O Manifesto de Bauru marca um novo momento na luta contra a exclusão e discriminação dos portadores de doenças mentais no Brasil. O documento defende a extinção dos manicômios e uma aliança entre o movimento de saúde mental e os movimentos populares e sindicais. Ele também critica a mercantilização da doença e defende uma reforma sanitária democrática e popular.
O Manifesto de Bauru marca um novo momento na luta contra a exclusão e discriminação dos portadores de doenças mentais no Brasil. O documento defende a extinção dos manicômios e uma aliança entre o movimento de saúde mental e os movimentos populares e sindicais. Ele também critica a mercantilização da doença e defende uma reforma sanitária democrática e popular.
O Manifesto de Bauru marca um novo momento na luta contra a exclusão e discriminação dos portadores de doenças mentais no Brasil. O documento defende a extinção dos manicômios e uma aliança entre o movimento de saúde mental e os movimentos populares e sindicais. Ele também critica a mercantilização da doença e defende uma reforma sanitária democrática e popular.
Um desafio radicalmente novo se coloca agora para o Movimento dos
Trabalhadores em Sade Mental. Ao ocuparmos as ruas de Bauru, na primeira manifestao pblica organizada no Brasil pela extino dos manicmios, os 350 trabalhadores de sade mental presentes ao II Congresso Nacional do um passo adiante na histria do Movimento, marcando um novo momento na luta contra a excluso e a discriminao. Nossa atitude marca uma ruptura. Ao recusarmos o papel de agente da excluso e da violncia institucionalizadas, que desrespeitam os mnimos direitos da pessoa humana, inauguramos um novo compromisso. Temos claro que no basta racionalizar e modernizar os servios nos quais trabalhamos. O Estado que gerencia tais servios o mesmo que impe e sustenta os mecanismos de explorao e de produo social da loucura e da violncia. O compromisso estabelecido pela luta antimanicomial impe uma aliana com o movimento popular e a classe trabalhadora organizada. O manicmio expresso de uma estrutura, presente nos diversos mecanismos de opresso desse tipo de sociedade. A opresso nas fbricas, nas instituies de adolescentes, nos crceres, a discriminao contra negros, homossexuais, ndios, mulheres. Lutar pelos direitos de cidadania dos doentes mentais significa incorporar-se luta de todos os trabalhadores por seus direitos mnimos sade, justia e melhores condies de vida. Organizado em vrios estados, o Movimento caminha agora para uma articulao nacional. Tal articulao buscar dar conta da Organizao dos Trabalhadores em Sade Mental, aliados efetiva e sistematicamente ao movimento popular e sindical. Contra a mercantilizao da doena! Contra a mercantilizao da doena; contra uma reforma sanitria privatizante e autoritria; por uma reforma sanitria democrtica e popular; pela reforma agrria e urbana; pela organizao livre e independente dos trabalhadores; pelo direito sindicalizao dos servios pblicos; pelo Dia Nacional de Luta Antimanicomial em 1988! Por uma sociedade sem manicmios! Bauru, dezembro de 1987 - II Congresso Nacional de Trabalhadores em Sade Mental.