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INTRODUÇÃO
formas diferenciadas.
jurídico sem se proceder a seu exame histórico, pois se verifica suas origens,
representa-se no grego érgon, inglês work, µobra¶ e µtrabalhar¶. Tudo leva a crer
que não exista uma raiz indo -européia comum e que cada um dos troncos ou
conceito. Este se associa ora a uma noção de µação¶, ora à de produ to¶, ora à
O latino labor significa labor, fadiga, afã, trabalho, obra e também cuidado,
infelicidade.
como uma dor (o termo grego pónos significa trabalho, tem a mesma raiz da
palavra latina poena). Lucien Fébvre acredita que veio do sentido de tortura
(tripaliare). Para Robertis, a antigüidade não possui uma p alavra que seja
força e altivez.
através do adjetivo tripalis (composto de três paus) de que se deduziu tri palium,
linho. Era também uma canga que pesava sobre os animais ou um instrumento
cavalos no ato de lhes aplicar a ferradura. Mais tarde, ganhou o sentido moral
FILOSÓFICO E JURÍDICO
existência humana, pela qual é construída a cada dia a vida do homem, da qual
A outra visão acerca do trabalho entende este como sendo uma penalidade,
um castigo imposto ao homem decaído, sendo uma forma de punição aos seus
necessidades do homem.
empregado com finalidade lucrativa". Ou, de acordo com Francesco Nitti, "toda
qualquer espécie).
manifestações e singularidades.
Nesse sentido, o trabalho pode ser entendido como castigo e também como
de redenção humana.
pessoa, trabalhando sob as ordens dela. Temos assim que trabalho "é toda
intuito de ganho".
ocorre quando uma atividade humana é desenvolvida por uma pessoa física,
uma retribuição.
O Direito do Trabalho pode ser definido sob três critérios: objetivista, que
desrespeito aos seus ditames, fazia com que o direito fosse respeitado
religiosamente.
3.1 FASES ARQUEOLÓGICAS
sobreviver, sem o intento de acúmulo. Ele caça, pesca e luta contra o meio
economia apropriativa.
trabalho.
animais.
trabalho. Até então, o homem e sua família trabalhavam para o seu próprio
foi organizada uma divisão de trabalho por sexo: os homens dedicavam -se ao
da natureza.
homem, que era nômade, torna -se sedentário, principalmente por causa da
3.000 a.C.
dos povos do Sul e Norte (Baixo e Alto Egito), o que resultou na formação das
banhado pelo rio Nilo (as civilizações egípcias se formaram em torno do rio
Nilo), que proporcionava a fertil idade do solo, tornando -o propício à agricultura,
que era feito por escravos, servos da gleba e trabalhadores livres, todos
O Egito era rico em vários materiais (ouro, cobre, sílex, ametista, marfim e
GREGOS.
escravo predominava.
A prática escravagista surgiu das guerras. Nas lutas contra grupos ou tribos
mundo antigo.
afirmava que "a arte de adquirir escravos... é como uma forma da arte da
guerra ou da caça".
dois milhões numa população total de seis milhões. No período imperial, entr e
Era tratado como carga, fadiga, penalidade. Isso gerou vários preconceitos
mantidos pelo trabalho dos escravos: no cultivo da terra, nas minas, nas
favores sexuais.
No direito romano predominava a economia rural fundada latifúndios. A
e a res (coisa). Era uma relação de direito real, e não pessoal. O escravo era
uma coisa do proprietário, da qual ele podia usar e abusar e sobre a qual o
sujeito de direito. Não passava de uma mercadoria, sem nenhum direito, muito
conta alheia, visto que a titularidade dos seus resultados pertencia ao amo.
não era ser servo por natureza, e sim por convenção dos homens, não era
entre oferta e procura de escravos, mas, sobretudo, entre o custo dos escravos
cada vez mais motivados. O senhor percebera que o trabalho livre é mais
produtivo do que o trabalho escravo, os trabalhadores rendiam mais quando
eram melhor tratados. Adam Smith constatou que "o trabalho executado por
homens livres, no final das contas, é mais barato do que o executado por
escravos". O custo para manter os e scravos nos latifúndios tornou-se cada vez
ficaria cada vez mais difícil manter sob controle as grandes massas de "gado
se sustentar, a pagar a corvéia, a serem com efeito mais fiéis, mais produtivos
de trabalhar nos seus ofícios habituais ou alugando -se a terceiros, mas com a
e infiéis.
século II, quando o Império foi ao ponto de permitir sua livre formação e
municipais.
Mais tarde surgem para organizar a produção romana, que era rudimentar.
desfrute ou uso dessa coisa. O objeto podia ser qualquer coisa corpórea, não
da lei mosaica e talvez também por já terem sido escravos no Egito. São
reconhecidos direitos iguais aos homens. Todos os homens são iguais perante
o homem que constrói sua casa, que lavra a terra, que planta o trigo.
Deus, é preciso, entretanto, prepará -lo não só com a prece, mas com o
trabalho que cria o espírito da disciplina. O reino não é só dádiva, mas também
conquista.
comércio.
institutos).
direito e ordenou o território sob o seu poder. Hammurabi não foi apenas um
fizeram dele uma das maiores figuras de monarca do Oriente Antigo, foi o seu
sentido de justiça. O seu Código seconstitui num extenso prólogo, no qual fica
117: "Se uma dívida pesa sobre um awilum ± homem livre ± e ele vendeu sua
esposa, seu filho ou sua filha ou (os) entregou em serviço pela dívida, durante
sujeição, no quarto ano será concedida a sua libert ação"). O legislador quer
escravo de um muskênum tomou por esposa a filha de awilum e ela lhe gerou
(muskênum) não tem direito nenhum sobre eles. O Código também disciplina
como proceder à divisão da herança no matrim ônio de um escravo com a filha
de um homem livre. (§ 176: (...) "se o escravo morreu, a esposa tomará consigo
o seu dote; mas tudo o que seu esposo e ela adquiriram depois que se uniram,
artesão tomou um filho, como filho de criação, e lhe ensinou o seu ofício, ele
não poderá ser reclamado". § 189: "Se ele não lhe ensi nou o seu ofício, esse
filho de criação poderá voltar para a casa de seu pai".), os direitos e obrigações
pedreiros e barqueiros.
§ 219: "Se um médico fez uma operação difícil com um escapelo de bronze
§ 228: "Se um pedreiro edificou uma casa para um awilum e lha terminou,
ele lhe dará, como seus honorários, por cada sar de casa 2 siclos de prata".
apascentar o gado maior ou o gado menor, dar -lhe-á 8 GUR de cevada por
ano". § 271: "Se um awilum alugou bois, um carro e o seu condutor, dará 3
teológica ou metafísica.
(como a fabricação de tecidos) eram praticadas por homens livres, mas esses
era admirado, enquanto o trabalho manual era renegado, porque era envolvido
Antropológica.
I ± Fase Mitológica
O conhecimento ainda não tinha base racional, era expressado por mitos e
cirurgia desprezadas.
significado ético. Opunha à humanidade agitada pela luta e pela conquista uma
enviam uma mulher encantadora, Pandora. A ela foi entregue uma caixa que
isso o trabalho torna -se necessário. É uma nova condição do homem. Este,
honesto. Exalta a Justiça, filha predileta de Zeus, como a única esperança dos
homens. Estes, para entrar em contato com os deuses, só dispõem de um
descrito a vida do campo com realismo, Hesíodo foi chamado o primeiro poeta
do trabalho.
e do Ferro.
coexistência humana.
democracia.
A filosofia volta-se para questões morais, se preocupando com o homem,
igualdade e à justiça.
Platão imaginou o Estado ideal dividido em três classes. Deus criou três
vulgar de cobre e ferro. Os que são feitos de ouro servem para guardiães; os
que Platão tinha pelo trabalho manual. Chega a apresentar uma class ificação
sabedoria, que não será encontrada, portanto, entre aqueles que têm que
Para ele, somente o verdadeiro filósofo vai para o céu, despr ezando os
companhia dos deuses. Mas a alma impura, que amou o corpo, transformar -se-
burro, um lobo ou gavião. Aquele que foi virtuoso sem ser filósofo se
si mesmo, nenhum destes é sábio em função de sua arte". O trabalho é por ele
Platão também fala que a justiça consiste em cada homem dedicar -se a seu
trabalho. Seu trabalho tem que ser decidido ou pelos próprios gostos ou pelo
juízo do Estado quanto às suas aptidões. Assim, os propósi tos do governo são
essenciais para determinar -se qual o trabalho de cada homem. Ele considera
divergia muito de seu mestre Platão. Achava qualquer trabalho manual próprio
dos escravos. Para ele, alguns homens não são escravos por convenção, e sim
nasceram para ser mandados. Ele não reconhecia direitos humanos par a os
escravos (mas não lhes negava a natureza humana). Eles exerciam atividade
eram vis. Os homens que trabalhavam para viver não deviam ser admitidos à
comércio, pois tal vida é ignóbil e inimiga da virtude". Também não deveriam
ser lavradores, pois isso não lhes permitiria momento de ócio. Os cidadãos
uma outra raça. As raças nórdicas, diz ele, são ardentes; as raças meridionais,
ardentes e inteligentes.
alma ilustra este aspecto de sua filosofia. Para e le, o objetivo do Estado é
com o amor do saber e das artes. O filósofo chegou a afirmar que, para
conseguir cultura, era necessário ser rico e ocioso e que isso não seria
possível sem a escravidão. Para ele, a escravidão de uns era necessária para
a virtuosidade de outros.
Para esses filósofos, era certo que nenhum homem livre aceitaria fazer
trabalho. Não há progresso sem estudo e sem fadiga. A virtude é trabalho, que,
como finalidade última, confere dignidade à vida. Porque nada do que é bom e
belo concederam os deuses aos homens sem esforço e sem estudo. Para
considerar o saber como fundamento da virtude, defendia o trab alho pelo seu
alto sentido.
5. CRISTIANISMO
qualquer trabalhador.
foi a natureza que fez os escravos, mas a culpa". Isidoro de Sevilha afirma que
homem".
A verdade cristã foi de grande importância para modificar a ótica até então
iguais.
O trabalho é resgatado, e o ócio assume uma conotação negativa,
pescadores.
São Paulo afirmou que "quem não traba lha não tem direito de comer"; São
Benedito escreve que os monges "agora são verdadeiros monges, pois vivem
do trabalho das suas mãos, como os nossos pais e os apóstolos". Valoriza -se o
impedir que o ócio criasse campo propício para os vícios. Para ele, todo
Para justificar a escravidão dos negros, Santo Agost inho supõe que seriam
descendentes de Cam, o filho de Noé que fora amaldiçoado pelo pai por ter
suas paixões.
Santo Agostinho e São Tomás acreditavam na escravidão como
(Cristo passou a maior parte de sua vida terrena numa oficina de carpinteiro,
fadiga, cansaço, dispêndio de energia. Para ele, Deus criou as coisas e deu ao
valorização, não tendo consistência as alegações dos que afirmam que Jesus
com o suor de suas próprias mãos e seria com o seu esforço que ele deveria
ganhar para ter o que repartir; trabalhar para ter o que compartilhar com o
necessitado.
monástico.
entre si, pois a comunidade está organizada de modo a que nenhum fique
isento dos ofícios mais humildes, por exemplo, da limpeza da cozinha, como
6. SERVILISMO
feudais.
A maioria das terras agrícolas na Europa estava dividida em área s
o dever de trabalhar para criar riquezas e nutrir a comunidade inteira. Mais uma
apenas o suficiente para uma vida miserável. Dois ou três dias por semana,
tinha que trabalhar a terra do senhor, sem pagamento. A terra do senhor tinha
igualdade entre senhor e servo. Havia muitas limitaçõ es, como por exemplo, se
uma viúva desejava casar-se outra vez, tinha que pagar uma multa ao senhor.
da produção rural como preço pela fixação na terra e pela defesa dada pelos
senhores.
usar, gozar e dispor da forma que quisesse. Havia impostos a vários títulos. Ao
servo era proibido recorrer a juízes contra os senhores feudais, com uma única
possuía.
que pagasse um tributo ao senhor. O uso da terra era retribuído com produtos
servo era também vendido. Os seus filhos eram também servos e o juramento
classes parasitárias, e concedia a terra não a quem cultivava, mas aos capazes
de dela se apoderarem.
trabalhavam.
A servidão começou a desaparecer no final da Idade Média. As grandes
à fuga dos escravos e também à alforria. A Peste Negra também foi um grande
fator para a liberdade. Morriam muitas pessoas, sendo atribuído maior valor ao
serviço dos que continuavam vivos. O trabalhador camponês valia mais do que
com o senhor feudal. Além disso, o senhor feudal percebeu que o trabalho livre
é mais produtivo. Sabia que o trabalhador que deixava sua terra para cultivar a
7. CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
mais remotas estão nas organizações orienta is, nos collegia de Roma e nas
podia exercer seu ofício livremente, era necessário que estivesse inscrito em
uma Corporação. Assim, foi simplesmente uma forma menos dura de despojar
o trabalhador.
para evitar sua influência e também p ara amenizar a sorte dos aprendizes e
trabalhadores.
trabalho. Além disso, estabeleciam uma rígida hierarquia. Havia três categorias
eles era imposto um duro sistema de trabalho. O mestre poderia impor -lhe
ter que pagar para realizá -lo, a prova era muito difícil. Quem se casasse com a
desde que fosse companheiro. Não era exigido qualquer exame dos filhos dos
mestres.
dependente, que vendia a seu mestre a força de seu trabalho, ele tinha, porém,
Revolução Industrial
para outra, sem visar acúmulo, havia trocas. Cada grupo familiar buscava suas
novo, no qual a primazia pela razão elegeu o homem e suas virtudes como
pensar fosse o leito do novo caminho. A liberdade veio como uma reação ao
suas fábricas.
sociedade, definido pelo direito natural e pela liberd ade, contrário a qualquer
sociedade.
dava meios ao operário, premido pela fome, a recusar uma jornada que muitas
Teoricamente livre, o operário tornava -se cada vez mais dependente do patrão.
todos os cidadãos deviam ser "iguais perante a lei" ± o que certamente era
difícil numa sociedade que tendia cada vez mais a separar os proprietários
estavam os mais ricos cada vez mais ricos e os mais pobres cada vez mais
convicção liberal de que seu papel não devia ir além da ordem p ública,
podendo os cidadãos conduzir -se como melhor lhes aprouvesse. Jonh Locke
Estado é negativa".
legislador precisava tomar medidas para garantir uma igualdade jurídica que
passar a um plano secundário para que o inter esse social tomasse realce.
Revolução Industrial.
Foi um fenômeno de mecanização dos meios de produção. Consistiu num
cinco horas por dia. Os camponeses ficavam inativos muitos meses por ano.
mais da natureza, mas das regras empresariais e dos ritmos da máquina, dos
quais o operário não passava de uma engrenagem. O trabalho, que podi a durar
até quinze horas por dia, passou a ser um esforço cruel para o corpo do
adulto pelo das mulheres e menores, que trabalhavam mais horas, percebendo
salários inferiores.
de Thomas Heath:
los, e eles, pobres criaturas, estão livres dos problemas desta vida mortal".
seguida).
Não havia regras estatais. Com a fábrica e suas modernas máquinas a vapor, o
das máquinas e por novas fontes de energia. A relação trabalho ± capital torna-
infame às crianças nas fábricas e nas minas, revelada com todos os seus
pobres, o proletariado.
que não trabalhavam, viviam com luxo e conforto, graças à propriedade privada
dos meios de produção. As falhas e conseqüentes males caus ados pelo regime
trabalho. Pedia uma lei para pôr fim à exploração dos adultos e das crianças e
verdadeiramente piores que as pré -industriais. Para ter sucesso nessa corrida,
os concorrentes em disputa "levaram as classes inferiores, de cujo trabalho
indústrias, de cujo sucesso depende hoje a sua mera subsistência". Fourier tem
operários.
estatal na relação entre empregado e empregador. O Papa dizia que "não pode
pode ser deixada à mercê do jogo automático das leis de mercado, deve ser
do Estado.
interesse dos governantes pelas classes trabalhadoras, dando força para sua
Influência do marxismo.
construção de uma ditadura do proletaria do, para suprimir o capital, com uma
Karl Marx afirmava que a nova revolução celebra a vitória dos industriais na
obrigados a vender-se por minuto, são uma mercadoria como qualquer outro
oficiais". O trabalho, que deveria ser a mais alta expressão do homem, o reduz
Iª Guerra.
problemas do trabalho.
O direito do trabalho não surgiu instantaneamente. Há uma flutuação de
valores, de idéias até que o direito surgisse. Esse direito foi sendo processado
harmonizar as relações entre capital e t rabalho. O direito que surge terá que
9. O DIREITO DO TRABALHO
coletivo.
Lei de Peel (Moral and Health Act ) foi feita por um industrial inglês,
Lyon, poderes mais tarde ampliados para as questões entre esses mesmos
pesca. Em 1776 esses órgãos foram extintos pela idéia liberalista e a exaltação
que antes competiam aos prud¶hommes, mas com protestos gerais, inclusive
sistema permanece até hoje com ampliações. Sua competência estendeu -se,
dos trabalhadores foi admitida no órgão, que passou a ser constituído por
em 1907.
regulava praticamente tudo, determinando o que seria melhor para cada um,
Itália deu impulso acentuado aos órgãos de solução das questões trabalhistas.
III. CONCLUSÃO
intervenção, para que o mais forte não subjugue o mais fraco. É necessária
ANEXOS
PREÂMBULO
membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis cons titui o
inspiração do homem;
do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações,
Estados membros como entre as dos territórios colocados sob sua jurisdição.
Artigo 1 °
de fraternidade.
Artigo 2 °
outra situação.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político,
Artigo 3 °
Artigo 4 °
Artigo 5 °
Artigo 7 °
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção
da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que
Artigo 8 °
Artigo 9 °
Artigo 10 °
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja
Artigo 11 °
asseguradas.
internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a
Artigo 12 º
proteção da lei.
Artigo 13 º
Artigo 14 º
Artigo 15 º
Artigo 16 º
Artigo 17 º
Artigo 19 °
Artigo 20 °
pacíficas.
livrementente escolhidos.
Artigo 22 °
Artigo 23 °
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a
desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho
igual.
que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade
social.
Artigo 24 º
Artigo 25 °
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente pare lhe
proteção social.
Artigo 26 °
Artigo 27 °
Artigo 28 °
Artigo 29 °
1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é
Artigo 30 °
Reinventar o trabalho
O trabalho é a vida, ou ao menos um dos aspectos da vida que consiste em
dispender suas energia s sobre a realidade para transforma -la. Viver é brincar,
uma ínfima parte. Elas o anularam definitivamente no contexto dos siste mas
robotizados porquanto não há neles nem objeto, nem ação, mas abstração
total.
mandar às praias para brincar. Sendo o trabalho para nós um valor existencial,
O trabalho deve ser envolvido, e para isso a primeira condição é de não ser
lhe por horas de trabalho inutilmente esbanjadas, por que não lhe pagari a as
pour travailler tours). 1ª ed., São Paulo, Editora Página Aberta: 1995. Pgs. 253
A CIDADE E A BÚSSOLA
A civilização mesopotâmica representou, talvez, o primeiro grande episódio
região geográfica. Entre o Tigre e o Eufrates, numa área não maior do que a
praticamente imutável por dezenas de séculos, até a Idade Média eur opéia.
"A cidade, como tal, aparece com assombrosa rapidez no final do quarto
todo o possível progresso material do homem tinha sido atingido: portanto, não
o avanço da humanidade.
industrial, Rio de Janeiro: José Olympio; Brasília, DF: Ed. Da UnB, 1999, pp.
72-73.
ou
A alegria do rico e a tristeza do pobre, o nde é descrita a malícia com a qual
seus trabalhadores.
oprimir pobres homens./ É assim que enchemos nossas bolsas,/ Não sem que
Em todo o reino, no campo como na cidade,/ Nossa indús tria não periga
sentados à sua roca, nós lhe faremos pagar caro os salários que ganham...
emos a escolha entre isso e a ausência de trabalho./ Far -lhes-emos crer que o
comércio não vai bem;/ eles jamais ficarão tristes, mas que nos importa?...
Nós faremos trabalhar a baixo salário os pobres tecelões./ Encontraremos
não saberão jamais./ Dir-lhes-emos que a lã não mais vai ao ultramar/ E que
Dos pence por shilling, e saberemos obtê -los./ É por esses meios engenhosos
que aumentamos nossa fortuna./ Pois tudo é pe ixe, que cai em nossas redes...
pobres que trabalham dia e noite./ Se eles não estiverem lá para dispender
O significado de 1848
restrito a umas poucas centenas ou, no melhor dos casos, a uns poucos
centenas. Portanto, 1848 foi a primeira revolução na qual soci alistas ou mais
da cena desde o início. (...) Mas o que significava socialismo para os seus
seguidores além de um nome para uma classe trabalhadora autoconsciente,
mesmo que socialista? O próprio Karl Marx não acreditou que a revolução
efetuar". O máximo que poderia ser atingido seria uma república burguesa que
"sua posição como classe ficara mais insuportável e que seu antagonismo com
Eric Hobsbawm, A era do capital, 1848 -1875, Rio de Janeiro, Paz e Terra,
comunismo demonstrou saber distribuir a riqueza, mas não saber produzi -la; o
capitalismo demonstrou saber produzi -la mas não distribui-la ± nem distribuir
mas o capitalismo não venceu". O Muro de Berlim tinha caído fazia pouco.
coragem.
industrial, Rio de Janeiro: José Olympio; Brasília, DF: Ed. Da UnB, 1999, pp.
15-16.
V. BIBLIOGRAFIA
ABENDROTH, Wolfgang. A História do movimento trabalhista europeu.
Pahl. História das Sociedades. 18ª ed., Rio de Janeiro, Ao livro técnico S.A.:
1988.
civilizações da unidade romana. 3ª ed., vol. 2., São Paulo, Difusão Européia do
Livro: 1962.
pour travailler tours). 1ª ed., São Paulo, Editora Página Aberta: 1995.
BARROS, Alice Monteiro e outros. Curso de Direito do Trabalho. 3ª ed., São
Vozes: 2000.
CHAUI, Marilena, Convite à Filosofia. São Paulo, Editora Ártica S.A: 1994.
Saraiva: 1999.
2001.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 14ª ed., São Paulo, Atlas:
2001.
XX, o tempo das certezas. Vol. 1. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 2000.
1969.
Lima. Instituições de Direito do Trabalho. 17ª ed., São Paulo, LTR: 1997.
Esse trabalho tem como objetivo nos dar um conhecimento mais amplo no
do tempo.
ao longo dos anos estudando o passado, sendo este o caminho primordial para
Assim sendo, cabe ressaltar que este trabalho tem como objetiv o trazer à
baila temas que nos dias atuais geram muita polêmica e controvérsia, dentre
socialmente.
Além da observação histórica acima mencionada, iremos discernir sobre o
"as relações individuais e coletivas de trabalho" (art. 1º, CLT). Apesar de ser
tratada por alguns como instituto legislativo de origem fascista, a nossa CLT é
trabalhistas.
Trabalho no mundo, posto que, o Brasil é um país novo, t endo sido descoberto
1930, quando foi criado o Ministério do Trabalho, Indúst ria e Comércio, que
já indicava um dos membros. O juiz pedia a outra parte que fizesse igual
de Menezes), tendo sido mantida na Carta de 1937. Ela só foi criada, porém,
administrativo.
função delegada de poder público. Ins tituiu o sindicato único, imposto por lei,
haver intervenção estatal direta nas suas atribuições. Foi criado o imposto
a CLT não é um código, pois não traz um conjunto de regras novas, mas
Naquela ocasião o Conselho, pela sua organização tinha diver sas funções:
Acidente de Trabalho.
relação de trabalho.
Para os vernaculistas, examinada como contrato, essa relação é a
fazer, ou a não fazer, alguma coisa." (Aulette), é o acordo em que uma ou mais
(Cândido Figueiredo).
consentimento recíproco, a dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Jorge Giorgi o
Mendonça o entende como a fonte mais fecunda, mais comum e mais natural
ele tem que ser considerado de maneira especial, porque é, como bem afirma
bem tinha posição -, porque o velho direito vinha fundamentado nos princípios
do direito romano, quando o trabalho era obrigação dos escravos, era apenas
3) ORGANIZAÇÃO SINDICAL
uma relação jurídica cujos sujeitos nela figuram em função de um grupo social.
grupo, como tal, e não os interes ses mediatos, reflexos e concretos dos
categorias.
resolvidos.
daquelas.
isso os operários, como salienta Mario de la Cueva, não entenderam por que o
fase da tolerância.
trabalho.
associações (Ardau).
estes;
conservar sua liberdade e, não podendo utilizar -se da cláusula da non union
shop, ou seja, de exclusão dos sindicatos, defende o regime da open shop, que
convenção.
declarada esta cláusula ilegal pelos tribunais, foi substituída pelo pag amento de
closed shop.
ser legalmente imposta pelo Estado, mas resultar da unidade mesma do grupo
individuo no que respeita às suas relações com o sindicato e à ação por este
nós (contribuição sindical), apesar das várias tentativas objetivando extinguir tal
contribuição; e
Note-se que, ainda quando o indivíduo possa negar -se a ser associado de
coletivo sindical, por isso que pode estar obrigado a respeitar a convenção
coletiva.
restrição, como aliás, a que decorre, também, das normas legais que regem tal
deliberações do sindicato.
3.4) Sindicato
e Jean René Treanton, "a mais freqüente, mas não a única". Mas, as
ação, sem faculdade para celebrar convenções coletivas, agem apenas como
organizado.
Europa e nos Estados Unidos da América do Norte, no Brasil não houve luta
sindical".
Data vênia, não nos é possível concordar com tal afirmação do eminente
Em 1919, surgiram greves nos principais centros do país (Rio, São Paulo,
vitória das reivindicações operárias. Junho e julho daquele ano foram meses de
maio.
trabalhadores.
A revolução de 1930 veio dar contornos mais precisos à nossa organização
greve (art. 165, XX), afinal regulamentado pela Lei nº 4.330, de 01/06/1964,
delegadas pelo poder público serão regulados por lei (art. 166).
do direito de greve e assim mesmo regulamentado por lei, em termos tais que a
de trabalho;
VII ± o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;
estabelecer."
O caput do mencionado artigo inicia deixando nítida impressão de que
salários.
consistirá:
no País;
mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a estabelecer -se após
estatuindo, em seu art.1º, ser "lícita à associação para fins de estudo, defesa e
4) CONVENÇÃO COLETIVA
la.
grupos convenentes.
com eficácia geral, isto é, cujas normas obrigam todos os integrantes das
são as que, por não se ajustarem aos esquemas clássicos do direito comum,
jurídica.
A convenção coletiva, historicamente, nasceu no campo do direito privado,
contratos que vierem a ser celebrados depois de sua entrada em vigor, como
convenção ou acordo que lhes for aplicável, serão passíveis da multa neles
fixada.
norma, não nos parece que, em nosso direi to positivo do trabalho, possa haver
incorporadas não podem sofrer alteração, nos termos expressos no a rt. 468 da
Consolidação.
5) ACORDO COLETIVO
É um dos instrumentos pelo que é possível por fim aos conflitos coletivos,
objetivo por termo aos conflitos coletivos através da negocia ção coletiva,
trabalho.
Cabe observar que o ponto em comum do acordo e da convenção coletiva é
aos contratos individuais dos trabalhadores, que tem efeito normativo. Tendo
posto que o acordo coletivo é feito entre uma ou mais empresas e o sindicato
econômica, de outro.
(CTL, art. 611, § 1º); a legitimação para o acordo coletivo, pelo lado patronal, é
categoria econômica).
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (art. 8º, VI) é obrigatória a
nas modificações.
empresariais.
sindical. A negociação deve ser feita não só pelos sindicatos, como pelas
processo de dissídio colet ivo de natureza econômica será admitido sem antes
coletiva.
6) SENTENÇA NORMATIVA
abstratas.
coletivas têm campo de aplicação que não se limita aos sindicatos. Projetam -se
Entretanto, aos neófitos, é bom lembrar que ao ingressarem com uma ação
coletivos, têm que juntar a sua inicial esses acordos coletivos, sob pena, de
devem ser citadas pelo número e se possível, a data, mas, pela quantidade de
7) CONCLUSÃO
8) BIBLIOGRAFIA:
1) MARANHÃO, Délio e CARVALHO, Luiz Inácio B., Direito do Trabalho,
Posterior, 17a ed., Rio de Janeiro, Ed. Da Fundação Getúlio Vargas, 1996.
2) MARTINS, Sérgio Pinto, Direito do Trabalho, 17ª ed., São Paulo, Atlas,
2003.