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A razão de existir da Sampling Planejamento é semear uma cultura que incentive a mudança
de comportamento das pessoas com relação à Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Nesses
anos de atuação, nossa empresa tem se ocupado em orientar e transmitir o conhecimento
acumulado na área de SMSQ, tendo como objetivo principal a valorização da vida.
Estamos aqui para oferecer a você serviços com alto padrão de qualidade e excelência
técnica, garantindo sua satisfação e conforto desde a hora em que o recebemos para o café da
manhã, até o momento em que lhe entregamos o certificado de conclusão do treinamento.
Nosso treinamento apresenta as melhores práticas que vão ajudá-lo a executar suas tarefas
com uma visão prevencionista para diminuir a possibilidade de ocorrência de acidentes no
ambiente de trabalho. Na ocorrência eventual de acidentes e incidentes, os conhecimentos
adquiridos na Sampling Planejamento o farão minimizar os impactos na sua segurança,
diminuindo ou eliminando a possibilidade de danos pessoais, no patrimônio empresarial e no
meio ambiente.
Queremos melhorar sempre, pois assim exige a dinâmica da qualidade e para isso precisamos
que você registre na avaliação de reação, ao final do curso, qual a sua impressão sobre a
nossa atuação.
Sucesso!
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B.S.O.
Básico de Segurança Onshore
Revisão Técnica:
Alcides de Lima
Revisão Final:
Mônica Barbosa
Ilustração da Capa:
Flavio Junior
Diagramação:
Flavio Junior
Tiragem:
1000 exemplares
2ª edição 2006 (Revisado em: Março, 2006)
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SUMÁRIO
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PARTE I – PREVENÇÃO DE ACIDENTES
1. HISTÓRIA DA SEGURANÇA
Para entendermos a importância da Prevenção de Acidentes, é
necessário voltar um pouco ao passado e confrontar com o presente.
O trabalho era executado em ambientes fechados onde a ventilação era precária, o ruído alto
demais, as horas de trabalho sem limites, não havia de proteção nas máquinas e, como
conseqüência, esse quadro trouxe elevados índices de acidentes e de moléstias profissionais.
Estavam abertas as portas para elaboração de critérios que evitassem ou pelo menos
minimizassem essa situação.
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2. LEGISLAÇÃO
O primeiro acontecimento na década da humanização do trabalho foi a emissão da lei de
prevenção da saúde do moral de aprendizes e de outros empregados na indústria, em 1802,
na Inglaterra.
Porém, só em 1844 é que foram adicionadas a essa lei, cláusulas referentes ao uso de
proteção nas máquinas e à obrigatoriedade de comunicar os acidentes ocorridos. Em 1867,
surge na França, no setor privado, a primeira associação para prevenção de acidentes
industriais. Foi organizada por Engel Dollfus, em Mulhouse, França. Dollfus era um homem
dotado de elevados princípios sociais e humanitários, o que pode ser depreendido das suas
palavras: "O empregador deve mais do que salários a seus empregados. É seu dever zelar por
condições físicas e morais e esta obrigação perante moral, que não pode ser substituída por
qualquer espécie de remuneração, deverá ter preferência sobre outras considerações de
interesse privado".
No Brasil, a primeira lei contra acidentes, Lei 3.724, de 15/01/1919, impunha regulamentos
prevencionistas ao setor ferroviário, já que nessa época eram praticamente inexistentes outros
empreendimentos industriais de vulto.
O ano de 1934 constituiu-se num marco em nossa história, pois a nossa lei trabalhista colocou
nosso país na vanguarda em matéria de legislação social avançada. O decreto 24.637, de
10/07/1934, instituiu uma regulamentação bastante ampla no que se refere à prevenção de
acidentes.
O ano de 1943 foi marcado pela aprovação da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas,
através do Decreto-Lei 5452, de 1º de maio de 1943.
A lei 6.514, de 22/12/1977, altera o capítulo V, do título II da CLT, relativo à Segurança e
Medicina do Trabalho e o Ministério do Trabalho, pela Portaria 3.214, de 08/06/1978 e aprova
as Normas Regulamentadoras NR, nas quais encontramos uma gama de instrumentos legais
que servem para auxiliar e balizar todo trabalho sobre Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho nos ambientes industriais.
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3. NORMAS REGULAMENTADORAS
Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho
1. Disposições Gerais
2. Inspeção Prévia
3. Embargo e Interdição
4. SESMT
5. CIPA
6. EPI
7. PCMSO
8. Edificações
9. PPRA
10. Instalações Elétricas
11. Transporte Movimentação Armazenagem e Manuseio de Materiais
12. Máquinas e Equipamentos
13. Caldeiras e Vasos de Pressão
14. Fornos
15. Atividades e Operações Insalubres
16. Atividades e Operações Perigosas
17. Ergonomia
18. Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
19. Explosivos
20. Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
21. Trabalho a Céu Aberto
22. Trabalhos Subterrâneos
23. Proteção Contra Incêndio
24. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
25. Resíduos Industriais
26. Sinalização de Segurança
27. Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério de Trabalho
28. Fiscalização e Penalidade
29. Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
30. Trabalho Aquaviário
31. Segurança e Saúde no Trabalho, na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração
Florestal e Aqüicultura.
32. Segurança e Saúde no Trabalho em estabelecimento de Assistência a Saúde
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4. ACIDENTES DE TRABALHO
Definição Legal
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, ou perda, ou
redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Plano de Benefício da Previdência Social
Lei 8213 de 24/07/1991
O que é perda?
Gasto desnecessário de recursos. Falhas na segurança resultam em
alguma forma de perda, de menor dano à propriedade ou injúria, ao
maior desastre que pode afetar o meio ambiente.
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5. CAUSAS DOS ACIDENTES
Poucos acidentes derivam de apenas uma causa. Historicamente as investigações têm se
detido somente na causa diretamente mais óbvia, tais como atos ou condições inseguras que
podem ser invocadas imediatamente. Tais investigações buscam freqüentemente distribuir a
culpa. O objetivo de uma investigação efetiva é procurar ir além do óbvio e identificar todos os
fatores que concorreram na cadeia de eventos que conduziu ao acidente ou perda. Essa
informação tem papel importante na identificação de controles preventivos que ajudarão no
incremento do programa de segurança a longo prazo.
A maioria dos programas de prevenção de acidentes trabalha com a pirâmide de Frank Bird
(1966) que projeta que para cada 300 incidentes se tem 30 acidentes com lesão leve e um
acidente grave.
Estudo recente como o proposto pela equipe de estatística da OHSA está sendo aplicado,
principalmente se levado em consideração o aumento acelerado de trabalhadores informais
(sem carteira assinada, deficiência de fiscalização etc.), fazendo com que nem sempre o
número de acidentes divulgado seja o real. Daí a necessidade de trabalhar um programa de
prevenção que leve em consideração os desvios de comportamento, atitudes, hábitos
impróprios, desconhecimento do risco, normas de segurança, etc. que quando praticados,
levam à ocorrência de incidentes e que se não forem corrigidos resultam em lesões que
podem ser leves, graves ou até fatais.
Precisamos trabalhar na correção dos desvios através da disciplina operacional melhorando a
comunicação, criando melhores procedimentos, treinamentos educativos, etc.
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5.2 Por que a Prevenção de Acidentes?
O custo de um acidente pode ser medido em termos humanos e financeiros.
• Tensão Mental;
• Sofrimento;
• Baixo Moral;
• Redução de salário;
• Despesas extras;
• Possibilidade de continuar incapacitado;
• Possibilidade de perder a vida;
• Incapacidade para executar alguns tipos de trabalho;
• Perda da capacidade de praticar atividades de lazer;
• Reflexos na família, nas relações com amigos e colegas;
• Processos judiciais.
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5.3 Relatórios e Análise de Acidentes
O principal objetivo de se relatar todos os acidentes ou incidentes é analisá-los e evitar a
repetição de acidente similar, através da identificação de deficiências e implementação de
ações corretivas. O acompanhamento da ação deve demonstrar que as medidas foram
implementadas.
A maioria dos acidentes tem mais de uma causa. Estudos revelam que os acidentes podem ter
de 10 a 30 fatores causais, das quais as causas ocultas requerem investigação demorada e
metódica, indo além da evidência imediata, procurando as raízes profundas de condições que
possam formar a base para futuros acidentes. A abordagem correta de qualquer acidente ou
incidente é que ele pode ser uma indicação de deficiência ou falha no gerenciamento da
operação.
Acidentes não são benéficos, contudo pode-se aprender com eles. Fatos acontecidos num
determinado setor devem ser disseminados por toda a companhia através de canais
apropriados para que se evite repeti-los.
Da mesma forma deve ser levada em consideração a comunicação de tais lições a outros
grupos interessados.
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6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM ESCRITÓRIO
Um dos pontos mais importantes que o empregado deve ter sempre em mente sobre o seu
trabalho é a necessidade de trabalhar em condições seguras.
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7. NOÇÕES DE ERGONOMIA
A NR 17 estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalhos às
características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
Incidência
As LER e DORT, como a maioria das doenças músculo-esqueléticas, atingem mais
freqüentemente as mulheres porque estas não possuem o mesmo potencial de
desenvolvimento muscular dos homens.
Sintomatologia da LER/DORT
Sintomas iniciais
• Sensação de peso nas mãos e braços e perda de controle de movimentos
• Fadiga muscular
• Desconforto, com recuperação em curtos períodos de repouso
• Formigamento e parestesia
• Dor que pode ser: localizada; referida ou generalizada; superficial ou profunda
Caso você tenha respondido “sim” a alguma alternativa, procure orientação médica.
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Tratamento da LER/DORT
O médico é o profissional capacitado para diagnosticar qual parte
do corpo está afetada e prescrever o tratamento adequado, bem
como orientações e modificações posturais adequadas a cada
caso.
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8. COMPORTAMENTO PRÓ-ATIVO
DENTRO E FORA DA EMPRESA
A política de prevenção de acidentes de uma empresa não depende somente de um conjunto
de normas, padrões e atividades, mas, sobretudo das atitudes individuais e pró-ativas de seus
empregados, independentemente do cargo ou função que exerçam.
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9. SISTEMA DE GESTÃO EM SMS
ISO 14001: Sistema de gestão ambiental, norma editada em 1996 pelo International
Organization For Standard e concebida para se tornar um padrão internacional para o
desenvolvimento de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), aplicável a todos os segmentos
econômicos e, em particular, aos segmentos industriais.
ISM CODE: Código Internacional de Gerenciamento para operação segura de navios e para
prevenção da poluição. Esse código se baseia em princípios gerais e está expresso em termos
amplos de modo a ter uma longa aplicação, partindo dos pressupostos de que não existem
duas companhias que sejam iguais e que os navios operam sob uma ampla gama de
diferentes condições.
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10. RESPONSABILIDADES SOCIAIS
Todo aglomerado humano precisa de regras para poder cumprir a sua função adequadamente.
Por exemplo, dentro da família cada indivíduo tem um papel a desempenhar e funções a
cumprir a fim de que a engrenagem familiar funcione. Não é diferente no ambiente de trabalho.
Citamos anteriormente, a necessidade de interação social e promoção de confraternização
como condição para melhoria da ergonomia na empresa. Essa interação social ocorrerá de
forma plena e saudável se os elementos que compõem o grupo obedecerem a certas regras
sociais, cumprindo as responsabilidades e exercendo seus direitos.
Discriminação Racial
Não importa a cor da pele ou o porte físico. Somos todos pertencentes à raça humana.
Religião/Blasfêmias
A crença e religiões devem ser respeitadas, mesmo que suas convicções não estejam de
acordo com as doutrinas praticadas por outros colegas de trabalho.
Discriminação Sexual
Todas as pessoas têm livre arbítrio e devem estar sempre à procura da felicidade, sem se
privarem de seus desejos.
Brincadeiras Inadequadas
Evite pregar peças e brincadeiras fora de hora. Na vida existem momentos para tudo. É
preciso discernir os momentos de brincadeira dos momentos em que a seriedade faz-se
necessária.
Barulho
Controle os níveis de ruído e barulho. Muitas vezes o excesso de barulho pode prejudicar a
concentração, o andamento ou desenvolvimento de um trabalho. Em alguns casos chega a
desestruturar o equilíbrio emocional de um colega, causando estresse.
Vista-se adequadamente
É importante estar atentos ao que vestir. Não se esqueça: em muitos casos o traje apropriado
contribui para a redução de acidentes.
Privacidade
Respeitar a privacidade e os direitos individuais de seu colega de trabalho é fundamental para
o bom relacionamento humano.
Respeite os colegas
Não tocar os objetos alheios é um gesto de respeito para com os seus colegas e fundamental
para que haja um bom relacionamento.
Higiene Pessoal
A sua saúde e bem estar começam com os cuidados básicos de higiene pessoal.
Álcool e Drogas
O álcool e as drogas são terminantemente proibidos em todos os locais de trabalho e em
especial nas unidades. É importante lembrar que para quem busca qualidade de vida estas
substâncias são desaconselháveis.
Intempéries
Atenção! Não é preciso assustar-se com o mau tempo; basta prestar atenção nas instruções e
segui-las corretamente, de modo que nada atrapalhe o andamento natural das atividades.
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Procure, sempre que possível, utilizar todas as proteções necessárias para enfrentar o mau
tempo.
Esforço Físico
Cuidado! Todo excesso de esforço físico em uma jornada de trabalho pode resultar em mau
aproveitamento em suas atividades ou até mesmo ocasionar problemas de saúde como fadiga
e dores na coluna.
Equilíbrio Emocional
Lembre-se: você e seus colegas de trabalho encontram-se na mesma unidade sob condições
de trabalho semelhantes. É preciso, sempre que possível, buscar o equilíbrio emocional para
evitar o desentendimento.
Imprevistos
Atenção! Existem casos em que não há dois profissionais para ocupar a mesma função dentro
de uma embarcação. Caso seu substituto não venha, obrigando-o a permanecer no trabalho,
não fique triste. Você deve estar sempre consciente da possibilidade de imprevistos como
estes acontecerem.
Respeitando o espaço dos outros, você estará contribuindo para manter um bom
ambiente de trabalho.
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11. NOÇÕES DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Esta parte do nosso trabalho tem o objetivo de despertar uma atitude prevencionista para
aperfeiçoar e tornar mais seguro o modo de dirigir, contribuindo para reduzir o número de
acidentes de trânsito.
O acidente no trânsito é uma das principais causas de morte no mundo e no Brasil. Sem falar
nas conseqüências que traz para as vítimas de acidentes não fatais. Portanto, dirigir com
segurança é sem dúvida o maior cuidado que você pode ter com a vida.
Lembre-se: por trás do volante você responde não por sua vida, mas também de quem você
transporta e até pela vida de pedestres e outros motoristas, que dividem a via com você.
Os custos da falta de responsabilidade são muito altos e têm impacto nas famílias, na
sociedade e nas empresas. Mudar este quadro não custa nada; bastam apenas pequenas
mudanças de comportamento no trânsito.
Pare, Olhe, e Siga com segurança. A vida agradece!
O uso do cinto de segurança, aliado a vários outros dispositivos que equipam os carros
modernos, como freios que não deixam as rodas travarem, barras laterais para proteção contra
choques laterais, bolsas que se inflam automaticamente no momento do impacto protegendo
os ocupantes, apoios para cabeça, luz traseira de advertência, alem das campanhas
educativas para se dirigir corretamente, tudo isso permitiu que muitas pessoas sobrevivessem
aos acidentes de trânsito e até que o número de acidentes diminuíssem. Levando em
consideração o acréscimo de veículos em circulação, os dispositivos de segurança e as
técnicas de direção defensiva podem ajudar a reduzir estes acidentes.
Estes dados motivaram o governo a aplicar o Código Nacional de Trânsito. Através do artigo
150 para todos os motoristas, a exigência de curso teórico-técnicos e de prática de direção
veicular incluindo direção defensiva, proteção ao meio ambiente e primeiros socorros inclusive
aos condutores já habilitados, estimulam o comportamento seguro, tendo como meta a
redução de acidentes de trânsito no Brasil.
A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por
azar. Na grande maioria dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos
condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade. Toda ocorrência trágica,
quando previsível, é evitável.
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Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com:
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12. COMPORTAMENTO PREVENCIONISTA
Para que possamos viver mais felizes e seguros precisamos ter:
12.1 Auto-conhecimento
A chave da inteligência emocional é conhecer um sentimento enquanto ele ocorre. A falta de
habilidade em reconhecer nossos verdadeiros sentimentos deixa-nos à mercê de emoções.
Pessoas com esta habilidade são melhores pilotos de suas vidas.
12.2 Auto-controle
Ter habilidade de lidar com seus próprios sentimentos adequando-os para a situação. Pessoas
pobres nesta habilidade afundam constantemente em sentimentos de incerteza, enquanto
aquelas com melhor controle emocional tendem a recuperar-se mais rapidamente dos reveses
e contratempos da vida.
12.3 Auto-motivação
Dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em
busca da auto-motivação, para manter-se sempre no controle e para manter a mente criativa
na busca de soluções. Autocontrole emocional, sabendo praticar gratificação prorrogada e
controlando impulsos, favorece aperfeiçoamento de todos os tipos. Pessoas que têm esta
habilidade tendem a ser mais produtivas e eficazes, qualquer que seja seu empreendimento.
12.4 Empatia
Reconhecer emoções em outras pessoas. Outra habilidade que constrói auto-conhecimento
emocional. Esta habilidade permite as pessoas reconhecerem necessidades e desejos dos
outros, permitindo-lhes relacionamentos mais eficazes.
12.5 Sociabilidade
Ter habilidade em relacionamentos interpessoais. A arte do relacionamento é, em grande parte,
a habilidade de gerenciar sentimentos em outros. Esta habilidade é a base de sustentação de
popularidade, liderança e eficiência interpessoal. Pessoas com esta habilidade são mais
eficazes em tudo que é baseado na interação entre pessoas. São estrelas sociais.
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PARTE II – PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
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2. QUÍMICA DO FOGO
Teoria da Combustão
Fogo é uma reação rápida de oxidação com desenvolvimento de luz e calor.
Triângulo do Fogo
O fogo ocorre sempre que houver a reunião entre calor, oxigênio e
combustível em proporções adequadas.
Convencionou-se então representar os três elementos sob a forma
de um triângulo, o “Triângulo do Fogo”.
Oxigênio
É o elemento que sustenta e alimenta o fogo. A concentração de O 2
na atmosfera é de 21%
• 21% a 13% O2 – Queima completa. (menos resíduos)
• 13% a 8% O2 – Queima incompleta. (mais resíduos)
• 8% a 0% O2 – Não há combustão
Calor
É uma forma de energia que se transfere de um corpo para outro, quando há entre eles
diferença de temperatura.
Combustível
É todo o elemento suscetível de entrar em combustão e compreende praticamente todos os
materiais que nos cercam e apresentam-se nos três estados físicos da matéria.
• Sólido
• Líquido
• Gasoso
Tetraedro do Fogo
É conseqüência do triângulo do fogo. A reação em cadeia só acontece quando se inicia a
combustão. Suas faces são o combustível, o oxigênio, o calor (fonte de ignição) e a reação em
cadeia. Convencionou-se então representar os 4 elementos sob a forma de um tetraedro.
CALOR
OXIGÊNIO COMBUSTÍVEL
REAÇÃO EM CADEIA
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Reação em Cadeia
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3. MEIOS DE PROPAGAÇÃO
O calor pode se propagar por:
Condução
O calor se propaga de um corpo para outro por contato direto,
através de materiais sólidos. Ex: vigas de aço, etc.
Radiação
Materiais podem entrar em ignição se colocados
muito próximos de uma fonte de calor irradiado. Ex: A
energia do calor é transmitida através da atmosfera
em linhas retas através do espaço.
Convecção
O fogo se propaga de um nível mais baixo para um mais alto por elevação de gases quentes.
Ex: escadas, poços de elevador ou dutos de ventilação.
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Características dos Combustíveis
Ponto de Fulgor
É a menor temperatura na qual o combustível desprende vapores inflamáveis que, em mistura
com o ar, se inflamam na presença de uma fonte externa de calor, sem manter a combustão.
Ponto de Combustão
É a menor temperatura na qual o combustível desprende vapores inflamáveis que, em mistura
com o ar, em contato com uma fonte externa de calor, inflama-se, mantendo a continuidade da
combustão.
Temperatura de Auto-ignição
É a menor temperatura na qual os vapores emanados do combustível em presença do ar
atmosférico inflamam-se, mesmo sem a presença de uma fonte externa de calor.
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4. CLASSES DE INCÊNDIO
As substâncias combustíveis são agrupadas nas classes a seguir:
Classe A - Combustíveis sólidos. Material sólido que deixa resíduo (papel, tecido, madeira).
Classe B - Líquidos e gases combustíveis.
Classe C - Equipamento elétrico energizado.
Classe D - Metais Pirofóricos puros, no estado de pó (magnésio, sódio, titânio).
Classe A Classe B
Combustível sólido que deixa resíduo Combustíveis líquidos e gasosos
Classe C Classe D
Equipamento Elétrico Metais Combustíveis
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4.1 Métodos de Extinção
A extinção do fogo é conseguida pela remoção de qualquer dos quatro componentes do fogo
pelo resfriamento, abafamento, isolamento, quebra da reação em cadeia ou qualquer
combinação destas. Como mostrado abaixo, o componente removido depende do tipo de
agente extintor empregado.
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5. AGENTES EXTINTORES
• Água (resfriamento e abafamento)
• CO2 (abafamento e resfriamento)
• Espuma (Abafamento e resfriamento)
• Pó Químico Seco (Quebra da reação em Cadeia e Abafamento)
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Vantagens dos extintores
• Ação rápida;
• Portáteis;
• Manuseio individual;
• Estão localizados perto dos locais de possíveis riscos.
Extintor Veicular
O único equipamento de segurança adequado para combater um princípio de incêndio veicular
é o extintor automotivo, sendo obrigatório por lei em todo território nacional. Segundo
especialistas em combate a incêndio, fogo em veículo de passeio deve ser iniciado o combate
em dois minutos, depois deste tempo o fogo já está muito intenso, sendo praticamente
impossível apagar usando apenas 1PQ e 1 Kg de bicabornato de sódio. Atualmente já existe
extintor com monosfato de amônia indicado para classe A, B e C, mais eficiente.
Segundo especialistas em Combate a Incêndio da ONG INST (Instituto Nacional de Segurança
no Transito), o motorista tem 35 segundos para perceber a fumaça, parar o carro, desligar o
motor, tirar o cinto de segurança, abrir a porta, retirar o extintor que fica debaixo do banco,
destravar o capô e iniciar o combate através da abertura do capô. Inicie o combate sem
levantar o capô, conte 8 segundos depois abra o capô e apague o resto do fogo. Caso consiga
iniciar o combate antes de 1 minuto a chance de sucesso á grande caso passe de 2 minutos é
praticamente impossível apagar o fogo usando apenas 1 extintor de 1Kg, tornado-se perigoso
o seu combate.
OBS: O extintor tem que ser usado na vertical, caso coloque na horizontal seu rendimento é
precário e não tem um funcionamento eficaz.
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6. CARGA TÉRMICA E UTILIZAÇÃO DE
EXTINTORES PORTÁTEIS
Durante o combate a um princípio de incêndio, o combatente fica exposto a um aumento de
temperatura, já que o extintor portátil exige uma aproximação para extinguir o fogo, não
protegendo o combatente do calor irradiado. Neste caso o organismo lança mão de uma série
de recursos, quando exposto a temperaturas até 60ºC (ambiente), para que sua temperatura
interna não se altere significativamente, permanecendo em torno de 37ºC, podendo provocar
fadiga ou outras perturbações. Daí a necessidade de usar roupas e equipamentos resistentes
à chama ou calor, neutralizando a carga térmica sobre o organismo.
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BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Giovanini Moraes de – Elementos do Sistema de Gestão de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional.
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