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Bandeira do Império
Além de trabalhar para a família real e para os nobres.
Debret interessou-se em representar a vida das pessoas
comuns que moravam no Rio de Janeiro.
Uniformes militares
Naquela época, o café já era uma bebida muito apreciada. A procura por pó de
café era tão grande que costumavam vendê-lo diariamente na porta das casas.
Observe, nesta cena, a dona da casa estendendo um prato no qual a vendedora
põe uma canequinha de pó de café. Ele também era vendido em latinhas
fechadas, como as que vemos na bandeja que a outra vendedora equilibra na
cabeça.
Os refrescos do Largo do palácio
Se você conhece o Rio de Janeiro, sabe que é uma cidade onde faz muito calor.
À tarde, muita gente gostava de sentar nas muretas do cais para aproveitar a brisa
fresca do mar. Nessa hora, passavam as vendedoras de doces. Cada doce
comprado dava direito a um gole de água da moringa.
Ah, que delícia.
Cena de Carnaval
Quando chegava o carnaval, a cidade ficava uma bagunça! Os cariocas faziam guerra
de limão- de- cheiro, que eram bolas de cera cheias de água perfumada. Muitas
vezes, ficavam guerreando com os vizinhos durante horas, numa farra incrível.
Homens, mulheres e crianças participavam da brincadeira e terminavam o dia
ensopados. Ainda bem que a água era perfumada!
Os escravos brincavam jogando água e polvilho uns nos outros. Nesta cena, uma
jovem tenta escapar sem derrubar o cesto que leva na cabeça. Mas coitada! O
homem lambuza seu rosto com polvilho e o moleque os deixa ensopado com um jato
de água.
Era a guerra do carnaval!
Marimba, O desfile do Domingo após meio dia.
Uma das brincadeiras mais populares dessa época era a malhação do Judas, no
sábado de Aleluia.
Fazia-se um boneco de palha, recheado de morteiros segurando uma bolsa de
dinheiro. Ele ficava pendurado num galho de árvore. Quando chegava a hora,
alguém punha fogo no boneco. Os morteiros explodiam e o corpo do Judas se
desfazia em pedaços, que a criançada pegava e arrastava pelas ruas, numa
grande algazarra.
Calceteiros
Negros de carro
Vendedor de cestas
Nesta cena, alguns escravos que já foram castigados estão deitados no chão.
Em pé, à esquerda, vigiados por dois guardas, estão aqueles que ainda vão
ser chicoteados.
O sangue escorre pelo corpo do escravo que está no tronco. O castigo é
cruel.
Com medo de tantos castigos, muitos escravos
fugiam para longe e se escondiam no mato,
formando comunidades nas quais podiam trabalhar e
viver em liberdade. Essas comunidades eram
chamadas quilombos.
Se fossem capturados, os escravos teriam de usar
correntes presas ao pescoço pelo resto de suas
vidas.
Detalhe de sapataria
O regresso de um proprietário
Mesmo dentro da cidade, para ir de um lugar a outro, muita
gente usava uma cadeirinha, que era enfeitada para exibir a
riqueza do proprietário.
Aqui, a mulher na cadeirinha vai observando o movimento das
ruas. Sua bolsa e o livro da missa são carregados pela criada,
que vai a pé.
Às vezes, duas pessoas se encontravam e paravam para
conversar, ficando cada uma em sua cadeirinha.
Detalhe de marimba
“ Que felicidade!
Eu vim da França convidado pelo rei
Eu trouxe a arte e me espantei maravilhado
Quando aqui um paraíso encantado
encontrei.
(...)
Todo o encanto em poesia
Traduzi nos meus painéis,
Pintei, bordei, aquarelei,
Coloquei amor nos meus pincéis.”
(José Antonio, Gonzaga e outros, G.R.E.S. Unidos Detalhe de Primeira manifestação da virtude guerreira.
do Viradouro. O rei e os três espantos de Debret.
1995.)