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Discentes:

1. Alice de Oliveira Galvao Medeiros da Silva – 201808399099


2. Alfredo Luiz da Silva- 201902596706 
3. Carlos Eduardo Bastos Barcelos - 201801011125
4. Domingos Sávio Barbosa Braga. 202211400911
5. Douglas de Mesquita Rodrigues-201908361522
6. Gabriela Parente Linhares-202203309056
7. Gabriel Osiris Matias de Oliveira-201509828788
8. Glaucia Ramos Bressan-
9. Guilherme Silva de Amorim 201801010951
10. Juliana Barbosa Farias- 201803277882
11. Letícia da Silva de Moraes- 201807128792
12. Marcelo Bruno Da Cunha Castro 2020 08497371
13. Paulo Sérgio Rodrigues Tavares Júnior-202003326119
14. Patrícia Mendes Alberto de Melo-200902163461
15. Renata Santos da Silva Candreva- 202001523065
16. Sofia dos Santos Silva-202001386556
17. Thiago Carvalho Silva-201908372826
18. Wesley Silva Cerqueira Santos-201808331281
19. Wesley Vitor de Souza Ferreira-202010029728

LIMITES DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, FAKE NEWS E REDES SOCIAIS


Os limites da liberdade de expressão advém das leis. A CRFB/1988 é bem clara quando
estabelece em seu Art. 5º, inciso IV: 
 ....”  é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”... c/c  
Art. 220, parágrafo 1º: 
 ....”A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Constituição. 
         § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social,
observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e
artística. 
Portanto, a manifestação do pensamento está protegida pelo texto contido na lei
máxima do país. Todavia, ultimamente, vemos uma crescente movimentação no sentido
de cerceamento da liberdade de expressão. Com um discurso de combate a
desinformação e prática de “FAKE NEWS” ou “DISCURSO DE ÓDIO” figuras
públicas vêm demonstrando o interesse em limitar a possibilidade das pessoas
promoverem as suas opiniões.  

O que seria “FAKE NEWS” ou “DISCURSO DE ÓDIO? Em qual Artigo do CP


estão capitulados os supostos tipos penais de “FAKE NEWS” ou “DISCURSO DE
ÓDIO? Qual legislação foi aprovada no Congresso nacional criminalizando a prática
dessas condutas? Quem define o que é verdade ou mentira? Jogar futebol com a cabeça
de um político eleito presidente da república seria uma metáfora para um discurso de
ódio? Desejar a sua morte também seria? 
De volta a CRFB/1988, em seu Art. 5º, Inciso II:  
 ......ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei...... 
Dessa forma, podemos chegar a conclusão que, se eventualmente alguém venha
manifestar a sua opinião, e que esta venha ser comprovadamente falsa, ou, no bom
português, MENTIRA ou FOFOCA, não estaria praticando crime algum, visto que isso
sempre foi disseminado na cultura da sociedade brasileira. 
Acontece que, quem define o que é FAKE NEWS? Chamar a Venezuela de
democracia, como fez um político recentemente, seria prática de FAKE NEWS?
Contradizer e procurar desmentir uma investigação patrocinada pela Polícia Federal de
seu país, envolvendo uma investigação contra uma suposta tentativa de homicídio ou
sequestro de um político relevantemente conhecido, seria ‘FAKE NEWS”? Visitar um
país, o qual se encontra em uma situação onde a inflação beira os 100% a.a, e afirmar
que esse país é um exemplo a ser seguido, por estar no caminho certo na sua política
econômica, seria ‘FAKE NEWS”? Ou seria uma opinião de quem não possui nenhum
conhecimento sobre o assunto, mesmo assim seria uma OPINIÃO? Agora, isso seria
prática de alguma tipificação penal? Qual?  
Uma outra visão obtusa dá um entendimento que as “FAKE NEWS “
supostamente manipulam a opinião pública. Entretanto, há bem pouco tempo, a opinião
pública era bastante influenciada pelos chamados formadores de opiniões, artistas,
jornalistas, entre outros, os quais exprimiam as suas formas de pensamento e
estimulavam a opinião pública a concordar com as suas opiniões, que não
necessariamente eram verdades absolutas ou as mais corretas. Como se poderia definir
esse tipo de comportamento?   
 
Naturalmente que não se pode permitir que as opiniões sejam proferidas de uma forma
indiscriminada. O Art. 5º, inciso IV, veda o anonimato exatamente para que se possa
responsabilizar àqueles que dolosamente venham a praticar os crimes de injúria,
calúnia, difamação ou ameaça. Todo aquele que se sentir prejudicado, quando sofrer
algo que o faça se sentir ameaçado fisicamente ou desabone a sua conduta de forma
criminosa deve recorrer ao Poder Judiciário, com fulcro nos crimes anteriormente
elencados, a fim de buscar reparação ao dano causado. A isso, se define o império das
leis! 
Não cabe ao Estado, ou a qual quer um que seja, como por exemplo a imprensa
chamada de tradicional, fiscalizar o que pode ou não pode ser dito ou escrito pelos
cidadãos, sob pena de se tornar uma forma de governo autoritário, o qual decide o que
deve ou não deve ser comentado por eles.  
No passado, muitos sofreram durante os anos de regime de exceção, onde existia a
censura prévia nos veículos de comunicações, nas artes, e em outras atividades. Não se
deve dar oportunidade desse tipo de comportamento autoritário regressar, apesar de isto
estar acontecendo em larga escala atualmente. 
A obra literária de George Orwel, 1984, é um exemplo do tema em comento, onde
Winston, um burocrata do governo de um país fictício chamado Oceania, vivia em um
lugar que possuía um “ministério da verdade”. 
Nada além da lei pode, ou deve, impor alguma restrição aos cidadãos em uma sociedade
sadia e livre. A liberdade deve ser um bem tutelado como sendo sem restrições, salvo
quando ocorrer a prática de um crime tipificado, ocasião em que o transgressor deve ser
penalizado, de acordo com a lei. 
Ademais, esse tipo de comportamento vem atingindo níveis alarmantes, tendo atingido
até aqueles que tem por finalidade se utilizar da palavra, como é o caso dos
parlamentares eleitos com o fito de parlar representando os seus eleitores.
Recentemente, um parlamentar foi preso e posteriormente condenado por haver
proferido palavras impróprias contra membros da Suprema Corte deste país.  
Acontece que, o Art. 53 da CRFB/1988, em seu caput, é bem objetivo e não é
interpretativo quando afirma que: .....” Os Deputados e Senadores são invioláveis,
civil e penalmente, por QUAISQUER de suas opiniões, palavras e votos”..... 
Note-se que, o plural do pronome indefinido qualquer, (QUAISQUER), que também
pode ser entendido como sendo ilimitado ou indeterminado, entre outros,  foi inserido
na CRFB/1988 pela EC nº 35, de 20 de dezembro de 2001, a fim de resguardar a
possibilidade de qualquer tipo de manifestação política dos eleitos pelo povo, além da
liberdade de exteriorização do pensamento do parlamentar eleito, contudo isso não foi
respeitado no caso concreto. Isto, é um motivo de grande preocupação! 
Naturalmente que, quando eventualmente os parlamentares venham a praticar algum
tipo de desvio desde que não seja um crime inafiançável, o que não foi o caso em
questão, deverá ser julgado pelo conselho de ética de sua Casa Legislativa, podendo
inclusive perder o seu mandato. 
 
As redes sociais surgiram há algum tempo e passaram a desenvolver um sentimento de
auto conhecimento nas pessoas, as quais, antes, somente tinham a possibilidade de
tomar conhecimento de alguma notícia através do rádio, jornais ou da televisão.  
Com isso, foi desnudado o quanto a mídia tradicional, em muitas vezes, manipulava as
informações. O brasileiro pôde observar e tomar conhecimento do quanto fora enganado
no passado pelos veículos da velha imprensa televisiva, radiofônica ou impressa.  
 
Hoje, o que é noticiado no Jornal Nacional, por exemplo, não é mais considerada a
verdade absoluta. Não se pode mais afirmar ......”se não saiu no Jornal Nacional, não é
verdade”....., como no passado recente. As pessoas têm a capacidade e o discernimento
de entenderem ou compreenderem sozinhas, através das informações também das redes
sociais as situações envolvendo política, economia, esportes, entre tantas outras.

  
Por isso, entendo que o papel das redes sociais na vida do cidadão comum brasileiro é
fundamental. Ele não necessita mais ficar a mercê de informações supostamente
duvidosas advindas da mídia tradicional. Atualmente, qualquer cidadão com um
telefone celular com câmera de vídeo se transforma em um repórter.  

Não tenho o conhecimento de promoção em outros países democráticos acerca de


cerceamento de liberdade de expressão imposta por seus governantes. Contudo, tomei
conhecimento de que durante o advento da pandemia de covid 19, em muitos países, a
liberdade foi solapada de forma arbitrária. Países consubstancialmente democráticos
praticaram abusos contra seus cidadãos, com o argumento de estarem os protegendo da
doença.   
 
  
 
 
  

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