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O presente artigo tem por objetivo o fornecimento de informações sobre as fake news,
consideradas um problema que está se espalhando rapidamente na internet por conta da era
tecnológica na qual vivemos, provocando assim inúmeras controvérsias e reflexões sobre o
tema. Por meio de uma análise, foi possível identificar os efeitos atribuídos às fake news, bem
com avaliar suas consequências na política e a responsabilidade civil de quem propaga, e
confirmando a necessidade que existe em garantir que as medidas adotadas contra essas
atitudes não afetem a liberdade de expressão e o direito à informação. Desta forma, traremos
inicialmente uma análise sobre o tema e seu impacto na sociedade e, em seguida, as possíveis
formas de combate sem que haja censura, bem como um exame detalhado ao conflito de
direitos fundamentais vinculados a essa prática.
Artigo 19.º
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O artigo 5º IV e IX estabelece que seja livre a expressão do pensamento por
meio da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença, sendo vedado o anonimato do autor. Porém, embora a liberdade
de expressão seja garantida, esse direito não é absoluto. O mesmo artigo em seu inciso
X determina que a liberdade de expressão seja limitada quando ocorre a violação da
intimidade, da honra, da vida privada e da imagem de outras pessoas. Por isso, em casos
de violação ao direito de outrem é assegurado o direito à indenização pelo dano material
ou moral decorrente do abuso de liberdade de expressão.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer
restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à
plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de
comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e
artística.
§ 3º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder
Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a
possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e
televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio
ambiente.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos,
medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso
II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os
malefícios decorrentes de seu uso.
§ 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou
indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de
licença de autoridade.2
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O presente artigo 220º da Constituição Federal de 1988, que trata dos meios de
comunicação social, ainda estabelece que seja vedada qualquer censura de cunho
político, ideológico e artístico aos meios de comunicação social, e a publicação de
veículo impresso de comunicação não depende de licença de autoridade.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar de a Constituição Brasileira
assegurar a liberdade de expressão, a interpretação e a aplicação dos seus artigos podem
variar ao longo do tempo, em resposta às mudanças na sociedade. Diante do impacto
das tecnologias de informação, a legislação brasileira está em constante transformação
para enfrentar os novos desafios apresentados, sobretudo pela disseminação nas redes
sociais do discurso de ódio, do assédio on-line, da desinformação e de notícias falsas.