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“O funcionamento da Economia e os problemas ecológicos”

2009/2010

3.2.2 - O funcionamento da economia e os problemas ecológicos

No período pós guerra, o Bloco Ocidental conheceu uma grande prosperidade


económica (milagres económicos), os “Trinta Gloriosos”.

Crises ecológicas, marcadas pela incapacidade de a natureza absorver os


resíduos produzidos pelas actividades humanas. (ex: empobrecimento da
biodiversidade, esgotamento dos recursos, destruição da paisagem natural)

Externalidades

Externalidade: impacto das acções de uma pessoa sobre o bem-estar de outras


que não participaram na acção.

• Externalidade negativa: se o resultado da acção prejudica o bem-estar


dos outros;
• Externalidade positiva: se o resultado da acção melhora ou participa na
melhoria do bem-estar de outros.

No entanto, o Estado pode intervir, através:


• proibição/desincentivo à produção ou o consumo de determinado bem
(externalidade negativa);
• incentivo à sua produção ou o seu consumo (externalidade positiva).

Bens públicos

Tipo de Bens Bens Públicos Bens comuns


É aquele que não se pode
impedir ninguém de
usar, podendo ser
gozado por várias
Características pessoas.

Rivalidade
A utilização de um bem
por uma pessoa impede Não rivais Rivais
outra de o usar.
Excluibilidade
É possível impedir uma
pessoa de usar esse Não excluíveis
bem.

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Uma vez que os bens públicos e os bens comuns são de acesso livre, não
podemos proibir ninguém de os usar. No entanto, por vezes a acção de alguns
agentes económicos provoca externalidades negativas, impedindo as outras de
usufruir de determinados recursos.
Assim, para minimizar os efeitos causados, apresentam-se duas soluções:

1. Direitos de propriedade (Iniciativa privada)

São atribuídos a privados, que lhes darão um uso racional, de forma a


garantir a sua utilidade no tempo;

2. Intervenção do Estado (Iniciativa pública)

Leis ambientais: para regular as acções dos agentes económicos sobre o


ambiente (motivadas pela impossibilidade de definir direitos de
propriedade).

Utiliza instrumentos de carácter económico: aplicação de taxas e


impostos “ecológicos”, que incidem sobre as acções poluidoras tendo
em vista práticas mais eficientes – princípio “Poluidor pagador”.

Responsabilização dos agentes económicos pelas acções poluidoras de forma a


compensar os efeitos poluidores gerados sobre terceiros. Mas esse pagamento
não reverte os danos causados no ambiente, que além dos reflexos a nível local,
estes atingem maior proporção a nível global.

A necessidade de acordos internacionais

A globalização destes problemas ambientais exigem respostas à mesma


escala, assim, a resolução passa pela cooperação internacional ou o
estabelecimento de acordos internacionais.

(NOTA: Nem sempre é fácil o seu cumprimento e a efectiva implementação,


devido aos diferentes interesses dos países.)

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EXEMPLOS:

• Tratado de Quioto – Consiste num acordo internacional, que determina aos


países industrializados limites nas emissões de gases com efeito de estufa na
atmosfera. O tratado mundial de Protocolo de Quioto, expira em 2012.

Gases com efeito de estufa: Este tipo de gases são, pelo menos, parcialmente
responsáveis pelo aquecimento global, ou seja, pelo aumento global da
temperatura que poderá ter consequências catastróficas para a vida na Terra.

• Conferência de Copenhaga - O novo acordo climático que deverá vigorar


entre 2012 e 2020 a fim de substituir o Tratado de Quioto.

Os países desenvolvidos têm conseguido adaptar-se às alterações climáticas,


como por exemplo, a Holanda (construiu casas flutuantes). Além disto, as ETN
têm deslocalizado a poluição para os países mais atrasados.
E os países pobres? Que capacidade têm de se adaptar ás alterações
climáticas?

Resposta: Cooperação internacional entre os países desenvolvidos e os


em desenvolvimento

O papel da inovação tecnológica na atenuação dos problemas


ecológicos

Auxiliar e atenuar alguns dos problemas ambientais;


Não deve ser encarada como um remédio para as agressões causadas
pela actividade humana.
(Ex: filtros das chaminés das fábricas, criação de aerossóis sem CFC,

Áreas de intervenção para melhorar o desempenho ambiental

1. Agricultura: através da biotecnologia e da criação de culturas resistentes


às condições climatéricas, evitando a devastação de culturas
2. Combustíveis alternativos: aproveitando novas fontes de energia com
baixos impactos ambientes: eólica, das marés e solar e futuramente a
fissão nuclear
3. Exploração mineira: utilização de fungos e algas para a
despoluição/descontaminações dos solos e águas devido ao abandono e
encerramento das minas.

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