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@ Habitam a região do médio Rio Amazonas, na divisa
dos Estados do Amazonas com o Pará.
@O Povo Sateré Maué, é descendente das tribos
denominadas no passado pelo nome de ANDIRÁ e
MARAGUÁ.
@Localizam-se em diversos subgrupos nos rios Andirá,
Urupati, Maraú, Maués Açu, Mumuru, bem como nos
municipios de Borba, Maués, Barreirinha,
Parintins/AM, Itaituba e Aveiro no Pará.
@ Integram o tronco linguistic Tupi-guarani.

@ O termo Sateré, quer dizer (lagarta de fogo), é o nome do


clã dos antigos chefes, indica tradicionalmente a linha
sucessoria dos tuxauas (palavra que significa chefe
politico).

@Já o termo Maué, significa (papagaio falante) é o nome


mais comum de um dos grupos que conseguiram
sobreviver à extinção das tribos da ilha Tupinabarana.
@ Ocupam um território demarcado e homologado (1986) de
aproximadamente 770.000 ha., localizado aos confins dos
municipios de Maués, de Barreirinha-Am, e Itaituba no
Pará.

@Segundo Uggé (1993), existiam mais de 35 aldeias e outras


localidades menores, cada uma com tuxaua (cacique), além
de várias casas ao longo dos rios: Andirá, Marau, Miriti,
Urupadi, Majaru e igarapés afluentes destes rios.

@Segundo dados da Funai de 2002, a população de índios


Sateré- Maué correspondia à ceca de 7.000.
@ Os povos indígenas Sateré-Maué são
considerados pioneiros da cultura do guaraná,
planta nativa da região das terras alta da Bacia
Hidrográfica do Rio Maués-Açu, onde está
localizado o território tradicional Sateré-Maué.

@ O guaraná é o produto por excelencia da


economia Sateré-Maué. Dentre os seus
produtos comercializáveis é o que obtém maior
preço no mercado.
@Os índios Sateré- Mué, têm o costume de tomar guaraná
ralado na água, isso é chamado de Sak po, que para os
mais velhos quer dizer qualquer raiz, termo impróprio.
@Para os antigos índios, o verdadeiro nome é WARÁ, que
tinha um significdo sagrado, acreditavam que tomando
WARÁ, o que era pensado e falado era fruto de sabedoria;
a força do WARÁ realizava o que era decidido ou
conversado, por isso na ocasião ninguém podia falar
coisas ruins.
@WARÁ era tomado com muito respeito; em fila, as
pessoas
iam até o lugar onde estava sentado o Tuxaua para receber
a cuia e tomar o WARÁ.
@-Conta a lenda, que uma india Sateré-Maué apareceu gravida. Aquele povo
acreditava que para uma mulher ficar grávida bastava ser olhada por um
homem, uma árvore ou até mesmo um bicho que a desejasse como esposa.
Seus familiares descontentes passaram a maltratá-la; entào ela fugiu e sozinha
na floresta teve seu filho. Era um menino forte, bonito e cheio de vida; viviam
felizes ali, junto a uma maloca que, posteriormente, ela havia encontrado.
Contudo Anhanguá (Espirito do mal) tinha inveja do menino. Um dia quando o
menino subiur em uma árvore para apanhar fruto, Anhanguá se transformou em
uma grande serpente e mordeu o menino. A criança morreu e ficou com os
olhos abertos e serenos. Rapidamente a notícia correu por toda maloca; no
meio de tanta dor um raio riscou o céu e apareceu tupã (Deus do bem); este
pediu que sua mãe plantasse aqueles olhos, que deles nasceria umaa planta
sagrada; esta lhe daria alimento e cura para muitos males.Passando algum
tempo, da copa brotou uma planta que cresceu, floresceu e cobriu-se de cachos
encarnado. Dali colherão um fruto pequeno que tinha aparencia de um olho;
então denominaram guaraná.
@ Os Sateré-Maué possuem também rica cultura
material, sendo os teçumes sua maior
expressão. Eles designam por teçumes o
artesanato, confeccionado pelos homens:
peneiras, cestos, tipitis, abanos, bolsas,
chapéus, paredes e coberturas de casas e etc.
feitas com talos e folhas de caranã ,arumã e
outros.
@ Na história dos Sateré-Maué como traços culturais
pode-se relacionar o uso de narcóticos como o
paricá, o xamanismo, ritos e cerimonias de iniciação,
dentre elas, a principal é a dança da tucandeira.
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@A dança da Tucandeira tem várias respostas simbólicas:
Para os índios Sateré vencerem a febre, a malária, o
reumatismo. É remédio do índio, é vacina contra as
doênças, é o aspecto terapêutico do ritual;

@é realizada para iniciação masculina, passagem do


adolescente para a vida adulta;

@para o índio ficar esperto e provar sua força de


resistência a dor;
@para o índio ser bom pescador, caçador , ter sorte na
vida, no trabalho, na lavoura, além de ser bom guerreiro.

@Para que o ritual seja completo é necessário que o índio


o repita por 20 vezes.
@ Outro ritual caracteristico da cultura Sateré-Maué, é o
ritual para iniciação da mulher na vida adulta:

@Realiza-se na primeira mestruação, as jovens


adolescentes são isoladas durante 08 dias, após esse
período esta é arranhada com dente de paca (animal
silvestre) e lavada com água de limão.

@Esse ritual assim como a dança da tucandeira, vai servir


também como vacina para prevenir doenças, e ainda para
a moça se tornar corajosa e ser uma boa esposa.
@Outo aspecto da cultura Sateré-Maué a ser considerado é
o Porantin, remo mágico, que é uma haste de madeira
com cerca de 1,50m de altura, considerado o legislador
social, equiparando-se a Constituição ou a Biblia dos
Sateré-Maué.
@ De um lado da haste, existe linhas e desenhos que
contam as histórias dos bons acontecimentos da tribo do
outro lado os acontecimentos ruins.
Religião
@O povo Sateré-Mué, acreditam na presença do
espirito em tudo o que vive, cresce e movimenta-se.
Este espirito universal é também chamado ser
supremo, que para os Sateré, tem o nome de Tupana
da tradição Tupi (Tupã-tupana, é a força do trovão um
Deus forte e poderoso), mas os nomes e atributos de
Deus mais usados nos mitos da criaçào e das origens
da tribo são WASSIRI-ANUMAWATO.
Nascimento:
@Na explicaçào indígena o útero da mulher é considerado
o berço (mãe da terra), onde o sêmem, depositado cresce
e torna-se fruto completo. Sendo por isso o pai que
determinará a linhagem do recém nascido.

@Durante a gestação, a mulher tem normas: a presença


dela em certos encontros e lugares de produção agricula
prejudica pessoas e colheitas;

@Ao nascer a criança é vulnerável e sujeitas a perigos


fisicos, doenças e sortilejos causados pelos espiritos
maus. Por isso deve-se manter a casa fechada, resguardar
o pai para vários dias, pois seu espírito mais forte tem
que defender a criança.
Casamento
@O ritual do casamento tem uma conotação simbólica de
atitude simplismente primordial, sem traços nem
cerimonias:
@O rapaz passa a v iver junto com a moça na casa do
sogro; aceitação ou reconhecimento do casamento pelos
pais do novo casal são manifestadas por silêncio
concordatário.
Doenças e Mortes
@Para os Sateré-Maué, doenças e mortes podem ser
originadas por malefícios, feitiços e outras causas que
fogem ao controle das pessoas.

@ Os defuntos são sepultados em lugares comuns, sem


rituais específicos. Segundo a tradição Maué, o luto dos
parentes é a parada de certas atividades da lavoura e
outras como: o abandono da casa, e atransferencia dos
familiares para outro lugar.

@Antigamente a morte de um TUXAUA, fazia com que


o povo deixasse a aldeia e a reconstruisse em outro
lugar.
@ Os Sateré-Maué estão organizados economica e
socialmente nos denominados sítios. Nestes espaços,
cada família possui sua residencia dentro da qual se
encontra o fogo de preparar comida, esquentar e
reunir. A cozinha é construía a meio caminho entre a
casa e o rio, onde os homens torram o guaraná e as
mulheres preparam a farinha de mandioca, pois esta e
uma atribuição feminina.
@ O chefe da extensa familia organiza a produçao do
sítio entre os filhos e os genros e para aumentar o
contigente de força de trabalha convida parentes de
outras aldeias. Desta forma, a organização do
trabalho, ocorre em forma de PUCHIRUM (que
significa trabalho coletivo).

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