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a um
Congregado
Perguntas a um Congregado
Alexandre Martins, cm.
Perguntas
a um
Congregado
São Gonçalo
2005
Copyright 2004 © Alexandre Martins
Quarta capa:
foto do autor e seu “ex-libris”.
Pedido de exemplares:
rua Nilo Peçanha, 110 / 1101, São Gonçalo, RJ, CEP 24445-360
ou pelo correio eletrônico
alexandremartins@bluebottle.com com o assunto “pedido de livro”.
sobre o autor
Alexandre Martins, nascido em 1967, na cidade de São Gonçalo,
RJ.
É Bacharel em Artes Plásticas (Gravura) pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
Empresário, produtor e diretor de desenhos-animados em seu
próprio estúdio desde 1992.
Membro da Academia Marial de Aparecida (SP) desde 1989, e da
Associação Internacional dos Cineastas de Animação - ASIFA -
desde 1993.
(*) - “para que não escreva em vão (com erros) Virgem Santa, guia minha mão”.
(**) - o uso da abreviatura “cm” por alguns congregados após seu próprio nome
remonta a atitude de nobres europeus do século XVII que, sentindo-se honrados em
estar nas CCMM, preferiam escrever as iniciais de “congregado mariano” em suas
assinaturas que as de outros títulos. (Villaret, op cit.)
Apresentação
Um dos muitos frutos do Concílio Ecumênico Vaticano
II - “primavera da Igreja” - no século XX foi a multiplicação
das associações e movimentos eclesiais. Hoje são inúmeras as
associações de fiéis leigos espalhados por toda a terra, “bastante
diferentes umas das outras em vários aspectos... encontram, porém,
as linhas de uma vasta e profunda convergência na finalidade que
as anima: a de participar responsávelmente na missão da Igreja
de levar o Evangelho de Cristo, qual fonte de esperança para
o Homem e de renovação pra a Sociedade” (SS.João Paulo II,
“Chistifideles Laici”, 29).
O Concílio quis ainda fortalecer e renovar as associações já
existentes como é o caso das Congregações Marianas.
Surgidas no século XVI, inicialmente ligadas aos jesuítas, as
Congrgegações sempre foram consideradas como ““grupo de elite”
de leigos e “ escolas de santidade” para os cristãos.
As Congregações certamente sofreram grande impacto com a
supressão da Companhia de Jesus e posterior restouarção desta, ,mas
foi com Pio XII e a Ação Católica que as Congregações Marianas
foram reconhecidas como patrimônio da Igreja, e não só da Ordem
fundada por Santo Inácio.
Talvez alguns pensem que esta “avó” das associações pós-
Vaticano II não tenha mais a pujança de outrora, mas basta pesquisar
- por exemplo na Internet sob o nome “Sodalities of Our Lady”
- para perceber que ela está viva e atuante em todo o mundo ao lado
de suas “netas” e “ irmãs” mais jovens.
A Consagração à Virgem Maria - fundamento da vida
do congregado - como caminho para Cristo e por Este ao Pai,
é itinerário seguro de santidade, como se pode verificar pela
quantidade de congregados inscritos no rol dos santos e beatos. Estes
e outrtos pontos da vida e história das Congregações são partilhados
conosco neste cuidadoso trabalho do gonçalense Alexandre Martins,
congregado há quase vinte anos e um dos maiores especialistas em
Congregação Mariana do Estado do Rio e quiçá do Brasil.
Longe de ser um apanhado de “curiosidades” ou um
exibicionismo de erudição, o autor brinda-nos com pontos concretos
e fundamentais da vida dos congregados marianos - caminho seguro
para qualquer cristão que se sinta chamado a esta relação tão especial
com a Virgem Santíssima.
Que ela interceda por nós, para sermos fiéis à vocação que
recebemos de Deus e assim alcançar, com Ela, as alegrias eternas.
Salve, Maria !
Faz parte da tradição das CC.MM. ibéricas o uso de fita para segurar
a medalha da Consagração ao pescoço na altura do coração.
Somente as CCMM oriundas de Portugal e Espanha usavam fitas
azuis. O gesto foi imitado pelas suas colônias, se bem que países
latino-americanos, como o Peru, usavam cordões entrelaçados no
lugar da fita. Congregações italianas usavam uma fita azul e branca
(1).
Inicialmente o uso era bem simples: uma fita inteiriça, com um laço
unindo as pontas junto com a medalha pela frente. A largura era
mediana, como a atual em uso no Brasil (2).
Há alguns que dizem que o uso da fita remete-se a uma influência
maçônica na Igreja. Não é verdade. Comendas e colares eram
Inúmeros são os fatos relatados pelo uso contínuo das fitas azuis
pelos congregados no Brasil.
Um fato bem comentado é do então Presidente Getúlio Vargas,
quando de uma concentração de congregados no Rio de Janeiro, em
1934, admirou-se tanto com o número de homens de terno branco e
fitas azuis que exclamou: “Parecem um exército ! Que será de nós
se eles vierem a se rebelar !” Ao que prontamente um prelado ao seu
lado replicou: “são o exército branco da paz de Nossa Senhora,
sr. Presidente. Não precisamos temer e, sim, confiar. Eles estão
sempre dispostos a ajudar nossa nação !” (4)
Destarte dizer do bem para a comunidade a presença visível de tantos
filhos de Maria em seu meio. Aos sacerdotes, a visão do “exército
azul” significava um alento, um alívio, perante a preocupação do
grande trabalho de almas ainda a alcançar...
O Papa Pio XI dizia frequentemente que gostava de ver um
congregado mariano. Perguntado do porquê, respondia: “quando
vejo um, também vejo atrás dele ao menos dez bons católicos que
ele com seu bom exemplo sabe cultivar...” (5)
O vassalo, por sua vez, é livre - pode ir para onde quiser e quando
quiser - não quer nenhum salário e, se recebe algum, é como se não
precisasse. O vassalo serve por querer fazer a vontade do seu senhor,
a quem serve por amor e com dedicação. O seu salário é que o seu
suserano (soberano, senhor) esteja contente com suas obras.
2 3
1
1 - antigo brasão das CCMM usado no Brasil de 1930 a 1955.
2 - Distintivo hexagonal usado na “Prima Primária” e adotado no Brasil à partir de 1955.
3 - monograma usado por algumas CCMM no Mundo, incluindo as CVX.
congregados marianos reunidos em Assembléia
(Rio de Janeiro, RJ, 1959)
O Governo
congregacional
48 Alexandre Martins, cm.
Indulgências e
Privilégios
das
Congregações Marianas
(resumo da Lista de Indulgências e Privilégios aprovados pelo Papa Pio XII anexa à
Constituição Apostólica “Bis Saecularii Die”, de 27/IX/1948,
incluindo as relações das reformas feitas pela Constitução Apostólica
“Indulgentiarum Doctrina”, do Papa Paulo VI, de 01/01/1969,
revista à luz do “Enchiridion Indulgentiarum”: Manual de Indulgências da
Penitenciária Apostólica, em sua 3ª edição de 18/05/1986)
V - Privilégios :
Importante:
Esta Lista não foi até o presente homologada
oficialmente pela Sagrada Penitenciária Apostólica
ficando para uso piedoso dos membros das
Congregações como referência, e que poderão
obter as graças devidas quando fizerem os atos
pertinentes ao listado no Manual de Indulgências.
BisSaeculariiDie
1) Louva:
Índice
sobre o Autor..............................................................07
Introdução..................................................................08
Apresentação.............................................................10
A Fita Azul................................................................13
A Consagração Mariana na Congregação..................27
O Distintivo congregacional......................................33
A Consagração é Eterna ? .........................................41
O Governo congregacional........................................47
Estilo de Vida.............................................................51
bibliografia.........................................................................67
apêndice
Indulgências e Privilégios..................................................70
Pequeno Ofício da Imaculada .......................................74
Bis Saecularii Die.............................................................77
Alexandre Martins,
empresário, Bacharel em Belas Artes,
é um estudioso da Tradição e História das Congregações
Marianas.