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As polaridades são invertidas a cada 180 graus de rotação para que o dínamo gere uma
corrente contínua, ao contrário dosalternadores, que transformam energia de movimento
em energia elétrica alternada, ou seja, que possuem pausas, mas estas pausas são tão rapidas
que nada se percebe.
Hans Orsted observou que a agulha de uma bússola oscilava quando aproximada de um
fio condutor percorrido por corrente elétrica. Michel Faraday se interessou pelo fenômeno
e após alguns experimentos, observou que quando um imã se move próximo de um
circuito elétrico, a corrente elétrica do circuito é alterada. Este fenômeno, chamado de
indução magnética é explicado pela Lei de Lenz, que estabelece: o sentido da corrente
induzida é oposto da variação do campo magnético que a gera.
Logo, sabemos hoje que a variação de campo magnético gera corrente elétrica. No
dínamo o imã gira com a bobina ao seu redor. Este movimento gera a variação do campo
magnético do imã, surgindo então, uma corrente elétrica no conjunto de espiras da bobina.
Esta corrente elétrica é utilizada para acender o farol do bicicleta, ou qualquer led que seja
instalado no circuito.
A energia limpa pode ser classificada como energia renovável, porque é produzida com o uso
de recursos renováveis (movimento da água, luz solar, vento). Em contrapartida existem as
fontes não renováveis, como petróleo, que mais cedo ou mais tarde ficará extinto. Este
acontecimento seria visto como um bem para a nação, uma vez que os mais perigosos
poluentes provêm da queima de combustível oriundo de fonte não renovável.
Numa usina hidrelétrica, a máquina responsável pela produção de energia
elétrica se chama gerador. Trata-se de uma máquina rotativa composta de um
estator, onde estão localizadas as bobinas de fio e de um rotor elétrico, que
vem a ser o núcleo de ferro das experiências que descobriram a energia
elétrica.
Mas o que fará girar este rotor? Dependendo de outra característica do gerador
(i.e. quantos dipolos têm), o gerador terá que girar o suficiente para produzir
uma tensão elétrica com freqüência de 60 ciclos ou Hertz, que é a freqüência
adotada em todo o sistema elétrico brasileiro. Alguns países, como Inglaterra
e Japão, operam em 50 Hertz.
Quanto mais dipolos menos giros por segundo para se obter 60 Hertz. Assim,
se um gerador tem 4 dipolos, precisará girar a 900 rotações por segundo para
criar uma tensão de 60 Hertz, 1.800 rotações por minuto se tiver dois dipolos.
F= pn/60
Até aqui, uma usina hidráulica e térmica e mesmo nuclear, não tem diferença.
Apesar de ter apresentado no ano passado o maior índice de energia gerada por fontes
renováveis dos últimos 18 anos, o Brasil ainda precisa avançar na geração de energia limpa,
de acordo com a organização não governamental (ONG) Greenpeace.
O balanço energético nacional, divulgado ontem (29) pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), mostra que as fontes renováveis de energia, que incluem a geração por meio de
hidrelétricas, biomassa e produtos da cana-de-açúcar, foram responsáveis por 47,3% da
geração de energia no país no ano passado, o maior índice desde 1992.
Baitelo disse que o resultado estava previsto, já que em 2008 houve um acionamento muito
grande de termelétricas fósseis, que diminuiu no ano passado devido à grande quantidade de
chuvas, que permitiram o maior uso de energia gerada pelas hidrelétricas.
Uma das maiores bandeiras defendidas pelo Greenpeace na área energética é a necessidade
de aumentar o uso de energia eólica no Brasil, considerado por Baitelo ainda pequena. Ele
lembra que o governo irá realizar um leilão de energias renováveis ainda no primeiro semestre
deste ano, mas as usinas movidas a vento vão demorar para entrar em operação.
“Ainda vai levar um tempo após o leilão para que essas novas eólicas sejam construídas e
terem um papel significativo na matriz brasileiras, como já acontece em outros países”, afirmou.
Segundo a EPE, a participação de energia eólica na matriz elétrica do país seguiu a tendência
dos últimos anos, crescendo 5,1% em 2009 em relação ao ano anterior. Mesmo assim, essa
fonte correspondeu a 0,2% do total de energia gerada no ano passado.
Na opinião do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, “a matriz elétrica brasileira
é de deixar qualquer país orgulhoso no atual cenário mundial”. Segundo ele, o Brasil é um dos
países com a matriz elétrica mais limpa do mundo, graças ao seu potencial hidrelétrico, mas
ainda precisa de energia térmica para que não fique totalmente sujeito às oscilações climáticas.
“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem o privilégio de poder fazer as melhores
escolhas sem ter que botar a carapuça de grande poluidor global, muito pelo contrário”, avalia.
Segundo Sales, não é possível gerar a quantidade de energia necessária para o crescimento
do país apostando apenas em fontes alternativas.
“Se o Brasil precisa ter 3,5 mil megawatts novos de energia por ano, é claro que é inviável
imaginar isso sendo produzido apenas com painéis solares ou com energia eólica. Essas
energias são complementares e têm sua inserção viabilizadas em situações específicas. Não
se deve imaginá-las como capazes de suportar a expansão da demanda de energia que o
Brasil tem para poder suportar o ritmo de crescimento da nossa economia”, disse.