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Sonho, Mas Não Parece de Miguel Torga
Sonho, Mas Não Parece de Miguel Torga
Sonho, Mas Não Parece de Miguel Torga
. ntima, funda, como um sentimento De que se tem pudor. Vulco de exterior To apagado, Que um pastor Possa sobre ele apascentar o gado. Mas os versos, depois, Frutos do sonho e dessa mesma vida, quase queima-roupa que os atiro Contra a serenidade de quem passa. Ento, j no sou eu que testemunho A graa Da poesia: ela prisioneira, Que, vendo a porta da priso aberta, Como chispa que salta da fogueira, Numa agressiva fria se liberta. in "Orfeu Rebelde", 1958