Você está na página 1de 3

CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus - Livro: 1 Pedro Capítulo: Esboço

Esboço

Saudações (1.1,2)

I. O Relacionamento entre o Crente e Deus (1.3–2.10)


A. Salvação pela Fé (1.3-12)
B. Santidade pela Obediência (1.13–2.11)
II. O Relacionamento entre o Crente e o Próximo (2.11–3.12)
A. Deveres Cívicos (2.11-17)
B. Deveres Domésticos (2.18–3.7)
1. Deveres dos Servos para com Seus Senhores (2.18-25)
2. Deveres das Esposas para com os Maridos (3.1-6)
3. Deveres dos Maridos para com as Esposas (3.7)
C. Resumo dos Princípios Normativos do Relacionamento entre o Crente e o
Próximo (3.8-12)
III. O Crente e o Sofrimento (3.13–5.11)
A. Perseverança ante o Sofrimento (3.13–4.11)
1. Por Causa da Bênção de Sofrer Injustamente Procedendo Bem (3.13-17)
2. Por Causa do Grandioso Exemplo de Cristo (3.18–4.6)
3. Por Causa da Urgência do Tempo do Fim (4.7-11)
B. Regozijo ante o Sofrimento (4.12-19)
1. Porque Testa a Realidade da Nossa Fé (4.12)
2. Faz-nos Compartilhar dos Sofrimentos de Cristo (4.13a, 14-16)
3. Prepara-nos para a Glória da sua Vinda (4.13b,17-19)
C.Exortações Ante o Sofrimento (5.1-11)
1. Aos Presbíteros — Pastorear o Rebanho (5.1-4)
2. Aos Jovens (5.5-11)

Conclusão (5.12-14)

©Bíblia de Estudo Pentecostal -13/4/2008 Página 1


CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus - Livro: 1 Pedro Capítulo: Esboço

Autor: Pedro
Tema: Sofrimento por Amor a Cristo
Data: Cerca de 60-63 d.C.

Considerações Preliminares

Esta é a primeira de duas cartas no NT escritas pelo apóstolo Pedro (1.1; 2 Pe 1.1). Ele testifica
que escreveu sua primeira carta com a ajuda de Silvano (cuja forma contracta em grego é Silas),
como seu escriba (5.12). O grego fluente de Silvano e seu estilo literário aparecem aqui, enquanto
que, possivelmente, o grego menos esmerado de Pedro apareça na sua segunda epístola. O tom e o
conteúdo de 1 Pedro combinam com o que sabemos a respeito de Simão Pedro. Os anos que viveu
em estreito convívio com o Senhor Jesus estão implícitos nas suas referências à morte de Jesus
(1.11,19; 2.21-24; 3.18; 5.1) e à sua ressurreição (1.3,21; 3.21). Indiretamente, ele parece
referir-se, inclusive, às ocasiões em que Jesus lhe apareceu na Galiléia, depois da ressurreição
(2.25; 5.2a; cf. Jo 21.15-23). Além disso, muitas semelhanças ocorrem entre esta carta e os
sermões de Pedro registrados em Atos.
Pedro dirige esta carta aos “estrangeiros dispersos” nas províncias romanas da Ásia Menor (1.1).
Alguns destes, talvez hajam se convertido no dia de Pentecoste, ao ouvirem a mensagem de Pedro,
e retornaram às suas respectivas cidades levando a fé que acabavam de conhecer (cf.At 2.9,10).
Estes crentes são chamados “peregrinos e forasteiros” (2.11), relembrando-lhes, assim, que a
peregrinação cristã ocorre num mundo hostil a Jesus Cristo; mundo este, do qual só podem esperar
perseguição. É provável que Pedro escreveu esta carta em resposta a informes dos crentes da Ásia
Menor sobre a crescente oposição a eles (4.12-16), ainda sem consentimento do governo (2.12-17).
Pedro escreveu de “Babilônia” (5.13). Isto pode referir-se literalmente à cidade de Babilônia, na
Mesopotâmia, ou pode ser uma expressão figurada referente a Roma, o centro principal de
oposição a Deus, no século primeiro. Embora Pedro possa ter visitado alguma vez a grande
colônia de judeus ortodoxos em Babilônia, é mais consentâneo entender, aqui, a presença de
Pedro, Silas (5.12) e Marcos (5.13), juntos em Roma (Cl 4.10; cf. os comentários de Pápias a
respeito de Pedro e Marcos em Roma), no começo da década de 60, do que em Babilônia. Pedro
escreveu mais provavelmente entre 60 e 63 d.C., certamente antes do terrível banho de sangue em
Roma, ordenado por Nero (64 d.C.).

Propósito

Pedro escreveu esta epístola de alegre esperança a fim de levar o crente a ver a perspectiva divina
e eterna da sua vida terrestre e prover orientação prática aos cristãos que se encontravam sob o
fogo do sofrimento entre os pagãos. O cuidado de Pedro visava a evitar que os crentes não
perturbassem, sem necessidade, o governo, e sim seguissem o exemplo de Jesus no sofrimento,
sendo inocente, mas portando-se com retidão e dignidade.

©Bíblia de Estudo Pentecostal -13/4/2008 Página 2


CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus - Livro: 1 Pedro Capítulo: Esboço

Visão Panorâmica

1 Pedro começa lembrando os leitores (1) de que têm uma vocação gloriosa e uma herança
celestial em Jesus Cristo (1.2-5), (2) de que sua fé e amor nesta vida estarão sujeitos a provas e
purificação e que isso resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor (1.6-9), (3) de que
essa grande salvação foi predita pelos profetas do AT (1.10-12), e (4) de que o crente deve viver
uma vida santa, bem diferente do mundo ímpio ao seu redor (1.13-21). Os crentes, escolhidos e
santificados (1.2), são crianças em crescimento que precisam do puro leite da Palavra (2.1-3), são
pedras vivas em que estão sendo edificadas como casa espiritual (2.4-10) e peregrinos,
caminhando em terra estranha (2.11,12); devem viver de modo honroso e humilde no seu trato
com todas as pessoas durante a sua peregrinação aqui (2.13—3.12).
A mensagem preeminente de 1 Pedro diz respeito à submissão e a sofrer, perseverando na retidão,
por amor a Cristo, de conformidade com o próprio exemplo dEle (2.18-24; 3.9—5.11). Pedro
assegura aos fiéis que eles obterão o favor e a recompensa de Deus ao sofrerem por causa da
justiça. No contexto desse ensino do sofrimento por Cristo, Pedro ressalta os temas conexos da
salvação, da esperança, do amor, da fé, da santidade, da humildade, do temor a Deus, da
obediência e da submissão.

Características Especiais

Cinco características principais vemos nesta epístola. (1) Juntamente com Hebreus e Apocalipse,
sua mensagem gira em torno dos crentes sob a perspectiva de severa perseguição, por pertencerem
a Jesus Cristo. (2) Mais do que qualquer outra epístola do NT, contém instruções sobre o
comportamento do cristão ante à perseguição e ao sofrimento injustos (3.9—5.11). (3) Pedro
destaca a verdade de que o crente é estrangeiro e peregrino na terra (1.1; 2.11). (4) Muitos dos
títulos do povo de Deus no AT são aplicados aos crentes do NT (e.g., 2.5,9,10). (5) Contém um
dos trechos do NT de mui difícil interpretação: quando, onde e como Jesus “pregou aos espíritos
em prisão, os quais em outro tempo foram rebeldes... nos dias de Noé” (3.19,20).

©Bíblia de Estudo Pentecostal -13/4/2008 Página 3

Você também pode gostar