OBRAS COMPLETAS
v
D I R E I T O
MENORES E LOUCOS
1926 a o o EDIÇÃO DO
ESTADO DE SERGIPE
?.âû^
TOBIAS BARRETTO
OBRAS COMPLETAS
v
D I R E I T O
MENORES E LOUCOS
FUNDAMENTO DO DIREITO DE PUNIR
mm "$
m *
1926 o o a EDIÇÃO DO
E S T A D O DE S E R G I P E
Kl,
©
^>s'*\
D E 20 DE ABRIL DE 1923
O o
O
II
Ecáicpao d a © o b r a s d ©
Xobias Barretto
O publico o decidirá.
O s EDITORES
ADVERTÊNCIA ( H )
/
XII
E l DIREITO CRIMINAL
M. L. 2
XVIII
M. L. 3
14 TOBIAS BARRETTO
M. L. 4
30 TOBIASBARBETTO
M. I». 5
VII
*
56 TOBIAS BARRETTO
VIII
M. I.. 6
62 TOBIAS BARRETTO
76 TOBIAS BAREETTO
M. L. 7
/~\ Código trata, em terceiro lugar, dos que commettem
^ crimes, violentados por força ou por medo irre-
sistíveis, e que, como taes, também não são criminosos.
E ' a sancção legal de um principio geralmente acceito e
reconhecido. A idéa de uma força, ou de um medo irre-
sistíveis, isto é, de um medo ou de uma força, que sobre-
pujam a vontade, exclue a idéa de acção voluntária e
intencionalmente praticada; exclue, portanto, a mesma
idéa do crime. Isto é, quasi uma tolice, por excesso de
verdade. Mas isto não é tudo.
A nossa lei penal não estabeleceu distincção, ao
menos de um modo claro, entre a coacção physica e a
coacção psychica. Esta falta que se nota no artigo 4 do
Código, quando falia dos que constrangem alguém a com-
metter crimes, eu já disse algúres que não me parecia de
alta monta, concordando até em da-la como supprida
pela disposição do § 3 o do artigo 10, posto que me incli-
nasse a crer que ahi mesmo o Código teve mais em mira
o constrangimento psychico, pela summa raridade da co-
acção mecânica. (31) Permaneço na mesma opinião. O
§ 3 o do art. 10 é attinente á questão da vis absuluta, á
questão da violência, maximé, porém, da violência moral.
O medo é realmente um estado psychologico, em que
•
MENORES E LOUCOS 81
i
S2 TOBIAS BARRETTO
st. L. 8
94 TOBIAS BABRETTO
M. L. 10
h
APPENDICE
f
■
ALGUMAS I DÉI AS
SOBRE
O CHAMADO FUNDAMENTO
DO
DiREITO DE PUNI R O
»
(*) Este estudo foi accrescido á 2. a edição dos Menores e
Loucos de 1886.
T TA homens que tem o dom especial de tornar incompre-
hensiveis as cousas mais simples deste mundo, e que
ao conceito mais claro, que se possa formar sobre esta
ou aquella ordem de factos, sabem dar sempre uma defi-
nição, pela qual o axioma se converte de repente em um
enygma da esphinge.
A esta classe pertencem os metaphysicos do direito,
que ainda na hora presente encontram não sei que deli-
cia na discussão de problemas insoluveis, cujo manejo nem
se quer tem a vantagem commum á todos os exercicios
de equilibristica, isto é, a vantagem de, aprender-se a ca-
hir com uma certa graça.
No meio de taes questões sem sahida, parvamente
suscitadas, e ainda mais parvamente resolvidas, occupa lu-
gar saliente a celebre questão da origem e fundamento do
direito de punir.
E' uma espécie de adivinha, que os mestres crêm-se
obrigados a propor aos discípulos, acabando por ficarem
uns e outros no mesmo estado de perfeita ignorância; o
que aliás não impede que os illustrados doutores, na posse
das soluções convencionadas, sintam-se tão felizes e orgu-
lhosos, como os padres do Egypto a respeito dos seus
hieroglyphos.
Eu não sou um d'aquelles, — é bom notar, — não
sou um d'aquelles, que julgam fazer acto de adiantada
cultura scientifica, eludindo e pondo de parte todas as
questões, de caracter másculo e serio, sob o pretexto de
132 TOBIAS BABRETTO
»
MENORES E LOUCOS 137
II
M. I<. 1 1
142 TOBIAS BARRETTO
III
Menores e loucos :
Cap. I 1
II 11
III 19
IV 27
V 35
VI 41
" VII 47
" VIII 61
IX 67
X 79
XI 85
•' XII 99
" XIII 117
Appendice :
«n—h»
/ 1926
EMPREZA GRAPHICA EDITORA
P A U L O , P O N G E T T I & C. —
Avenida Mem de Sá, 67 e 78 — R i o
STF0000702E
M B M