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TÓPICOS INTEGRADORES III

ALUNAS: Sophia de Castro Sant Anna 26082991


Josiane Paiva Damasceno 04054553

LUTA ANTIMANICOMIAL

A luta antimanicomial no Brasil deu início a visibilidade às pessoas com


transtornos mentais, que eram deixadas e esquecidas nos hospitais
psiquiátricos, onde ficavam sujeitos a violência, maus tratos e tortura.

A loucura sempre foi um tabu, uma doença de difícil diagnóstico que o homem
não domina e não sabe explicar, tornando-se, portanto, eivadas de preconceitos
foi associada à ausência de razão.

Então, surge a reforma psiquiátrica com o objetivo de acabar com as


arbitrariedades e violência sofridas pelos enfermos, que outrora não fora
reconhecido como sujeito de direitos pelo Estado brasileiro, fazendo lembrar que
como todo cidadão, estas pessoas tem o direito fundamental à liberdade, o
direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento
dignos a sua condição de pessoa com transtornos mentais.

O movimento antimanicomial vem resgatar e reconhecer o exercício de sua


cidadania, os direitos e garantias conforme a dignidade da pessoa humana,
buscando implementar serviços de saúde mental voltadas para os indivíduos de
forma individualizadas de acordo com o grau de gravidade da doença, ou seja,
respeitando suas peculiaridades e suas limitações.

Nesse contexto, observa-se o Direito acontecendo de acordo com as


transformações sociais, evidenciando-se o princípio da igualdade, que
pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de
forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente
os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas
desigualdades”.
As instituições jurídicas, como o Ministério Público, as Comissões de Direitos
Humanos, o governo e a sociedade devem garantir que seus direitos não sejam
violados, para que sejam respeitados, incluindo discussões para positivar esses
direitos através de leis específicas para esse público, com as devidas sanções
para aqueles que infringirem esses direitos, já que a lei 10.216/ 2001 não
comporta de forma específica e objetiva essas penalidades.

Portanto, o processo de expansão da cidadania, da justiça social e da inclusão


desse público como sujeito de direitos, é um processo diário de luta e resistência
antimanicomial, para que se supere completamente os inúmeros desvios.

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