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Dimension Amen To
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Índice resumo:
1- CONSIDERAÇÕES GERAIS 1
2- DEFINIÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 5
3- CÁLCULO DAS CARGAS VERTICAIS 9
4- CÁLCULO DAS AÇÕES HORIZONTAIS: ESFORÇOS DEVIDO AO VENTO 16
5- DIMENSIONAMENTO DAS PAREDES ESTRUTURAIS: ESCOLHA DOS BLOCOS, 18
ARGAMASSA E GRAUTE
6- VERIFICAÇÃO PARA CARGAS CONCENTRADAS 42
7- VERIFICAÇÃO DA PAREDE DO RESERVATÓRIO À FLEXÃO LATERAL 43
8- VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE DA TORRE DO RESERVATÓRIO SUPERIOR 44
9- PREVISÃO DE DANOS ACIDENTAIS 45
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Este documento foi preparado para concluir o curso de alvenaria estrutural para projetistas de
estruturas, buscando demonstrar a aplicação prática dos conceitos até então introduzidos, tecendo alguns
comentários sobre as considerações pessoais feitas no decorrer do processo.
O exemplo consiste do projeto de um edifício de 6 pavimentos em alvenaria estrutural, apoiados
sobre um pilotis em concreto armado destinado às garagens, cujas plantas baixas e cortes estão mostradas
nas figuras 1 a 3.
A metodologia expõe a utilização das teorias de projeto, ficando seu desenvolvimento e
explicação restrita às demais etapas do curso, constantes no material disponibilizado. Desenhos
ilustrativos são anexos ao exemplo, sendo seus originais anexos em formato digital, cujos nomes de
arquivos seguem sempre junto aos nomes das figuras.
Também em anexo ao exemplo são mostradas duas planilhas de cálculo em excel, que poderão
servir de base para os cursandos desenvolverem suas próprias ferramentas.
2
O primeiro passo para o projeto estrutural da obra é a escolha das paredes que serão parte integrante
da estrutura, relegando-se as demais à função de vedação apenas. O edifício pode ser previamente analisado
segundo suas duas direções principais, aqui chamadas de X e Y:
DIREÇÃO X:
Em primeira análise verificamos que para ventos atuantes nesta direção o prédio apresenta uma
pequena excentricidade em planta, além de uma diminuição do funcionamento da laje como diafragma rígido,
ambos determinados pela disposição da escada, circulação e poço do elevador. Os elementos estruturais são,
no entanto, abundantes. Diversas paredes estruturais conferem uma rigidez adequada ao conjunto para
resistir aos esforços laterais.
As paredes centrais desta direção foram separadas por meio de juntas, buscando com isto prevenir
aspectos indesejáveis como a sua fissuração e uma rigidez demasiadamente elevada da mesma, prejudicial à
distribuição de cargas. A junta segue as recomendações da BS 5628 e foi posicionada para ficar nos quartos
(provavelmente escondidas pelos guarda-roupas) e não nas salas de estar/jantar.
DIREÇÃO Y:
Neste sentido o prédio apresenta perfeita simetria e continuidade das lajes, determinando que não
haverá torção devida à disposição das paredes e assegurando a hipótese do diafragma rígido para a
distribuição dos esforços de vento.
Também nesta direção existem muitos elementos estruturais, assegurando boa estabilidade ao prédio.
Neste caso optou-se inicialmente por não separar paredes por juntas de movimentação, uma vez que o
comprimento da maior parede (cerca de 6,5 m) mantém coerência com as dimensões de outras paredes da
mesma direção.
Após esta primeira verificação já pode-se partir para a definição das paredes que comporão o sistema
estrutural do edifício. Com base na planta baixa do projeto arquitetônico, utilizaremos todas as paredes
possíveis como estruturais. Isto excetua as paredes de shafts e os peitoris das áreas de serviço, que serão
consideradas paredes de vedação, atuando somente como sobrecarga. Também foram desconsideradas na
concepção da estrutura aquelas paredes junto à porta do elevador, uma vez que as mesmas podem sofrer
inúmeras perturbações durante a vida útil do prédio.
As normas de dimensionamento permitem utilizar as paredes interceptantes como flanges para as
paredes de contraventamento, sempre com regras específicas. A figura 4 mostra as paredes consideradas
como estruturais com os flanges relativos ao 1º pavimento. Observe que somente as paredes de um quadrante
do prédio foram mostradas aqui, devendo também ser consideradas suas paredes simétricas, como pode-se
observar no arquivo digital completo.
Perceba-se que na consideração do comprimento dos flanges neste exemplo são fixos para todos os
pavimentos do edifício. A rigor, as normas e os textos que as acompanham estabelecem que a dimensão dos
flanges é dependente da altura das paredes que estão sobre eles, ou seja, variam com o pavimento em que se
encontram. Tal consideração é, no entanto, bastante trabalhosa e pouco usual entre os projetistas, motivo pelo
qual não será usada aqui.
Outra observação importante refere-se ao agrupamento das paredes PAR03Y e P04Y para a absorção
de esforços laterais. Esta consideração deve-se ao fato das mesmas estarem separadas apenas pela janela do
banheiro, que por suas pequenas dimensões não determina a separação completa das paredes. Para o caso das
cargas verticais, no entanto, as paredes serão consideradas separadamente.
Para a nomeação das paredes estruturais adota-se discriminar todas aquelas que possuam geometrias
e/ou condições de carregamento diferentes, sendo as demais consideradas apenas como suas “cópias”.
6
PAR01X PAR02X
PAR01Y
PAR07Y
PAR03X PAR04X P05X
PAR05Y
PAR06X PAR07X
P04Y
PAR08Y
PAR10Y
PAR03Y
PAR08X
PAR09X
PAR06Y
PAR02Y
PAR10X PAR11X
PAR12X
PAR09Y
PAR13X
P14X
Uma vez que temos já definidas as paredes estruturais nas duas direções, podemos obter suas
propriedades necessárias ao cálculo dos esforços atuantes e da estabilidade do prédio. Desta forma, todas as
dimensões devem ser obtidas, assim como os momentos de inércia e o centro de gravidade de suas seções
transversais. As principais propriedades das paredes estão mostradas nas tabelas 1 e 2:
De posse destas propriedades das paredes, podemos fazer as primeiras verificações relativas à
estabilidade do prédio. Uma das maneiras que podem ser utilizadas para isto é a do coeficiente de
estabilidade global α, que orientará para a necessidade ou não da consideração dos efeitos de 2ª ordem no
prédio.
Assim,
N
α =H ≤ 0,6 , onde:
E×I
α = coeficiente de estabilidade global;
H = altura total do edifício;
N = peso total do edifício;
E = módulo de deformação longitudinal da alvenaria, igual a 400 fp segundo a NBR 10837, mas
limitado a 8000 MPa;
I = momento de inércia dos elementos de contraventamento.
8
Então:
DIREÇÃO X:
1500000
α = 22 = 0,51 < 0,6 OK!
2 × 10 8 × 14 ,1
DIREÇÃO Y:
1500000
α = 22 = 0,38 < 0,6 OK!
8
2 × 10 × 24 ,8
Kgf
( E alv = 400 × f P < 8000 MPa ≅ 400 × 5,0 = 2000 MPa = 2 × 10 8 )
m2
Assim, como consideração inicial, podemos admitir que globalmente o prédio apresenta as condições
necessárias para garantir a robustez adequada, não necessitando da consideração de esforços de 2ª ordem. A
altura utilizada foi obtida das ponderações necessárias à consideração dos esforços de vento, como veremos
adiante.
Outra verificação inicial é aquela da distribuição de cargas na direção X, devida à perturbação
ocasionada pela redução da seção da laje no centro do edifício. Pode-se admitir, simplificadamente, que a
estrutura comportar-se-á segundo o modelo da figura 5, cujo cálculo de distribuição de cargas demonstra
pequenas diferenças de absorção de cargas pelas duas metades do edifício. Este fato combinado ao perfil dos
esforços de vento atuantes no edifício (pressão e sucção em lados opostos) determina que assumamos a
distribuição total de cargas proporcionalmente às inércias das paredes, adotando a hipótese do funcionamento
da laje como diafragma rígido sem restrições.
Caso desejemos uma carga por metro linear basta multiplicarmos o valor An pela carga unitária das
lajes, definidas conforme o tipo de ocupação.
10
2568
Cobertura
e piso 2320 Casa de 2092
do reservatório máquinas Escada
0,97 m²
0,25 m²
0,25 m²
1,45 m²
0,97 m²
g = 625 kgf/m²
g = 350 kgf/m²
0,76 m²
0,64 m²
7,42 m² 7,42 m² 1,43 m²
1,11 m² 1,11 m²
1,43 m²
1,36 m²
0,82 m² 0,82 m²
1,45 m² 1,36 m²
Figura 7: Traçado das linhas de ruptura do reservatório superior (cobertura e piso), casa de máquinas e escada (lrdiversas.dwg).
12
Após a obtenção das áreas de contribuição de cada laje, basta distribuirmos as áreas para cada parede.
As cargas que atuam acima do nível da cobertura do 6º pavimento serão obtidas e expressas em kgf/m, sendo
posteriormente consideradas como cargas axiais nas paredes do 6º tipo. Assim temos, por exemplo:
g = 320 kgf/m²
COBERTURA:
q = 50 kgf/m²
g = 300 kgf/m²
e = 9 cm → g = 140 kgf/m²
PAREDES DE VEDAÇÃO: e =14 cm → g = 260 kgf/m² (paredes externas)
e =14 cm → g = 220 kgf/m² (paredes internas)
3,59 m 2 2,16 m m2
PAR01X: A1 = × = 1,38
3,96 m 1, 42 m m PAR01X PAR02X
3,59 m 2 1,81m m2
PAR02X: A1 = × = 1,53
3,96 m 1,07 m m
2,04 1,73 m2
A1 = × = 1,15
2,86 1,07 m
1,92 1,73 m2
PAR03X: A2 = × = 1,09
2,86 1,07 m
g2 =
(0,6 + 0,8 ) × 2,68 × 140 = 491
kgf/m (adicional devido à churrasqueira)
1,07
15
0,82 m2
A1 = = 0,76
2 × 0,54 m
P05X:
m2 kgf
q = 0,76 × 50 = 30 kgf/m (adicional devido à área de serviço)
m m2
PAR01X:
1, 48 × 0,81 × 260
g = 2,68 × 260 + = 916 kgf/m
1, 42
PAR02X:
1, 48 × 0,81 × 260
g = 697 + = 988 kgf/m
1,07
PAR03X:
0, 48 × 0,73 × 260
g = 697 + = 782 kgf/m
1,07
PAR01X PAR02X
PAR04X:
g = 697 +
(0,48 × 0,73 + 1,48 × 0,51) × 260 = 1003 kgf/m
0,94
1, 48 × 0,51 × 260
P05X: g = 697 + = 1060 kgf/m
0,54
16
Os esforços devidos ao vento que serão utilizados para o exemplo de dimensionamento por ambas as
normas são obtidos da NBR 6123. Para a obtenção dos coeficientes necessários ao cálculo consideraremos
que o prédio será construído em terreno fracamente acidentado, em zona bastante populosa - embora não no
centro de uma grande cidade – e cercado de edificações similares em um raio de mais de 500 m.
Assim, temos:
Vo = 43 m/s (Florianópolis)
S1 = 1,0 (terreno fracamente acidentado)
S2 = (categoria IV e classe B)
h (m) ≤5 10 15 20 25
S2 0,76 0,83 0,88 0,91 0,96
S3 = 1,0 (residencial)
CaX = 0,9 (vento de alta turbulência)
CaY = 0,97 (vento de alta turbulência)
5.64
301,34 m ²
eY = 7 ,55 − 7 , 46 = 0,09 m (para o 1º pavto.)
7.46
YCG ( PAREDES ) =
∑ (I xi × y i ) = −0,10
∑ I xi
Este cálculo pode ser visto nas planilhas do final do exemplo.
Perceba-se que a combinação das excentricidades geométrica e de
arranjo das paredes varia de 0,16 m para o 6º pavto. a
aproximadamente zero para o 1º pavto.
4.1.3. ACIDENTAL
A NBR 6123 recomenda em seu item 6.6.2, para edificações sem efeito de vizinhança, uma
excentricidade da força de arrasto igual a:
e a = 0,075 × α = 0,075 × 15 ,10 = 1,13 m para a direção X, e
e a = 0,075 × α = 0,075 × 20 ,80 = 1,56 m para a direção Y.
Assim, a excentricidade que será o braço de alavanca para o cálculo da torção em cada direção será
obtida da combinação das excentricidades geométrica, das paredes e acidental. As forças devidas à torção
resistidas por cada parede do edifício serão obtidas da fórmula:
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Fx × e y × I xi × y i
t=
∑ (I xi × y i2 + I yi × xi2 )
DIREÇÃO X:
→ Força de arrasto:
6º pavto: Fa = 100 ,15 × 0,90 = 90 ,14 kgf/m2
5º pavto: Fa = 93 ,68 × 0,90 = 84 , 47 kgf/m2
4º pavto: Fa = 91,81 × 0,90 = 82 , 63 kgf/m2
3º pavto: Fa = 87 ,77 × 0,90 = 79 ,00 kgf/m2
2º pavto: Fa = 83 ,83 × 0,90 = 75 , 45 kgf/m2
1º pavto: Fa = 78 ,08 × 0,90 = 70 , 27 kgf/m2
Todos estes cálculos devem também ser feitos para a direção Y, para que possamos dimensionar
aquelas paredes com os esforços de sua direção. Tais cálculos foram, no entanto, suprimidos deste exemplo
por não haver a necessidade de repeti-los.
Uma vez que já possuímos os esforços verticais e os horizontais, resta-nos agora dimensionar as
paredes. Isto será feito combinando-se as ações de maneira a obtermos a situação mais desfavorável,
conforme as recomendações de cada norma. Assim, de agora em diante, o exemplo será dividido em duas
seções, uma para a norma britânica e outra para a brasileira.
DIMENSIONAMENTO DO P05X:
A primeira parede a ser exemplificada será a PAR05X, que por suas reduzidas dimensões (14x54 cm)
é considerada como um pilar, motivo pelo qual será denominada apenas de P05X. Seu modo de
dimensionamento é análogo ao de qualquer outro elemento estrutural de alvenaria, exceto por um fator de
redução de carga estabelecido pelas duas normas.
As propriedades básicas da seção do P05X são:
A = 0,14 × 0,54 = 0,0756 m²; y máx = y mín = 0, 27 m
=
(0,14 × 0,54 )
3
= 0,0018 m4;
0,0018
I YY Rigidez relativa = ≅ 0,01 %
12 14 , 272
M = Q × YCG , onde:
M = momento devido ao vento resistido pela parede em questão;
YCG = braço de alavanca dos esforços de vento para o pavimento considerado.
Q
τ = , onde:
A
τ = tensão de cisalhamento na parede em questão;
A = área da seção transversal resistente ao cisalhamento da parede em questão.
20
M × y máx M × y mín
σ máx = , e σ mín = , onde:
I I
σmáx e σmín = tensões de compressão máxima e mínima devidas ao momento na parede em questão;
ymáx e ymín = distâncias da linha neutra aos pontos mais afastados da parede em questão.
A seguir são demonstrados os cálculos de obtenção destes esforços para o P05X, para os pavimentos
6º, 5º e 1º, sendo que os demais foram suprimidos por serem repetitivos.
8923
6º pavto: Q = 8923 kgf × 0,01 % + 0, 45 × = 1,3kgf
24779
M = 1,3kgf × 3,89 m = 5,05 kgf
1,3kgf kgf
τ = ≅0
14 × 54 cm 2
5,05 × 0, 27 kgf
σ máx = σ mín = = 758 = ± 0,007 MPa
0,0018 m2
12342
5º pavto: Q = 12342 kgf × 0,01 % + 0, 45 × = 1,8 kgf
24779
M = 1,8 kgf × 5,12 m = 9, 2 kgf .m
9, 2 kgf kgf
τ = ≅0 ≅ 0 MPa
14 × 54 cm 2
9, 2 × 0, 27 kgf
σ máx = −σ mín = = 1380 = ± 0,014 MPa
0,0018 m2
1º pavto: Q = 24779 kgf × 0,01 % + 0, 45 = 3,61kgf
M = 3,61kgf × 10 ,67 m = 38 ,52 kgf .m
3,61kgf kgf
τ = ≅0 ≅ 0 MPa
14 × 54 cm 2
38 ,52 × 0, 27 kgf
σ máx = −σ mín = = 5777 = ± 0,058 MPa
0,0018 m2
g=472
Cob. g = 243 kgf/m
q = 76 kgf/m
g=1060
6º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 kgf/m
g=1060
5º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 kgf/m
g=1060
4º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 x 0,8 = 122 kgf/m
g=1060
3º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 x 0,6 = 91 kgf/m
g=1060
2º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 x 0,4 = 61 kgf/m
g=1060
1º pavto g = 228 kgf/m
q = 152 x 0,4 = 61 kgf/m
6º Pavto:
1775 × 10
i) 0,9G K − 1, 4W K = 0,9 × − 1, 4 × 0,01 = 0,10 MPa → OK! (não há tração)
140 × 1000
1775 × 10 76 × 10
ii) 1, 4G K + 1,6Q K = 1, 4 × + 1,6 × = 0,19 MPa
140 × 1000 140 × 1000
iii) 1, 4G K + 1, 4W K = 1, 4 × (0,13 + 0,01) = 0, 20 MPa → Maior valor (adotado)
iv) 1, 2G K + 1, 2Q K + W K = 1, 2 × (0,13 + 0,01 + 0,01) = 0,18 MPa
5º Pavto:
i) 0,9G K − 1, 4W K = 0,9 × 0, 22 − 1, 4 × 0,01 = 0,18 MPa → OK! (não há tração)
ii) 1, 4G K + 1,6Q K = 1, 4 × 0, 22 + 1,6 × 0,02 = 0,34 MPa → Maior valor (adotado)
iii) 1, 4G K + 1, 4W K = 1, 4 × 0, 22 + 1, 4 × 0,02 = 0,34 MPa → Maior valor (adotado)
iv) 1, 2G K + 1, 2Q K + W K = 1, 2 × (0, 22 + 0,02 + 0,01) = 0,30 MPa
22
1º Pavto:
i) 0,9G K − 1, 4W K = 0,9 × 0,59 − 1, 4 × 0,06 = 0, 45 MPa → OK! (não há tração)
ii) 1, 4G K + 1,6Q K = 1, 4 × 0,59 + 1,6 × 0,05 = 0,91 MPa → Maior valor (adotado)
iii) 1, 4G K + 1,4W K = 1,4 × ( 0,59 + 0,06 ) = 0,91 MPa → Maior valor (adotado)
iv) 1, 2G K + 1, 2Q K + W K = 1, 2 × (0,59 + 0,05 + 0,06 ) = 0,84 MPa
6º Pavto:
14
462 ×
eX = 6 = 1, 22
cm
425 + 462
1 0,75 × 260
2
2 × 1,65
e a = 14 × − 0,015 = 0,92 cm β = 1,1 × 1 − = 0,84
2400 14 14
em ≥ 0,6 × 1, 22 + 0,92 = 1,65 cm
1, 22 cm
5º Pavto:
1º Pavto:
14
562 ×
6 2 × 1,04
eX = = 0,19 cm β = 1,1 × 1 − = 0,94
0,9 × 6927 + 562 14
e a = 0,92 cm
e m = 1,04 cm
23
Como a peça aqui exemplificada trata-se de um pilar, a resistência característica deve ser obtida
1
como a de uma parede, e após isso minorada multiplicando-a pelo fator , segundo
(0,7 + 1,5 × A )
prescrição da BS 5628. Assim:
3,5 × 0, 20
6º pavto: fK = = 1,02 MPa
0,84 × (0,7 + 1,5 × 0,0756 )
3,5 × 0,34
5º pavto: fK = = 1,63 MPa
0,90 × 0,81
3,5 × 0,91
1º pavto: fK = = 4,17 MPa
0,94 × 0,81
Desta forma, o P05X já está dimensionado e pronto para a escolha dos blocos e da argamassa a serem
adotados em cada pavimento. Isto porém não pode ser feito isoladamente, devendo todas as paredes ser
calculadas para que então a pior delas em cada pavimento determine os materiais a serem utilizados.
Neste exemplo mostraremos ainda o cálculo da PAR07X, que apresenta uma carga elevada e, embora
tenha uma pequena seção transversal, não é tratada como um pilar.
DIMENSIONAMENTO DA PAR07X:
As propriedades da PAR07X podem ser obtidas na tabela 1. O seu dimensionamento é
completamente análogo ao do P05X.
12343
5º Pavto: Q = 12342 × 0,08 % + 1,03 × = 10 ,30 kgf
24779
M = 10 ,3 × 5,12 = 52 ,70 kgf .m
10 ,30 kgf
τ = ≅ 0,001 ≅ 0 MPa
14 × 74 cm 2
24
52 ,7 × 0,57 kgf
σ máx = = 2682 = 0,027 MPa
0,0112 m2
52 ,7 × 0,17 kgf
σ min = = 800 = 0,008 MPa
0,0112 m2
• COMBINAÇÃO DE TENSÕES:
6º Pavto:
5618 × 10
i) 0,9G K − 1, 4W K = 0,9 × − 1, 4 × 0,015 = 0,34 MPa → OK! (não há tração)
140 × 1000
5618 × 10 2611 × 10
ii) 1, 4G K + 1,6Q K = 1, 4 × + 1,6 × = 0,86 MPa → Maior valor (adotado)
140 × 1000 140 × 1000
5618 × 10
iii) 1, 4G K + 1, 4W K = 1, 4 × + 0,015 = 0,58 MPa
140 × 1000
iv) 1, 2G K + 1, 2Q K + W K = 1, 2 × (0, 401 + 0,186 + 0,015 ) = 0,72 MPa
5º Pavto:
7303 × 10
i) 0,9G K − 1, 4W K = 0,9 × − 1, 4 × 0,027 = 0, 43 MPa → OK! (não há tração)
14 × 1000
7303 × 10 2792 × 10
ii) 1, 4G K + 1,6Q K = 1, 4 × + 1,6 × = 1,05 MPa → Maior valor (adotado)
140 × 1000 140 × 1000
iii) 1, 4G K + 1, 4W K = 1, 4 × ( 0,522 + 0,027 ) = 0,77 MPa
iv) 1, 2G K + 1, 2 Q K + W K = 1, 2 × (0,522 + 0,199 + 0,027 ) = 0,90 MPa
• CÁLCULO DE β:
6º Pavto:
5º Pavto:
14
644 ×
eX = 6 = 0, 26 cm
0,9 × 5618 + 644
1 0,75 × 260
2
2 × 1,08
e a = 14 × − 0,015 = 0,92 β = 1,1 × 1 − = 0,93
2400 14 14
em ≥ 0,6 × 0, 26 + 0,92 = 1,08 cm
0, 26 cm
3,5 × 0,86
6º Pavto: f K = = 3, 27 MPa
0,92
3,5 × 1,05
5º Pavto: f K = = 3,95 MPa
0,93
3,5 × 1,78
1º Pavto: f K = = 6,63 MPa
0,94
Seguindo o mesmo procedimento mostrado anteriormente, podemos efetuar os cálculos para todas as
outras paredes do prédio, como por exemplo a PAR11X, que apresenta como particularidade a maior inércia
das paredes em sua direção. Desta forma, a maior parcela das cargas devidas ao vento será destinada a ela
(mais de 18% para a flexão), podendo-se esperar que o vento vá ser determinante do dimensionamento. O
resumo da parede está na tabela 3, lembrando que para o cálculo da excentricidade das cargas nesta parede a
fórmula a ser utilizada considera as lajes atuando nos dois lados da mesma.
Como podemos perceber, na combinação entre a tensão de vento e a tensão devida ao peso próprio
(1,4.Wk-0,9.Gk) ocorre um considerável esforço de tração. Desta forma, devemos buscar alternativas que
corrijam esta tendência, tais como a inclusão de paredes nesta direção ou o acréscimo de cargas
gravitacionais na parede, como veremos adiante. Também como esperado, podemos verificar que a hipótese
iii (1,4.Gk + 1,4.Wk), que considera o esforço de vento, é a dimensionante para compressão.
Antes de passar à busca de soluções para a tração, no entanto, podemos analisar previamente os
resultados obtidos para as demais paredes. A PAR13X, por exemplo, apresenta como particularidade a
27
condição de suas extremidades, que por não serem diretamente ligadas a lajes de concreto têm como altura
efetiva o valor real da altura. Desta forma o fator β é menor, aumentando a exigência de resistência da parede.
Na direção Y, as paredes escolhidas para um maior detalhamento neste exemplo são a PAR06Y, que
por sua grande inércia tem o maior quinhão de carga desta direção, e a PAR10Y, que por sua posição, sob o
reservatório superior e escada, tem a maior carga gravitacional. As tabelas 5 e 6 têm os resumos das peças em
questão.
Como podemos ver, o alto valor de fk da PAR10Y demonstra que esta parede é realmente a que
deverá ter a maior resistência característica, sendo a dimensionante do edifício. Já para a PAR06Y
verificamos a grande influência do vento pela hipótese mais desfavorável de compressão e pela tração devida
aos seus esforços. Da mesma forma que para a PAR11X deveremos buscar soluções buscando eliminar este
esforço.
condição da PAR11X. Isto criaria uma grande parede na direção X, obtida da união entre as PAR01X e
PAR02X, e dividiria a PAR01Y em duas menores. Mas como temos também problemas na direção Y (a
PAR06Y encontra-se tracionada), esta divisão da PAR01Y seria prejudicial uma vez que diminuiria a rigidez
total nesta direção. Além disso alterações na arquitetura nem sempre são possíveis, motivo pelo qual esta
hipótese será abandonada.
A segunda alternativa é a de grautear-se as paredes com problemas de tração para aumentar seu peso
próprio. Desta forma, as paredes que apresentam este problema serão grauteadas, com os resultados
mostrados nas tabelas 7 e 8 a seguir:
Perceba-se que a tensão de tração das paredes diminuiu, mas não foi eliminada. Desta forma, deve-se
aumentar a carga nestas paredes utilizando-se outros artifícios. Poderia-se, por exemplo, aumentar a
espessura das lajes ou simplesmente engastá-las sobre a linha central da direção X, que aumentará a carga nas
PAR10X e PAR11X. Qualquer uma das alternativas fortalecerá a hipótese do diafragma rígido, sendo
portanto benéficas para o edifício.
Buscando minimizar o acréscimo de custo para a construção, adotaremos o engastamento das paredes
sobre as PAR10X e PAR11X, conforme mostra o esquema da figura 9 e o traçado das linhas de ruptura da
figura 10. Infelizmente pode-se prever que a carga na PAR06Y diminuirá, agravando o seu problema. Os
resultados estão mostrados nas tabelas 9 e 10.
29
Figura 9: Planta de forma destacando a posição dos engastes inseridos nas lajes (s/esc).
Figura 10: Traçado das linhas de ruptura após a inserção dos engastes (s/esc).
30
PAR01X PAR02X
PAR01Y
PAR07Y
PAR06X PAR07X
P04Y
PAR08Y
PAR10Y
PAR03Y
PAR08X
PAR06Y
PAR09X
PAR02Y
PAR10X PAR11X
PAR12X
PAR09Y
PAR13X
P14X
Figura 11: Nova situação das paredes estruturais, após a inserção das juntas construtivas na PAR06Y e
PAR11X (paredes2.dxf).
Mesmo com o engaste das lajes a tração não desapareceu da PAR11X, além da PAR06Y ter sua
situação piorada, como já esperava-se. Buscando reverter este quadro, dividiremos a PAR06Y por juntas
construtivas. Assim também a PAR11X tem sua situação modificada, uma vez que seus flanges são
31
eliminados. A nova configuração das paredes estruturais é mostrada na figura 11, valendo lembrar que todas
as suas propriedades (áreas, inércias, etc) devem ser recalculadas. Os resultados para as paredes tracionadas
estão resumidos nas tabelas 11 e 12.
Assim, percebemos que a situação das duas paredes melhorou, sendo que devido à redução de rigidez
total nas duas direções todas as outras paredes tiveram suas situações modificadas. De qualquer forma, o caso
mais crítico é o da PAR11X, com 0,18 MPa de tração. Perceba-se que se considerarmos uma velocidade de
37 m/s ou um coeficiente de segurança unitário para o vento os problemas de tração desaparecem por
completo, o que significa que para as cargas de serviço não teremos problemas. Para este caso a norma
estabelece que, a critério do projetista, pequenos valores de tração (fk//) podem ser admitidos no cálculo das
tensões de projeto. Para as nossas paredes, estes valores são da ordem de 0,22 MPa, superando então os
valores máximos de projeto obtidos no cálculo. Desta forma, agora só nos resta escolher os blocos e
argamassas utilizadas no prédio, o que faremos posteriormente.
A exemplo da norma britânica, mostraremos os mesmos exemplos de cálculo pela NBR 10837.
Partiremos já considerando que as lajes estão engastadas sobre os apoios das PAR10X e PAR11X, uma vez
que isto também mostra-se necessário quando considera-se as prescrições do código nacional.
As paredes detalhadas para a norma britânica também serão mostradas aqui. Desta forma, o P05X,
que tem a menor dimensão do exemplo, a PAR07X, que está sob o reservatório e a escada, a PAR11X, que
tem a maior inércia de sua direção, a PAR13X, que apresenta condições diferentes de vinculação, a PAR06Y,
que tem a maior parcela de carga horizontal de sua orientação e a PAR10Y, que é a mais carregada do
edifício, são mostradas.
A Norma Brasileira prevê que, além das cargas discriminadas na norma de vento, as ações
decorrentes do inevitável desaprumo devem ser consideradas no cálculo. Tal consideração será feita nas
direções X e Y, por meio da soma de uma carga horizontal equivalente aplicada nas fachadas. Assim:
32
N
q equiv =
100 × C × H × H
DIREÇÃO X:
1500000 Kgf Kgf
q equiv = ≅ 14
100 × 15 ,1 × 17 ,1 × 17 ,1 m2
DIREÇÃO Y:
1500000 Kgf Kgf
q equiv = ≅ 10
100 × 20 ,85 × 17 ,1 × 17 ,1 m2
A NBR 10887 estabelece, para alvenaria estrutural não armada, duas expressões de cargas
admissíveis à compressão, uma para paredes (1) e outra para pilares (2):
h 3
Padm = 0, 20 × f P × 1 − × A (1)
40 × t
h 3
Padm = 0,18 × f P × 1 − × A (2)
40 × t
Como no projeto é usual conhecermos a carga atuante e a área de cada parede, é interessante
exprimir-se as equações acima em função das resistências de prisma necessária, que para o nosso exemplo,
com h = 2,6 m e t = 14 cm:
Padm
fP = ∴ f P = 5,556 × f para paredes, e
h 3 alv , c
A × 0, 20 × 1 −
40 × t
Padm
fP = ∴ f P = 6,173 × f alv , c para pilares.
h 3
A × 0,18 × 1 −
40 × t
Caso tenhamos no lugar da resistência dos primas a resistência à compressão de paredes, os valores
acima poderão ser majorados de 43%.
f alv , c f alv , f
+ ≤ 1,33 ∴ f P ≥ 4,18 f alv , c + 2,51 f alv , f
0,18 f p 0,30 f p
DIMENSIONAMENTO DO P05X:
Como já vimos anteriormente, a exemplo da norma britânica, também a brasileira estabelece um fator
de redução de carga para pilares. Isto pode ser visto na tabela 13, no fator de redução de capacidade portante
c, que apresenta o valor global 0,16, inferior aos 0,18 das demais paredes do exemplo. Os cálculos são
detalhados a seguir.
Tabela 13: Resumo do P05X calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.00 0.01 -0.01 0.13 0.01 0.09 0.14 0.16 0.82 0.64
5º 0.00 0.02 -0.02 0.22 0.02 0.15 0.25 0.16 1.45 1.13
4º 0.00 0.03 -0.03 0.31 0.03 0.21 0.36 0.16 2.09 1.63
3º 0.00 0.04 -0.04 0.40 0.04 0.27 0.48 0.16 2.71 2.13
2º 0.00 0.05 -0.05 0.49 0.04 0.32 0.59 0.16 3.32 2.62
1º 0.00 0.07 -0.07 0.59 0.05 0.37 0.70 0.16 3.91 3.11
6º pavto: τ =0 MPa
f alv , c =
(1775 + 76 ) × 10= 0,132 MPa
1000 × 140
f alv , f = 0,009 MPa
f p ( G + Q ) = 6,173 × 0,132 MPa = 0,82 MPa → Maior valor (adotado)
f P ( G + Q +W ) = 4,64 × 0,132 + 2,51 × 0,009 = 0,64 MPa
f alv , f − f alv ,c = 0,09 − 0,132 > 0 → OK! (não há tração)
34
5º pavto: τ =0 MPa
f alv , c =
(3036 + 228 ) × 10 = 0, 235 MPa
1000 × 140
f alv , f = 0,016 MPa
f p ( G +Q ) = 6,173 × 0, 235 = 1, 45 MPa → Maior valor (adotado)
f p ( G + Q +W ) = 4,64 × 0, 235 + 2,51 × 0,016 = 1,13 MPa
f alv , f − f alv , c > 0 → OK! (não há tração)
1º pavto: τ =0 MPa
f alv ,c =
(8215 + 654 ) × 10 = 0,634 MPa
1000 × 140
f alv , f = 0,066 MPa
f p ( G +Q ) = 6,173 × 0,634 = 3,91 MPa → Maior valor (adotado)
f p ( G + Q +W ) = 4,64 × 0,634 + 2,51 × 0,066 = 3,11 MPa
f alv , f − f alv , c > 0 → OK! (não há tração)
DIMENSIONAMENTO DA PAR07X:
6º pavto: τ = 0 MPa
f alv , c =
(5618 + 2611 ) × 10 = 0,588
MPa
1000 × 140
f alv , f = 0,017 MPa
f p ( G +Q ) = 5,556 × 0,588 = 3, 27 MPa → Maior valor (adotado)
f p ( G + Q +W ) = 4,18 × 0,588 + 2,51 × 0,017 = 2,5 MPa
f alv , f − f alv , c > 0 → OK! (não há tração)
5º pavto: τ =0 MPa
f alv ,c =
(7303 + 2792 ) × 10 = 0,721 MPa
1000 × 140
f alv , f = 0,031 MPa
f p ( G +Q ) = 5,556 × 0,721 = 4,01 MPa → Maior valor (adotado)
f p ( G + Q +W ) = 4,18 × 0,721 + 2,51 × 0,031 = 3,09 MPa
f alv , f − f alv , c > 0 → OK! (não há tração)
35
Tabela 14: Resumo da PAR07X calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.00 0.02 -0.01 0.40 0.19 0.28 0.60 0.18 3.27 2.50
5º 0.00 0.03 -0.01 0.52 0.20 0.36 0.75 0.18 4.01 3.09
4º 0.00 0.05 -0.01 0.64 0.21 0.43 0.90 0.18 4.75 3.69
3º 0.00 0.07 -0.02 0.76 0.22 0.50 1.06 0.18 5.47 4.29
2º 0.00 0.10 -0.03 0.88 0.23 0.56 1.21 0.18 6.18 4.90
1º 0.00 0.13 -0.04 1.00 0.24 0.62 1.37 0.18 6.88 5.50
Tabela 15: Resumo da PAR11X calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.03 0.09 -0.06 0.13 0.05 0.01 0.27 0.18 0.99 0.97
5º 0.04 0.16 -0.10 0.22 0.07 0.00 0.46 0.18 1.63 1.64
4º 0.05 0.26 -0.16 0.31 0.10 -0.03 0.67 0.18 2.27 2.36
3º 0.06 0.38 -0.23 0.40 0.12 -0.08 0.90 0.18 2.89 3.13
2º 0.07 0.53 -0.32 0.49 0.13 -0.16 1.15 0.18 3.47 3.93
1º 0.08 0.69 -0.42 0.58 0.14 -0.25 1.41 0.18 4.03 4.76
Tabela 16: Resumo da PAR13X calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.02 0.04 -0.04 0.21 0.12 0.12 0.37 0.18 1.81 1.46
5º 0.03 0.07 -0.07 0.26 0.12 0.12 0.45 0.18 2.09 1.75
4º 0.03 0.11 -0.11 0.31 0.12 0.12 0.54 0.18 2.37 2.06
3º 0.04 0.16 -0.16 0.36 0.12 0.10 0.64 0.18 2.64 2.39
2º 0.05 0.22 -0.22 0.41 0.12 0.08 0.75 0.18 2.92 2.75
1º 0.05 0.29 -0.29 0.46 0.12 0.05 0.87 0.18 3.20 3.14
Perceba-se que a norma brasileira não faz nenhuma consideração da vinculação das paredes para o
cálculo do coeficiente de segurança, exceto para paredes livres no topo. Desta forma a redução da capacidade
portante devida à esbeltez da PAR13X será a mesma para todas as paredes do edifício.
36
Tabela 17: Resumo da PAR06Y calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.02 0.05 -0.05 0.08 0.01 0.01 0.13 0.18 0.48 0.48
5º 0.03 0.11 -0.11 0.16 0.02 0.01 0.29 0.18 1.01 1.03
4º 0.04 0.19 -0.19 0.24 0.04 -0.01 0.47 0.18 1.55 1.65
3º 0.05 0.31 -0.31 0.32 0.05 -0.07 0.68 0.18 2.06 2.32
2º 0.06 0.45 -0.45 0.40 0.06 -0.15 0.91 0.18 2.56 3.04
1º 0.07 0.61 -0.61 0.47 0.07 -0.25 1.16 0.18 3.03 3.81
Tabela 18: Resumo da PAR10Y calculada pela NBR 10837 após a inserção dos engastes nas lajes.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.01 0.02 -0.02 0.31 0.20 0.21 0.53 0.18 2.83 2.19
5º 0.02 0.05 -0.05 0.43 0.22 0.27 0.70 0.18 3.61 2.85
4º 0.03 0.10 -0.09 0.54 0.25 0.31 0.89 0.18 4.39 3.55
3º 0.03 0.15 -0.15 0.66 0.27 0.34 1.08 0.18 5.15 4.26
2º 0.04 0.22 -0.22 0.77 0.28 0.36 1.28 0.18 5.87 4.98
1º 0.05 0.31 -0.30 0.89 0.29 0.36 1.49 0.18 6.57 5.71
Como no exemplo anterior, buscando melhorar a condição das paredes com tração, também
inserimos graute nas mesmas, além da junta na PAR06Y. Os resultados podem ser vistos nas tabelas 19 e 20
a seguir:
Tabela 19: Situação da PAR11X calculada pela NBR 10837 após a inserção das juntas construtivas.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.02 0.09 -0.09 0.15 0.05 0.02 0.29 0.18 1.11 1.05
5º 0.03 0.16 -0.16 0.26 0.07 0.04 0.50 0.18 1.87 1.80
4º 0.03 0.25 -0.25 0.37 0.10 0.03 0.73 0.18 2.63 2.61
3º 0.04 0.37 -0.37 0.49 0.12 -0.01 0.98 0.18 3.36 3.46
2º 0.05 0.51 -0.51 0.60 0.13 -0.06 1.24 0.18 4.07 4.33
1º 0.05 0.67 -0.67 0.71 0.14 -0.14 1.52 0.18 4.74 5.24
Tabela 20: Situação da PAR06Y calculada pela NBR 10837 após a inserção das juntas construtivas.
Tensões de vento Tensões grav. Possíveis fp(MPa)
Pavto: (MPa) (MPa) combinações de c
tensões (MPa)
τ σmáx σmín G Q i ii G+Q G+Q+W
6º 0.01 0.03 -0.03 0.08 0.01 0.03 0.12 0.18 0.48 0.44
5º 0.01 0.07 -0.07 0.16 0.02 0.05 0.25 0.18 1.01 0.93
4º 0.01 0.12 -0.12 0.24 0.04 0.05 0.40 0.18 1.55 1.47
3º 0.02 0.20 -0.20 0.32 0.05 0.04 0.57 0.18 2.06 2.04
2º 0.02 0.29 -0.29 0.40 0.06 0.01 0.75 0.18 2.56 2.64
1º 0.02 0.39 -0.39 0.47 0.07 -0.04 0.94 0.18 3.03 3.26
37
Também para o dimensionamento pela norma nacional, como pode-se observar, a tensão de tração
ainda persiste na PAR11X. A norma brasileira também admite pequenas tensões de tração, que são de 0,10
MPa para alvenaria de blocos vazados e 0,20 MPa para alvenaria de blocos maciços. Como em nosso caso a
PAR11X está totalmente grauteada, pode-se utilizar a tensão permitida para blocos maciços, já que o graute
terá também sua resistência à tração. Perceba-se que agora também não teremos tensões de tração para as
cargas em serviço, mas somente para as cargas de cálculo.
Tabela 21: Situação final das paredes estruturais dimensionadas pela norma britânica.
Resumo do cálculo pela BS 5628 para o 1º pavimento:
Parede Espessura (cm) fk (MPa) Vento + PP fv (MPa)
(MPa)
PAR01X 14 4.47 0.19 0.01
PAR02X 14 4.48 0.32 0.01
PAR03X 14 6.06 0.54 0.01
PAR04X 14 6.91 0.75 0.00
PAR05X 14 4.23 0.43 0.00
PAR06X 14 5.15 -0.09 0.06
PAR07X 14 7.05 0.79 0.00
PAR08X 14 4.69 -0.10 0.05
PAR09X 14 3.69 0.23 0.01
PAR10X 14 5.78 -0.16 0.05
PAR11X 14 6.79 -0.18 0.06
PAR12X 14 3.67 0.24 0.01
PAR13X 14 4.66 -0.01 0.08
PAR14X 14 4.20 0.44 0.00
PAR01Y 14 3.94 -0.12 0.05
PAR02Y 14 4.29 0.35 0.01
PAR03Y 14 4.72 0.05 0.02
PAR04Y 14 5.36 0.15 0.02
PAR05Y 14 2.93 0.27 0.00
PAR06Y 14 4.43 -0.07 0.03
PAR07Y 14 5.48 0.14 0.05
PAR08Y 14 5.30 -0.12 0.06
PAR09Y 14 5.63 0.10 0.07
PAR10Y 14 7.35 0.38 0.07
8.00
7.00
6.00
fk (MPa)
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
PAR01X
PAR02X
PAR03X
PAR04X
PAR05X
PAR06X
PAR07X
PAR08X
PAR09X
PAR10X
PAR11X
PAR12X
PAR13X
PAR14X
PAR01Y
PAR02Y
PAR03Y
PAR04Y
PAR05Y
PAR06Y
PAR07Y
PAR08Y
PAR09Y
PAR10Y
Paredes
Figura 12: Visualização das resistências características das paredes dimensionadas pela BS 5628.
39
Tabela 22: Situação final das paredes estruturais dimensionadas pela norma brasileira.
Resumo do cálculo pela NBR 10837 para o 1º pavimento:
Parede Espessura (cm) fp (MPa) Vento + PP τ (MPa)
(MPa)
PAR01X 14 3.67 0.17 0.01
PAR02X 14 4.01 0.27 0.01
PAR03X 14 5.42 0.42 0.01
PAR04X 14 6.91 0.62 0.00
PAR05X 14 3.91 0.36 0.00
PAR06X 14 3.68 -0.08 0.05
PAR07X 14 7.36 0.66 0.00
PAR08X 14 3.46 -0.08 0.04
PAR09X 14 3.37 0.19 0.00
PAR10X 14 4.29 -0.14 0.04
PAR11X 14 5.24 -0.14 0.05
PAR12X 14 3.37 0.20 0.00
PAR13X 14 3.27 -0.01 0.06
PAR14X 14 3.91 0.36 0.00
PAR01Y 14 2.77 -0.08 0.04
PAR02Y 14 3.86 0.30 0.00
PAR03Y 14 3.44 0.06 0.02
PAR04Y 14 3.82 0.14 0.02
PAR05Y 14 2.83 0.23 0.00
PAR06Y 14 3.26 -0.04 0.02
PAR07Y 14 4.16 0.12 0.04
PAR08Y 14 3.88 -0.09 0.05
PAR09Y 14 4.67 0.09 0.05
PAR10Y 14 7.05 0.34 0.06
8.00
7.00
6.00
fk (MPa)
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
PAR01X
PAR02X
PAR03X
PAR04X
PAR05X
PAR06X
PAR07X
PAR08X
PAR09X
PAR10X
PAR11X
PAR12X
PAR13X
PAR14X
PAR01Y
PAR02Y
PAR03Y
PAR04Y
PAR05Y
PAR06Y
PAR07Y
PAR08Y
PAR09Y
PAR10Y
Paredes
Figura 13: Visualização das resistências características das paredes dimensionadas pela NBR 10837.
1º pavto. 2º pavto. 3º pavto. 4º pavto. 5º pavto. 6º pavto.
fbk = 9,0 MPa fbk = 9,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa
Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii
BS 5628 - γm = 3,5
fbk = 9,0 MPa fbk = 9,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa
Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii
NBR 10837
Figura 14: Esquema comparativo entre blocos e argamassa adotados pelas BS 5628 e NBR 10837.
40
1º pavto. 2º pavto. 3º pavto. 4º pavto. 5º pavto. 6º pavto.
fbk = 9,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa
Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii
BS 5628 - γm = 3,1
fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa fbk = 6,0 MPa
Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii Arg. tipo iii
BS 5628 - γm = 2,5
Figura 15: Esquema comparativo entre blocos e argamassa adotados pela BS 5628 par γm 3,1 e 2,5.
41
42
8.00
7.00
6.00
fp ou fk (MPa)
5.00
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
X
Y
01
03
05
07
09
11
13
01
03
05
07
09
R
R
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
PA
NBR 10837 BS 5628 - gm = 3,5 BS 5628 - gm = 3,1 BS 5628 - gm = 2,5
A pior situação do exemplo no que refere-se à concentração de cargas é a da PAR11X, que sofre o
carregamento concentrado no topo do 6º pavimento proveniente do reservatório superior e da casa de
máquinas. A carga total é de 5350 kgf, distribuída em uma área de 14 x 14 cm. Além disso as lajes da
cobertura aplicam uma carga distribuída de 540 Kgf/m, que também deve ser computada na verificação:
Assim:
53500 N 5400 N
σ máx = + = 2,77 MPa
140 × 140 mm 2
1000 × 140 mm 2
1, 25 f K
A tensão admissível para o caso de carga em questão é de , ou seja,
γm
γ × σ máx 3,5 × 2,77
fK = m = = 7 ,76 MPa
1, 25 1, 25
A resistência característica fK para paredes grauteadas, construídas com blocos de 6,0 MPa e
argamassa tipo iii é de 5,95 MPa, o que nos obriga a inserir um coxim naquela região. A norma recomenda,
neste caso, que a máxima tensão deve ser obtida de acordo com uma teoria elástica aceitável. Uma
possibilidade é a aplicação da fórmula:
P
σ máx = K × (MPa) onde,
Z × γ × EC × I C
3
43
EW 2 KN
K = = = 7 ,7 × 10 − 4
h 2600 mm 3
EW = módulo de elasticidade da alvenaria (KN/mm2)
KN
= 400 × f P = 400 × 5 × 10 − 3 = 2
mm 2
h = altura da parede (mm) = 2600 mm
P = carga concentrada (N) = 53500 N
1/ 4 1/ 4
b× K 1 140 × 7 ,7 × 10
−4
γ = × = = 0,002
4 × EC × I C 2 mm 4 × 20 × 8 × 10
7
b = largura do coxim (mm) = 140 mm
EC = módulo de elasticidade do coxim (kN/mm²) = 20 KN/mm²
140 × 190 3
IC = momento de inércia do coxim (mm ) = 4
= 8 × 10 7 mm 4
12
53500
σ máx = 7 ,7 × 10 − 4 × = 1,61MPa
2 × 0,002 3 × 20 × 8 × 10 7
3,5 × 1,61
fK = = 2,82 MPa < 5,95 MPa OK!
2,00
Assim,
σ 0,4 h × γ m
fK =
β
53500 N 2400 N
σ 0,4 h = + = 0,36 MPa
140 mm × 1180 mm 1000 × 140
0,36 × 3,5
fK = = 1, 47 MPa < 5,95 MPa OK!
0,86
Desta forma, verificamos que a simples inserção de um pequeno coxim elimina qualquer
possibilidade de ruptura localizada na alvenaria.
Outra verificação necessária é a das paredes das fachadas, que além das cargas verticais já
consideradas resistem aos esforços do vento atuando perpendicularmente a seu plano. As maiores paredes do
edifício são as do reservatório, sendo que para o pior caso:
44
Verificações:
h × L ≤ 2250 × t ef2 ∴
1,85 × 4,5 ≤ 2250 × 0,14 2 ∴
8,37 ≤ 44 ,1 OK!
450
h 2, 48
= = 0,55
L 4,50
f Kparal 0, 22 α = 0,020
µ= = = 0, 42
f Kper . 0,53
kgf .m
M horizontal = α × W K × γ f × L ² = 0,020 × (0,7 × 105 ) × 1, 4 × 4,5 ² = 41,67
m
kgf .m
M vertical = µ × α × W K × γ f × L ² = 0, 42 × 0,020 × (0,7 × 105 ) × 1, 4 × 4,5 ² = 17 ,50
m
5,3 100 × 14 ² kgf .cm 1m kgf .m
M resist .horiz = × = 4946 × = 49 , 46 OK!
3,5 6 m 100 cm m
2, 2 100 × 14 ² kgf .cm 1m kgf .m
M resist .horiz = × = 2053 × = 20 ,5 OK!
3,5 6 m 100 cm m
A torre que abriga o reservatório superior pode sofrer esforços importantes de tração, devido à sua
grande esbeltez. Desta forma, é necessário verificar a sua estabilidade na direção X:
h = 5,65 m
kgf
q = 0,0613 × (0,96 × 43 )2 = 104 ,5
m²
C a = 1,1
45
kgf
Fa = 104 ,5 × 1,1 = 114 ,95
m2
5,65 2
M = 114 ,95 × 7 ,7 × + 1 = 19128 kgf .m
2
0,14 x 2,69 3
I= = 0, 227 m 4
12
19128 1,345 kgf kgf
σv = ± × = 56668 = ± 5,67
2
2 0, 227 m cm 2
1, 45 m ² × (300 + 250 ) kgf
g= + 6,65 × 260 = 2025
2,69 m
2025 kgf
σg = = 1, 44 < σ v ⇒ HÁ TRAÇÃO ⇒ DISPOR ARMADURA
100 × 14 cm 2
4, 23 × 14 × 135
R= ≅ 4000 kgf
2
Ancorar no 6º pavimento!
A BS 5628, em sua seção 5, prescreve algumas verificações que devem ser feitas a fim de garantir
que o prédio não irá ruir catastroficamente em caso de algum dano acidental ou uso indevido. A norma prevê
3 opções de enquadramento, sendo que neste exemplo optaremos pela opção 2, a saber, utilização de tirantes
horizontais e verificação da possibilidade de remoção de todas os elementos estruturais verticais, um a cada
vez. A norma brasileira não toca no assunto, mas aconselha a complementação de suas informações na BS
5628, de forma que as considerações serão as mesmas.
kN
Fti > Ft = 44
m
Ft × (G K + Q K ) L a 44 × (3,0 + 1,5 ) 5,1 kN
× = × = 27
7 ,5 5 7 ,5 5 m
Desta forma, a armadura das lajes deverá ser capaz de suportar as cargas reduzidas de cálculo
(0,95GK+0,35QK) mais a carga de 44 kN/m.
F< 2 Ft = 88 kN
2, 4
× Ft ≅ 42 , 2 kN por coluna.
2,5
Neste caso, poderíamos também testar a parede à fricção, onde a carga atuante deve ser menor que :
µ ×n×2 0,6 × (0,95 × 17 ,75 × 0,54 ) × 2
= = 10 , 4 MPa
1,05 1,05
Embora o incremento de carga resulte em aumento da resistência ao cisalhamento das paredes, a
norma é bastante clara quanto à impossibilidade de checar-se às duas adicionadas.
A próxima condição da opção 2 para o atendimento da norma é provar que todos os elementos
estruturais verticais podem ser removidos, um cada vez, sem causar o colapso total da estrutura. Esta
47
verificação é dispensada caso o elemento estrutural possa ser considerado como protegido, isto é, capaz de
suportar uma pressão de 34 KN/m2 em qualquer direção. Isto ocorre quando a pré-compressão das paredes
supera um determinado valor, que assegurará a inexistência de tensões de tração devidas à flexão que
determinem o seu colapso. Assim:
2 2 2
8×t × n 34 kN / m × 2,6 m × 1,05
q lat = ∴n ≥
h2 ×γ m 8 × 0,14 m
kN kgf
n ≥ 215 ,5 = 21500
m m
Esta elevada carga determina que não teremos paredes protegidas no edifício, devendo então testar a
remoção de todos os elementos estruturais verticais.
O comprimento das paredes a ser considerado removido será:
→ Para paredes com apoios laterais, a distância entre apoios laterais.
→ Para paredes sem apoios laterais; ⇒ a extensão total da parede (para paredes externas), ou
⇒ comprimento não excedendo 2,25h em qualquer ponto ao longo
da parede (p/ paredes internas).
Após a remoção de cada parede, as lajes deverão ser capazes de transpor o vão criado suportando as
cargas reduzidas, mais as cargas das paredes sobre elas. Estas cargas serão, para o nosso exemplo:
→ Carga de projeto: pd = 450 kgf/m² x 1,4 = 630 kgf/m²;
→ Carga reduzida: pr = 300 kgf/m² x 1,05 + 150 kgf/m² x 0,35 = 367,5 kgf/m²;
Desta forma, diversas hipóteses de cálculo foram testadas, agrupadas em dois grupos, para economia
de espaço. As armações para as lajes estão mostradas nas figuras 17 a 19, para um melhor entendimento do
processo. Como pode-se observar, para atender as prescriçõs da norma alteramos a armação das lajes de 760
kg de aço CA 50-B (armadura convencional) para 1395 kg de aço CA 60 (armadura em tela soldada).
Este acréscimo de 635 kg de aço representa, em material, cerca de 1% do custo de construção do
edifício. Para uma comparação mais acurada deveríamos, no entanto, considerar as reduções no custo da
mão-de-obra devidos ao aumento da produtividade proporcionado pelas telas.
Como complemento ao projeto para danos acidentais utilizaremos ainda treliças de aço inseridas nos
blocos canaleta, inclusive com a adição de armação suplementar nas paredes externas, devido aos elevados
esforços que surgem nos bordos livres da lajes quando uma destas paredes é removida. Seguindo estas
prescrições o prédio deverá então ser detalhado, conforme as considerações utilizadas no dimensionamento e
os demais conhecimentos obtidos no curso.
49
6
11 N17 Ø6.3 c/25 C=342
L3 L4 L2
140 22 26 140
4 N13 Ø6.3 c/25 C=166
10 N13 Ø6.3 c/25 C=VAR
7 N3 Ø6.3 c/20 C=VAR
11
21 N8 Ø6.3 c/20 C=206
6
7 N14 Ø6.3 c/20 C=111
7 N11 Ø6.3 c/20 C=VAR
L6 L7
17 N1 Ø6.3 c/20 C=306
L13 L8
20 N20 Ø8.0 c/20 C=311 L14
6
12 N15 Ø6.3 c/25 C=366
5 N19 Ø8.0 c/20 C=506
L15
8 N18 Ø6.3 c/25 C=519
6 6
148
255
8 N7 Ø 6.3 c/25
510
17 N1 Ø6.3 c/20 C=306
6
L17
760 kg aço CA 50-B (peso + 10%)
6
12 N15 Ø6.3 c/25 C=366 21 N8 Ø6.3 c/20 C=VAR
L19
8 N10 Ø6.3 c/25 C=416
L18
7 N11 Ø6.3 c/20 C=VAR
L23 L20 L21
10 N13 Ø6.3 c/25 C=VAR
6
4 N13 Ø6.3 c/25 C=166
140 26 22 140
20 N1 Ø6.3 c/20 C=306
L26
Lajes do tipo
11
L28
7 N5 Ø6.3 c/20 C=VAR L29 L27
12 N2 Ø6.3 c/25 C=421
6
Figura 17: Armação das lajes sem considerar a possibilidade de danos acidentais.
Lajes do tipo
Danos acidentais (1º grupo de hipóteses)
11
471
14 N31 Ø5.0 c/16 C=734
148
6
Danos acidentais (2º grupo de hipóteses)
253
21 N8 Ø5.0 c/10 C=506
Figura 19: Armação das lajes para considerações complementares de possibilidades de danos acidentais.
Lajes do tipo
Detalhamento para a envoltória de danos acidentais
Armadura positiva
17 painéis # 6,0 mm c/ 10 = 1120 kg CA 60
N3 N3
-Q - Q2
28
3 N2 83
-
-2 - Q2 N1 2,4
,45
x1 8 3- - Q2 5x
,50 83 1,5
N3 m
2 ,4
5x
- 2,
45 N3 0 m
-Q 4 ,5 x 6,0 - Q2
28
3 0m 0 m 83
-2 - 2,4
,45 5x
x1 1,5
,50 0
N3 m N3 m
-Q N2 - Q2
28 - N1
3 -2
Q2
8 - Q2
83
-
,45 3- 83 2,4
x1 2 ,4 - 2, 5x
5x 45 1,5
,50 4 ,5 x 6,0 0
m 0m 0 m m
N2
N3
N3
-
-
Q2 N1
8 - Q2
Q2
Q2
3- 83
2 ,4
83
83
- 2,
5x 45
-
-
4 ,5 x 6,0
0m 0 m
2,4
2,4
5
5
x1
x1
,50
,50
m
m
N2
- Q2 N1
8 3- - Q2
2 ,4 83
- 2,
5x 45
4 ,5 x 6,0
0m 0 m
N4
-Q
28
3
-2
,4
5
x3
,0
0
m
Figura 20: Armação positiva das lajes para a envoltória de possibilidades de danos acidentais.
52
Lajes do tipo
Detalhamento para a envoltória de danos acidentais
Armadura negativa
06 painéis # 5,0 mm c/ 10 = 275 kg CA 60
N5
- Q1
9 6-
2 ,4
5x
3,8
0 m
N6
N6
-Q
-Q
19
19
6
6
-2
-2
,4
,4
5
5
x
x
2,
2,
2
2
m
m
N5
- Q1
9 6-
2 ,4
5x
3,8
0 m
N6
-Q
196
-2
,4
5
x
2,
2
m
Figura 21: Armação negativa das lajes para a envoltória de possibilidades de danos acidentais.
53