que com os trabalhadores que nelas trabalham.
Na lista divulgada pelo SIPRI (10), constam 117 empresas, cujo agrupamento
por nacionalidade produz o seguinte resultado:
Alemanha 5 Israel 3
Austrália 2 Itália 9
Canadá 1 Japão 4
Coreia do Sul 6 Noruega 1
Espanha 4 Rússia 7
EUA 48 Singapura 1
Finlândia 1 Suécia 1
França 8 Suiça 1
Grã-Bretanha 11 UE 1
Índia 3 Total 117
Nesse total, 75% estão localizadas em países da NATO e, entre estes, os EUA
contribuem com 41%, a que se seguem, a grande distância a Grã-Bretanha,
a Itália e a França. O domínio mundial dos EUA na produção de armamentos
mantém-se muito marcado, mesmo quando se alarga a listagem a empresas
com um volume de vendas na ordem dos $ 500 mil, em 2007.
Quadro V 2008
particip Resultados
Vendas
ação Actividade liquidos do
(M €)
(%) ano(M €)
Arsenal do Alfeite 100 reparação naval nd nd
Estal. Nav. Viana Castelo 100 construção naval 129,6 (12,100)
Navalrocha 45 reparação naval 6,2 0,700
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desmilitarização de
IDD 100 2,1 0,25
materiais de defesa
manutenção e reparação
OGMA 35 141,5 5,6
de aviões
Edisoft 30 software 6,1 0,300
EID 31,8 sistemas de comunicação 19,5 1,100
ETI 100 software de simulação 1,9 (0,170)
Portugal Space 83,75 tecnologia espacial 0 (0,010)
Defloc 81 locação 15,0 (0,050)
Defaerloc 100 locação de aviões 0 0,000
OGMA Imobiliária 100 imobiliária 0 (1,350)
Ribeira d'Atalaia 56,58 construção civil 0 (0,700)
Facturação em 2008
M€ %
Militar 98,8 32,1
nacional 45,0 45,5
exportação 53,8 54,5
Civil 208,9 67,9
nacional 43,9 21,0
exportação 165,1 79,0
Total 307,7 100,0
nacional 88,9 28,9
exportação 218,9 71,1
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6 - Países vendedores de armamento
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• Sensívelmente, aquele valor de vendas de armas teria permitido
duplicar o rendimento dos 320 M de habitantes de 25 países da África
oriental e central cujo PIB conjunto foi $ 244032 M em 2007
Essa falta de concretização das ameaças e dos inimigos não resulta da falta
de massa cinzenta dos militares e dos seus consultores mas, de um propósito
deliberado de deixar vago o campo de aplicação das intervenções
militares, contrariamente ao que sucedia no tempo da guerra fria, em que o
espaço e os motivos da guerra eram calculados ao milímetro.
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Vendas de armamento (1990/2009)
M$ de 1990
32.000
28.000
24.000
20.000
16.000
12.000
8.000
4.000
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O periodo 2000/2005 mostra-se relativamente pouco activo no que se refere
às transações internacionais de armamento. E isso, a despeito do medo
inculcado na multidão face à ameaça terrorista após o 11 de Setembro e as
invasões norte-americanas e seus sequazes, do Afeganistão e do Iraque.
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separá-los dos restantes países do mundo, o que, envieza ligeiramente o
valor acumulado para as duas décadas.
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Quanto aos países neutros da Europa, mantêm uma posição firme que subiu,
claramente, a partir de 1999, chegando ao máximo de 5.4% em 2001.
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produção cinematográfica e de conteúdos (com o papel ideológico
inerente) e a produção (altamente subsidiada) de cereais.
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Vendas de armamento por tipo de equipamento
(%)
(1990/2009)
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Nas vendas de artilharia, a posição dominante pertence à NATO-Europa,
seguida de muito perto pela participação dos EUA-Israel. Os restantes países
têm um peso superior ao do conjunto China-Rússia-Ucrânia.
(%)
Paises China-
NATO- EUA-
neutrais - Rússia- Restantes Mundo
Europa Israel
Europa Ucrânia
Aviões 26,6 55,6 24,6 49,3 40,7 44,9
Sistemas anti-
3,7 3,6 7,2 4,3 0,7 3,6
aéreos
Tanques 10,9 9,2 11,7 14,0 23,6 12,1
Artilharia 2,7 1,5 1,7 1,2 3,3 1,9
Máquinas 3,4 2,7 0,4 1,4 2,8 2,6
Mísseis 9,8 15,8 9,0 15,3 12,8 13,8
Outros 0,7 0,6 0,0 0,0 0,7 0,5
Satélites 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Sensores 7,4 4,9 28,3 1,8 1,5 5,1
Navios 34,8 6,0 17,2 12,6 14,0 15,6
Fonte: SIPRI - Stockholm International Peace Research Institute
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No que concerne aos países europeus da NATO, os dois principais vectores
são as vendas de navios e aviões. No âmbito de cada um dos países, há
diferenças assinaláveis de especalização; na Alemanha os navios e os
tanques têm um grande predomínio, a Espanha reparte as suas exportações
por navios e aviões, na França e na Grã-Bretanha preponderam as vendas
de aviões e navios, a Holanda centra-se em navios e sensores enquanto a
Itália fornece particularmente, navios, aviões e sensores.
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Importadores com mais de $ 3000 M
(%) (2005/2009)
10
9
8
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5
4
3
2
1
0
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periodo 2005/2009, no conjunto de um restrito grupo de seis países
fornecedores.
A Coreia do Sul tem forças armadas poderosas e uma das economias mais
dinâmicas do planeta. Sendo militarmente tutelada pelos EUA é natural que
65.9% das suas importações de armamento em 2005/2009 venham da
superpotência, a grande distância do segundo fornecedor, a Alemanha
(19.6%), num total de seis fornecedores.
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A instabilidade e as guerras, do outro lado da fronteira grega no norte, não
parece venham a ameaçar verdadeiramente a Grécia. Os maníacos da
Grande Albânia não devem estar autorizados a desestabilizar o Epiro através
de uma pequena minoria albanesa (?100000 pessoas), como fizeram na
Macedónia. A presença dos destacamentos europeus no Kosovo e a
constituição deste como protetorado norte-americano, em torno da grande
base de Boldsteel, serve para manter uma certa ordem nos Balcãs.
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O Paquistão, mantém, como se disse acima, uma conflitualidade acentuada
com a Índia que já conduziu a várias guerras entre os dois países. Mais
recentemente, o Paquistão viu-se envolvido na guerra do Afeganistão,
conduzida pelos EUA e pela NATO uma vez que o afluxo de refugiados
afegãos encontra no Paquistão um acolhimento solidário no Nordeste e no
Waziristão, onde preponderam tribos pashtun, tal como no Afeganistão. Por
outro lado, a miséria da população, contrastando com a forte corrupção e o
poder dos militares e do ISI, o tentacular serviço secreto, provoca
contestação social e política, nomeadamente alicerçada nas mesquitas. A
intervenção dos EUA na política interna paquistanesa, incentivando o
exército a exercer acções militares nas chamadas regiões tribais e a
intervenção directa dos meios bélicos norte-americanos tendem a integrar
numa guerra comum o Afeganistão e o Afeganistão.
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anos 1995/2004, precisamente o periodo em que a conjuntura económica foi
mais favorável. Em franco contra-ciclo, os governos PS/PSD sobrecarregam o
orçamento com gastos militares, precisamente nos periodos de dificuldades
sociais e financeiras, evidenciando não só a sua incompetência técnica e
política de gestão dos gastos públicos, como também a sua insensibilidade
social.
Notas
(1) O jazigo de Rumaila foi entregue a um consórcio constituido pela BP e pela CNPC
(China) (Democracy Now 3/11/2009)
(2) http://translate.google.pt/translate?hl=pt-
PT&langpair=en|pt&u=http://news.yahoo.com/s/afp/20100317/wl_mideast_afp/pakistani
ranindiaenergygas);
(3) M. K. Bhadrakumar, “Le Turkménistan réserve ses fournitures de gaz à la Chine, la Russie
et l’Iran. La géopolitique des pipelines à un tournant capital”, Asia Times Online (Chine),
citado em Voltairenet
(7) http://www.globalfirepower.com/active-paramilitary-manpower.asp
(8) http://www.nationmaster.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_number_of_troops
http://www.globalfirepower.com/active-military-manpower.asp
(9) http://www.globalfirepower.com
http://www.nationmaster.com/
(10) The SIPRI top 100 arms-producing companies in the world excluding China
http://www.sipri.org/research/armaments/production/Top100/Top1002007/arms_prod
_companies
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