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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3

1.1 JUSTIFICATIVA..................................................................................................3

1.2 OBJETIVOS........................................................................................................3

1.2.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................3

1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................4

2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................5

3 RESULTADOS......................................................................................................9

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS...........................................................................11

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................13
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1 INTRODUÇÃO

Apresentamos aqui um estudo experimental de indutância, que se estenderá no


trabalho.

A indutância é a relação entre o fluxo magnético e a corrente que o gera ou que é


gerada, onde o fluxo magnético é o conjunto de linhas de força magnética em uma
região do espaço, podendo ser gerada por imãs ou corrente elétrica. Como a força
magnética depende da carga e velocidade das mesmas, ela depende da corrente,
pois a corrente elétrica são cargas em movimento. A variação do fluxo magnético
gera uma corrente, pois estará fazendo as cargas se moverem.

O indutor é montado enrolando-se um condutor fazendo a corrente circular em


loops, a indutância então é calculada multiplicando-se o nº de voltas pela relação do
fluxo pela corrente.

1.1 JUSTIFICATIVA

O presente relatório se dá devido o experimento realizado, sendo este uma


complementação das notas de prova, tendo em vista a necessidade da aplicação
dos conhecimentos de indutância, que ainda se baseiam apenas em conceitos
teóricos.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar o sistema de indutância numa bobina de Tesla.


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1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Realizar os cálculos experimentais para a indutância, sua voltagem pela lei de ohm e
verificar algumas de suas propriedades.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
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A Bobina de Tesla é um transformador ressonante capaz de gerar uma tensão


altíssima com grande simplicidade de construção, inventado por Nikola Tesla por
volta de 1890. O experimento de Nikola Tesla sempre apresentou uma grande
variação de bobinas e configurações, por isto é difícil de descrever um modelo
especifico de construção. As bobinas de Tesla são geralmente mecanismos muito
populares entre os entusiastas da alta-voltagem.

Na forma mais usual, é formada por um transformador com núcleo de ar, com um
capacitor primário carregado a uma tensão de alguns (5-30) kV se descarregando
sobre a bobina primária através de um faiscador. A bobina primária possui poucas
espiras de fio grosso (1-20), podendo ser cilíndrica, plana ou cônica, e é montada
próxima à base da bobina secundária. O circuito secundário é formado por uma
bobina secundária cilíndrica com por volta de mil espiras, montada centrada sobre a
bobina primária, que ressona com sua própria capacitância distribuída e com a
capacitância de um terminal montado no topo da bobina. Estas capacitâncias
distribuídas dependem apenas da geometria do sistema, e formam a capacitância
secundária. A base da bobina secundária é ligada à terra, ou a um condutor com
grande capacitância distribuída, que serve como "contrapeso". Os circuitos primário
e secundário são ajustados para ressonar na mesma freqüência, usualmente na
faixa de 50 a 500 kHz. O sistema opera de forma similar a dois pêndulos acoplados
com massas diferentes, onde as oscilações a baixa tensão e alta corrente no circuito
primário são gradualmente transferidas para o circuito secundário, onde aparecem
como oscilações com baixa corrente e alta tensão. Quando se esgota a energia no
circuito primário, o faiscador deixa de conduzir, e a energia fica oscilando no circuito
secundário apenas, alimentando faíscas e corona de alta freqüência.

Bobinas de Tesla alcançam 250 kV com relativa facilidade, e algumas chegam a 1,5
MV ou mais.

Elas já foram usadas em transmissores de rádio primitivos, dispositivos de


eletroterapia e geradores de alta tensão para aplicações em física de alta energia. A
aplicação mais comum atualmente é para demonstrações sobre eletricidade em alta
tensão, gerando faíscas elétricas que podem ter vários metros de comprimento.
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Sendo L1, C1 a indutância e a capacitância do circuito primário e L 2, C2 o mesmo do


circuito secundário, a máxima tensão de saída (ignorando perdas) pode ser obtida,
pela conservação da energia, como:

Vsaida = Vinicial √(C1/C2) = Vinicial √(L2/L1) equação (I)

A sintonia na mesma freqüência implica,

L1C1 = L2C2 equação (II)

O coeficiente de acoplamento entre as bobinas primária e secundária tem valores


ideais, ignorando perdas, que são da forma:

k = (b2-a2)/(b2+a2) equação (III)

Onde a e b são inteiros com diferença ímpar, como a: b = 1:2, 2:3, 5:8, que definem
o modo de operação.

Esses valores resultam em transferência completa de energia em b semiciclos de


oscilação. Isto é crítico apenas em bobinas construídas para transferência rápida de
energia, como no modo 1:2, que resulta em k = 0.6 e transferência em um ciclo. Em
bobinas feitas para demonstrações, coeficientes de acoplamento por volta de 0,1
são o usual, modo 9:10, com transferência em cinco ciclos.

Uma representação da Bobina de Tesla está na Figura 1.


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Figura 1 - Esquema de uma Bobina de Tesla.

O esquema elétrico de uma bobina de Tesla é bastante simples e funciona da


seguinte forma: a tensão de alimentação é elevada de 110 ou 220 V para algo em
torno de 6 a 10 kV. O circuito ressonante formado por L 1 e C1 eleva ainda mais essa
tensão, sendo capaz de gerar uma tensão de faiscamento em Sg 1. O princípio do
faiscamento é importante pois sendo ele um impulso de energia, ele é rico em altas
freqüências, capazes de sintonizar as altas freqüencias da bobina de Tesla em T 2
que nada mais é que outro transformador elevador de tensão atrelado a um circuito
ressonante imaginário, formado pelas capacitâncias parasitas de T 2 e pela
capacitância própria esfera de irradiação em Term 1. O ajuste fino da freqüência de
ressonância é feito através de um tap na bobina primária do transformador T2.
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Figura 2 - Esquema elétrico de uma Bobina de Tesla.

Na Figura 2 acima, tem-se:

 Sw1 = interruptor simples

 R1 = 33 kΩ

 Ne1 = Lâmpada de Neon

 T1 = Transformador de 6 kV, utilizado para iluminação de fachadas Neon

 L1 = Indutor de 2,5 mH de alta tensão e alta freqüência

 C1 = Capacitor de alta tensão, formado por lâminas de metal isoladas por


placas de vidro

 Sg1 = Faiscador ajustável

 T2 = Bobina de Tesla

 Term1 = Esfera de Irradiação de Alta Tensão


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3 RESULTADOS

Montou-se um circuito, como o esquematizado na Figura 3 abaixo.

Figura 3 – Esquema do circuito montado.

A equação abaixo é usada para se calcular a indutância em uma bobina tendo como
base as dimensões desta.

L(9 r +10 c )
N 2= equação(IV )
r2

Que pode ser reescrita pela equação (V):

( Nr)2
L= equação (V )
( 9 r+ 10 c)

Onde:
N = número de espiras;
L = indutância em microhenrys (µH);
c = comprimento em polegadas;
r = raio em polegadas.
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A Bobina interna possui 22 cm de altura, que correspondem a 1,575 polegadas;


possui um raio de 4 cm, que correspondem a 8,661 polegadas.
Como o número de espiras é muito grande, utilizou-se outro método de contagem,
contando-se a quantidade por centímetro de espiras e multiplicando pela altura em
centímetros desta. Assim, calculou-se que a bobina interna possui 836 espiras.
Substituindo todos os valores na equação (V), encontramos a indutância.

L1=¿ ¿
L1=2112,245 μH
ou L1=2,1122245 H

Para a bobina externa, faz-se o mesmo cálculo. A bobina externa possui 8 espiras;
possui raio de 5 cm, que corresponde a 1,969 polegadas; possui uma altura de
10,75 cm que corresponde a 4,232 polegadas.

(8.1,969)2
L2 =
9.1,969+10.4,232
L2=4,132601123 μH
Ou L2=4,132601123 x 10−3 H

Podemos agora, através da equação (I) calcular a voltagem de saída, em função da


razão da indutância da bobina interna pela bobina externa e da voltagem de entrada,
que é de 220 V (tomada).

L1
V saída =V entrada .
√ L2

2,1122245
V saída =220.
√ 4,132601123 x 10−3
V saída =4973,716 V

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS


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Quando a bobina é ligada, aproximando-se um objeto metálico, por exemplo, uma


faca (com um cabo plástico, em razão da alta voltagem), observa-se uma faísca,
pequena neste caso. Fontes confiáveis informaram que a tensão de saída
corresponde a 5000 V por centímetro de faísca. A faísca é pequena, não há como
tirar sua medida, mas observando, deduziu-se o valor de 1 centímetro para esta.
Assim, os cálculos feitos para se encontrar a medida da tensão é considerável,
porém não preciso.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Com a realização deste relatório podemos visualizar os sistemas do funcionamento


de bobinas, entender a real utilidade e aplicação dos componentes utilizados no
laboratório. Os cálculos feitos e por conseqüência os resultados obtidos não devem
ser considerados exatos, pois alguns dados são aproximados, tais como o número
de espiras de cada bobina e até mesmo a sua altura, que foi medida com uma
régua. O valor da tensão obtida poderia ser mais confiável se medida com um
voltímetro, mas como esta tensão é muito alta, seria necessário um voltímetro muito
potente, que até mesmo algumas empresas desprovêem; não obtivemos este
equipamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HALLIDAY, RESNIK & WALKER, Fundamentos de Física 3: Eletromagnetismo. 4.


ed. v. 3. Rio de Janeiro: LTC. Capítulo 33.

DIRECCIÓN GENERAL DE DIVULGACIÓN DE LA CIENCIA – UMAM. Disponível


em: < http://www.dgdc.unam.mx/main.html>. Data do acesso: 13 de novembro de
2010.

PERÓDICOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC.


Disponível em:
<http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/6281/12770>. Data do
acesso: 13 de novembro de 2010.

Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v22_69.pdf>. Data do acesso: 13


de novembro de 2010.

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