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TÓPICOS INTEGRADORES III

ALUNAS: Sophia de Castro Sant Anna 26082991


Josiane Paiva Damasceno 04054553

DIREITO AO ESQUECIMENTO

O ordenamento jurídico brasileiro admite, em condições específicas, o decurso


do tempo como razão para supressão de informações. Contudo, o direito
supracitado é aplicado para beneficiar aqueles que se envolveram, no passado,
em fatos delituosos e desejam de alguma forma que seus crimes não sejam
relembrados, mas que, os meios de comunicação vêm a divulgar aquelas
informações.

A aplicação do direito ao esquecimento afronta a liberdade de expressão, já que


as informações pretéritas foram amplamente divulgadas, não comportando,
portanto, o sigilo. Dessa forma, questiona-se se a liberdade de informação, de
expressão e de imprensa, diante da relevância social, pode ser limitada em
detrimento do direito à personalidade, já que não existe direito absoluto.

No direito ao esquecimento se busca afastar as exposições perpétuas que


resultam no afastamento e na punição eterna. Por isso, o Superior Tribunal de
Justiça já reconhece, em alguns casos, que esse direito pode ser invocado.

O direito ao esquecimento deve ser relativizado, já que alguns crimes estão em


acervos digitais que podem ser acessados por qualquer pessoa. Como apagar
o cometimento de assassinatos em série, crimes hediondos etc...? Não dá para
simplesmente esquecer ou apagar a imagem do algoz, que pelo relevante e
violento delito fica na imaginação da população, e que as sequelas deixadas nas
famílias são eternas.

Cumprir a pena não é esquecer a infração, que por livre arbítrio foi cometida pelo
acusado, devendo seus direitos serem ponderados, não podendo proibir ou
privar a imprensa de veicular informações que é de conhecimento de todos, e
que também, pode ser pesquisada por qualquer pessoa que tenha acesso a
internet.

Logo, conceitua-se a liberdade de informação, o direito individual de comunicar


livremente fatos, e, ao direito coletivo de ser deles informado, resguardando a
liberdade de expressão de manifestar ideias, opiniões, juízos de valor, em
outras palavras, o pensamento humano. Por isso, deve-se analisar cada caso
a luz do direito, com cautela para que não se cometa arbitrariedades e injustiças.

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