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LIBERDADE DE IMPRENSA E DE EXPRESSÃO

X DIREITO À INTIMIDADE
Orientadora: Shanna Pôrto
Alunas: Heloisa R. e Mariana P.
Escola Estadual de Ensino Médio Roque González
201- PAPER
20/11/2023

RESUMO
Este breve trabalho tem como função apresentar o que é liberdade de
imprensa, de expressão e direito à intimidade, ao longo do trabalho podemos
observar que existe e é um direito nosso ter nossa imagem preservada e que temos
a liberdade de nos expressar da maneira que quisermos, porém, existe punições
caso não utilizarmos de forma correta esses “benefícios” que temos.
Foi citado nessa pesquisa também, um livro que discute os desafios
enfrentados pela mídia na proteção da liberdade de expressão e da privacidade,
analisando casos e oferecendo reflexões sobre o tema.

1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo mostrar para as pessoas que elas têm
direito de expressar suas opiniões livremente, todos deveriam e devem saber qual é
o papel da mídia, ela é responsável por informar a todos sobre os acontecimentos
ao nosso redor, precisamos dessas notícias sobre nossa realidade para termos os
devidos conhecimentos, mas claro, a mídia só nos fornece a opinião pública.
Existe todo um processo para que essas notícias se espalhem, primeiro os
disseminadores de informação assumem o papel de fóruns explicativos e de
discussão dos principais temas sociais.
Até que ponto a liberdade de imprensa e de expressão deve prevalecer sobre
o direito à intimidade, considerando os avanços tecnológicos e a rápida
disseminação de informações nas redes sociais?
A pesquisa tem como objetivo geral, encontrar o equilíbrio entre esses dois
direitos. Esta análise foi feita de forma qualitativa.
Os objetivos específicos desta pesquisa incluem:
● Saber se existe alguma punição caso a imprensa viole nossos direitos;
● Entender sobre os nossos direitos;
● Compreender o papel da mídia nisso tudo.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A imprensa tem a responsabilidade de informar e proteger os direitos dos


cidadãos. No entanto, em casos de violação dos direitos individuais, existem leis que
podem ser aplicadas. Por exemplo, se a imprensa divulgar informações falsas ou
difamatórias, a pessoa afetada pode buscar reparação por meio de ações legais,
como processos por difamação ou calúnia. Além disso, existem órgãos reguladores
da mídia que podem impor penalidades, como multas, suspensão ou até mesmo o
fechamento de veículos de comunicação, em casos de violação ética ou legal. É
importante lembrar que a liberdade de imprensa é um direito fundamental, mas
também há responsabilidades associadas a essa liberdade.
A Constituição de 1988 estabelece que a liberdade é um direito fundamental
dos brasileiros. No artigo 5º, que trata das garantias e deveres individuais e
coletivos, são considerados invioláveis os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade. Isso significa que todo cidadão brasileiro tem o direito de
viver de forma livre, exercer suas escolhas e expressar suas opiniões sem
interferências indevidas do Estado ou de terceiros. A liberdade é essencial para o
pleno desenvolvimento da pessoa e para a construção de uma sociedade
democrática e justa.
Quanto à liberdade de expressão, a Constituição garante a livre manifestação
do pensamento e a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença. É também um direito
assegurado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, promulgada
pela Organização das Nações Unidas (MERELES;2017). A liberdade de imprensa
desempenha um papel fundamental para toda a sociedade. Ela permite que os
veículos de comunicação desempenhem seu papel de informar e denunciar, sem
censura por parte do governo. Isso significa que eles têm a liberdade de reportar
escândalos envolvendo empresas estatais em seus jornais, bem como expor lobby e
irregularidades promovidas por empresas privadas.
Além disso, a liberdade de imprensa garante que os veículos de comunicação
tenham autonomia para investigar e trazer à tona questões que muitas vezes são
invisíveis ou subestimadas. Eles têm a responsabilidade de apresentar diferentes
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perspectivas sobre os acontecimentos e buscar ser o mais honestos possível em


suas publicações. Essa liberdade é essencial para a transparência, o combate à
corrupção e o fortalecimento da democracia. Ao permitir que a imprensa exerça seu
papel de fiscalizar e informar, a sociedade como um todo se beneficia, pois tem
acesso a informações importantes para tomar decisões informadas e participar
ativamente do debate público. No entanto, o profissional tem de ouvir o máximo de
versões possíveis dos fatos, entrevistar o máximo de fontes necessárias não apenas
as “oficiais”, como o governo e reportar seu lado com a honestidade inerente à
atividade jornalística. Porém, só consegue fazê-lo se for livre (MERELES;2017).
A privacidade é um direito fundamental que oferece maior proteção aos cidadãos
comuns do que às pessoas públicas ou célebres. No entanto, as pessoas públicas
não sofrem uma supressão completa de sua intimidade, mas sim uma restrição. O
direito à liberdade de informação implica que as pessoas de relevância pública,
especialmente as autoridades públicas, têm uma esfera de vida privada mais
limitada do que as pessoas que não são figuras públicas. Isso significa que as
pessoas públicas podem ter sua vida pessoal exposta quando diz respeito ao
cumprimento de suas obrigações públicas, mas não em aspectos que não sejam
relevantes ou de interesse público. A liberdade de informação prevalece apenas
quando o conteúdo é de relevância pública (MARQUES:2009).
A divulgação de fatos e atos que afetam a privacidade de um indivíduo só é
legítima se tiver relevância pública. Os meios de comunicação devem avaliar se as
informações a serem divulgadas são de interesse público ou não. Caso não sejam, o
silêncio é o comportamento exigido constitucionalmente. A violação da privacidade e
intimidade de uma pessoa causa danos irreversíveis e irreparáveis, e as palavras
não podem desfazer essa lesão.Embora os profissionais de comunicação tenham a
responsabilidade de avaliar a publicação de informações que violem a intimidade e
privacidade, essa avaliação não se assemelha à cuidadosa ponderação realizada
por um magistrado. O direito à privacidade deve ser protegido, mesmo para pessoas
extrovertidas e figuras públicas em locais públicos, especialmente em um contexto
tecnológico onde a captação de imagens e sons é fácil (MARQUES:2009).
A esfera da intimidade é considerada parte essencial dos direitos de
personalidade, e a colisão entre o direito à livre expressão e o direito à intimidade
não é suscetível de ponderação proporcional. Prevalece sempre o direito à
intimidade. No entanto, é importante ressaltar que as condutas que integram a
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esfera de intimidade do indivíduo podem ter repercussões na esfera pública,


tornando-as vulneráveis ao direito de livre expressão e informação. A existência de
um interesse legítimo é o que determina se o exercício do direito à livre expressão e
informação está ocorrendo ou não. A jurisprudência francesa reconhece que mesmo
imputações relativas à vida privada podem ser divulgadas quando têm repercussões
na esfera pública, desde que a exceção da verdade seja aplicada.
A mídia desempenha um papel crucial na garantia da liberdade de imprensa e
de expressão, ao mesmo tempo em que equilibra o direito à intimidade dos
indivíduos. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a
liberdade de expressão é um direito fundamental que inclui a liberdade de buscar,
receber e transmitir informações e ideias por qualquer meio, independentemente de
fronteiras. A mídia desempenha um papel fundamental ao exercer essa liberdade,
ao informar o público sobre questões de interesse geral e ao possibilitar a
participação e a formação de opinião pública.Uma grande referência que aborda
essa questão é o livro "Liberdade de Expressão e Direito à Intimidade: O Conflito de
Direitos na Sociedade da Informação" de Luiz Fernando Martins Castro. Neste livro,
o autor discute os desafios enfrentados pela mídia na proteção da liberdade de
expressão e da privacidade, analisando casos e oferecendo reflexões sobre o tema.
Vivem-se em uma era em que a liberdade de imprensa e a inviolabilidade da
intimidade das pessoas são questões que frequentemente entram em conflito
(GARCIA;2023).Encontrar um equilíbrio entre a liberdade de imprensa e a
inviolabilidade da intimidade é um desafio em constante evolução. É necessário
colaboração entre governos, profissionais da mídia e sociedade em geral para
garantir uma imprensa livre e informada, ao mesmo tempo em que se respeita a
privacidade individual.

3 CONCLUSÃO
Portanto, a liberdade de imprensa é um direito fundamental e essencial para
a democracia, garantindo que a população tenha acesso a informações
transparentes e que os direitos individuais sejam protegidos. No entanto, essa
liberdade deve ser exercida de forma responsável, respeitando a veracidade dos
fatos e evitando calúnias, difamações e violações dos direitos das pessoas. Em
casos de violação, existem leis e órgãos reguladores que podem impor penalidades
e garantir que a liberdade de imprensa não seja usada de forma abusiva. Assim, a
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liberdade de imprensa e a proteção dos direitos individuais caminham juntas,


garantindo uma sociedade mais justa e democrática.
A questão sobre a prevalência da liberdade de imprensa e de expressão sobre
o direito à intimidade é complexa e exige um equilíbrio delicado. Em um mundo
digitalizado e conectado, a disseminação de informações nas redes sociais é rápida
e muitas vezes não há controle sobre o que é compartilhado.
Além disso, a sociedade civil e as empresas de tecnologia também têm um
papel importante em promover um uso responsável das redes sociais e em
combater a disseminação de informações falsas e prejudiciais. O diálogo aberto e
contínuo sobre essas questões é essencial para garantir que a liberdade de
imprensa e de expressão coexista de forma saudável com o direito à intimidade.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Politize. Liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Disponível em:


<https://www.politize.com.br/liberdade-de-expressao-liberdade-de-imprensa/>
Acesso em: 16 de novembro de 2023

MARQUES, Andrea Neves Gonzaga. Direito à intimidade e privacidade. Tribunal de


Justiça do Distrito Federal e Territórios, 2010. Disponível em:
<https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discurs
os-e-entrevistas/artigos/2010/direito-a-intimidade-e-privacidade-andrea-neves-gonza
ga-marques> Acesso em: 16 de novembro de 2023

ProJuris. Direito de imagem: tudo sobre. Disponível em:


<https://www.projuris.com.br/blog/direito-de-imagem-tudo-sobre/?amp#:~:text=Pena
%20%E2%80%93%20reclus%C3%A3o%2C%20de%206%20> Acesso em: 16 de
novembro de 2023

Castro, Luiz Fernando Martins de. Liberdade de Expressão e Direito à Intimidade: O


Conflito de Direitos na Sociedade de Informação. Editora: Juruá. Ano de publicação:
2015.

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